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domingo, 30 de dezembro de 2012

ASSEMBLEIA DE DEUS VIÇOSA REALIZA ENCERRAMENTO DA EBD.

     A última aula da Escola Bíblica Dominical da Assembleia de Deus em Viçosa, foi realizada neste sábado(29), com um encerramento bem diferenciado.
     A superintendência, junto a coordenação pedagógica e todo corpo docente, desenvolveram uma bela culminância dos quatro trimestre do ano de 2012. Os professores junto com seus respectivos alunos, prepararam um painel com o nome da sala, contendo o versículo do tema gerador da lição em foco. De cada turma foi sorteado um aluno, que ao subir ao púlpito, dava resposta a pergunta formulada por seu professor, sendo presenteado pelo mesmo.
     De todas as classes, foi sorteado um aluno que obteve o menor número de faltas durante o ano, sendo acompanhado de um certificado de maior frequência do ano de 2012. Assim como os alunos, três professores também foram homenageados com presentes e um certificado. A professora Ana Paula Santos da Silva, em primeiro lugar, Aloísio Moraes Júnior em segundo e Hildebrando Tibúrcio de Lima, foi o terceiro com o menor número de faltas durante todo o ano em curso.
     A secretária Elda Domingos, prestou uma honrosa homenagem a coordenação, secretaria e o pastor Donizete Inácio com uma placa comemorativa da Escola Bíblica Dominical da Assembleia de Deus em Viçosa.
      Ao término, o pastor externou a Deus toda gratidão por cada um que tem dado o melhor no que diz respeito o ensino aprendizagem para nossa igreja. Sequencialmente, o pastor surpreendeu a escola, passando as mãos do superintendente um valor significativo para ser investidos em material didático para toda escola do campo de Viçosa.

Ao Senhor seja toda glória.
Por Efigênio Hortêncio de Oliveira








segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

ORQUESTRA FILARMÔNICA ASAFE, DA ASSEMBLEIA DE DEUS EM VIÇOSA FAZ SUA PRIMEIRA APRESENTAÇÃO.

    Neste domingo(23), com base no Salmos 150, os membros da igreja Evangélica Assembleia de Deus em Viçosa, viveram uma noite por demais que gratificante ao Eterno Deus.
   O culto em celebração ao Senhor, foi marcado por uma expressiva expectativa junto a emoção por parte dos componentes da Orquestra Filarmônica Asafe e de toda igreja nesta cidade.
     A Orquestra, que retrata um grande sonho do Pastor Donizete Inácio, fez sua primeira e admirável apresentação na noite desse dia, sobre uma grandiosa emoção. A formação da Orquestra foi sem dúvida uma tarefa recheada de grandes desafios. Pastor Donizete ao apresentar a proposta, logo a igreja abraçou-a de maneira surpreendente. Logo após as comemorações do Jubileu Diamante, o pastor não perdeu tempo, logo comprou alguns instrumentos, que em seguida a igreja debruçou-se dedicando-se assim as compra dos demais, e hoje somam-se cinquenta instrumentos para glória de Deus.
     Sob a regência do maestro Adiel Vicente( Rio Largo), os persistentes aprendizes reuniram-se para o primeiro ensaio no dia 10 de março do corrente ano – um grande desafio. O pastor Donizete, não pode conter a emoção ao contemplar os componentes formados pra sua apresentação. “Considero um grande milagre de Deus, a conquista dessa orquestra” – enfatizou. “Só Deus recompensará a cada um que se debruçou diante da árdua e gratificante tarefa” - finalizou.
    Facultada a oportunidade, o maestro Adiel, por sua vez, não conteve as lágrimas, ao agradecer a Deus por lhe conceder a oportunidade de está á frente da orquestra. A medida em que irmão Adiel se expressava, muitos irmãos foram envolvidos juntamente com Ele, derramando lágrimas de gratidão ao senhor.
     Fazendo uso da leitura supramencionada, o pastor Donizete, levou a igreja entender o valor do verdadeiro ao Senhor , bem como todo esforço dedicado a esse mister.
 
 Ao Senhor seja a glória.
Por Efigênio Hortêncio de Oliveira








segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

ZACARIAS: O REINADO MESSIÂNICO

Texto Básico: Zc 1:1; 8:1-3,20-23



 
 
“Eis que vem dias, diz o Senhor, em que levantarei a Davi um Renovo justo; sendo rei, reinará, e prosperará, e praticará o juízo e a justiça na Terra” (Jr 23:5).



INTRODUÇÃO


Zacarias, como um dos três profetas pós-exílio, juntamente com Ageu e Malaquias, ministrou para os judeus remanescentes que retornaram a Judá para reconstruir o Templo e sua nação. Como Ageu, ele encorajou o povo a concluir a reconstrução do Templo, mas sua mensagem foi muito além daqueles muros físicos e das questões daquela época. Com uma espetacular imagem apocalíptica e os detalhes que mencionou, ele falou a respeito do Messias, aquele a quem Deus enviaria para salvar o seu povo e reinar sobre toda a terra. Zacarias é um dos mais importantes profetas. No livro que leva o seu nome são registradas referências messiânicas detalhadas que foram claramente cumpridas na vida de Jesus Cristo. Ele diz que a reconstrução do Templo foi apenas o primeiro ato no drama dos tempos do fim e a introdução da era messiânica. Zacarias proclamou uma mensagem comovente de esperança para estes ex-exilados: “seu Rei chegaria logo! “. Jesus está voltando para estabelecer o seu reino milenar, e Ele reinará para todo o sempre. Há indicativos fortes para este acontecimento: a nação de Israel é o relógio Deus.


I. O LIVRO DE ZACARIAS



1. Conteúdo histórico. Zacarias era um contemporâneo mais jovem do profeta Ageu. Esdras 5:1 declara que ambos animaram os judeus, em Judá e Jerusalém, a persistirem na reedificação do Templo nos dias de Zorobabel (o governador) e de Josué (o sumo sacerdote). O contexto histórico para os capítulos 1-8, datados entre 520-518 a.C., é idêntico ao de Ageu. A situação espiritual de Judá é a mesma descrita no livro de Ageu, conforme estudamos anteriormente: indiferença religiosa, mornidão espiritual e acomodação em relação à obra de Deus. Juntamente com Ageu, seu contemporâneo, Zacarias foi usado por Deus para encorajar o povo a reconstruir o Templo de Jerusalém, que havia sido destruído por Nabucodonosor em 586 a.C. Em 538 a.C., Ciro, rei da Pérsia, promulgara um decreto, permitindo aos judeus exilados voltarem à pátria para reconstruir Jerusalém e o Templo, cumprindo, assim, as profecias de Isaías e Jeremias (Is 45:1-3; Jr 25:11,12; 29:10-14), e a intercessão de Daniel (Dn 9). Como resultado do ministério profético de Zacarias e Ageu, o Templo foi completado e dedicado em 516-515 a.C.


2. Vida Pessoal de Zacarias. O nome Zacarias, bastante comum em Israel, significa "o Senhor lembra" (isto é, o Senhor lembra de responder as orações dos pais por um filho). Ele era de uma família sacerdotal, assim como o profeta Jeremias(Jr 1:1) e Ezequiel (Ez 1:3). Dentre o grupo dos profetas menores, é reconhecido como o único sacerdote que foi profeta. Portanto, temos em tela mais um caso de uma pessoa nascida com uma função que posteriormente foi mudada pelo próprio Deus. Lembremo-nos de que ser sacerdote, naqueles dias, era menos difícil do que ser profeta, dado ao fato de que o sacerdote intercedia pelos homens a Deus, e o profeta falava aos homens sobre Deus.


Da mesma forma que Ageu, Zacarias ministrou aos israelitas a fim de que eles retornassem a cuidar do término da construção do templo do Senhor.


No início do Livro é dito que este profeta é "filho de Baraquias" e neto "de Ido" (Zc 1:1). Esdras, por outro lado, menciona que é "filho de Ido" (Ed 5:1; 6:14). Esta discrepância é mais aparente que real. É facilmente explicada quando se considera que Baraquias morreu antes de Ido, e Zacarias sucedeu seu avô na chefia da ordem sacerdotal de Davi. Há vários exemplos no Antigo Testamento em que os homens são chamados filhos de seus avôs (Gn 29:5; cf. Gn 24:47; 1Rs 19:16; cf. 2Rs 9:14,20). Em Israel, no Antigo Testamento, o avô era considerado o fundador da casa, assim, no caso de Zacarias, Ido era o chefe de sua família quando saiu da Babilônia e estabeleceu-se novamente em Jerusalém. O fato de Esdras referir-se a Zacarias como filho de Ido deve ser entendido no sentido geral de descendente.


Em todo caso, este profeta era membro da família sacerdotal de Ido, que voltou da Babilônia para Jerusalém sob as ordens de Ciro (Ne 12:4). O livro de Neemias acrescenta a observação de que no sumo sacerdócio de Joiaquim, filho de Josué, Zacarias foi nomeado chefe da casa de Ido (Ne 12:10,16). Se este é o profeta que intitula este livro, como é razoável supor, então Zacarias era jovem em 520 a.C. e criança quando foi para Jerusalém numa caravana da Babilônia. O livro de Esdras nos informa que Zacarias compartilhava com Ageu o trabalho de animar Zorobabel e Josué a reconstruírem o Templo (Ed 5:1,2; 6:14).


A carreira profética de Zacarias começou "no oitavo mês do segundo ano de Dario" (Zc 1:1). A primeira fase de seu ministério durou até o nono mês do quarto ano do reinado do rei Dario, em 518 a.C. (Zc 7:1). Nada sabemos sobre os anos restantes da vida ou ministério do profeta, com exceção da declaração de nosso Senhor de que foi morto "entre o santuário e o altar" (Mt 23:35).


3. Estrutura e mensagem.


a) Estrutura. O livro do profeta Zacarias tem duas partes bem delineadas: a primeira diz respeito a oito visões que o profeta teve da parte de Deus, visões onde se encontravam mensagens relativas ao atual estado espiritual do povo, uma corroboração da mensagem dada, na mesma época, pelo profeta Ageu, na qual se conclama o povo a reconstruir o templo e a dar prioridade a Deus e à Sua obra. Já a segunda parte do livro, que se inicia no capítulo 9, o profeta traz diversas mensagens a respeito do futuro de Israel e do final dos tempos, numa renovação das promessas messiânicas dos profetas anteriores ao exílio, numa clara afirmação de que Deus não havia Se esquecido, mas, antes, estava bem recordado das promessas que haviam sido proferidas ao Seu povo antes e durante o cativeiro.


Zacarias é, mesmo, depois de Isaías, o profeta que mais referências faz ao Messias, o que deve ser bem levado em conta diante do caráter diminuto de seu livro. As profecias mais famosas de Zacarias a respeito do Messias predizem sua entrada triunfal em Jerusalém (Zc 9:9), sua traição por trinta moedas de prata (Zc 11:12,13), sua morte como pastor ferido (Zc 13:7), sua segunda vinda (Zc 14:4) e o estabelecimento do seu reino milenar, no qual governará como Rei e sumo sacerdote (Zc 14:9). Um dos versículos mais dramáticos das Escrituras proféticas é encontrado em Zc 12:10, quando, na maioria dos manuscritos a primeira pessoa é usada: “E olharão para Mim, a Quem traspassaram”. Jesus Cristo, pessoalmente, profetizou Sua definitiva recepção pela nação de Israel.


Embora várias profecias de Zacarias tivessem aplicação ou cumprimento parcial na época desse profeta, muitas delas ainda aguardam cumprimento num futuro próximo.


b) Mensagem. A mensagem de Zacarias compõe-se de duas etapas:


b.1) Mensagem entregue durante a reconstrução do Templo(Zc 1:1-8:23). Zacarias encorajou o povo a abandonar o pecado em suas vidas e continuar a reconstruir o Templo. Suas visões descreveram o juízo dos inimigos de Israel, as bênçãos preparadas para Jerusalém e a necessidade de o povo de Deus permanecer puro - evitando a hipocrisia, a superficialidade e o pecado. As visões de Zacarias proveram esperança ao povo. Nós também precisamos seguir cuidadosamente as instruções para que permaneçamos puros até a volta de Cristo.


b.2). Mensagens entregues depois da reconstrução do Templo (Zc 9:1-14,21). Além do encorajamento e da esperança, as mensagens de Zacarias eram também uma advertência de que o reino messiânico não começaria assim que a obra do Templo fosse concluído. Os inimigos de Israel seriam julgados e o Rei viria, mas o próprio povo judeu enfrentaria muitas circunstâncias difíceis antes de experimentar a bênção da vinda do Messias. Nós, também, podemos enfrentar muita tristeza, decepção e angústia antes de entrarmos no Reino eterno de Cristo.


4. Unidade literária. A unidade do livro é seriamente questionada pelos estudiosos, principalmente pelos liberais. As duas divisões principais, capítulos 1 a 8 e os capítulos 9 a 14, são tão dessemelhantes em estilo e ponto de vista histórico que tornou-se comum atribuir a cada uma destas divisões um autor diferente. Por causa disso, não faltaram entre os "críticos bíblicos" quem dissesse que somente a primeira parte do livro seria do profeta Zacarias e que a segunda parte teria sido acrescida posteriormente por algum "autor apocalíptico", teorias que, como costuma ocorrer com os "críticos bíblicos", não têm qualquer evidência histórica. O certo é que o livro de Zacarias sempre foi reconhecido e tido como uma única obra e completa com 14 capítulos, e isto pelos judeus que, como sabemos, não aceitam Jesus como sendo o Messias, o que é bastante para crermos na sua integridade e autenticidade na forma como se encontra no cânon judaico. Ademais, como dissemos, o fato de Zacarias ter apresentado mensagens messiânicas é uma consequência natural do plano divino para com a humanidade, pois uma das principais funções dos profetas era, como nos ensina Paulo, manter viva a promessa messiânica entre os judeus (cf. Rm 1:2,3).


II. PROMESSA DE RESTAURAÇÃO



1. Sião. A palavra “Sião” é mencionada pela primeira vez na Bíblia em 2Samuel 5:7: "Porém Davi tomou a fortaleza de Sião; esta é a Cidade de Davi". Portanto, Sião era originalmente o nome da fortaleza jebusita na cidade de Jerusalém. Sião passou a significar não só a fortaleza, mas também a cidade onde a fortaleza se encontrava. Depois que Davi capturou "a fortaleza de Sião", Sião passou a ser chamada de "a Cidade de Davi" (1Reis 8:1; 1Cr 11:5; 2Cr 5:2). Após a morte do rei Davi, o termo Sião passou a se referir ao monte em Jerusalém, o Monte Sião, onde se encontrava o Templo de Salomão. Mais tarde, Sião passou a se referir ao próprio Templo e aos terrenos do Templo. Depois disso, Sião foi usado para simbolizar Jerusalém e a terra prometida.


Quando Salomão construiu o Templo de Jerusalém, a palavra Sião expandiu o seu significado para incluir também o Templo e a área ao seu redor (Salmo 2:6;48:2,11-12;132:13). Sião foi eventualmente usado como um nome para a cidade de Jerusalém, a terra de Judá e o povo de Israel como um todo (Is 40:9; Jr 31:12; Zc 8:2,3, 9:13).


2. O zelo do Senhor – “Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Zelei por Sião com grande zelo e com grande indignação zelei por ela” (Zc 8:2). Assim como a ira de Deus deve ser compreendida em relação à aliança, também deve ser compreendido seu ciúme, ou zelo. O sentido original para este texto sugere uma erupção de sentimentos como a que é vista no rosto vermelho de uma pessoa em virtude de emoções fortes. É como se Deus não pudesse se conter mais diante da obstinação e do pecado do seu povo. Ele está se consumindo de ciúmes por ela, ou melhor, ‘com grande zelo’(Zc 8:2). Tão grande, de fato, é o amor de Deus por Sião que ele anuncia a sua intenção de voltar e habitar em Jerusalém, cuja triste sorte será revertida quando ela vier se tornar a Cidade da Verdade, isto é, o lugar onde a crença e a boa conduta andam de mãos dadas (cf. Is 26:2,3; Jr 3:17), e assim será distinta de todos os outros lugares – um monte Sagrado(Zc 8:3).


O zelo de Deus pelo seu povo nasce do amor pactual e da dedicação divina a ele (Zc 1:14). Isto, por sua vez, requer do povo uma verdadeira lealdade a Deus, pois a Sua santidade jamais deve ser violada, sob pena de punição. Está escrito: “porque eu, o SENHOR, teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a maldade dos pais nos filhos até à terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem” (Ex 20:5).


3. Restauração de Jerusalém (Zc 8:3b). A chave para a plena restauração de Jerusalém é a volta de Jesus Cristo a Sião. Pois indica a ocasião em que Cristo voltará, em plena glória, para implantar o seu reino sobre as nações. Nessa ocasião, a presença divina fará de Jerusalém a cidade da verdade e da fidelidade. E o monte do Senhor será santo, isto é, separado à sua adoração. “Assim diz o Senhor dos Exércitos: voltarei para Sião e habitarei no meio de Jerusalém; e Jerusalém chamar-se-á a cidade de verdade, e o monte do Senhor dos Exércitos, monte de santidade” (Zc 8:3). Portanto, um Dia Cristo governará em seu Reino na Terra. Então todo os seu povo viverá com Ele. Esta verdade deve nos encorajar a esperar ansiosamente pelo reinado do Messias.


III. O REINO MESSIÂNICO



Quando Deus formou Israel, Seu propósito era o de que fosse um "reino de sacerdotes" para o Senhor (Êx 19:6), proclamando-o entre os gentios (1Rs 8:60). A fé e a obediência de Israel à Aliança Mosaica eram para trazer-lhe tamanha bênção que, por conseguinte, conduziria o mundo pagão ao Senhor. Porém, depois dos reinados de Davi e de Salomão, os israelitas não foram fiéis à aliança. Por isso, Deus foi obrigado a discipliná-los, o que resultou na sua expulsão da terra de Israel, via exílio assírio (722 a.C.) e exílio babilônico (586 a.C.). Os profetas israelitas já haviam profetizado esses eventos, mas sempre acrescentavam que a nação seria redimida e restaurada à sua glória do passado, através da vinda do Messias.


O profeta Daniel também indicou que um período conhecido como "os tempos dos gentios" interviria (Dn 9:20-27). Assim, como parte de Sua disciplina para com Israel, Deus colocou a nação sob a dominação gentílica até que o Messias venha. Quando o Messias veio, pela primeira vez, muitos em Israel estavam procurando essa redenção (ler Lc 2:25-32). Entretanto, Deus havia determinado que o Messias seria rejeitado e morreria (At 2:23). Por conseguinte, a instituição do Reino Israelita e suas prerrogativas de banimento dos malfeitores foi adiada, para dar condições de que o Evangelho chegasse até os gentios. Enquanto isso, Israel permaneceria debaixo do domínio dos gentios; daí desenvolveu-se a perspectiva equivocada de que Israel foi rejeitado para sempre. No Segundo Advento (Segunda Vinda) do Messias, o Reino Israelita será estabelecido em Jerusalém e o Messias reinará sobre o mundo inteiro em justiça.


Todavia, a Bíblia ensina claramente, que o Reino Messiânico não virá sem uma batalha, tanto espiritual, quanto literal. Satanás não renunciará à sua autoridade voluntariamente e lutará para matar e destruir tantos quantos for possível, até o seu fim. Ele também tentará destruir Israel, para impedir que chegue ao arrependimento. Contudo, ao final da Grande Tribulação, quando os exércitos do mundo cercarem e invadirem Jerusalém, o Senhor retornará para guerrear por Israel.


Os capítulos 12 a 14 de Zacarias descrevem, vividamente, essa batalha: "Naquele dia, farei de Jerusalém uma pedra pesada para todos os povos; todos os que a erguerem se ferirão gravemente; e, contra ela, se ajuntarão todas as nações da terra. Naquele dia, diz o Senhor, ferirei de espanto a todos os cavalos e de loucura os que os montam; sobre a casa de Judá abrirei os olhos e ferirei de cegueira todos os cavalos dos povos. (...) Naquele dia, o Senhor protegerá os habitantes de Jerusalém; e o mais fraco dentre eles, naquele dia, será como Davi, e a casa de Davi será como Deus, como o Anjo do Senhor diante deles" (Zc 12:3-4,8).


Combinado com a ação do dragão e da besta em Apocalipse 11-13 e 19, surge um panorama dessa batalha do final dos tempos: os exércitos romanos (ou ocidentais, especialmente a Europa) e o Anticristo (a Besta do Apocalipse) invadirão o Oriente Médio e Israel, onde o Anticristo conquistará o Templo (cf 2Ts 2:4) e nele erigirá sua imagem, para que o mundo o adore (Ap 13:15). Ainda que a intenção dele seja a de exterminar Israel, Deus protegerá um remanescente fiel. Então os exércitos do mundo todo se ajuntarão no Vale de Armagedom, área que se tornará o palco da batalha por Jerusalém.


Quando a situação parecer extremamente desesperadora, os líderes de Israel se arrependerão e reconhecerão Jesus como seu Messias (Zc 12:9-14). Essa atitude disparará o retorno do Messias (Zc 14:4; Ap 19) para derrotar os inimigos de Israel e estabelecer o Seu governo sobre o mundo inteiro, a partir de sua sede em Jerusalém.


Esse Reino Messiânico não é o final da história. Após o reinado de mil anos do Messias (Ap 20), Deus criará novos céus e uma nova terra – o Estado Eterno -, bem como edificará uma Nova Jerusalém, onde todos os seus filhos, a sua igreja, viverão juntos, em igualdade, por toda a eternidade (Ap 21-22). Essa nova Jerusalém é a cidade celestial que foi feita para ser o local onde Deus habitará juntamente com os homens que lhe foram fiéis e aceitaram a sua oferta de submissão e obediência à sua Palavra. É o local que substituirá o Éden como morada de Deus com os homens. Ela é explicitamente mencionada e revelada no capítulo 21 do livro do Apocalipse. O próprio Jesus já havia mencionado existir um lugar que seria por Ele preparado para que os seus servos nele habitassem para sempre com o Senhor (João 14:1-3). O objetivo de Deus é fazer com que tenhamos, novamente, um lugar onde possamos habitar com Deus, e a Nova Jerusalém é este local.

CONCLUSÃO


Não temos dúvida de que o reino messiânico é uma realidade iminente. A Bíblia está eivada de profecias a respeito deste tempo tão promissor e de grande expectativa, tanto para a Igreja como para o povo judeu. Assim como todas as profecias sobre os impérios passados e acerca da primeira vinda de Cristo cumpriram-se fielmente, as profecias escatológicas igualmente se cumprirão. Os acontecimentos atuais, principalmente com os que tem ocorrido com a nação de Israel, pregam com bastante penetração que estamos no limiar de um novo tempo e de uma nova forma de Deus tratar com o ser humano. O reino messiânico será o único período da história em que “o efeito da justiça será paz, e a operação da justiça, repouso e segurança para sempre”(Is 32:17). Como diz o Salmista: “A misericórdia e a verdade se encontraram; a justiça e a paz se beijaram” (Sl 85:10). Vem, Senhor Jesus” (Ap 22:20).

Fonte:ebsweb


domingo, 16 de dezembro de 2012

ASSEMBLEIA DE DEUS EM VIÇOSA INAUGURA TEMPLO NO ASSENTAMENTO DOURADA

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     Neste sábado (15), a Igreja Evangélica Assembleia de Deus em Viçosa, presenteou a comunidade do Assentamento Dourada com um belo e suntuoso templo.
     Distante cerca de 5 Km do centro da cidade, o Assentamento Dourada, assim denominado, ficou mais “dourado” com o expressivo presente da parte de Deus. A comunidade desta localidade que tem cerca trezentas famílias assentadas pelo INCRA, pode contar com um lugar confortável e aconchegante para buscar e engrandecer o nome do Eterno Deus.
      O cerimonial de inauguração, foi presidido pelo Pr. Arnóbio Tavares, que veio representando o Pr. José Antônio dos santos – Pastor Presidente da Assembleia de Deus em Alagoas.
     A fita inaugural foi cortada pelo Pastor Arnóbio, Pr. Donizete junto a sua esposa, irmã Sulamita e o ministério local, além de obreiros de cidades circunvizinhas, a exemplo do Pr. José de Oliveira( Chã Preta).
      Após cortada a fita, os obreiros adentraram ao templo em fila indiana, sequenciados por toda igreja, de maneira jubilosa louvando e engrandecendo o nome do Senhor.
    O templo que mede 7.50 X 15 metros, foi iniciado no dia 26 de maio do corrente ano, sob as orientações do Pr. Donizete, junto uma corajosa e determinada equipe, que de bom grado e determinação concluíram a obra em menos de sete meses, causando admiração a muitos diante da excelente obra.
      Pastor Donizete, tomado de extrema alegria, externou a Deus toda gratidão a todos que se debruçaram a tão importante causa, direcionando assim suas preciosas ofertas afim de construirmos um lugar onde o nome do Senhor será glorificado.
      Depois de ler no livro e Atos dos apóstolos 10.40, o Pr. Arnóbio transmitiu uma rica mensagem a igreja de Cristo. Duas pessoas decidiram-se para Cristo, levando a igreja a uma tamanha alegria como sinal de aprovação de Deus.
Ao Senhor seja a glória
Por Efigênio Hortêncio de Oliveira








quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

AGEU - O COMPROMISSO DO POVO DA ALIANÇA

Texto Básico: Ageu 1:1-9




 
“Veio, pois, a palavra do SENHOR, pelo ministério do profeta Ageu, dizendo: É para vós tempo de habitardes nas vossas casas estucadas, e esta casa há de ficar deserta? Semeais muito e recolheis pouco; comeis, mas não vos fartais; bebeis, mas não vos saciais; vestis-vos, mas ninguém se aquece; e o que recebe salário recebe salário num saquitel furado. Assim diz o SENHOR dos Exércitos: Aplicai o vosso coração aos vossos caminhos. Subi o monte, e trazei madeira, e edificai a casa; e dela me agradarei e eu serei glorificado, diz o SENHOR. A glória desta última casa será maior do que a da primeira, diz o SENHOR dos Exércitos” (Ag 1:3,4,6,7; 2:9).


INTRODUÇÃO

Ageu é o primeiro profeta a exercer o ministério no período pós-exílio. Sua mensagem girava em torno da construção do segundo Templo. Os judeus estavam indiferentes, espiritualmente mornos e acomodados em relação à obra de Deus. O povo estava cuidando de embelezar suas próprias casas, enquanto a Casa do Senhor permanecia em ruínas. Na construção do primeiro Templo, houve uma atitude oposta à atitude que eles estavam adotando: Davi pensou em fazer o melhor para Deus (2Sm 7:2), eles estavam pensando em fazer o melhor para si mesmos; Davi colocou Deus e sua casa em primeiro lugar, eles estavam colocando a si mesmos e suas casas em primeiro lugar. O problema deles não era falta de recursos, mas falta de prioridade. Porém, tão logo a voz de Deus soou em seus ouvidos por intermédio de Ageu, o povo demonstrou arrependimento. Imediatamente, então, Deus os restaurou e os confortou com sua presença.


A presença de Deus conosco é a maior necessidade, o maior refúgio e o maior estímulo para fazermos sua obra. Tão logo o povo se voltou para Deus, Deus se voltou para o povo. Tão logo eles se humilharam e obedeceram, Deus se tornou favorável a eles e os fortaleceu com sua presença.


O problema do povo não era a presença dos inimigos nem a enormidade dos obstáculos, mas a ausência de Deus. Se Deus está conosco nenhum problema pode deter os nossos passos. O apóstolo Paulo pergunta: "Se Deus é por nós, quem será contra nós?" (Rm 8:31).


I. O LIVRO DE AGEU



1. Contexto histórico. O livro do profeta Ageu é o segundo menor do Antigo Testamento. Ageu foi o primeiro profeta do período pós cativeiro babilônico. O livro de Esdras relata as primeiras décadas do período pós-exílio.


Juntamente com Zacarias, seu contemporâneo, Ageu foi usado por Deus para encorajar o povo a reconstruir o Templo de Jerusalém, que havia sido destruído por Nabucodonosor em 586 a.C. Em 538 a.C., Ciro, rei da Pérsia, promulgara um decreto, permitindo aos judeus exilados voltarem à pátria para reconstruir Jerusalém e o Templo, cumprindo, assim, as profecias de Isaías e Jeremias (Is 45:1-3; Jr 25:11,12; 29:10-14), e a intercessão de Daniel (Dn 9). Dezesseis anos antes da reconstrução do Templo em Jerusalém, o remanescente, com aproximadamente 50 mil pessoas, voltava à Judéia sob a liderança de Zorobabel e Jesua(ou Josué) a fim de pôr em prática o decreto real (Ed 1 e 2), em 536 a.C. Dois anos depois, os alicerces do Templo haviam sido assentados, entre louvores e lágrimas (Ed 3:8-13), e as expectativas da reconstrução pareciam brilhantes. Todavia, os inimigos, da raça mista dos samaritanos, haviam-se colocado contra os judeus durante todo o reinado de Ciro, rei da Pérsia, até ao ano segundo do reinado de Dario, rei da Pérsia (Ed 4:24). A construção do Templo cessou pouco depois de ter começado, em 534 a.C. A letargia espiritual generalizou-se, induzindo o povo a voltar à reconstrução de suas próprias casas. Somente em 520 a.C, sob autorização de Dario (cf. Ed cap. 6) e, após este, sob autorização de Artaxerxes (cf. Ed 6:14), Ageu, acompanhado pelo profeta Zacarias, conclama Zorababel e o povo a retomar a construção da casa de Deus. Em 516 a.C., vinte e um anos após lançados os alicerces (Ed 3:10), o Templo foi completado e dedicado ao Senhor (cf Ed 4-6). A arca da aliança, contendo as duas tábuas da lei, não fazia parte do Templo novo. Ela teria sido destruída numa ocasião anterior desconhecida, da história de Israel.


O reinício e conclusão da construção do Templo só foi possível graças aos ministérios proféticos de Ageu e Zacarias (ver Ag 1:9-11). Suas profecias incluíam: (1) ordens diretas de Deus (Ag 1:8); (2) advertência e repreensão (Ag 1:9-11); (3) exortação (Ag 2:4); e (4) alento mediante a promessa de bênçãos futuras (ver Ag 2:6-9).


O inimigo surgiu e se opôs à obra (Ed 5:3). Sempre que houver progresso espiritual, podemos prever que virão oposição e provação da parte de Satanás e dos inimigos de Deus. O povo de Deus deve enfrentar tal oposição com oração contínua a Deus, confiando nele e avançando até à conclusão da obra.


Ageu profetizou apenas durante quatro meses (Ag 1:1; 2:1; 2:10; 2:20). Zacarias começou a profetizar dois meses depois de Ageu (Zc 1:1) e teve um ministério mais longo. O ministério destes dois profetas pós-exílio, em muito contribuíram para a conclusão das obras, apesar dos muitos obstáculos e reveses.


A obra de Deus sempre requer a participação dos seus profetas, na realização do seu propósito concernente a qualquer geração.


2. Vida Pessoal. O nome Ageu significa "festivo”. Provavelmente ele nasceu num dia de festas, e por isto foi chamado de "minha festa". Ageu só é citado fora do seu livro em Esdras 5:1 e 6:14. Alguns eruditos o consideravam membro da classe sacerdotal.


Há um consenso praticamente unânime de que Ageu foi o autor do livro que leva o seu nome. Pouco sabemos acerca dele. Nada sabemos sobre seu pai nem sobre o lugar do seu nascimento. Ageu é a única pessoa com esse nome mencionado no Antigo Testamento.


Possivelmente, Ageu conhecera as glórias do Templo salomônico (Ag 2:3). De acordo com a tradição judaica, ele viveu a maior parte de sua vida na Babilônia. Sendo assim, ele já devia ser um homem com mais de oitenta anos quando levantou sua voz profética em Jerusalém. Alguns estudiosos defendem que ele nasceu na Babilônia durante o exílio e conviveu com o profeta Daniel.


Ageu profetizou no segundo ano do rei Dario, no sexto mês e no primeiro dia da semana. Ageu apareceu repentinamente no ano 520.C. e de igual modo desapareceu. Nada se sabe de sua vida antes ou depois da sua pregação.


3. Zorobabel. Zorobabel, governador de Judá, e Josué, o sumo sacerdote, eram os líderes-chaves para a reconstrução do Templo. Quando Ageu se levantou, a mando de Deus, para motivar o povo à reconstrução do Templo, ele dirigiu primeiramente a sua mensagem a estes lideres notáveis, a fim de encorajá-los a terminar a obra de reconstrução do Templo em Jerusalém.


“Zorobabel é uma das pessoas listadas nas genealogias de Jesus. Duas coisas fazem Zorobabel significativo e o ligam a Cristo: primeiro, Zorobabel é um sinal de um homem escolhido por Deus, de cuja natureza dedicada Deus fez fluir vida, liderança e ministério. O que Zorobabel fez em partes, Jesus fez por completo como o Servo do Senhor; segundo, Zorobabel está, também, na linhagem do Messias. As listas dos ancestrais de Jesus em Mateus e Lucas incluem o nome de Zorobabel, o filho de Selatiel, cuja própria importância pessoal foi excedida por seu papel como um dos que apontaram à frente para a vinda do Salvador ao mundo” (Bíblia de Estudo Plenitude, p. 914).


Só relembrando, o povo judeu voltou do cativeiro babilônico em três levas: (a) Sob a liderança de Zorobabel, com a autorização do imperador Ciro, para reconstruir o Templo; (b) Sob a liderança de Esdras para ensinar a Lei; (c) Sob a liderança de Neemias para reconstruir os muros. Tanto Esdras como Neemias voltaram sob o governo de Artaxerxes I (465-424 a.C). Os judeus que voltaram para Jerusalém foram profundamente influenciados pela fé dos seus pais mesmo no cativeiro. A criação das sinagogas no exílio para o estudo da lei e dos profetas exerceu uma grande influência na inspiração da fé religiosa daqueles que retornaram à Jerusalém. O cativeiro babilônico foi decisivo para os judeus deixarem a idolatria.


4. Estrutura e Mensagem. O livro contém quatro mensagens, cada uma delas introduzidas pela frase: “a palavra do SENHOR” (Ag 1:1;2:1;2:10;2:20):


Primeira mensagem. Ageu repreende os repatriados por estarem tão interessados em suas próprias casas, revestidas de cedro por dentro, enquanto a Casa de Deus permanecia em desolação (Ag 1:4). O profeta exorta-os por duas vezes a considerar seus caminhos (Ag 1:5,7), revelando-lhes ter o Senhor Deus retirado a bênção sobre eles em consequência de seus maus caminhos (Ag 1:6,9-11). Zorobabel e Josué, juntamente com o restante do povo, reagindo à palavra do profeta, demonstram reverência a Deus, e recomeçam a obra (Ag 1:12-15).


Segunda mensagem. Poucas semanas depois, a reação dos repatriados, que haviam visto a glória do primeiro Templo e que consideravam como nada o segundo, começava a desanimar o povo (Ag 2:3). Ageu, então, exorta os lideres a se mostrarem corajosos, porque:


- (a) seus esforços faziam parte de um quadro profético mais amplo (Ag 2:4-7).


- (b) “a glória desta ultima casa será maior do que a da primeira” (Ag 2:9).


Terceira mensagem. A terceira mensagem de Ageu conclama o povo a viver uma vida de santa obediência (Ag 2:10-19). Ageu afirma a inversão da sorte de Israel por causa da edificação do Templo.


Quarta mensagem. A quarta mensagem traz uma promessa relativa a Zorobabel; ele representaria a continuação da linhagem e da promessa messiânica (Ag 2:20-23).


II. RESPONSABILIDADES E OBRIGAÇÕES



1. A desculpa do povo (Ag 1:2). Os judeus que retornaram para a reconstrução do Templo afrouxaram as mãos e abandonaram a obra, dando a seguinte desculpa para Deus: "... Não veio ainda o tempo, o tempo em que a Casa do SENHOR deve ser edificada" (Ag 1:2). Observe que eles não diziam que a edificação não devia ser feita; apenas que ainda não havia chegado o tempo oportuno para fazê-la. O pecado deles foi de acomodação. Eles adiaram o projeto de Deus para priorizar seus projetos. Abandonaram a Casa de Deus para investir tudo em suas próprias casas. Julgaram que a oposição para fazer a obra era um sinal de que não era o tempo de fazer a obra. Fizeram uma leitura errada quando interpretaram que a presença de dificuldades devia levá-los a desistir da obra.


Enfatizamos que a presença de circunstancias adversas jamais devem nos impedir de fazermos a obra de Deus. O servo de Deus deve olhar para as circunstancias na perspectiva da soberania de Deus, da providencia divina. O apóstolo Paulo assim se comportou, a ponto de dizer aos crentes de Filipo: “...as coisas que me aconteceram ou que tem me acontecido contribuíram para o progresso do Evangelho” (Fp 1:12). Ele era cônscio de “que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados por seu decreto” (Rm 8:28).


2. Inversão de prioridades (Ag 1:3,4). Deus denuncia a inversão de prioridades do povo judeu em fazer os melhores investimentos em suas próprias casas e os piores investimentos na casa de Deus. Eles desistiram de investir na casa de Deus, mas estavam fazendo investimentos redobrados em suas próprias casas. As casas forradas tinham requinte e luxo. Eles deixaram a casa de Deus em ruínas, sem teto, para dar um toque de requinte, luxo e extravagância em suas casas. Os judeus tinham construído casas de fino e caro acabamento, até mesmo com paredes amadeiradas. Essa prática era considerada luxuosa até para um rei (Jr 22:14). Houve até quem sugerisse que os judeus usaram para suas casas a madeira de cedro reservada para o Templo. Os investimentos que eles haviam cortado da Casa de Deus estavam sendo usados para o seu próprio deleite. Que valor eles estavam dando a Deus se deixavam seu Templo em ruínas? Então Deus denuncia essa inversão de valores: “Veio, pois, a palavra do SENHOR, pelo ministério do profeta Ageu, dizendo: Porventura é para vós tempo de habitardes nas vossas casas forradas, enquanto esta casa permanece em ruínas?” (Ag 1:3,4). Essa inversão de prioridades do povo indicava a sua falta de saúde espiritual.


O povo tinha provas suficientes de que era da vontade de Deus que eles reconstruíssem o Templo. Deus já havia tocado o coração do rei Ciro para libertá-los e enviá-los a Jerusalém, provendo-lhes recursos com esse propósito (2Cr 36.22,23; Ed 1.1-4). Também os judeus conheciam a profecia de Isaías acerca de Ciro: "Ele é meu pastor e cumprirá tudo o que me apraz; que digo também de Jerusalém: Será reedificada; e do Templo: Será fundado" (Is 44:28). Apesar de estarem plenamente cônscios disso, o povo inverteu as prioridades: em vez de cuidar primeiro das coisas de Deus, estavam priorizando o seu progresso material: primeiro a minha vida, mais tarde a de Deus; primeiro cuidarei dos meus negócios, se tempo houver mais tarde cuidarei dos negócios de Deus; eu primeiro, depois Deus.


Em vez de honrar ao Senhor com os seus bens, eles estavam desonrando a Deus. Em vez de buscar em primeiro lugar o reino de Deus, eles estavam buscando antes de tudo os seus interesses. Era, portanto, uma clara e perigosa inversão de prioridades. Deus não aceita ser colocado em segundo plano (ler Is 42:8;48:11).


O capital da igreja é a fé. A igreja que se propõe a dar glória ao nome de Deus realiza coisas extraordinárias para Deus. Porém, sempre que colocamos os nossos interesses à frente dos interesses de Deus, deixamos sua casa em ruínas.


3. Um convite à reflexão.Ora, pois, assim diz o SENHOR dos Exércitos: Aplicai o vosso coração aos vossos caminhos” (Ag 1:5). Deus chama o seu povo a olhar pelas lentes do retrovisor. Ele convida o seu povo a meditar, pensar com cuidado sobre o passado. Era hora de o povo fazer uma séria introspecção diante do Senhor.


O desprezo em relação a Deus e o descaso para com sua obra tinham levado o povo de Israel a quebrar sua aliança com Deus. A violação do pacto trouxe o chicote da disciplina às suas costas, a fome às suas casas e a insatisfação aos seus corações. Por não terem aprendido com as lições do passado, o povo estava caindo nos mesmos erros. Precisamos aprender com o passado para não cair nos mesmos erros.


O pecado não compensa. O pecado é uma fraude. O passado precisa tomar-nos pela mão, conduzir-nos no presente e orientar-nos rumo ao futuro. O passado precisa ser nosso pedagogo, não nosso coveiro.


III. A EXORTAÇÃO DIVINA.


1. Crise econômica. Nos versículos 6 e 9 há o contraste entre a ação do povo e a sua expectativa (muito) e o resultado (pouco). Nos versículos 10 e 11, a crise econômica é bem exposta e o seu causador é identificado; ou seja, é o próprio Deus o provocador da crise. O profeta Ageu, em nome do Senhor dos Exércitos, assim se expressa: "Tendes semeado muito e recolhido pouco; comeis, mas não chega para fartar-vos; bebeis, mas não dá para saciar-vos; vesti-vos, mas ninguém se aquece; e o que recebe salário, recebe-o para pô-lo num saquitel furado" (Ag 1:6).


Reter em nossas mãos o que devemos empregar na obra de Deus gera em nós grande insatisfação. O profeta usa cinco situações de investimento, todas com resultados insatisfatórios: quem semeia muito colhe pouco; quem come não se farta; quem bebe não se sacia; quem se veste não se aquece; e quem recebe salário perde-o pelo caminho. Deus mesmo é o Agente dessa frustração. É Ele quem impede a colheita abundante. É Ele quem não deixa que a pessoa se farte, se sacie e se aqueça. O povo estava retendo em suas mãos o que deveria entregar na casa de Deus. O povo estava correndo atrás apenas dos seus interesses ao mesmo tempo que desprezava a Casa de Deus. O povo estava morando luxuosamente enquanto a Casa de Deus permanecia em ruínas, cobrindo suas casas com madeira importada, a passo que o Templo permanecia sem teto. Então, Deus lhe mostrou a loucura de abandonar Sua Casa, gerando dentro deles uma incurável insatisfação.


2. A solução. Só haveria uma saída para reverter a crise que o povo estava sofrendo: dispor-se a atender à convocação de Deus para fazer a sua obra, ou seja, reconstruir o Templo. O versículo 8 apresenta o que o povo devia fazer: “Subi ao monte, trazei madeira e edificai a casa; dela me agradarei e serei glorificado, diz o Senhor”. O propósito de Deus nesse empreendimento era o regozijo especial que Ele teria nesse edifício e a honra apropriada que Ele, ali, receberia do seu povo.


A resposta do povo à Palavra de Deus foi pronta e imediata (Ag 1:12). O Espírito Santo atuou de maneira tão maravilhosa, que ocorreu um verdadeira avivamento e a construção do Templo prosseguiu sob a liderança de Zorobabel e do sumo sacerdote Josué (Ag 1:14).


Três fatos merecem destaque:


a) A resposta à Palavra de Deus começa pela liderança (Ag 1:12). Zorobabel e Josué, o governador e o sumo sacerdote, o poder civil e o poder religioso, deram exemplo e foram os primeiros a aceitar a Palavra de Deus. Os líderes precisam ser o exemplo e dar o primeiro passo. Precisam ser modelo para o povo. Quando a liderança acerta sua vida com Deus, os liderados seguem seus passos. Se de um lado a vida do líder é a vida da sua liderança, por outro lado os pecados do líder são os mestres do pecado. O líder é um influenciador. Ele influencia sempre, para o bem ou para o mal. Zorobabel e Josué foram líderes que influenciaram para o bem.


b) A resposta à Palavra de Deus manifesta-se pela obediência. "Então Zorobabel... e Josué.... e todo o resto do povo atenderam à voz do Senhor, seu Deus, e às palavras do profeta Ageu, as quais o Senhor, seu Deus, o tinha mandado dizer..." (Ag 1:12). Quando a liderança obedece a Deus, os liderados seguem seus passos. Quando o povo viu seus líderes atendendo à voz de Deus, eles prontamente se dispuseram a também obedecer. A obediência é a única evidência de que alguém de fato ouviu a voz de Deus.


c) A resposta à Palavra de Deus passa pela reverência. "... e o povo temeu diante do Senhor" (Ag 1:12). A falta de temor diante do Senhor havia levado o povo ao cativeiro e agora os desviava da obra. Mas o temor os fez voltar para Deus e colocar as mãos na obra de Deus. É impossível ouvir a Deus sem temê-lo.


Uma postura sem temor em relação a Deus esposada por muitos crentes é responsável pelo baixo nível espiritual de tantas igrejas em nossos dias. A falta de temor de Deus desemboca em decadência espiritual.


3. O segundo Templo. Na construção do segundo Templo, todos colocaram as mãos na obra. Os líderes na frente e em seguida todo o povo. O trabalho é grande e precisa da participação de todos. Hoje, infelizmente, cerca de vinte por cento dos membros realizam a obra enquanto os demais assistem. Precisamos entender que somos um corpo no qual cada membro tem sua função. Somos uma família na qual cada um exerce o seu papel. Somos um exército onde cada soldado tem seu campo de luta. Somos construtores do santuário de Deus no qual cada um deve trabalhar com zelo e alegria.


A glória do segundo Templo seria maior do que a glória do primeiro. Os anciãos de Judá estavam chorando diante da insignificância do segundo Templo, porque olhavam apenas para as aparências, para o exterior, para o visível e material. A grandeza de um Templo não está na suntuosidade do seu prédio, no luxo de seus mobiliários, nem na alta posição social e financeira dos seus membros, mas na presença de Deus. É a presença de Deus no Templo que o torna glorioso.

CONCLUSÃO

O descaso com a Casa de Deus desencadeou grandes transtornos materiais e espirituais para o povo de Judá. O povo de Judá lançou os fundamentos do Templo e paralisou a obra por dezesseis anos. Mesmo assim, eles continuaram oferecendo seus sacrifícios no altar que já havia sido levantado. Eles começaram a construção e abandonaram a obra no meio do caminho. Isso era um sinal evidente de desleixo com a Casa de Deus. Isso significa fazer a obra do Senhor relaxadamente. Ageu não pedia ostentação, mas também não aceitava descaso. O aspecto físico dos Templos revela os valores espirituais dos adoradores. A aparência externa da Casa de Deus diagnostica a realidade interna daqueles que a frequentam.


Como servos do Deus Todo-Poderoso precisamos estar atentos, pois como os israelitas, também podemos negligenciar a obra de Deus e o cuidado com a Casa do Senhor. Que sejamos servos comprometidos com o Reino, trabalhando para o seu crescimento aqui na Terra.

sábado, 8 de dezembro de 2012

SEGUNDO DOMINGO DE DEZEMBRO - DIA DA BÍBLIA


     
Neste domingo, 09 de dezembro, milhões de evangélicos e todos que professam o cristianismo, irão ás ruas, tomarão as praças, superlotarão os templos,  afim  de comemorar mais o  dia da Bíblia Sagrada – O Livro dos livros.
    
     No Brasil, o tão importante dia comemorativo, deu-se no ano de 1948, quando foi fundada a Sociedade Bíblica do Brasil. Desse tempo até os dias de hoje, cristãos das mais variadas denominações, da menor a maior cidade do país, tomam as ruas e praças estampando faixas e cartazes externando toda gratidão a Deus pelo poderoso livro enviado e inspirado pelo seu Santo  Espírito.
   
     A Bíblia Sagrada é para os que a amam: a bússola do viajante, a carta magna por Deus enviada, a direção certa, livro das respostas, luz para o caminho, água para o sedento [...], faltaria tempo e capacidade para dar nome a esse tão sublime livro.
       
      Numa pesquisa sobre leitura realizada pelo um órgão do governo Federal, aponta a Bíblia como o livro mais lido no Brasil. Para os seguidores do cristianismo, bem como para os amantes da Palavra de Deus, essa notícia cai como luva para o segundo domingo de dezembro, quando festejamos mais um aniversário da Bíblia em todo território brasileiro.
   
     Diante da alavancada no que diz respeito ao crescimento evangélico nos últimos dias, a mídia tem feito inúmeras pesquisas  relacionadas ao tema, de uma vez que tem chamado atenção nas mais diversas linhas de pensamentos sem levar em consideração os mais variados interesses.
    
     Portanto, numa pesquisa recente realizada, traz para cada um de nós uma boa reflexão. A referida pesquisa confirma que, dos 42,3 milhões de evangélicos, apenas 20% desse número ler a Bíblia diariamente. Levando em consideração que Nela encontramos água para saciar, como saciaremos nossa sede se iremos a fonte?, Sendo Ela a bússola, como teremos direção? Sendo Ela o livro das respostas, como a teremos se não lemos as perguntas?
   
     Alguém  declarou: “ A leitura de um bom livro é  diálogo incessante. O livro fala e alma responde”, assim sendo, o que dizer da Bíblia?
   
    Como seremos cristãos fortes se não buscarmos a fortaleza em Deus através da sua palavra?


                              A leitura  da Bíblia, fortalece a alma e enriquece o  conhecimento.
            
 Em Cristo.
Efigênio Hortêncio de Oliveira
           

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

SOFONIAS: O JUÍZO VINDOURO

Texto Básico: Sofonias 1:1-10

 
“Cala-te diante do Senhor JEOVÁ, porque o dia do SENHOR esta perto, porque o SENHOR preparou o sacrifício e santificou os seus convidados” (Sf 1:7).
 

INTRODUÇÃO


Nesta lição, estudaremos o oráculo de Sofonias. Ele profetiza para advertir ao povo que o juízo de Deus estava para vir. Sofonias apresenta os pecados que o povo praticava: eles adoravam a Baal, uma divindade cananita; adoravam os elementos da natureza, o sol e a lua, e também as estrelas, desprezando o Criador. Eles misturavam a adoração a Deus com a adoração a outras "divindades". Aos poucos, foram abandonando o culto ao Senhor e, finalmente, manifestaram um claro descaso para com a obediência aos preceitos divinos. Este aspecto degradante do caráter do povo insultou a santidade de Deus e provocou a Sua ira. Sofonias fala do “Dia do Senhor”, e esta descrição não é da manifestação do Messias, e sim da ira de Deus. O juízo de Deus seria destinado não somente a Judá; também, sua abrangência será universal, como reação de Deus aos pecados cometidos pelos moradores de toda a Terra.

De forma intrigante, Sofonias começa sua profecia com um lamento, mas termina com um cântico de alegria (Sf 1:2; 3:14-20); ele aborda o julgamento divino numa perspectiva escatológica de restauração.

I. O LIVRO DE SOFONIAS


1. Contexto histórico. Sofonias profetizou durante o reinado de Josias, rei de Judá (640-609 a.C). Aproximadamente 100 anos antes da profecia de Sofonias, o Reino do Norte (Israel) havia sido derrotado pela Assíria. O povo havia sido levado cativo, e a terra havia sido recolonizada por estrangeiros. Sob o reinado de Manassés e do rei Amom, pai do rei Josias, tributos haviam sido pagos para se evitar que a Assíria invadisse o Reino do Sul. A aliança com a Assíria não somente afetou a Judá politicamente, mas também as práticas religiosas, sociais e de comportamento da Assíria impuseram sua tendências em Judá. Proteção oficial foi dada em Judá para as artes mágicas e adivinhadores e encantadores. A religião astral se tornou tão popular, que o rei Manassés construiu altares para adoração do sol, lua, estrelas, signos do zodíaco e todos os astros do céu, à entrada da Casa do Senhor (2Rs 23:11). A adoração da deusa-mãe da Assíria se tornou uma prática que envolvia todos os membros das famílias de Judá (Jr 7:18). Em fim, a nação achava-se envolvida com a violência e a idolatria em alta escala. Havia indiferença e zombaria para com o Senhor Deus.

Os pecados dos quais Sofonias acusava Jerusalém e Judá (Sf 1:4-13; 3:1-7) indicam que ele profetizou antes do reavivamento e reformas promovidas por Josias. Período este marcado pela iniquidade dos reis que antecederam a Josias (Manasses e Amom). Foi somente no décimo segundo ano do reinado de Josias (isto é, 627 a.C) que o rei empreendeu a purificação do povo com o banimento da idolatria e a restauração do verdadeiro culto ao Senhor. Oito anos mais tarde, ordenaria o conserto e a purificação do templo. Nessa ocasião, foi descoberta uma cópia da Lei do Senhor (cf. 2Rs 22:1-10).

A descrição que Sofonias faz das lamentáveis condições espirituais e morais de Judá deve ter sido escrita por volta de 630 a.C. É provável que a pregação de Sofonias tenha tido influência direta sobre o rei Josias, inspirando-o em suas reformas. O ano de 630 a.C é também indicado devido a ausência de referencias, no livro de Sofonias, à Babilônia, sendo esta uma potência reconhecida no cenário internacional. Babilônia só começou a galgar uma posição de destaque com a ascendência de Nabopolassar em 625 a.C. Mesmo assim, Sofonias profetizou a destruição da grande Assíria, evento este ocorrido em 612 a.C., com a queda de Nínive. Jeremias era um contemporâneo mais jovem de Sofonias.

2. Genealogia. O nome “Sofonias” significa “o Senhor escondeu”. Há quem suponha que ele nasceu durante o “período de matança de Manassés”. Sofonias se identifica melhor do que qualquer outro dos profetas menores, remontando sua linhagem quatro gerações até Ezequias. Ele descreve assim a sua genealogia: Sofonias, filho de Cusi, filho de Gedalias, filho de Amarias, filho de Ezequias (Sf 1:1). Logo, ele era trineto do bom rei Ezequias, o qual levou o povo de volta a Deus durante o tempo do profeta Isaías. Entre os profetas, esta genealogia é a mais detalhada, cujo propósito mais provável era mostrar que ele era de linhagem real. É bom observar que a citação do nome do pai do profeta estabelecia o direito tanto à herança quanto à posição social ou aquisição de poder. A ausência de paternidade demonstrava que tal profeta não adveio de família tradicional.

Sua referencia a Jerusalém como “este lugar” (Sf 1:4), bem como a descrição minuciosa de sua topografia e de seus pecados, indicam que ele residia na cidade. Como fazia parte da linhagem real, haja vista que fora trineto do rei Ezequias, e era parente do rei Josias, então, isso lhe garantia livre acesso no governo real, bem como noutros segmentos da sociedade. De acordo com o arranjo das Escrituras hebraicas, Sofonias foi o último profeta a escrever antes do cativeiro.

3. Estrutura e mensagem.

a) Estrutura. Na sua maior parte, o livro de Sofonias é uma advertência sóbria a respeito do Dia do castigo divino contra o pecado. Embora percebesse um castigo vindouro em escala mundial (Sf 1:2;3:8), Sofonias focaliza especialmente o julgamento que viria contra Judá (Sf 1:4-18; 3:1-7). Ele faz um apelo à nação para que se arrependa e busque o Senhor em humildade antes que o decreto divino entre em vigor (Sf 2:1-3). O arrependimento nacional ocorreu parcialmente durante o reavivamento de Josias (627 – 609 a.C).

Sofonias também profetizou o juízo vindouro contra cinco nações estrangeiras: Filistia, Amom, Moabe, Etiópia e Assíria (Sf 2:4-15). Depois de dirigir sua atenção aos pecados de Jerusalém (Sf 3:1-7), o profeta prediz um tempo em que Deus reuniria, redimiria e restauraria o seu povo. Os fiéis gritariam de alegria como verdadeiros adoradores do Senhor Deus, que estaria no meio deles como um guerreiro vitorioso (cf. Sf 3:9-20).

b) Mensagem. Sofonias advertiu o povo de Judá e disse-lhe que caso se recusasse a se arrepender, a nação inteira, inclusive a amada cidade de Jerusalém, seria destruída. O povo sabia que no final Deus o abençoaria, mas Sofonias deixou claro que primeiramente haveria juízo e, mediante o arrependimento, depois viria a bênção. Este julgamento não seria meramente o castigo pelo pecado, mas também um meio de purificar o povo.

Embora vivamos em um mundo decaído e cercado pelo mal, podemos aguardar com esperança a vinda do Reino de Deus. E devemos permitir que qualquer castigo que nos sobrevenha no presente sirva para nos purificar de nossas transgressões.

II.  O JUIZO VINDOURO


1. Toda a face da terra será consumida. Inteiramente consumirei tudo sobre a face da terra, diz o SENHOR. Arrebatarei os homens e os animais, consumirei as aves do céu, e os peixes do mar, e os tropeços  com os ímpios; e exterminarei os homens de cima da terra, disse o SENHOR” (Sf 1:2,3). Esta ampla declaração nos lembra que Deus é juiz de toda a humanidade.

Sofonias começa anunciando o juízo divino que virá sobre o mundo inteiro (Sf 1:2,3), pois a raça humana, de maneira genérica, recusar-se-á a buscar o Senhor. Deus mesmo determinou um Dia em que destruirá todos os ímpios, bem como o próprio mundo. Será um tempo de aflição, angústia, perturbação e ruína (Sf 1:15).

Não obstante a declaração de que todos serão alcançados, o profeta, de imediato, chama nossa atenção para Judá (Sf 1:4-2:3). Por quê? Porque Deus é o juiz específico de seu próprio povo. Nós, que somos chamados por seu nome, somos, por isso mesmo, mais responsáveis em desenvolver padrões de comportamento mais elevados do que os outros. Conforme nos lembra 1Pedro 4:17, o juízo começa “pela casa de Deus[...]; ora, se primeiro vem por nós, qual será o fim daqueles que não obedecem ao evangelho de Deus?”.

2. A linguagem de Sofonias. A linguagem empregada por Sofonias sobre o juízo divino sobre todos os povos é literal. Muitos querem interpretar o texto como sendo um exagero, ou seja, uma hipérbole. Mas, quem não aceita que isto é literal não aceita, também, que o dilúvio ocorreu de verdade, é apenas uma história de ficção; não aceita que Israel (as 10 tribos do reino do Norte) foi subvertida pela Assíria, por ordem divina, por causa da idolatria, da degradação moral e injustiça social que imperavam em Israel; não acredita que Judá(o reino do Sul) foi subvertido pela Babilônia, sob o comando de Nabucodonosor, como juízo divino, pelas razões que levaram Israel à destruição.

Não haja dúvida, o juízo de Deus sobre os ímpios será tão literal como o foi sobre a Assíria e a Babilônia; nações estas, banidas de sobre a face da terra por causa de sua oposição ao Deus Supremo e Senhor.

Muitos, aliás, indagam a respeito de como Deus estabelecerá juízo sobre as pessoas que jamais tiveram conhecimento da existência de Cristo Jesus ou de sua obra no Calvário, mas o apóstolo Paulo nos deixa bem claro que todo ser humano, por si só, tem condições de saber que existe um Deus e que Ele é soberano e, portanto, deve ser adorado e reconhecido como tal. Deus se manifestou a todos os homens, independentemente do conhecimento que tenhamos a respeito da justificação que somente se opera por intermédio de Jesus Cristo. Por isso, vemos que nenhum homem poderá se apresentar diante de Deus com a desculpa de que nunca teve a oportunidade de ter ciência de que havia um Deus soberano. Paulo é peremptório: “o poder de Deus e a sua divindade entendem-se e claramente  se veem pelas coisas que estão criadas, para que os homens fiquem inescusáveis” (Rm 1:20 ). Como Deus se manifesta, como Deus se revela aos homens? Através da criação. As coisas criadas, a criação de todas as coisas testifica o poder e a divindade do Senhor e, por meio delas, todos os homens são capazes de saber não só que Deus existe, como também que Ele é poderoso e soberano. 

3. Descrição detalhada. Sofonias aborda este assunto sob três perspectivas: (a) Sua causa, pois Judá fora infiel ao Senhor (Sf 1:4-9); b) Sua universalidade, pois todas as classes sociais serão castigadas (Sf 1:10-13); c) seu terror, pois será marcado pelos horrores da destruição universal e literal da criação (Sf 1:3; cf Ap 16:1-21), por demais impressionantes que sejam para serem compreendidos (Sf 1:14-18); nessa ocasião, ocorrerá o reverso da criação registrada em Gênesis (Gn 1:20-26).

III. OBJETIVO DO LIVRO


O objetivo do Livro de Sofonias é advertir Judá e Jerusalém quanto ao juízo divino iminente e ameaçador. A aplicação imediata da palavra profética era que a apóstata nação de Judá receberia a justa retribuição por sua iniquidade, o mesmo acontecendo com as nações pagãs em derredor, alistadas nominalmente pelo profeta (Sf 2:4-15). O propósito de Deus era exterminar o baalismo, o sincretismo, as práticas divinatórias e as injustiças sociais que ocorriam em Judá. O alcance imediato da profecia aplica-se à igreja e ao mundo na conclusão da história.

1. Sincretismo dos sacerdotes. A mistura entre o santo e o profano nunca foi permitido por Deus. O povo de Deus deveria viver separado do mundo e qualquer mistura lhe será prejudicial, senão fatal. Balaão levou os filhos de Israel a prevaricarem contra o Senhor, caindo nas ciladas do sincretismo religioso e da prostituição (ver Num 25:1-8; 31: 9,15,16; 2Pe 2:9-15; Ap 2:14). Ele foi morto por causa disso (Num 31:8).

À época de Sofonias, os sacerdotes estavam envolvidos com o sincretismo religioso pagão. Veja o texto de Sofonias 1:4: “E estenderei a minha mão contra Judá e contra todos os habitantes de Jerusalém e exterminarei deste lugar o resto de Baal e o nome dos quemarins com os sacerdotes”.

Os “quemarins”[ou ministrantes, ARA] é a palavra aramaica que significa “sacerdotes”, usada no Antigo Testamento para aludir somente aos sacerdotes idólatras. Talvez se refira aos ministradores de cultos estrangeiros que foram introduzidos em Israel. Estes, junto com os sacerdotes regulares de Jeová (os levitas) que se corromperam, estavam envolvido com o sincretismo religioso; logo, seriam liquidados, conforme explicita Sofonias 1:4. O texto de 3:4 dá mais pormenores acerca de tais sacerdotes corruptos. Houve quem sugerisse que incentivavam a idolatria pela indiferença ou inconsistência de conduta, ou ambos.

2. Sincretismo do povo. O sincretismo do povo é notório em Sofonias 1:5: “e os que sobre os telhados se curvam ao exército do céu; e os que se inclinam jurando ao SENHOR e juram por Malcã”.

- A frase “os que sobre os telhados se curvam ao exército do céu” refere-se ao culto às deidades astrais assírias que entraram em Judá durante o péssimo reinado de Manasses (cf 2Rs 21:3). As passagens de Deuteronômio 4:19 e 17:3 proíbem vigorosamente tal prática. Nesta falsa adoração, as pessoas ofereciam incenso e libações nos telhados planos, os quais, em uma casa oriental, são lugares habituais de atividade e naturais para adorar os corpos celestes.

- O “exército do céu abrange todos os corpos celestes – o sol, a lua e as estrelas. Alguns eram objetos especiais de adoração. Na visão que Ezequiel teve na Babilônia, ele viu este tipo de adoração ser praticado no Templo pelos sacerdotes (Ez 8:15-18).

- Os que se inclinam jurando ao Senhor” prestam lealdade ao Jeová, mas também “juram por Malcã”, o deus nacional dos amonitas. Trata-se de lealdade dividida, a qual todos os profetas de Jeová censuram. Isso esclarece a realidade do ritual sincrético no meio do povo de Judá. Embora com a boca prestassem cultos a Jeová, eles honravam Moloque como deus. Jurar por uma deidade significa confessá-la publicamente, ou seja, comprometer-se abertamente a seu serviço. Jesus condenou em termos bem claros esta lealdade e serviço dividido: “Não podeis servir a Deus e a Mamom”(Mt 6:24).

- Malcã”. A pronúncia correta é “Milcom” de acordo com a Septuaginta e outras traduções (cf. ARA). Certos estudiosos acham que se refere a Moloque (cf. NVI), o deus fenício cuja adoração desumana (2Rs 23:10; Jr 7:31) prevalecia nos dias de Sofonias.

3. O modismo do povo e a violência dos príncipes - “...hei de castigar os príncipes, e os filhos do rei, e todos os que se vestem de vestidura estranha. Castigarei também, naquele dia, todos aqueles que saltam sobre o umbral [sobem o pedestal dos ídolos, ARA], que enchem de violência e engano a casa dos seus senhores”(Sf 1:8,9).

- “vestidura estranha”- é mais bem traduzida por “roupas estrangeiras” (cf ARA). Isto provavelmente se trata do reinado de Manasses, quando costumes assírios, inclusive a roupa, tomaram conta da nação. Para os verdadeiros hebreus, a adoção da moda assíria simbolizava a aceitação da cultura e religião estrangeiras. Por conseguinte, era corretamente condenado como traição da fidelidade a Jeová.

Seguir os costumes pagãos envolvia não apenas imitar o modismo estrangeiro mas também adorar os deuses estranhos. Não somente o povo mas também os filhos do rei e outros oficiais reais seriam castigados por causa da adoção de costumes e trajes estrangeiros. Estes príncipes, que deveriam ser bons exemplos para o povo, adotavam as práticas estrangeiras e mostravam, deste modo, seu desprezo pelo Senhor, por ignorarem seus mandamentos contrários à adoção da cultura pagã. Isso denota falta de compromisso para com a aliança. Isso é um sinal de deslealdade religiosa.

- “violência e engano” -  Os príncipes de Judá, provavelmente os filhos de Manassés ou Amom, seriam duramente castigados por causa da violência e do engano.

- “todos aqueles que saltam sobre o umbral – Muitos estudiosos interpretam como sendo uma ação violenta. Se for ligada ao restante do versículo, a frase dá a entender invasão forçosa da privacidade das casas para roubar e saquear. Na tradução Almeida Revista e Atualizada  - “sobem o pedestal dos ídolos” – os estudiosos interpretam, “pedestal”, como sendo o pedestal de um santuário pagão. Neste caso, é provável que uma prática religiosa dos filisteus estivessem sendo imitada (cf 1Sm 5:5).

IV. “O DIA DO SENHOR”


“Cala-te diante do Senhor JEOVÁ, porque o dia do SENHOR esta perto...” (Sf 1:7).  O ponto central da mensagem de Sofonias é o “Dia do Senhor”, em que um inimigo estrangeiro, a espada do castigo do Senhor (Sf 2:12; Is 10:5), infligiria grande destruição sobre Jerusalém (Sf 1:4,10,11; 2:1). Esse inimigo foi diversas vezes identificado como sendo os babilônios. Sofonias trata extensamente desse assunto. O “Dia do Senhor” está próximo (Sf 1:7) e será um Dia em que a ira e a indignação do Senhor soberano de Israel serão dirigidas aos perversos (Sf 1:15,18; 2:2,3). Será um Dia de escuridão e negrume (Sf 1:15). Tão resoluto está o Senhor em arrancar o mal pela raiz, que realizará uma busca completa para certificar-se de que os ímpios serão encontrados e destruídos (Sf 1:12). Nesse Dia, o orgulho será vencido (Sf 3:11), e os humildes da Terra (o restante) serão salvos (Sf 3:12,17). Os gentios também abraçarão a fé no Deus vivo e verdadeiro e invocarão o “nome do Senhor”(Sf 3:9; Jl 2:32). As nações serão reconciliadas com Deus, e hão de invocá-lo e servi-lo. Estas promessas serão cumpridas durante o Milênio, quando Cristo estiver reinando sobre o mundo inteiro (Ap 20:4).

1. Significado bíblico.O Dia do Senhor” é termo técnico para denotar o julgamento que se aproxima, que é o principal tema de Sofonias. Sua mensagem central pode ser resumida na frase: “O Dia do Senhor está perto”. Este é o Dia em que Deus se manifestará como Juiz. Não é mero dia de calamidade, mas trata-se de uma ocasião especial, a manifestação plena e final de Deus.

Esta profecia aplica-se, em primeiro lugar, à destruição de Judá pelos babilônios em 605 a.C. E, em segundo lugar, ao juízo divino a ser aplicado em escala mundial contra todas as nações no fim dos tempos (cf Is 2:12; 13:6,9; Jr 46:10; Ez 13:5; 2:1). O último dia da ira ainda está por vir (Rm 2:5), e acha-se associado à segunda vinda de Cristo (Mt 24:29-33; 1Ts 5:2).

2. O sacrifício e seus convidados.Cala-te diante do Senhor JEOVÁ, porque o dia do SENHOR esta perto, porque o SENHOR preparou o sacrifício e santificou os seus convidados” (Sf 1:7). Um dia de juízo e grande matança aconteceu quando a Babilônia invadiu o reino de Judá. O profeta considerou estas profecias como eventos futuros, mas não pôde ver quando ou em que ordem aconteceram. Muitos pensam que estas profecias tem um duplo cumprimento – um para o futuro próximo (logo após a transmissão da profecia) e outro para o futuro distante (possivelmente durante os tempos do fim). Alguns estudiosos acreditam que estas profecias de juízo se refiram exclusivamente a eventos futuros.

Não está absolutamente claro quem são os convidados, mas pelo visto é o bando ameaçador do Norte, provavelmente o exército babilônico. O paralelo do Novo Testamento é Apocalipse 19:17-21, onde os urubus são convidados a participar da “ceia do grande Deus” para comer “a carne dos reis, e a carne dos tribunos, e a carne dos fortes”.

CONCLUSÃO


Não duvide do juízo vindouro de Deus. O seu juízo é certo e verdadeiro e virá sobre todos os que praticam a iniquidade. No término do período da Graça de Deus, Ele cobrará do homem a rejeição à maior e mais ampla oportunidade de salvação que já houve para a humanidade, ante a revelação completa da Divindade na pessoa de Jesus Cristo e a ampla atuação do Espírito Santo entre os homens. Será o “dia da vingança do nosso Deus” (Is 61:2). Deus é justo (Sl 145:17) e, portanto, em retribuição à rejeição da mais ampla oportunidade de salvação que já houve, mandará o maior juízo que já se abateu sobre a Terra. A Grande Tribulação será um juízo que, ao contrário dos outros, terá a maior duração (sete anos) e os piores sofrimentos e males já vividos pela humanidade, vez que Deus permitirá que o diabo tenha ampla liberdade de atuação sobre a Terra. Será a ira de Deus manifesta aos homens.

Entretanto, quando falamos em justiça divina, não podemos nos esquecer que a justiça é, como diziam os juristas romanos, “dar a cada um o que é seu”. Ora, dar a cada um o que é seu não é apenas punir ou aplicar penalidade sobre o errado, mas também reparar o que está certo, restaurar aquele que foi vitimado, que foi lesado, que sofreu pelo erro de alguém. Deus exercerá a Sua justiça não somente para punir o errado, como também para restaurar aquilo que foi prejudicado pelo que errou. Neste passo, a Grande Tribulação não só é o início da punição divina, como também é o começo da restauração. Deus, na Grande Tribulação, criará as condições para que haja a restauração do que foi prejudicado pelo pecado e pelo maligno, a saber: Israel, a comunidade das nações e a natureza. Que assim seja!

Fonte: ebd web