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quinta-feira, 28 de abril de 2011

PROSPERANDO NO DESERTO


No deserto da crise precisamos seguir a orientação de Deus

A crise é uma encruzilhada, uma bifurcação na rota da vida. Podemos fazer dela uma porta para os horizontes largos do triunfo, ou podemos descer através dela aos vales mais sombrios do fracasso. A crise pode ser a porta da esperança ou o calabouço do desespero. A crise eleva alguns e abate outros. A diferença entre o vencedor e o perdedor não esta na crise, mas em como cada um a en­frenta. A grandeza de um homem está no fato de que, quando todos estão colocando o pé na estrada do fracasso, ele vislumbra o chão do progresso. O vencedor é um visionário. Ele vê o que ninguém consegue contemplar. Enxerga por sobre os ombros dos gigantes. Quando todos estão mergulhados no proble­ma, ele está contemplando a solução.
Aquele que triunfa diante das dificulda­des nunca é unanimidade. A unanimidade é burra. Ela sempre capitula diante das crises. Todo o arraial de Israel chorou, desesperado, com medo de lutar contra os gigantes e, tam­bém, de não tomar posse da terra prometida. Somente Josué e Calebe tiveram uma visão otimista. Todo o povo pereceu no deserto; só os dois visionários entraram na terra que manava leite e mel.
Os exércitos de Israel durante quarenta dias, de manhã e à tarde, ouviram as afrontas do gigante Golias e, empapuçados de medo, bateram em retirada covardemente. Davi, como voz solitária, dispôs-se a enfrentar o gi­gante. Mesmo tendo de suportar o escárnio do seu irmão Eliabe e a incredulidade do rei Saul, ele fez o gigante dobrar-se diante da sua coragem, triunfando sobre o herói dos filisteus. Davi derrubou o gigante e o matou. Mais tarde, o mesmo Davi viveu outra situa­ção dramática. Ziclague, sua cidade refúgio, tinha sido saqueada e incendiada pelos amalequitas. Seus bens foram roubados; suas mulheres, seus filhos e suas filhas foram leva­dos cativos. O mesmo aconteceu com os seus seiscentos homens de confiança. Quando Davi e seus homens chegaram e viram a cidade debaixo de escombros e ainda fumegante, os homens se revoltaram contra Davi e quise­ram apedrejá-lo. Além da perda pessoal, Davi ainda enfrentou a ira de seus homens. Davi chorou e angustiou-se enquanto os amalequitas festejavam com os ricos espólios. No meio dessa crise avassaladora, Davi emergiu com um arroubo de solitária esperança; ele se reanimou no Senhor seu Deus e começou a orar pedindo a direção divina. Levantou-se da oração e, sob a orientação de Deus, empunhou bravamente as armas e liderou os seus homens em vitorioso combate.
Tomou de volta tudo aquilo que o inimigo havia saqueado. Saiu da crise mais fortalecido, fazendo dela uma ponte para vitórias mais retumbantes.
Isaque também está enfrentando uma crise.  E não é uma crise pequena. A fome assola a sua terra. Seu país vive o drama do empobrecimento coletivo. A esperança do povo está morta. Os sonhos, destruídos. Há uma inquietação no ar, um rumor entre as famílias. O gado geme de fome. O útero fecundo da terra parece estéril. As sementes que nela são depositadas perecem antes mes¬mo de dar aceno de vida. A seca, assassina de sonhos, prevalece em seu país. A chuva é retida. O sol castiga. Os agricultores não se aventuram a depositar no ventre da terra a semente da esperança. Reina um desespero generalizado. As fontes estão secando. Os ribeiros estão se tornando leitos de morte e não condutores de vida. As cabras montesinas bramam, sedentas, O povo aflito vê a despensa se esvaziando e as crianças gemendo e clamando por pão. Aquele estava sendo um tempo amargo, de fome, de escassez, de vacas magras, recessão, desequilíbrio, desemprego, contenção drástica de despesas.
O que fazer na hora em que você se vê encurralado pela crise? Que decisão tomar quando todas as estradas de escape parecem cheias de barricadas? Muito nessa hora perdem a cabeça, cometendo grandes loucuras. Outros, se revoltam contra Deus culpando-o por todas as desventuras. Outros ainda, petrificados, assistem passivo à dolorosa marcha da crise, aceitando Inertes a decretação da derrota. Isaque, porém, não ficou parado, as­sistindo passivamente o agravamento da situ­ação. Ele se mexeu. Não ficou lamentando, queixoso, os reveses da vida. Ele saiu, se mo­veu. Fez alguma coisa O seu problema não era simples. Era uma questão Vital. Não havia água. Tratava-se de uma questão de sobrevi­vência, de vida ou morte. Talvez, enquanto lê estas páginas iniciais, você se dê conta de que também está enfrentando um problema aparentemente insolúvel. É o casamento que virou um deserto, de onde só brotam os cac­tos venenosos da amargura. É o diálogo com os filhos que secou, como a terra de Isaque. É o salário que está minguando como os ri­beiros em tempo de seca. É a saúde que está ameaçada por uma doença implacável. É a empresa que está emperrada e não consegue deslanchar. É o sonho de entrar na Universi­dade que está cada vez mais distante. É a decepção de um amor não correspondido. Talvez, como Isaque, todas as noites você olhe para o horizonte na esperança de ver a che­gada de uma chuva restauradora que faça reverdecer o deserto da sua vida. Talvez você já tenha semeado várias vezes no solo tórrido e seco da sua família, vendo, com tristeza, todas as sementes minarem no útero da terra. Talvez você tenha investido toda a sua espe­rança em um negócio, mas a chuva da pros­peridade foi retida e a safra de seus investi­mentos perdida. Talvez você tenha recebido um diagnóstico sombrio do seu médico, di­zendo que a medicina não lhe oferece ne­nhuma esperança de cura. Talvez alguém amado do seu coração esteja enfrentando uma grave enfermidade e aos poucos você vê essa pessoa escapando dos seus braços.
Neste ano passei por lutas tremendas. Meu irmão Laurentino foi acometido por um câncer devastador no pulmão e na coluna. Ele sentia dores terríveis que nem mesmo a morfina conseguia aplacar. Seu corpo foi sur­rado pela doença. Seu vigor estiolava a cada dia. O sorriso de seus lábios foi trocado pelos gemidos pungentes de uma dor inconsolável. Seu corpo tombou vencido pela doença de­pois de uma luta audaciosa. No dia 25 de fe­vereiro do ano 2000 ele fez sua última viagem, rumo à eternidade. Vinte e um dias depois, quando o meu coração ainda curtia a dor dessa separação, fui surpreendido pela morte súbita de Gelson, meu irmão primogênito, vitimado por um infarto fulminante.
Não é fácil lidar com a dor. Nossos so­nhos chocam-se contra muralhas de concreto. Nossos planos escorrem como água. Nossas previsões entram em colapso. Estamos no meio do deserto onde nosso olhar se perde em miragens enganadoras, onde nossos pas­sos cambaleantes parecem claudicar, onde a morte procura dar a última palavra.
O grande perigo na encruzilhada da cri­se é tomar a direção errada. Isaque queria ir para o Egito, lugar de fartura, riqueza e segu­rança. Ele foi tentado a buscar uma solução rápida, fácil e indolor. Isaque queria fugir da crise, não enfrentá-la. E mais fácil andar na estrada da fuga do que sobreviver no deser­to. É mais fácil botar a mochila nas costas e ser um peregrino em terra estranha do que semear no deserto. Poucos são os que se dis­põem a enfrentar e a vencer os gigantes da crise. Poucos são os que agarram os proble­mas pelo pescoço e triunfam na hora das di­ficuldades. Só os desbravadores, os idealistas e os sonhadores destemidos conseguem pros­perar no deserto. O pessimismo é uma doen­ça contagiosa. O ar está poluído por uma den­sa nuvem de descrença. A mídia despeja to­dos os dias no porão da nossa mente cansada uma enxurrada de informações arrancadas dos abismos mais profundos das tragédias humanas. Os arautos do caos embocam suas trombetas. Os profetas do pessimismo se multiplicam aos milhares. A cada dia vemos o coro dos céticos engrossando suas fileiras. Nesse tempo pardacento, em que a crise se instalou em todos os segmentos da sociedade, desde os palácios dos governos até a choupana mais pobre, é mister que alguém se levante para enfrentar a crise com galhar­dia. É no vácuo da crise que os grandes líde­res são formados. Os carvalhos resistem às grandes tempestades. A crise pode tirar a cera dos ouvidos da alma. A crise pode ser uma janela aberta do céu. A crise do homem pode ser o tempo oportuno de Deus.
Hagar perambulava no deserto com o seu filho Ismael. Com a mochila nas costas deixaram para trás as marcas profundas do desprezo. O cantil estava vazio. A sede per­versa os agredia implacavelmente, O deserto abrasador se impunha à sua frente. Estavam sem rumo, sem direção, com sede e sem água. Hagar pensou ter chegado ao fim da linha. Seu filho desidratado, sem forças, já não conseguia mais caminhar. Todas as esperanças de sobrevivência estavam sepul­tadas naquele terrível deserto. Não supor­tando mais ver o sofrimento agônico do fi­lho, Hagar o colocou perto de um arbusto e afastou-se para chorai. Era o fim. A crise ti­nha chegado ao seu apogeu. Nada mais res­tava senão a morte iminente. Contudo, quando todos os recursos de Hagar se esgotaram, do céu soou uma voz de esperança. No silêncio do deserto, Deus instruiu Hagar a não desistir do filho, pois o seu futuro seria glorioso. Das entranhas do deserto abrasador, Deus abriu uma fonte de água que começou a jorrar. Hagar e Ismael puderam beber a largos sorvos. Um milagre aconteceu no deserto da crise. A crise foi um divisor de águas na vida deles. Foi ali que eles ouviram a voz de Deus, e suas vidas foram mudadas para sempre.
É no fragor da crise que ouvimos a voz de Deus: "Não desça ao Egito". O Egito foi palco de perigo para Abraão, o pai de Isaque. O Egito oferecia uma solução imediata, uma riqueza fácil, mas era um laço para Isaque. Deus exortou-o a recusar a imediata abun­dância do Egito por bênçãos invisíveis (Gn 26.3) e mais remotas (Gn 26.3,4). Muitas pes­soas fracassam na vida exatamente porque na crise deixam de atender à voz de Deus e descem para o Egito, onde negociam seus valores absolutos, transigem com suas consci­ências e tapam os ouvidos para não atende­rem à voz de Deus. Trocam as bênçãos eter­nas pelas vantagens terrenas. Trocam as ven­turas do céu pelos prazeres transitórios do pecado. O neto de Isaque, José, foi tentado no Egito a cair nos braços de uma mulher sedutora. Era a sua patroa, tinha direitos so­bre ele e devia ser uma mulher elegante e atraente. Ela pôs os olhos em José e todos os dias tentava levá-lo para a cama. José era jo­vem, bonito e inteligente. Longe do pai e dos irmãos, vivia a plenitude do seu vigor físico. Estava em um país muito distante das pessoas que conheciam os seus valores morais. Depois que todas as armas da sedução foram usadas, a mulher de Potifar usou a força e agarrou José. O palco para a queda desse jovem hebreu estava montado. Mas ele fugiu dos braços da sedutora. Preferiu ir para a prisão a viver aprisionado pelo pecado. Preferiu a privação do cárcere à liberdade do adultério. Preferiu sofrer as conseqüências como inocente a ser honrado como culpado. Preferiu ouvir a voz de Deus à de uma mulher com cheiro de pecado.
Devemos estar com os ouvidos atentos aos tempos de crise. É justamente nesses períodos que temos as maiores experiências com Deus.
Quando todas as soluções da terra en­tram em colapso, o céu aponta o rumo a se­guir. O trono de Deus não enfrenta crise. Os propósitos de Deus não podem ser frustra­dos. As catástrofes da história não desestabilizam o governo de Deus. As tragé­dias humanas não fazem sucumbir os planos divinos. Os problemas que vivemos são ins­trumentos pedagógicos para nos aperfeiçoar em santidade, e não fatos acionados pela mão do acaso, para nos destruir.
Quando os discípulos de Cristo atraves­saram o mar da Galiléia, por ordem do pró­prio Senhor, enfrentaram uma súbita e terrí­vel tempestade. Durante várias horas trava­ram uma luta renhida para não serem traga­dos pelo temporal. Só na quarta vigília da noite Jesus foi ao encontro deles. Jesus, po­rém, apareceu de forma estranha e misterio­sa: andando por sobre as ondas. O que o Senhor queria mostrar aos discípulos é que os problemas que conspiravam contra eles estavam literalmente debaixo dos seus pés. Aquilo que nos ameaça está rigorosamente sob o controle soberano de Cristo. A crise che­ga não para nos destruir, mas para nos colo­car mais perto de Cristo. Ao ver o mar sosse­gando, os discípulos ficaram admirados e ado­raram ao Senhor. Os ventos da crise sibilam para que o trigal de Deus se dobre. Só o joio não se curva. A mesma crise que levanta uns, abate outros.

Fonte:Prosperando no Deserto ( Hernandes Lopes Dias)

quarta-feira, 27 de abril de 2011

5ª LIÇÃO: A IMPORTÂNCIA DOS DONS ESPIRITUAIS



TEXTO ÁUREO = “Portanto procurai com selo os melhores daria, e eu vos mostrarei um caminho ainda mais excelente” (1 Co 2.31).
VERDADE PRÁTICA = Os dons espirituais são faculdades da pessoa divina operando na Igreja, habilitando-a para o cumprimento da sua missão no mundo.
TEXTO BÍBLICO BÁSICO = 1 Co 12.1-11

INTRODUÇÃO

       A lição em apreço, aborda um tema gerador de diversas discussões nos meios teológicos: "os dons espirituais". Haja vista a relevância que o assunto proporciona, o respectivo  tema a ser estudado é bastante reflexivo e edificante. O referido conteúdo, divide os crentes em dois grupos: Os que não creem na sua atualidade, e os que estão de acordo, crendo piamente que os dons espirituais são para os dias de hoje, tendo em mmente que a igreja é edificada através da sua atuação. Levando sobretudo em consideração que, tamanha dádiva não vem medir o grau de espiritualidade daquele que recebe, pois Deus concede a cada um segundo a sua soberana vontade, visando assim a edificação da igreja na terra. Uma boa aula!!!!!


O QUE SÃO OS DONS ESPIRITUAIS
Não importa o que dizem os descrentes, argumentando contra a atualidade e a realidade do batismo com o Espírito Santo e dos dons espirituais. A Bíblia, que é nossa suprema autoridade, além de ser clara sobre essa matéria de fé, é confirmada por incontáveis testemunhos, que ratificam a validade da promessa pentecostal.
1. Definição. Os dons espirituais são dotações e capacitações sobrenaturais que o Senhor Jesus, por intermédio do Espírito Santo, outorga à sua Igreja, visando à expansão universal da sua obra e a edificação dos santos. Por intermédio deles, segundo o Espírito, o crente fala, conhece e age sobrenatural mente.
2. Origem. Ao contrário do que pensavam certos crentes de Corinto, os dons espirituais, embora diversos, são procedentes do Único e Verdadeiro Deus Triúno - o Espírito Santo (v.4), o Senhor Jesus (v.5), e Deus Pai (v.6). Antes acreditavam em diversos deuses (I Co 8.5,6). Entretanto, foram eles ensinados, que há um só Deus, eternamente subsistente em três pessoas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo (II Co 13.13).
A ATUALIDADE DOS DONS ESPIRITUAIS Deduzem, erradamente, que os dons espirituais cessaram após a era apostólica, pois o Evangelho, de acordo com a geografia daqueles dias, já havia chegado aos confins da terra (At 1.8; 13.47).
1. O falso ensino dos cessacionistas.
A Bíblia anula esse falso ensino. Interpretando equivocadamente as Escrituras, eles citam I Coríntios 13.8: “mas, havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão (…)“. Eles se esquecem do versículo 10 que afirma:
“Mas, quando vier o que é perfeito, então o que o é em parte será aniquilado”. Todavia, essa “era perfeita” ainda não começou; quando chegar, “então, veremos face a face” (v.12).
2. Os dons prometidos profética e historicamente. De conformidade com a profecia de Joel, o derramamento do Espírito Santo e a distribuição dos dons espirituais, seriam mais intensos nos últimos tempos (Jl 2.28,29). Em Jerusalém, no Dia de Pentecostes, esta profecia cumpriu-se parcialmente (At. 2.16- 18). Desde então continua a cumprir- se onde quer que o evangelho seja ouvido e crido. Em nossos dias, o derramamento do Espírito recomeçou em 1 906, na Rua Azusa, em Los Angeles, Califórnia, Estados Unidos da América, sob a liderança de Wiliiam joseph Seymour (1 870-1 922). Este pastor era metodista, oriundo do Movimento da Santidade, e filho de pais batistas de origem africana. Desde então, o pentecostalismo expandiu-se, chegando ao Brasil em 1910. No momento, a Assembléia de Deus no Brasil já começa a comemorar o seu primeiro centenário, que teve início em 1911.
OBJETIVOS DOS DONS ESPIRITUAIS
Deus concede dons primeiramente para a edificação da igreja, mas também para o progresso do crente (I Co 14.1-4). Os dons espirituais seguem-se ao batismo com o Espírito Santo: “e falavam línguas e profetizavam” (At 19.6). Não o contrário.
1. Objetivos congregacionais. Os dons espirituais, principalmente os de expressão verbal, visam à edificação, consolação e exortação do povo de Deus.
O capítulo 14 de I Coríntios discorre amplamente sobre o assunto. O termo “edificar” é ali empregado constantemente.
2. Objetivos individuais. Os dons espirituais não devem ser usados para o nosso deleite, mas para o enriquecimento de nossa vida cristã: “O que fala língua estranha edifica-se a si mesmo, mas o que profetiza edifica a igreja” (I Co 14.4).
Quando alguém é batizado com o Espírito Santo e fala em línguas, em seu espírito ora, exalta e louva a Deus secretamente. É um relacionamento íntimo entre o salvo e Deus. Ninguém o entende, a não ser Deus (I Co 14.2).
OS DONS DE MANIFESTAÇÃO VERBAL
Os dons de expressão verbal são os mais destacados na igreja. Ocupam o maior espaço no capítulo em estudo, o qual trata primariamente da operação dos dons “decentemente e com ordem” (v.40). Esses dons se manifestam sobrenaturalmente através de mensagens orais, segundo a orientação do Espírito Santo.
1. Dom de variedade de línguas. Através do dom de variedade de línguas, os crentes, em espírito, oram, adoram e louvam a Deus de modo sobrenatural. É uma comunicação direta com Deus, mediante o Espírito Santo, sem quaisquer impedimentos (I Co 14.2).
2. Dom de interpretação de línguas. É evidente que este dom opera juntamente com o dom anterior, formando ambos uma profecia (vv.5,1 3, 27,28).
3. Dom de profecia. A profecia, como dom de expressão verbal, é enunciada claramente no idioma de quem a profere, “para edificação, exortação e consolação” de todos (v.3). O dom de profecia, hoje, não tem a mesma autoridade canônica das Escrituras (II Pe 1 .20), que são infalíveis. A profecia atual deve ser julgada (I Co 14.29).
OS DONS DE SABER
Por intermédio dos dons de saber, a Igreja de Cristo manifesta sabedoria, ciência e discernimento sobrenaturais. Eles são de grande necessidade aos santos, habilitando-os a entenderem muito mais e a combaterem os espíritos do erro e suas artimanhas por toda parte. Considere-se a proliferação, inclusive dentro das igrejas, de falsas doutrinas, de imitação dos dons, de modernismos teológicos, de inovações antibíblicas, de falsos avivalistas, de “milagreiros” ambulantes, etc.
1. O dom da palavra da sabedoria (I Co 12.8). E o saber extraordinário e sobrenatural, outorgado diretamente pelo Espírito. O profeta Daniel tinha deste dom, segundo relata o escritor sagrado (Dn 1.17; 5.11,12; 10.1).
2. O dom da palavra da ciência (v.8). Este dom provê um conhecimento extraordinário e sobrenatural. Ele certamente operava nos profetas Eliseu (II Rs 5. 25,26) e Aías (I Rs 14.1-8).
3. O dom de discernir os espíritos (v.10). É a identificação sobrenatural de operações de espíritos quanto á sua origem e intenções: espíritos enganadores, demoníacos e humanos. É um dom defensivo que evita que sejamos enganados pelo adversário. Paulo tinha o dom de discernimento de espíritos (At 16.16-1 8).
OS DONS DE PODER
Mediante os dons de poder, a autoridade e o poder divinos manifestam- se no crente de maneira sobrenatural sobre o mundo físico. Esses dons são: Fé, Curas, e Operação de Maravilhas.
1. Dom da fé (v.9). É a operação sobrenatural da fé para a realização de coisas tidas como impossíveis na expansão do Reino de Deus. O profeta Elias tinha o dom da fé segundo o relato dei Reis 1.10-1 2.
2. Os dons de curar (v.9). É um dom plural na sua constituição e operação.
A palavra “curar” está no plural no texto grego, indicando diferentes “curas” para vários tipos de moléstias ou enfermidades.
3. Dom de operação de maravilhas (v.10). Estes dois vocábulos que designam este dom, no original, estão no plural. São operações de milagres extraordinários, surpreendentes e espantosos para levar os incrédulos à conversão; convencer os céticos e fortalecer os crentes fracos e duvidosos quanto à suficiência infinita de Deus. Ver Jo 6; At 8.6,13; 19.11 ;Js 10.12-14. Moisés, Elias, Eliseu, Paulo, e inúmeros outros servos de Deus tinham esse dom.
O QUE SÃO OS DONS DO ESPIRITO
Enquanto “o falar em línguas” tem um caráter individual e é proveitoso para aquele que fala, “os dons” são manifestos para benefício da igreja local, isto é, da congregação.
1. Os diferentes tipos de dons espirituais citados na Bíblia.
a) Dom do Espírito Santo. A palavra “dom” no Novo Testamento às vezes aparece no singular, referindo-se à entrada do Espírito na vida do pecador arrependido, mas também pode referir-se ao batismo no Espírito Santo como em At 2.4,38; 10.44-46.
b) Dons do Espírito Santo (1 Co 12.7-11). A palavra “dons” indica as distintas manifestações do Espírito Santo na vida da Igreja. São capacitações sobrenaturais do Espírito para fortalecer, prevenir e edificar os crentes em Cristo.
c) Dom de Deus (Jo 4.10). Refere-se à dádiva suprema do amor divino, que foi o seu Filho Jesus para salvação da humanidade (Jo 3.16; Rm 6.23).
d) Dons de Cristo (1 Co 12.5; 4.11-13). São dons ministeriais, entregues à Igreja para o aperfeiçoamento dos santos.
2. São manifestações do Espírito Santo
Os dons operados pelo Espírito Santo são “manifestações” especiais na vida da igreja local, que capacitam seus membros em particular. A palavra “manifestação” é literalmente no original, “tornar claro”, “fazer conhecido”. As manifestações do Espírito Santo através dos dons espirituais revelam as obras que Ele quer realizar através dos crentes.
OS OBJETIVOS DOS DONS ESPIRITUAIS Os dons espirituais visam promover a unidade da Igreja no sentido espiritual, mas também socialmente, pois a operação dos dons dinamiza a comunhão entre os crentes. No aspecto físico, o sangue e o espírito são dois elementos que mantém a unidade do corpo humano. O sangue está espalhado em todo o corpo e atinge todos os membros. O espírito não se localiza em determinado órgão, mas está em todo o corpo. Assim sendo, o sangue de Jesus (isto é, a sua eficácia) está em todo o Corpo de Cristo, a Igreja, e o Espírito manifesta- se através dos dons para manter e fortalecer o corpo de Cristo.
1. Promover a unidade do Corpo de Cristo (1 Co 12. 12, 13).
2. Promover a diferença e a funcionalidade dos membros do Corpo e Cristo (1 Co 12.14-16,27). A Igreja é um corpo com muitos membros, e todos são indispensáveis para o seu perfeito funcionamento. Cada cristão é parte integrante da Igreja, e os dons são concedidos para o perfeito exercício do corpo; não são independentes e atuam pelo bem dos demais. Cada membro tem a sua função, e quando dotado de um dom espiritual, trabalhará para beneficiar a todos. A diversidade dos dons existe dentro da unidade do corpo (1 Co 12.4). Os dons emanam de uma mesma fonte: “Há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo” (1 Co 12.4). É Ele quem utiliza os dons conforme a sua soberana vontade. Os dons não são para a exaltação das pessoas, nem para a sua individualização.
FALSOS CONCEITOS QUANTO AOS DONS ESPIRITUAIS
Ao longo destes últimos setenta anos, desde o início do Movimento Pentecostal, aqueles que procuram combatê-lo, têm inventado as mais variadas e absurdas teorias quanto aos dons do Espírito Santo. Dentre essas teorias se destacam as seguintes:
I. Os dons eram restritos à era apostólica. Os que defendem esta teoria afirmam que os sinais sobrenaturais e os dons do Espírito Santo foram enviados com o propósito exclusivo de confirmar a divindade de Jesus Cristo, e autenticar os primeiros pregadores do Evangelho e sua mensagem. Argumentam também que a necessidade de tais manifestações sobrenaturais cessaram depois de completado o Novo Testamento.
2. Os dons hoje são habilidades naturais. Isto é, Deus premia algumas pessoas privilegiadas, dando- lhes dotes especiais. Por exemplo: pessoas com a habilidade fora do comum para lingüística, como Ruy Barbosa, têm o dom de línguas e de interpretação; quem tem mãos habilidosas e grandes capacidade como cirurgião, tem o dom de curar; quem mostra erudição na pregação, tem o dom da profecia; e assim por diante.
3. Os dons são Inalcançáveis. Os que advogam esta interpretação dizem que os dons são tão grandiosos e santos na sua essência, que ninguém está suficientemente preparado para merecê-los; portanto ninguém os possui.
AS FUNÇÕES DOS DONS
Paulo faz um contraste entre o valor das línguas e o da profecia em quatro funções diferentes, em 1 Coríntios 14: o ensino (vv. 6-12), a adoração (vv. 13-19), os sinais para o descrente (vv. 19-25) e o ministério à igreja local (vv. 26- 33). Ele admoesta contra o abuso dos dons e oferece diretrizes positivas ao seu exercício. Resumi abaixo as instruções essenciais.
A comunicação é complexa. A comunicação nítida fortalece (14.3). E fácil entender erronearnente intenções, atitudes e palavras. Somos imperfeitos. E por isso que os dons precisam ser exercidos com amor. Os coríntios, egoístas, fingiam-se ultra-espirituais e abusavam das línguas estranhas. Surgiram muitos problemas. Paulo reenfatiza a necessidade da clareza na orientação e instrução. Por isso, toma a profecia como exemplo para representar todos os dons exercidos no idioma conhecido. As línguas estranhas, quando interpretadas, incentivam a congregação a adorar (1 Co 14.2,5,14,15) e se constituem num dom tão válido quanto a profecia. Não há fundamento bíblico para classificar os dons como superiores ou inferiores.
Cada dom desempenha uma tarefa única e incomparável, se comunicado corretamente. Paulo oferece a analogia da flauta, da cítara e da trombeta tocadas sem um som nítido: não há benefício para o ouvinte. Na assembléia local, precisamos transmitir com nitidez a orientação divina, o que Deus está dizendo a todos nós Paulo tinha em alta estima o dom de línguas para a adoração (1 Co 14.2), a edificação do indivíduo (14.4), a oração (14.4), a ação de graças (14.17) e como sinal para o incrédulo (14.22). Paulo orava em línguas, cantava em línguas, louvava em línguas e falava em línguas (14,13-16). Na realidade, falava em línguas ainda mais que os exuberantes coríntios. Ele fala do valor de louvar e orar com o Espírito e também com o entendimento.
Os coríntios haviam exagerado no uso do dom de línguas. Alguns talvez acreditassem que falavam línguas angelicais (1 Co 13.1). E possível que os cultos tenham sido dominados pelas línguas (14.23), e parece que os que falavam em línguas interrompiam uns aos outros para entregar suas mensagens, sem interpretação (14.27,28). Há uma pergunta fundamental a respeito dessa passagem. Estaria Paulo encorajando ou desencorajando períodos de adoração em que todos na assembléia falam em outras línguas? Duas opiniões são sustentadas a respeito de 1 Coríntios 14.23,24. Uma delas é que Paulo estava reduzindo ao mínimo o uso do dom das línguas e que nunca, por nenhum motivo, deveria haver mais que duas pessoas (ou no máximo três) falando num culto.
Assim fica excluída a adoração pública em línguas. Segundo esta opinião, Paulo faz uma concessão mínima àqueles em Corinto que falavam em línguas.
Uma segunda opinião considera que 1 Coríntios 14.23- 24 consiste em duas declarações paralelas: todos falam em línguas; todos profetizam. Se 14.23 significa que todos falam línguas estranhas ao mesmo tempo, obviamente 14.24 refere-se a todos profetizando ao mesmo tempo. Obviamente, 14.24 não pode significar isso. Todos profetizando ao mesmo tempo seria confusão ou mesmo demência. Paulo certamente permite às pessoas profetizarem “uns depois dos outros” no ministério à congregação (1 Co 14.3 1). E, se a profecia representa todos os dons no idioma conhecido, outros dons também podem ser ministrados profeticamente.
A única limitação imposta às mensagens proféticas é que seja feito “tudo decentemente e com ordem”. Os coríntios não deveriam consumir a totalidade do horário falando “uns depois dos outros” em línguas. Há um limite de duas ou (no máximo) três expressões em línguas com interpretações (14.27). O propósito básico das línguas estranhas com interpretação é adorar a Deus e encorajar os outros a fazer o mesmo. Se uma congregação está disposta a adorar, não serão necessárias mais que duas ou três exortações para situá-la nesse propósito.
Em Atos 2.4, 10.44-46 e 19.6, vemos que todos falavam em línguas na adoração coletiva. Nenhuma interpretação é mencionada. A interpretação sem preconceitos de 1 Coríntios 14.2,22-25 não pode negar que todos adoravam em línguas ao mesmo tempo. Paulo e Lucas não se contradizem mutuamente.
Se o propósito primário das línguas é louvar a Deus, as línguas com interpretação encorajarão as pessoas a adorar. Assim, recusar às pessoas a oportunidade de adorar a Deus em línguas parece uma contradição. Nesse caso, Paulo estaria dizendo: “Adorem com o entendimento na assembléia, mas não no Espírito. Somente duas ou três pessoas têm licença para aquela experiência”. Que diremos das reuniões em que a oração é o tema principal na agenda? Ou das reuniões que visam encorajar os outros a receber a plenitude do Espírito? Ou dos momentos de pura celebração espiritual? Quando Deus nos toca, no meio de qualquer assembléia pública, nós correspondemos. Essa nossa resposta, no entanto, não deve atrair sobre nós mesmos qualquer atenção indevida.
O reavivamento pentecostal/carismático no mundo inteiro jamais se desculpou pela celebração espiritual genuína. Tem, sim, encorajado a adoração sincera. O espírito do indivíduo não é abafado pelo coletivo. Pelo contrário, é plenamente aproveitado no Corpo, com o devido controle. O dom de línguas não está limitado aos devocionais particulares. Pelo contrário, aprendemos no modelo da adoração pública a maneira de adorar em particular. Se todos entendessem que há ocasiões diferentes para se louvar a Deus, não existiria nenhuma confusão.
Todos os dons têm valor como sinal e valor no seu conteúdo. No dom de línguas, destaca-se o aspecto de sinal: desperta a atenção. Na profecia, o conteúdo, embora em certos casos tenha grande valor como sinal. Ela confronta as pessoas com a Palavra de Deus e as convida ao arrependimento.
Palmer Robertson ressalta: “As ‘línguas’ servem como indicador; a ‘profecia’, como comunicador. As ‘línguas’ chamam a atenção aos atos poderosos de Deus; a ‘profecia’ conclama ao arrependimento e à fé como forma de corresponder aos atos poderosos de Deus”.
As curas têm valor como sinal para os que observam, e valor de conteúdo para os que são curados. As palavras de sabedoria e conhecimento destacam muito mais o valor do conteúdo, embora às vezes tenham grande valor como sinal.
E uma questão pragmática — o que Deus está fazendo e o que é necessário à situação. Embora nada possa substituir a Palavra de Deus nem valer mais que ela,38 Deus continua falando às igrejas e às necessidades individuais. Reunimo-nos para ouvir a mensagem de Deus. Ele fala à nossa situação presente através da sua Palavra e do corpo de Cristo. Se todos comparecermos com a disposição de ministrar dons e surgir a oportunidade, o ministério poderá fluir livremente. O ambiente ideal para esse ministério é o pequeno, tal como um grupo familiar. Horários apertados, grandes multidões e membros acanhados são obstáculos (14.26).
Paulo guiava a igreja em Corinto com mão firme. Muitos estavam unidos contra ele. Alguns coríntios julgavam-se ultra-espirituais, pensando que o Reino já havia chegado e que não haveria necessidade de ressurreição para quem realmente tivesse fé. Somente eles tinham a manifestação mais plena dos dons. Mas Paulo não reage fortemente contra eles. Oferece diretrizes positivas. A primeira é que a profecia precisa ser comunicada com clareza, a fim de fortalecer, encorajar e consolar (14.3).
A segunda diretriz a ser considerada consiste nas necessidades dos crentes, dos incrédulos e dos interessados. Os crentes precisam ser instruídos e edificados (14.1-12), render graças juntamente com os outros crentes (14.17), tornar-se maduros no pensamento (14.20), ministrar vários dons (14.26-33), avaliar os dons (14.29) e ser discipulados (14.31). Os incrédulos precisam compreender o que está acontecendo num culto (14.16),tomar conhecimento do fato de que Deus está falando (14.22) e ter os segredos do coração desvendados diante de Deus (14.25), a fim de serem levados à fé. Os interessados, que buscam a Deus, precisam compreender o que está acontecendo no culto (14.16), sem
ficar confusos (14.23), e saber que Deus está verdadeira- mente entre nós (14.25).
A terceira diretriz é a importância de não reagir. Paulo aconselha aos coríntios: “Procurai com zelo os dons espirituais” (14.1), canalizando esse zelo para a edificação da Igreja (14.12), e não proibindo o falar em outras línguas (14.39). O medo de cair em extremos freqüentemente leva as igrejas a recuar diante da aceitação de um ministério completo de dons. Nesse caso, o nenê é jogado fora junto com a água suja do banho, o fogo é evitado por causa da possibilidade de fogo-fátuo ou, conforme diz o provérbio chinês, podamos os dedos dos pés a fim de fazer o sapato servir.
Por outro lado, seguir zelosamente uma posição teológica sem fundamento bíblico é prejudicar o próprio reavivamento, que todos estamos buscando. As vezes condenamos sem misericórdia, de modo farisaico, os que cometem enganos. E assim, desanimamos outras pessoas que querem ministrar com os dons. O medo exagerado de erros pode nos deixar sem a bênção de Deus. Precisamos de teologia sólida como base.
Mas também devemos ensinar com amor, testar as revelações à luz da consciência espiritual que outros membros maduros do corpo de Cristo possuem e aprimorar (ao invés de repudiar) os dons genuínos do Espírito (14.39,40).
A quarta diretriz é a prestação de contas. Na totalidade do capítulo, Paulo revela que os modos de corrigir os exageros são: o exercício saudável dos dons, a avaliação e a prestação de contas. Somos responsáveis uns diante dos outros.
No culto de adoração, a prioridade suprema é edificar os outros. Nossa vida, nossa metodologia e nossas expressões vocais devem ser levadas adiante, no contexto do que Deus está fazendo na Igreja, e sujeitas espontaneamente à avaliação do corpo dos fiéis. Exageros surgem quando as pessoas exercem dons ou fazem declarações sem ter de prestar contas a ninguém.

CONCLUSÃO

    Na lição de hoje aprendemos que Deus está a conceder os dons espirituais a sua Santa igreja,  para o pleno e exclusivo objetivo da edificação dos santos. A igreja dos dias atuais não só precisa, como depende com exclusividade da operação dessa tão importante dádiva do Senhor. Negar a operação e a evidências dos dons do Espírito Santo, é dizer que a igreja está incapaz de cumprir a missão foi proposta pelo Mestre.

      A lição apresentou com muita relevância, a importância da busca dos dons, e  o uso com devida ética, sabedoria e humildade sobretudo, a fim de vermos a edificação do corpo de Cristo.

lição adptada.
fonte: ebdweb

domingo, 24 de abril de 2011

CURAS DIVINAS, RENOVAÇÃO E BATISMO COM ESPÍRITO SANTO MARCAM ENCONTRO DE SENHORES EM VIÇOSA

      
          Os componentes do Departamento de Senhores "Arautos do Rei", e todos que fazem a Assembléia de Deus em Viçosa,-AL, tem  bastante motivos de glorificar e exaltar o nome do Senhor pelos os três dias de festa do 3º Encontro de Senhores. Os crentes, convidados e visitantes, foram sobremodo abençoados por Deus nestes dias.
     Neste sábado (23), o Senhor nos concedeu um brilhante encerramento debaixo do poder do seu Santo Espírito. Louvores foram entoados com muita unção de Deus pelo órgãos presentes, como o conjunto de senhores “Cântico de Sião” ( Arapiraca-AL), O Conjunto de Senhoras “Filhas de Sião” (local), e o aniversariante conjunto “Arautos do Rei” além do cantor Paulo Figueiredo (SE), que foi usado poderosamente no seu ministério.
        Depois do belíssimo momento de adoração ao Senhor, o preletor Tiago Bomfim (SE), fez uso do texto bíblico extraído do livro de Gn. 22.9,15, onde  explanou uma  edificante mensagem, fazendo menção da expressão verdadeira adoração e provisão de Deus na vida do crente. “Onde há verdadeira adoração há  provisão de Deus", bradou o pregador.

    Pastor Josias Bezerra, vindo de Saõ paulo, filho de Viçosa, expressou a sua alegria de participar do evento: "Fico muito feliz em está participando de uma festa como essa", declarou. "principalmente na cidade que  cresci e aprendi servi a Deus", finalizou.
     Ao ministrar a mensagem, a glória de Deus tomou conta da igreja, onde víamos crianças,  adolescentes , jovens e adultos sendo renovados pelo Senhor, e no momento dez pessoas receberam a promessa do alto, sendo batizadas com Espírito Santo e outras  sendo curadas e diversas enfermidades.
     Glorificamos e rendemos toda honra e adoração a Deus por tudo quanto o Senhor nos proporcionou nesses três dias. Expressamos nossa gratidão ao Pr. Donizete Inácio, pelo carinho e disposição de nos ajudar cada dia com palavras de ânimo e incentivo.
     Nossa gratidão aos nossos queridos preletores, cantores e departamentos que abrilhantaram o nosso encontro trazendo mensagens e louvores que ficarão gravados nos nossos corações.
     A amada igreja de Cristo em Viçosa que sempre tem posto a mão para engrandecimento do reino de Deus nesse lugar.
        Que as bênçãos de Deus continue sendo derramada na vida de todos que contribuíram para a realização desse evento.

                                  Carinhosamente em Cristo.
   A diretoria


Departamento Arautos do Rei


                                                                                


    

DESEJO ARDENTE DE GANHAR ALMAS


           
         Já ganhaste uma alma para Cristo? Já experimentaste? Conheces alguém atualmente na glória, com Cristo, levado por ti a Ele? Ou conheces alguém que está no caminho para o céu, porque o informaste do Salvador?
            Se fossem desvendados os teus olhos, neste momento, para contemplar a eternidade, e se te fosse revelado que tens de passar para lá, neste ano não desejarias depositar aos pés do Salvador algum presente como prova de teu amor? Pode haver um presente tão precioso ou aceitável ao Mestre, como uma alma ganha para Ele, durante um ano?
            As palavras dos maiores, na história da Igreja de Cristo, revelam como o coração os abrasava com este desejo; vamos citar algumas expressões:
            Knox, assim rogava a Deus: “Dá-me a Escócia ou eu morro!”
            Whitefield, implorava: “Se não queres dar-me almas, retira a minha!”
            Diz-se de Aleine: “Era insaciavelmente desejoso de conversão de almas, e para este fim derramava seu coração em oração e pregação”
            João Bunyan, disse: “Na pregação não podia contentar-me sem ver o fruto do meu trabalho”.
            Assim dizia Mateus Henry: “Sinto maior gozo em ganhar uma alma para Cristo, do que em ganhar montanhas de ouro e prata, para mim mesmo”.
            D. L. Moody: “Usa-me, então, meu Salvador, para qualquer alvo e em qualquer maneira que precisares. Aqui está meu pobre coração, uma vasilha vazia, enche-me com a Tua graça”.
            Henrique Martyn, ajoelhado na praia da Índia, onde fora como missionário, dizia: “Aqui quero ser inteiramente gasto por Deus”.
            João Hunt, missionário entre os antropófagos, nas ilhas de Fidji, no leito de morte, orava: “Senhor, salva Fidji, salva Fidji, salva este povo. Ó Senhor, tem misericórdia de Fidji, salva Fidji!”
            João McKenzie, ajoelhado à beira do Lossie, clamava: “Ó Senhor, manda-me para o lugar mais escuro da terra!”
            Praying Hyde, missionário na Índia, suplicava: “Ó Deus, dá-me almas ou morrerei!”
            Quando aqueles que assistiam a morte de Davi Stoner, pensavam que seu espírito já tivesse voado, ele se levantou na cama, e clamou: “Ó Senhor, salva pecadores! Salva-os as centenas e salva-os aos milhares!”, e findou a sua obra na terra. O desejo ardente da sua vida, dominava-o até a morte.
            Davi Brainerd falava: “Eis-me aqui, Senhor. Envia-me a mim! Envia-me até os confins da terra: envia-me aos bárbaros habitantes das selvas; envia-me para longe de tudo que tem o nome de conforto, na terra; envia-me mesmo para a morte, se for no Teu serviço e para o progresso do Teu reino”.
            Ele escreveu: “Lutei pela colheita de almas, multidões de pobres almas. Lutei para ganhar cada alma, e isto em muitos lugares. Sentia tanta agonia, desde o nascer do sol até anoitecer, que ficava molhado de suor por todo o corpo. Mas, oh! Meu querido Senhor suou sangue pelas pobres almas. Com grande ânsia eu desejava ter mais compaixão”.
            Brainerd podia dizer de si: “Não me importava o lugar ou a maneira que tivesse de morar, nem por qual sofrimento tivesse de passar, contanto que pudesse ganhar almas para Cristo. Quando dormia, sonhava com essas coisas, e ao acordar, a primeira coisa em que me ocupava essa era grande obra; não tinha outro desejo a não ser a conversão dos perdidos”.
Encontrava-se João Welsh, nas noites mais frias prostrado no chão, chorando e lutando com o Senhor, por seu povo. Quando sua esposa implorava que explicasse a razão de sua ânsia, respondia: “Tenho que dar conta de três mil almas e não sei como estão”.
O profeta Jeremias: “Se eu disser: Não farei menção dele, nem falarei mais em Seu nome, há no meu coração como fogo ardente, encerrado nos meus ossos, e estou cansado de sofrer, e não posso conter-me”. (Jer 20.9)
O apóstolo Paulo: “Tornei-me tudo para todos, para de todo e qualquer modo salvar alguns”. (1 Cor 9.22)
O sentimento do Filho de Deus: “Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores”. (2 Tim 1.15)
O desejo do Pai celestial: “Pois assim amou Deus ao mundo, que deu Seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê, não pereça, mas tenha a vida eterna”. (João 3.16)
D. L. Moody conta o seguinte, explicando como Deus o dirigiu a deixar tudo para passar o resto da vida no serviço de ganhar almas: “Não perdi a visão de Jesus Cristo, desde o primeiro dia que O encontrei, na loja em Boston, onde era caixeiro. Porém durante alguns anos achava que não podia trabalhar para Deus. Ninguém me pediu para que fizesse alguma coisa em favor do Evangelho.
Quando fui a Chicago, aluguei cinco assentos na Igreja, e saía e me esforçava para encher os bancos, com moços que encontrava nas ruas. Não falava a estes acerca das suas almas; julgava eu que falar aos pecadores era trabalho dos anciãos. Depois de algum tempo de assim trabalhar, abri uma Escola Dominical, em outra parte da cidade. Para mim, a única coisa era ter o maior número na Escola, e trabalhava com este alvo. Quando a assistência era de menos de mil pessoas, eu ficava perturbado; e quando subia a mil e duzentas ou a mil e quinhentas então me alegrava. Até então ninguém fora convertido; não houvera colheita. Então, Deus me iluminou.
Havia na escola uma classe de moças que eram, sem dúvida, as mais vaidosas que eu jamais encontrara. Num domingo o professor estava doente, e eu ensinei a classe. Zombaram de mim na minha presença e eu fui tentado a expulsá-las, para nunca mais voltarem. Durante a semana, o professor entrou na loja onde eu trabalhava. Vi que ele estava pálido e muito doente. “Que tens?” perguntei-lhe. – “Tive outra hemorragia nos pulmões. O médico diz que não posso ficar em Lake Michigan, e vou para o Estado de Nova Iorque. Por mim, vou para casa para morrer”. Ele parecia muito perturbado e quando perguntei a razão, respondeu: “Ora, nunca dirigi uma moça da minha classe para Cristo. Acho que realmente tenho feito mais mal do que bem, às moças”.
Nunca tinha ouvido alguém falar nisso, e fiquei meditando.
Depois de um pouco, eu disse: “Não achas bom ir dizer-lhes o que sentes? Irei, também, numa carruagem, se queres ir”. Ele concordou e saímos juntos. Foi uma das melhores viagens que jamais fiz na terra. Fomos à casa de uma das moças e o professor falou pra ela acerca da alma. Então, não se ria mais. Lágrimas apareceram-lhe nos olhos. O professor depois de explicar o caminho da salvação, sugeriu que orássemos. Pediu que eu orasse. Em verdade, nunca fizera tal coisa, nunca orara a Deus que convertesse a uma moça, e na mesma ocasião, porém, oramos, e Deus respondeu à oração.
Fomos à casa das outras moças. Quando ele subia a escada, faltava-lhe o fôlego, mas explicava às moças o propósito de nossa visita. E, sem muita demora, ficaram quebrantadas e começaram a buscar salvação.
Quando ele não podia mais andar, levei-o de novo para sua casa. No dia seguinte saímos outra vez. Passara-se dez dias, e chegou de novo à loja, com o rosto brilhando. “Sr Moody”, disse ele, “a ultima já se entregou a Cristo”. Como foi grande o nosso regozijo! Ele tinha de partir na noite do dia seguinte; chamei sua classe para uma reunião de oração, e lá, Deus acendeu um fogo na minha alma, que nunca mais se apagou. O maior alvo da minha vida era ser comerciante próspero; se tivesse sabido que estava para perder este alvo, é provável que não teria ido. Mas quantas vezes agradeço a Deus, depois daquele culto!
O professor que estava para morrer, sentou-se no centro da classe e falava-lhes, lendo o capitulo catorze de João. Experimentamos cantar o hino: “Benditos laços são, os do fraterno amor”, e depois ajoelhamo-nos para orar. Quando eu queria levantar-me da oração, uma das moças da classe começou a orar por seu professor, já moribundo, outra orou e, depois outra; e antes de nos levantarmos, a classe inteira tinha orado. Quando saímos, disse pra mim mesmo: “Ó Deus, deixa-me morrer antes de perder a benção que recebi aqui, esta noite!”
No dia seguinte, fui à estação despedir-me do professor. Antes de sair o trem, chegaram, uma a uma, todas as moças da classe sem haver qualquer combinação. Que culto! Experimentamos cantar, mas só podíamos chorar. A última coisa que vimos do professor, na plataforma do último carro, com o dedo apontado para cima, implorava que a classe o encontrasse no céu.
Eu não sabia o preço que tinha de pagar por causa desta experiência. Não tinha mais habilidade para o comércio, tinha perdido o gosto de negociar. Tinha provado algo de um outro mundo, e não queria mais ganhar dinheiro. Durante alguns dias depois, tive a maior luta da minha vida. Devia deixar o comércio e entregar-me inteiramente à Obra de Cristo, ou não? Nunca me arrependi da minha escolha. Oh, a delícia de dirigir alguém das trevas, à luz gloriosa do Evangelho!
Na primeira guerra mundial, um moço foi levado ao hospital, sofrendo ferimentos em quase todo o corpo. Em grande agonia, suplicava à enfermeira que lhe desse algo para dormir, para jamais acordar. Ela recusou e ele começou a implorar ao médico: “Tenha compaixão de mim. Faça com que eu durma. Por que devo viver? Estou completamente inutilizado. Não posso mais servir à pátria nem ao próximo. Dê-me um alívio”. Quando o médico também recusou, rogou que escrevessem ao rei, pedindo licença para que findassem com seus sofrimentos. Para apaziguá-lo, o médico escreveu ao rei Jorge, contando o caso do soldado valente que fora vencido pela dor. Chegou um telegrama para o soldado: “Teu rei precisa de ti. (a) Jorge”. O soldado, logo corou ânimo e ficou bom.
Fonte: Esforça-te para ganhar almas ( Orlando Boyer)

sábado, 23 de abril de 2011

A GLÓRIA DE DEUS É MANIFESTA EM CONGRESSO DE SENHORES EM VIÇOSA


         O tema escolhido para o 3º Encontro de Senhores da Assembleia de Deus em Viçosa Alagoas, sob a direção do Pr. Donizete Inácio de Melo foi por demais  sugestivo para momento. No livro de Êx. 33.18, Moisés pede ao Senhor: “Rogo-te que me mostre a tua glória”. Assim também, rogaram os crentes  da igreja de Cristo nessa cidade, e Deus pela sua bondade e misericórdia atendeu. No segundo dia de Congresso de Senhores, o nosso Deus derramou da sua glória no meio do povo de uma forma extraodinária.
       Na tarde de sexta-feira (22), Deus começou revelar a sua gloriosa presença para os servos de Deus. Fazendo menção do texto de Êx. 33.18, tema que se faz jus a festa, o Pregador Tiago Bomfim ( SE), foi o instrumento que Deus usou para transmitir a preciosa mensagem para amada igreja de Cristo.  A glória de Deus  “invadiu” a igreja de forma especial, houve muita renovação e quatro pessoas foram batizadas com Espírito Santo.
         A noite, o templo sede tornou-se pequeno, diante do expressivo número de crentes, convidados e visitantes. Estiveram louvando ao Senhor o Departamento de Senhores “ Guerreiros da fé” ( Chã Preta), o cantor Paulo Figueiredo ( SE).
     Com base no texto de Joel 2. 1, 20-26, Tiago Bomfim continuou sendo usado por Deus. Fortes revelações foram dadas ao servo de Deus, a proporção que era anunciada a mensagem, a igreja pode sentir a gloriosa presença de Deus. Doze pessoas foram batizadas com Espírito Santo, várias pessoas receberam curas divinas e diversas mensagens proféticas foram proferidas. No término do trabalho podíamos contemplar a gratidão no rosto dos irmãos. “Ver a operação de Deus em nosso meio  é algo sublime” enfatizou o Dc. Sávio André, "Deus tem usado o seu povo e como Grande Pai que  Ele é, tem cuidado dos seus". “Louvo ao Senhor por sua glória no nosso meio”, concluiu. Agradeço a Deus por esse dia todo especial, pois podemos ver a revelação de Deus para os irmãos que esperavam à tempo uma resposta, disse o Dc. Marcos Antônio.
          Expressamos toda gratidão a Deus e tributamos toda honra,  glória louvor e adoração, pois só Ele é digno.
         Que Deus possa derramar suas ricas bênçãos a todos que tem feito essa festa acontecer.
                                                                                         
      
 

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Glória de Deus na abertura do 3º Encontro de Senhores em Viçosa Alagoas

       


        Sob o tema: "Rogo-te que me mostre a tua glória" Êx. 33.18, a Igreja Evangélica Assembléia de Deus em Viçosa, localizada na Zona da Mata, no Estado de Alagoas, na direção do Pastor Donizete Inácio de Melo, deu abertura ao 3º Congresso de Senhores nesta quinta-feira (21). Foi uma bela abertura. Tivemos a honrosa presença  de diversos irmãos de várias Cidades e Estados: Pr. Josias Bezerra (SP), Pr. Adalberto ( Teotônio Vilela -AL), Pb. Noex  Miranda e Benildo Miranada ( Cajueiro -AL). 

    O louvor ficou sob a responsabilidade do Conjunto de Senhores  "Vozes de Júbilo" ( Cajueiro), União de Senhoras (local), Banda "Som de Adoradores" (local) e o conjunto aniversariante "Arautos de Rei". Todos os órgãos louvaram a Deus com muita graça e unção da parte do Senhor. 

      O  preletor  da noite foi o Pastor Adalberto ( Teotônio Vilela), que ao ser facultada a oportunidade, fez uma boa reflexão do tema alusivo a festividade. Em seguida leu no livro de Sl. 29.1,9, sequencialmente usou da frase “ Glória e descanso, dois trilho que a igreja anda para o céu”, Depois de  fazer uso da expressão supra, o servo de Deus transmitiu uma poderosa mensagem debaixo da unção do Espírito Santo de Deus. Os Arautos do Rei rogaram a glória do Senhor, e isso aconteceu, podemos ver a igreja ser agraciada com a glória de Deus nessa noite.

       Tributamos toda glória, louvor e gratidão ao nosso Deus Pai, a seu Filho Jesus  e ao Espírito Santo,  por nos conceder a  o   Encontro de Senhores.  Ao mesmo tempo que expressamos nossa gratidão ao Pr. Donizete, ao visitantes e convidados, aos preletor Adalberto, ao conjunto “ Vozes de Júbilo” e a toda amada igreja de Cristo em Viçosa.

                                                                      Atenciosamente em Cristo.

                                                                                            A diretoria.
                                           
                                                               
                                                                   Pastor Adalberto


Conjunto Arautos do Rei





quarta-feira, 20 de abril de 2011

ESPÍRITO SANTO: AGENTE CAPACITADOR DA OBRA DE DEUS

 INTRODUÇÃO       
 
 Segundo o dicionário da língua portuguesa, capacidade é a qualidade de quem é apto a fazer determinada coisa, a compreendê-la; competência. Sinónimo de  aptidão, faculdade, habilidade; inteligência, talento, valor. Esse é o sentido etmológico da referida palavra. Muitos hoje se detém tão somente ao sentido da palavra e  coloca toda sua competência, habilidade, inteligência, etc. acima do autor da vida. Por que não dizer que muitos cristãos assim também tem agido, achando que toda suas preoesas vem de si. Contudo na lição de hoje estaremos refletindo nesse assunto de suma importância. Aprenderemos que sem o Espírito santo de Deus, "a igreja não seria igreja", "pregadores não seriam pregadores", "doutores não seriam doutores", em fim, ninguém seria ninguém. Desde a primeira lição desse trimestre temos aprendido que foi o Espírito Santo, foi o principal autor da expansão do Evangelho de Cristo.  Que Deus e nos abençoe para que venhamos depender constantemente do Santo Espírito capacitador. Uma ótima aula. Pb. Efigênio. 

I. O RELACIONAMENTO DO ESPÍRITO SANTO COM A HUMANIDADE

1. O Espírito Santo operando em nossas faculdades mentais. Regeneração é o ato realizado só por Deus, no qual Ele renova o coração do homem, fazendo-o reviver depois de estar morto. Na regeneração, Deus age no âmago, no ponto mais fundamental da pessoa humana. Paulo escrevendo aos Efésios afirma que os homens estão mortos em seus delitos e pecados, sem Deus e sem esperança no mundo. Pela graça, o Espírito Santo aplica a Palavra que faz o morto reviver. Para convencer o homem natural sobre seu estado de separação de Deus e leva-lo a nascer de novo, o Espírito Santo opera em três áreas distintas: na mente, nos sentimentos e na vontade (1Tm 2.1-4). É o agente que opera o convencimento através da exposição da Palavra (Hb 4.12). Do texto de Hb 4.12 entendemos que o Espírito Santo opera na totalidade do homem: no seu corpo, identificado como “juntas e medulas”; na sua alma e no seu espírito. Neemias 9.20 afirma: “e lhes concedeste o teu bom Espírito, para os ensinar”. Ele trabalha para convencer o ser humano sobre as verdades espirituais. É Ele, ainda, quem revela todas as coisas e perscruta a nossa mente (1Co 2.10,11). A regeneração é o dom da graça de Deus; é obra imediata e sobrenatural do Espírito Santo realizada em nós.


2. O Espírito Santo operando em nossos sentimentos e vontades. O Espírito Santo convence o pecador do seu pecado, da justiça e do juízo. Seu efeito é fazer com que nós, do estado de mortos e separados de Deus, passemos à vida espiritual. Ele muda a disposição de nossa alma, inclinando nosso coração para Deus. Jesus ensinou sobre a atuação do Espírito Santo em três áreas, das quais o pecador não pode fugir (Jo 16.8-10). A regeneração é um ato criador, pelo qual o pecador espiritualmente morto é devolvido à vida através da verdade do Evangelho agindo de maneira moral e persuasiva. A Bíblia distingue entra a influência do Espírito Santo e a da Palavra de Deus, e declara que aquela influência é necessária para o recebimento próprio da verdade (Jo 6.64,65; At 16.14; 1Co 2.12-15; Ef 1.17-20). Observemos o caso de Lídia, de quem diz Lucas: ela “nos escutava (Gr. Ekouen, imperfeito); o Senhor lhe abriu (dienoixem, aoristo, ato simples) o coração para atender (prosechein, infinito de resultado ou propósito) às coisas que Paulo dizia”. “Pois, segundo o seu querer, ele nos gerou pela palavra da verdade, para que fôssemos como que primícias das suas criaturas”(Tg 1.18).

3. O Espírito Santo e a adoção. Uma das tarefas do Espírito Santo é criar no filho de Deus a convicção da filiação e de amor filial que o leva a conhecer a Deus como Pai. “para remir os que estavam debaixo da lei, a fim de recebermos a adoção de filhos. E, porque sois filhos, Deus enviou aos nossos corações o Espírito de seu Filho, que clama: Aba, Pai” (Gl 4.5,6). O termo “Aba” é aramaico e significa “Pai”. Era a palavra que Jesus empregava quando se referia ao Pai celestial. A combinação da palavra aramaica Abba com o termo grego pater, “Pai”, expressa a grande intimidade, a profunda emoção, o anelo, o afeto e a confiança mediante os quais o Espírito Santo nos leva a clamar a Deus (Mc 14.36; Rm 8.15,26,27). Dois sinais determinantes da obra do Espírito dentro de nós são: (a) o nosso apelo espontâneo a Deus como “Pai” e, (b). a nossa obediência espontânea a Jesus como “Senhor” (1Co 12.3). Paulo tem em mente, sobretudo, o batismo no Espírito Santo e sua plenitude contínua (cf. At 1.5; 2.4; Ef 5.18), pois define nossa filiação com Deus como a causa do envio do Espírito a nós por já sermos “filhos” pela fé em Cristo. E Deus derrama o Espírito em nossos corações!

SINÓPSE DO TÓPICO (1)

O Espírito Santo age nas faculdades mentais, sentimentos e vontades do homem a fim de operar a vontade do Pai.

II. O ESPÍRITO SANTO NA VIDA DO CRENTE

1. A presença constante do Espírito Santo. Existem diversas maneiras pelas quais o Espírito Santo se manifesta na vida do crente. Ele foi enviado para habitar no crente, no momento da conversão. Esta nova vida requer dinamismo, ação e bom testemunho. Quando Ele habita nosso ser, somos cheios da alegria da salvação, do gozo e da paz que excedem a todo entendimento, no dizer de Paulo: “Enchei-vos do Espírito” (Ef 5.18). Note que todo crente autêntico pode ser “cheio do Espírito Santo” através da vida de comunhão, oração e serviço ao Senhor; há diferença entre ser “cheio do Espírito Santo” e o ser “batizado com o Espírito Santo”, isso por que toda pessoa regenerada torna-se habitação do Espírito Santo – “Jesus respondeu e disse-lhe: Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e meu Pai o amará, e viremos para ele e faremos nele morada”(Jo 14.23).

2. O desenvolvimento da relação com o divino Espírito Santo. Paulo escreve em Rm 8.16: “O mesmo Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus”, é esta a certeza que só o Espírito Santo pode conceder. O Espírito Santo nos transmite a confiança de que, por Cristo e em Cristo, agora somos filhos de Deus (v. 15). Ele torna real a verdade de que Cristo nos amou, ainda nos ama e vive por nós no céu, como nosso Mediador (cf. Hb 7.25). O Espírito também nos revela que o Pai nos ama como seus filhos por adoção, não menos do que Ele ama seu Filho Unigênito (Jo 14.21,23; 17.23). É o Espírito Santo quem confirma e fortifica essa confiança na salvação recebida e nos garante o direito da filiação. Não nos tornamos filhos de Deus apenas porque a Bíblia declara, mas porque o Espírito clama dentro de nós: “Aba, Pai”.

3. Ser “cheio do Espírito Santo”. Em Efésios 5.18 Paulo num imperativo passivo presente, declara: “Enchei-vos”. Esse imperativo traduz-se por “ser enchido repetidas vezes”. Nosso relacionamento com o Deus Espírito Santo deve experimentar a renovação constante (Ef 3.14-19; 4.22-24; Rm 12.2). Experimentamos enchimentos repetidos do Espírito Santo quando mantemos uma fé viva em Jesus Cristo (Gl 3.5), estamos repletos da Palavra de Deus (Cl 3.16), oramos, damos graças e cantamos ao Senhor (1Co 14.15; Ef 5.19,20), servimos ao próximo (Ef 5.21 ) e fazemos aquilo que o Espírito Santo quer (Rm 8.1-14; Gl 5.16ss.; Ef 4.30; 1 Ts 5.19). Alguns resultados de ser cheio do Espírito Santo são:

(a) falar com alegria a Deus, em salmos, hinos e cânticos espirituais (Ef 3.19);

(b) dar graças (Ef 3.20), e

(c) sujeitar-nos uns aos outros (Ef 3.21).

SINÓPSE DO TÓPICO (2)

O Espírito Santo trabalha na vida do crente, aperfeiçoando o caráter, moldando a personalidade e controlando o temperamento.

III. O BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO CAPACITA-NOS A FAZER A OBRA DE DEUS

1. A intrepidez para testemunhar. O batismo com o Espírito Santo outorga maior dinamismo espiritual, isto é, mais disposição e maior coragem na vida cristã para testemunhar de Cristo (Mc 14.66-72; At 4.6-20). Jesus foi ungido com o Espírito Santo para servir (At 10.38; Lc 4.18, 19). Assim também cada crente foi chamado para servir (1Ts 1.9). O Espírito Santo desperta o crente para entregar-se ao serviço de Deus (Rm 6.13,19,22). O mesmo Espírito eterno que levou Jesus a se oferecer para expiar os nossos pecados, opera também em nós o propósito de servir ao Deus vivo (Hb 9.14). Se antes do batismo com o Espírito Santo o crente tem prazer em servir ao Senhor Jesus, quanto mais depois que “recebe a virtude do Espírito Santo para ser testemunha”! (At 1.8). O propósito principal do batismo no Espírito Santo é o recebimento de poder divino para testemunhar de Cristo, para ganhar os perdidos para Ele, e ensinar-lhes a observar tudo quanto Cristo ordenou.

2. Formação de discípulos. Mateus 28.18,19 diz: “E, chegando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: É-me dado todo o poder no céu e na terra. Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo;”, estas palavras constituem a Grande Comissão de Cristo a todos os seus seguidores, em todas as gerações. Elas declaram o alvo, a responsabilidade e a outorga da tarefa missionária da igreja. O propósito da Grande Comissão é fazer discípulos que observem os mandamentos de Cristo. Este é o único imperativo direto no texto original deste versículo. A intenção de Cristo não é que o evangelismo e o testemunho missionário resultem apenas em decisões de conversão. As energias espirituais não devem ser concentradas meramente em aumentar o número de membros da igreja, mas, sim, em fazer verdadeiros discípulos que se separem do mundo, que observem os mandamentos de Cristo e que o segam de todo o coração, mente e vontade (Jo 8.31). Observe-se, ainda, que Cristo nos ordena a concentrar nossos esforços para alcançar os perdidos e não em cristianizar a sociedade ou assumir o controle do mundo.

3. Chamados para servir. “[…] qualquer que, entre vós, quiser ser grande será vosso serviçal”(Mc 10.43). A verdadeira grandeza não é questão de liderança, de autoridade, nem de grandes realizações pessoais (Mc 10.42), mas, sim, uma atitude do coração, de sinceramente viver para Deus e para o próximo. Devemos nos dedicar a Deus de tal modo que nos identifiquemos com sua vontade e propósitos na terra, sem desejarmos honrarias, posições de destaque ou recompensas materiais. Cumprir a vontade de Deus, levar os outros à salvação em Cristo, e agradar-lhe são as recompensas dos que são realmente grandes (ver Lc 22.24-30, nota sobre a grandeza). A Bíblia de Estudo Pentecostal em nota de roda-pé comentando o texto de Lc 22.27, diz: “No tocante àqueles que são escolhidos para dirigir a igreja (1 Tm 3.1-7), Cristo diz que devem dirigi-la como servos, ajudando as pessoas sob sua orientação a cumprirem a vontade de Deus para suas vidas. Nunca devem abusar da sua posição, nem traí-la por motivo de fama, poder, riquezas ou privilégios especiais” [1].

SINÓPSE DO TÓPICO (3)

O batismo com o Espírito Santo dá intrepidez ao crente para testemunhar, capacitando-o para fazer a obra de Deus.

CONCLUSÃO
        Entendemos que o sucesso da Igreja como do crente particular, tem sido a presença gloriosa do Espírito Santo. É Ele quem trabalha na vida do crente, aperfeiçoando o caráter, moldando a personalidade e controlando o temperamento, é Ele quem concede intrepidez para testemunhar de Cristo e capacitação para fazermos a obra de Deus.
 
LIÇÃO ADAPTADA
FONTE: EBDWEB