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sexta-feira, 8 de julho de 2011

A MENSAGEM DO REINO DE DEUS

Texto Básico: Marcos 1;14,15; Mateus 5:3-12; Romanos 14:17




“… O tempo está cumprido, e o Reino de Deus está próximo. Arrependei-vos e crede no evangelho“(Mc 1:15).



INTRODUÇÃO

A mensagem do Reino de Deus é facilmente vista nas palavras de Jesus, descrita por Marcos: “o tempo está cumprido, e o Reino de Deus está próximo. Arrependei-vos e crede no evangelho” (Mc 1:15). Aqui, o evangelista Marcos expôs o que ele e outros escritores inspirados denominaram o Evangelho (boa nova ou boa mensagem) do Reino. As palavras de Jesus representam boas novas porque oferecem liberdade, justiça e esperança. Tratava-se de uma mensagem simples e objetiva, que diz:

“o tempo está cumprido” - Jesus tinha vindo cumprir tudo quanto havia sido escrito pelos profetas a Seu respeito. Como nos ensina o apóstolo Paulo, havia chegado “a plenitude dos tempos” (Gl 4:4).

“o reino de Deus está próximo” - O reino não havia chegado, mas estava próximo, ou seja, ele não se imporia sobre o povo de Israel, mas, a exemplo da lei, estava sendo oferecido, era tornado acessível a todos quantos o aceitassem.

“Arrependei-vos” - O reino de Deus não era uma estrutura política, social ou econômica que seria imposta aos judeus, mas seria o estabelecimento de uma comunhão entre Deus e cada um dos israelitas. Para tanto, necessário se faria a remoção dos pecados. Para que o reino de Deus se instalasse, era necessário o arrependimento.

“e crede no Evangelho” - As duas coisas que deveriam ser feitas pelo povo judeu seria o arrependimento de seus pecados e a fé na mensagem trazida pelo Senhor.

Entretanto, o reino de Deus não se instalou na nação judaica, porque ela não recebeu o Senhor, não creu nEle nem em Sua mensagem. Ante a rejeição de Israel, a pregação do reino de Deus se estendeu também aos gentios (Mt 21:43; At 11:18; Rm 11:11), ou seja, chegou até nós. Vive-se o momento da oportunidade para que todos aceitem a Cristo como Salvador(Mt 24:14; 28:19;Mc 16:15).

O poder miraculoso de Jesus sobre os demônios, sobre as enfermidades, sobre a morte, provou ser verdadeira a sua mensagem, que anunciou poderosamente a chegada do reino. Foi um golpe mortal em Satanás. Essa boa nova ressoou em todos os cantos do globo e ainda oferece esperança a todos os pecadores. Ela persiste porque o evangelho do reino é: A boa nova de Deus (Rm 1:1); A boa nova do Filho de Deus, Jesus Cristo (1Tess 3:2); A boa nova da graça de Deus (Atos 20:24); A boa nova da salvação (Ef 1:13); A boa nova de paz (Ef 6:15); A boa nova da esperança (Cl 1:23). Como discípulos de Cristo, somos por Ele intimados a dar continuidade a essa mensagem, a mensagem do Reino de Deus, o Evangelho, a toda criatura (Mc 16:15- 18).

I. A NATUREZA DO REINO DE DEUS

1. O Reino é espiritual. A natureza do reino de Deus é essencialmente espiritual. Jesus afirmou isso diante da indagação de Pilatos - “Tu és o rei dos judeus?” - quando disse: “O meu Reino não é deste mundo; se o meu Reino fosse deste mundo, lutariam os meus servos, para que eu não fosse entregue aos judeus; mas, agora, o meu Reino não é daqui” (João 18:36).

Em Cristo, através do Espírito Santo, o reino de Deus já está dentro de nós (Lucas 17.21) e isto não pode ser tirado. Nós “já” temos o reino, mas “ainda não” completamente, até que Cristo volte. Enquanto isto, nossa vida deve apresentar valores opostos aos do presente século, tais como estes apresentados pelo Senhor Jesus: a humildade (Mt 18:4); o perdão (Mt 18:23-27); a generosidade (Mt 20:1-16); e o total comprometimento com o Reino de Deus (Lc 9:57-62).

Vivamos uma vida na dimensão do reino, anunciando e servindo ao Rei Jesus, “porque o reino de Deus consiste não em palavra, mas em virtude” (1Co 4:20).

2. O Reino é pessoal. Quando o homem ouve e aceita a mensagem do Reino de Deus(o Evangelho), ocorre uma mudança radical em sua vida. Seu comportamento, a partir desta experiência, passa a ser controlado pelo próprio Deus através do Espírito Santo. Ocorre:

a) Mudança na maneira de ser e de agir - mudança de vida(cf 2Co 5:17). A partir da conversão, o comportamento dos filhos do Reino passa a ser controlado pelo próprio Deus através do Espírito Santo. Se uma pessoa se diz “salva”, mas não apresenta sinais visíveis de mudança de vida, alguma coisa deve estar errada! Se disser que está “salva”, mas continuar andando “como andam também os gentios”, então nada mudou. Ora, se nada mudou, biblicamente, não houve Conversão, mudança de vida.

b) Mudança de filiação. Antes de ouvir, crer e aceitar a Palavra de Deus, o homem era “filho da desobediência”, “filho da ira”, ou, na expressão mais pesada, dita pelo próprio Jesus, era “filho do diabo”(João 8:44). Agora, como salvo, o homem se torna “filho da luz”, conforme afirmou Paulo aos tessalonicenses: “Porque todos vós sois filhos da luz e filhos do dia”(1Tess 5:5), ou, segundo declarou João: “Amados, agora somos filhos de Deus…”(1João 3:2). Assim a mensagem do Reino de Deus(o Evangelho) opera no coração daquele que crê: uma mudança de filiação - o homem passa de “filho do diabo”, para a condição de “filho de Deus”.

c) Mudança de atitude, como afirma Pedro: “Como filhos obedientes, não vos conformando com as concupiscências que antes havia em vossa ignorância”(1Pedro 1:14). Se o homem diz que está salvo, mas, continua conformado e não procura mudar seus hábitos, ou costumes, alguma coisa deve estar errada!

Além dessas mudanças citadas, ocorridas nas pessoas que abraçaram o Reino de Deus, destaco, ainda, outras operações realizadas pela Palavra de Deus, tais como: ela opera o amor; ela opera uma firme convicção sobre a Vinda de Jesus, dando-nos a certeza de que “estaremos sempre com o Senhor”; desta certeza resulta o desejo, e a disposição de nos entregarmos à realização do trabalho, ou da Obra do Senhor, aceitando a recomendação de Paulo: “E vós, irmãos, não vos canseis de fazer o bem”(2Tess 3:13). Tudo isto se torna possível e real pela operação da Palavra de Deus nos corações daquelas pessoas que crêem na mensagem do Reino de Deus.

3. O Reino de Deus e seus princípios (Mt 5.3-12). As bem-aventuranças proferidas por Jesus no Sermão da Montanha expõem o padrão ideal para o cidadão do Reino de Deus. As qualidades descritas e aprovadas são totalmente opostas às que o mundo valoriza. Esse sermão nos mostra que a real vida em Cristo requer a substituição de nosso padrão de justiça. Ser um cidadão do reino independe do que temos ou fazemos, mas do que somos. É um estado interior. O Sermão do Monte é a base a todos os que desejam viver realmente o cristianismo bíblico.

As bem-aventuranças ali proferidas não são mandamentos, são ideais, alvo a ser perseguido. Se fossem mandamentos, estaríamos em situação difícil; com certeza teríamos dificuldade de acreditar em Jesus quanto ao seu “jugo suave e fardo leve” (Mt 11:28). Todos os súditos do Reino, porém, anseiam e procuram viver de acordo com esses princípios do reino.

II. A NOVA VIDA DOS QUE FAZEM PARTE DO REINO DE DEUS

1. Nascer de novo. Nascer de novo é a primeira condição para todo aquele que quiser entrar no Reino de Deus - receber a Salvação. A Palavra de Deus afirma que o homem no pecado está morto - foi o que afirmou Paulo: “E vos vivificou, estando vós mortos em ofensas e pecados”(Ef 2:1). Morte significa separação. No sentido espiritual, o homem no pecado está separado de Deus. A única maneira desse homem voltar a ter comunhão com Deus é recebendo uma nova vida, através do nascer de novo.

Nicodemos embora fosse um homem rico, culto, de grande projeção social e, também, religioso, espiritualmente estava morto - “Jesus respondeu e disse-lhe: na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo não pode entrar no Reino de Deus”(João 3:3). Nicodemos na entendeu e pensou como ainda pensam os espíritas: pensou que o nascer de novo significava tornar a nascer do ventre da mão. Assim, para que não pairasse qualquer dúvida sobre a reencarnação como sendo o “nascer de novo”, o Senhor Jesus explicou que se fosse possível tornar a nascer, no sentido físico, quantas vezes a pessoa pudesse nascer, em nada iria mudar, ou seja, nasceria sempre com a velha natureza carnal. Assim, o Senhor Jesus lhe disse: “O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito”(João 3:6). É somente o Espírito Santo quem pode operar no homem o milagre do Novo Nascimento ou Regeneração. Foi o que afirmou Paulo: “Não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas, segundo a sua misericórdia nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo”(Tito 3:5).

Através deste nascer de novo o homem se torna participante da natureza de Deus, recebendo a Adoção de filho. Sem o Novo Nascimento o homem será sempre criatura de Deus, não filho. Foi por isto que o Apóstolo João escrevendo àqueles crentes que já haviam passado pela experiência do Novo Nascimento disse: “Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não manifestou o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele; porque assim como é o veremos”(1João 2:2).

Portanto, Nascer de Novo não significa retornar a velha natureza, mas significa transformar o velho homem numa nova criatura. Foi isso o que Paulo queria dizer quando declarou: “Assim, que, se alguém está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já se passaram; eis que tudo se fez novo”(2Co 5:17).

2. Proclamar o Reino de Deus. Os Evangelhos são enfáticos quanto à mensagem de Cristo e dos seus discípulos no sentido de proclamar o Reino de Deus a todas as gentes (Mt 3:1,2; Mc 1:14,15; Lc 18:16,17). A centralidade da mensagem está no Reino de Deus, o foco principal da proclamação da Igreja em seus primórdios (At 1:3; 8:12; 14.22; 19:8; 20:25; 28:23,31). Quando se diz “é chegado o Reino…”(Mt 4:17), o sentido é profético, referindo-se tanto à presença do Reino no presente quanto no futuro.

A atual manifestação do Reino de Deus implica salvação do poder do pecado, mas quanto ao futuro, a libertação da presença do pecado (1Co 15:20-25,42-57). Na grande comissão(Mt 28:18-20) recebemos autoridade para fazer este reino notório entre os homens. Se a igreja não marcha vitoriosa expulsando demônios, curando enfermos, pregando o evangelho, é porque ainda não descobriu sua função na Terra. A igreja é um poder em operação na Terra; é o corpo de Cristo e o governo de Cristo sobre a Terra. Jesus orou e disse “venha a nós o teu reino”; isso quer dizer que devemos desejar que o reino espiritual de Deus seja sobre nós, sobre nossa nação, sobre o mundo inteiro.

O reino de Deus é invisível, mas se torna visível pelas obras realizadas por seus servos à medida que saem de suas casas e exercem a autoridade que Jesus lhes conferiu. Lucas 10:19 diz: “Eis que vos dou poder para pisar serpentes, e escorpiões, e toda a força do inimigo, e nada vos fará dano algum”. Em Mateus 10:8 está escrito: “Curai enfermos, ressuscitai mortos, purificai leprosos, expeli demônios; de graça recebestes, de graça daí”.

Portanto, proclamar o Reino de Deus trata da responsabilidade que tem a Igreja de ser a portadora da Palavra de Deus, a ser proclamada, divulgada e defendida pela Igreja, não só com palavras, mas, principalmente, com atitudes. A Igreja é a porta-voz de Deus sobre a face da Terra. Ela tem o Espírito Santo (João 14:7), cuja função é guiar a Igreja em toda a verdade e dizer tudo o que tiver ouvido bem como anunciar o que há de vir, glorificando e anunciando tudo o que diz respeito a Cristo (João 16:13,14). Por isso, não pode haver qualquer outro “mensageiro” divino além da Igreja enquanto durar o período da Graça de Deus.

3. Gerar frutos. Uma vez regenerado - nascido de novo -, e andando em novidade de vida, o crente já está devidamente pronto a gerar frutos para o Reino de Deus. Um aspecto importante que observamos na botânica é que o fruto é o fim, o término de todo um processo fisiológico, é o resultado de todo um ciclo vital. Desde o momento que a semente germina e passa a formar um novo ser (morrendo, como nos fala Jesus), há somente um objetivo, uma finalidade: a formação do fruto. O fruto é o fim, o propósito, o objetivo de todo o processo. Espiritualmente falando, também vemos que o fim último da vida cristã é a produção do fruto do Espírito Santo(Gl 5:22). Todo o processo de concessão da vida espiritual tem como finalidade a formação deste fruto. Jesus foi claro ao afirmar que nos escolheu para que demos fruto, e o nosso fruto permaneça (João 15:16).

Somos de Cristo para que “demos fruto para Deus”(Rm 7:4). Quem não dá fruto do Espírito Santo não pode ser mantido no meio do povo de Deus e, por isso, é extirpado dele(João 15:2). Jesus deixou isto bem claro tanto na parábola da vinha(Lc 13:6-9), quanto no episódio da figueira infrutífera, que secou mediante a maldição do Senhor(Mt 21:18-22;Mc 11:12-14). Aliás, é este o único momento do ministério de Jesus Cristo em que O vemos lançando uma maldição, a demonstrar o quanto desagrada ao Senhor a existência de vidas infrutíferas no meio do seu povo. Para agradar a Deus em tudo é indispensável que frutifiquemos em toda a boa obra(Cl 1:10).

III. O QUE O REINO DE DEUS SIGNIFICA

“Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo” (Rm 14:17). Neste texto, o apóstolo Paulo apresenta a natureza do Reino de Deus e começa seu ensino dizendo primeiro o que não é Reino de Deus: não é comida nem bebida porque estas são transitórias, o reino é eterno; comida e bebida falam dos prazeres da carne, reino fala do que é espiritual. Mas o que é, então, o Reino de Deus?

1. Justiça. “Senhor, quem habitará no teu tabernáculo? Quem morará no teu santo monte? Aquele que anda em sinceridade, e pratica a justiça“(Sl 15:1,2).

Em sua definição, justiça é a virtude que consiste em dar a cada um, o que por direito lhe pertence. Toda injustiça e tudo o que agride e desvaloriza o ser humano revela o anti-Reino. Jesus mostrou com suas ações que o Reino de Deus estava operando por intermédio dele; reverteu aquilo que era contra o Reino de Deus: enfermidades, possessão demoníaca, religiosidade vazia, fome (alimentou multidões), a exploração econômica (cambistas no templo) e até a morte.

Jesus pregou e praticou a justiça. Nós, continuadores da mensagem do Reino de Deus, devemos fazer o mesmo. Aliás, a forma mais eficaz para pregarmos o Evangelho do Reino de Deus está relacionada com a integridade do testemunho pessoal, principalmente por meio de nossos atos de justiça para com o nosso próximo. Em Salmos 15:1-2a, vemos o exemplo de um homem justo que obedece à Lei de Deus e respeita o direito do seu próximo.

“O efeito da justiça será a paz” (Is 32:17a). Os juristas (estudiosos do direito e da lei) não cansam de dizer que somente haverá paz quando houver justiça, que é impossível alguém construir a paz se não estabelecer a justiça. Por isso, o reino milenial de Cristo será o governo perfeito sobre a face da Terra, pois nele “a justiça e paz se beijarão” (Sl 85:10).

2. Paz. A paz é o desejo mais profundo do ser humano. Não por acaso, ela é uma promessa de Deus aos seus filhos.

Desde muito cedo, os homens de bem se cumprimentava assim: “Paz seja convosco”(Gn 43:23). Os anjos de Deus apresentavam do mesmo modo: “Paz seja contigo!” (Jz 6:23).

O Antigo Testamento ensina-nos a abençoar assim: “O Senhor sobre ti levante o rosto e te dê a paz” (Nm 6:26).

Jesus saudava seus discípulos e amigos com a expressão: “A paz seja com vocês!”(Lc 24:36). Ele recomendou expressamente aos seus discípulos, quando entrassem na residência de alguém, que dissessem: “Paz seja nesta casa!” (Lc 10:5).

Os apóstolos pediam que o Deus da paz estivesse com todos - “E o Deus de paz seja com todos vós. Amém”(Rm 15:33), mas a saudação que ficou favorita na igreja do Novo Testamento era: “Graça e paz, da parte de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo” (1Co 1:3).

Nas suas últimas instruções aos discípulos Jesus afirmou que lhes deixava a sua paz, que não era a paz do mundo (João14:27). A paz do mundo era uma paz precária, insegura e sujeita a temores constantes, porque era apenas a ausência de conflitos, uma ausência que não era garantida por coisa alguma. Era a situação vivida pelos contemporâneos de Cristo, que viviam a chamada “pax romana” (isto é, a paz romana), que era o período de ausência de guerras e de conflitos nas regiões que estavam sob o domínio romano, nos governos dos imperadores César Augusto e Tibério, que logo passaria, pois se tratava de apenas uma acomodação política instável e que dependia, fundamentalmente, da eficiência dos exércitos e dos órgãos de controle do poder romano.

A paz de Cristo é diferente, é um estado de quietude interior, embora as circunstâncias externas demonstrem a existência de conflitos sociais, econômicos, religiosos, etc. Jesus Cristo, que é nossa paz (Ef 2:14-18), diz: “Vinde a mim…Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim…e achareis descanso para a vossa alma” (Mt 11:28-30). Esse descanso traz paz com Deus e consigo mesmo, e dá ao lar, à igreja e a tudo mais, uma calma celestial. A paz de Cristo excede todo o entendimento(Fp 4:7). Só as pessoas eminentemente espirituais, ou seja, aqueles que nasceram de novo, compreendem e vivenciam isso.

3. Alegria. A alegria espiritual é resultado da salvação, é o sentimento constante de bem-estar íntimo, gerado pelo Espírito Santo, o qual gera em nós o bem-estar de Cristo, que o apóstolo Pedro chama de “gozo inefável e glorioso”(1Pe 1:8). É um sentimento perene de satisfação. Ora, esta satisfação está relacionada com a integridade, com o sentimento de completude que nada mais é do que a paz. Portanto, a paz e a alegria andam juntas, pois a satisfação em que consiste a alegria é o resultado direto, é quase que um outro lado do sentimento de inteireza, de ser completo com a vinda de Deus em nós, que é a paz. Deus nos enche de gozo e de paz - “Ora, o Deus de esperança vos encha de todo o gozo e paz na vossa fé, para que abundeis na esperança pelo poder do Espírito Santo”(Rm 15:13). Também muito nos alegramos pela certeza de termos os nossos nomes escritos no Livro da Vida (Lc 10.20).

Alguém já disse que não existe alegria, o que existem são momentos alegres. Certamente quem faz tal afirmação não leu ou não entendeu as palavras do apóstolo Paulo em Filipenses 4:11-12: “aprendi a viver contente em toda e qualquer situação. Tanto sei estar humilhado como também ser honrado; de tudo e em todas as circunstâncias, já tenho experiência, tanto de fartura como de fome; assim de abundância como de escassez“. A alegria promovida pelo reino de Deus em nós independe das circunstâncias. Comida, bebida e vestimenta são coisas boas, porém, secundárias, podem ser dadas e tiradas.

Depreende-se com isso que a alegria no cristão está fundamentada no relacionamento sólido do crente com o Pai (2Pe 3:1; 4:4,10). É por isto que, nas provações, lembramos: “o choro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã” (Sl 30:5).

CONCLUSÃO

A mensagem do Reino de Deus é o Evangelho. Trata-se de uma mensagem que pode ser experimentada por todos, mas a essência é o crer. Crer no Evangelho implica reconhecer que ele é a chance que Deus dá para que o pecador possa ser perdoado por meio do sacrifício de Jesus. Em um mundo dominado por convicções contrárias à existência de Deus, Ele não exige grandes sacrifícios para nos oferecer a salvação. Ele pede tão somente a fé, que creiamos na mensagem transformadora que Jesus oferece. Não tem qualquer sentido alegar-se que, depois da salvação, necessitemos de outras experiências espirituais, místicas ou sobrenaturais para podermos obter uma comunhão com Deus. O sangue de Jesus nos purifica de todo o pecado e, a partir de então, podemos ingressar, com ousadia, na presença de Deus. Para entrar no reino de Deus, ensinou Jesus a Nicodemos, basta que nasçamos de novo, que sejamos gerados pela Palavra de Deus, a semente incorruptível (1Pedro 1:23). Assim sendo, proclamemos a mensagem do Reino de Deus para que o pecador arrependa-se dos seus vis pecados, converta-se ao Senhor Jesus, mude de vida e seja justificado; desta forma, possa ser considerado cidadão do Reino de Deus(ler Mt 28:18,19).



Fonte:ebdweb

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