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quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

2ª LIÇÃO:A PROSPERIDADE NO ANTIGO TESTAMENTO


INTRODUÇÃO
Nesta Aula estudaremos a respeito da Prosperidade no Antigo Testamento. Veremos que na Antiga Aliança, a Verdadeira Prosperidade é primeiramente espiritual. Uma vida bem-sucedida não é resultado do sucesso financeiro, mas sim da obediência a Deus, da fidelidade e da santidade: “Não te desamparem a benignidade e a fidelidade; ata-as ao teu pescoço escreve-as na tábua do teu coração e acharás graça e bom entendimento aos olhos de Deus e dos homens” (Pv 3:3,4). Além disso, a Prosperidade na Antiga Aliança está diretamente relacionada à obediência à Palavra de Deus e a dedicação ao trabalho. É algo que vai muito além dos bens materiais. Que sejamos sensíveis à revelação do Espírito Santo para entendermos em que consiste, quais as fontes e os princípios que norteiam a Verdadeira Prosperidade.

I. O QUE É PROSPERIDADE 
Prosperidade é o estado do que é e se torna próspero. Mas o que é ser próspero? É ser feliz, ser abençoado, ser bem-aventurado, ter abundância de vida. É ter um bem-estar físico, relacionado à saúde; um bem-estar na família; um bem-estar no seu trabalho, ou seja, exercer o seu trabalho de forma que glorifique a Deus e traga resultado de bem-aventurança, como diz o salmo 1: “Bem-aventurado o varão que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores. Antes, tem o seu prazer na lei do SENHOR, e na sua lei medita de dia e de noite. Pois será como a árvore plantada junto a ribeiros de águas, a qual dá o seu fruto na estação própria, e cujas folhas não caem, e tudo quanto fizer prosperará”.
Deus fez o homem para ser feliz, próspero, abençoado. E vemos isso no período da inocência, quando ainda antes da queda, antes do pecado, quando o homem ocupava o lugar de proeminência na obra da criação. Gêneses 1:28 diz: ” E Deus os abençoou…”. Deus fez o homem à sua imagem e à sua semelhança. Se Deus o fez assim, não foi para que o homem fosse escravo da miséria, mas o fez para desfrutar do que de bom há nele, em Deus: sua comunhão, seus bens. Após a criação do homem, a Bíblia diz em Gênesis 1:31: “E viu Deus tudo quanto tinha feito, eis que tudo era muito bom”.
Ainda no Éden, observamos que Deus pôs o homem no jardim para lavrá-lo e guardá-lo (Gn 2:15), mas, antes de ali colocar o homem, fez questão que o jardim tivesse árvores agradáveis à vista como boas para comida (Gn 2:9). Neste gesto, o Senhor demonstrou, claramente, que seu objetivo era que o homem tivesse bem-estar físico e mental, que estivesse num ambiente em que pudesse ter satisfação, alegria, conforto e tranquilidade. Isto é um propósito que se estende a toda a humanidade. No entanto, o homem pecou e, por causa disso, aquele ambiente de satisfação, conforto e tranquilidade, passou a ser um ambiente penoso, de dificuldades, onde a sobrevivência não se daria mais por meio da satisfação, mas do suor do rosto, da dor (Gn 3:17-19). Por isso, a sobrevivência passou a ser algo advindo de sofrimento e esforço, não mais algo prazeroso, como era antes do pecado. Portanto, a prosperidade depende do perdão dos pecados, e não é por outro motivo que o servo de Deus é sempre chamado de “bem-aventurado”, pois, como diz o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, “bem-aventurado” é “aquele que goza de boa ventura, bem-afortunado, feliz”.
Porém, para ser “bem-aventurado” é necessário que tenha sido salvo pelo Senhor (Dt 33:29), salvação esta que se dá mediante o perdão dos pecados (Sl 32:1,2) e a fé no Senhor (Sl 34:8; 40:4; 84:12). Se os salvos são chamados bem-aventurados, então a prosperidade também é uma promessa que se estende à Igreja. No entanto, esta prosperidade não abrange aspectos materiais, mas, sim, um estado espiritual de felicidade, de bem-aventurança. A prosperidade do salvo é o fato de ser bem sucedido naquilo que é fundamental para alguém: ter a vida eterna, ter a certeza de que o seu fim é o de habitar com o Senhor para todo o sempre.
Quando vemos a descrição dos “bem-aventurados” por parte do Senhor Jesus, no intróito do sermão do monte, que é conhecido como o “sermão das bem-aventuranças”, em momento algum, vemos o Senhor se referindo a bênçãos materiais, a posse de riquezas.
O bem-aventurado é reconhecido pelo seu caráter, pelo seu comportamento, não pelos bens que possa ter. Aliás, ao encerrar as bem-aventuranças, o Senhor faz questão de dizer que a prosperidade abrange um grande galardão nos céus, que deveria ser o motivo de exultação e alegria para a Igreja (Mt 5:12).
Ainda no sermão do monte, Jesus faz questão de mostrar que o que levará os homens a glorificar a Deus por causa dos seus discípulos, não é, como ocorria com Israel, a prosperidade material, mas, sim, a presença de boas obras (Mt 5:16). Enquanto Israel engrandeceria o nome do Senhor por intermédio de bênçãos materiais (Dt 28:10), a Igreja levaria as nações a glorificarem a Deus pela sua conduta, pelo seu comportamento, por ser luz do mundo e sal da terra.
Prosperidade ensinada na Bíblia não é também confissão positiva: eu determino que vai acontecer e automaticamente isso aconteça. Também, Prosperidade segundo a Bíblia, não é triunfalismo e nem mesmo determinismo, mas a bênção de Deus. Porque sem a benção de Deus não há o que se falar em prosperidade. Sabe por quê? Porque é a benção de Deus que enriquece, e Ele não acrescenta dores (Pv 10:22).


II. A PROSPERIDADE NO ANTIGO TESTAMENTO
1. A Prosperidade no Antigo Testamento estava relacionada à comunhão com Deus
.
Foi Deus por sua soberana vontade que plantou um jardim no Éden e nele pôs o homem que havia formado (Gn 1:8). Ali, Deus coloca o homem para que pudesse desfrutar de toda uma vida próspera, feliz e abençoada. Então, no período da inocência, vemos o homem desfrutando prosperidade, quando ele tinha comunhão com Deus, quando ele participava de uma convivência com Deus.

2. A Prosperidade no Antigo Testamento, em seu aspecto material, foi prometida, em primeiro lugar, ao povo de Israel, como consequência do pacto firmado com ele seja no Sinai, seja nos montes Gerizim e Ebal (o chamado “pacto palestiniano” - Dt 27:12-13; Js 8:33-35). Tanto que a palavra “prosperidade” e seus derivados são encontrados quase que exclusivamente no Antigo Testamento e, nas duas vezes em que aparece em o Novo Testamento, está num contexto completamente alheio a promessas.
a) Promessas Nacionais - As famosas bênçãos materiais de Dt 28:1-14, tão utilizadas pelos pregadores de prosperidade em os nossos dias, são promessas dirigidas ao povo de Israel, são promessas “nacionais”, que têm como destinatários os israelitas, como, aliás, fica bem claro logo no intróito da relação, em Dt 28:1, quando se vê que a promessa era para que Israel se exaltasse sobre todas as nações da Terra e que era o resultado da fidelidade à lei de Moisés, lei que, como bem sabemos, já não mais vigora na atual dispensação. Tem-se, portanto, que a aplicação das referidas promessas de prosperidade material ali previstas, para a Igreja, em os nossos dias, é algo equivocado e que não encontra qualquer respaldo bíblico, sendo mais um engano dos homens que, com astúcia, enganam fraudulosamente a todos quantos não conhecem a doutrina -” para que não mais sejamos meninos, inconstantes, levados ao redor por todo vento de doutrina, pela fraudulência dos homens, pela astúcia tendente à maquinação do erro”(Ef 4:14).
b) Promessas Individuais - Em outras passagens, vemos que a prosperidade material é prometida a pessoas específicas, sendo, pois, verdadeiras promessas “individuais”, exclusivas para seus destinatários. Foi o caso de Salomão (1Rs 3:11-13), que recebeu a prosperidade material não porque a tivesse pedido, mas, sim, porque quis, antes, sabedoria, a verdadeira prosperidade. Como isso agradou a Deus, Salomão recebeu, também, riquezas materiais (1Rs 3:5-10). Como se trata de promessas “individuais”, temos que tais promessas, igualmente, não podem ser consideradas como feitas a qualquer outra pessoa, sendo, também, engano querer fazer as pessoas crerem que, assim como Salomão, Abraão ou Ezequias, de igual modo, Deus tem algum compromisso de enriquecer este ou aquele servo seu, pelo simples fato de este indivíduo ser fiel ao Senhor.
c) A prosperidade material tem como propósito o engrandecimento do nome do Senhor. Em Dt 28:10, fica bem claro que o objetivo da prosperidade material prometida a Israel era fazer com que as nações, sobre as quais Israel se sobressairia, viessem a reconhecer que aquele era o povo de Deus: “E todos os povos da terra verão que é chamado pelo nome do Senhor e terão temor de ti”. O objetivo declarado do Senhor era o de ver o seu nome exaltado e glorificado pelas demais nações. Tanto assim é que, em havendo a desobediência por parte de Israel, sobreviriam maldições, inclusive a penúria econômico-financeira, maldições que tinham o mesmo propósito, o de mostrar a grandeza do Senhor, como se lê em Dt 28:37: “e serás por pasmo, por ditado, e por fábula entre todos os povos a que o Senhor te levará”.
Portanto, ainda que tais promessas fossem dirigidas à Igreja, o que não é o caso, também estariam equivocados os que as andam buscando para satisfação dos seus desejos, de seus caprichos, de sua ganância, pois, em momento algum, quis o Senhor que a prosperidade material servisse para agrado dos homens, mas única e exclusivamente para o engrandecimento do nome dEle. Não é por outro motivo que, no ocaso de sua vida, Salomão, a despeito de todo o seu riquíssimo patrimônio, tenha, publicamente, resumido a vida humana deste modo: “De tudo o que se tem ouvido, o fim é: Teme a Deus e guarda os Seus mandamentos, porque este é o dever de todo o homem. Porque Deus há de trazer a juízo toda a obra e até tudo o que está encoberto, quer seja bom, quer seja mau” (Ec 12:13,14).
Temos, portanto, verificado que, à primeira vista, a promessa da prosperidade não se reduz ao aspecto material, que é uma promessa condicional e que, notadamente em seu aspecto material, é uma promessa dirigida ou ao povo de Israel, ou, então, a pessoas específicas, tendo como propósito o engrandecimento do nome do Senhor.

3. A Prosperidade no Antigo Testamento era resultante de uma vida de obediência e temor a Deus. No contexto bíblico, a verdadeira prosperidade material ou espiritual é resultado da obediência e reverência do homem a Deus. A Escritura afirma que Uzias “buscou o SENHOR, e Deus o fez prosperar”. A prosperidade de Uzias nesse período foi extraordinária. Como rei, desfrutou de um sucesso e progresso imensurável (2Cr 26:7-15). Deus deu-lhe sabedoria para desenvolver poderosas máquinas de guerra para proteger Jerusalém (vv.14,15). A prosperidade de Uzias era subordinada à sua obediência a Deus. O profeta Zacarias o instruía no temor do Senhor, razão pela qual o monarca prosperou abundantemente. O homem verdadeiramente próspero é como a “árvore plantada junto a ribeiros de águas, a qual dá o seu fruto na estação própria, e cujas folhas não caem, e tudo quanto fizer prosperará” (Sl 1:3). Porém, a soberba destronou o rei de seu palácio e prosperidade.
4. A Prosperidade no Antigo Testamento não era aferida pelo poder aquisitivo de alguém. Quando nos referimos à Prosperidade no contexto bíblico, devemos levar em conta que no Antigo Testamento havia um contraste enorme entre ricos e pobres. Não havia somente ricos, mas também muitos pobres. Isso nos ajuda a corrigir um ensino equivocado dos pregadores da prosperidade que passam a ideia de que no Antigo Testamento o povo de Deus não passava por revezes, mas viviam pisando em ouro. É o caso, por exemplo, de Rute, a moabita, e Boaz. Ele era rico, mas Rute era pobre, todavia ambos eram abnegados servos de Deus (Rt 2:1,2). Esse fato nos ajuda a desfazer duas ideias equivocadas sobre riqueza e pobreza, e que ainda continuam em voga hoje em dia. A primeira dessas ideias via a riqueza como uma consequência natural da bênção divina e a pobreza necessariamente como um sinal do julgamento de Deus sobre a pessoa. Por outro lado, havia aqueles que iam para o extremo oposto e não acreditavam que nenhum rico contava com o favor divino, pois somente os pobres eram merecedores desse favor. Todavia, o que vamos observar, ainda no Antigo Testamento, é que nem a riqueza nem a pobreza podem servir como aferidores da prosperidade de alguém. Havia ricos que não eram prósperos, como, por exemplo, Nabal (1Sm 25:2,3,6,25), além do fato de haver até mesmo ímpios que prosperavam! O salmista verificou que os ímpios também “prosperam” (Salmo 73). No Antigo Testamento, observamos que havia outros valores que eram tidos como sinais de uma vida próspera, e não somente a prosperidade material. Esses valores são espirituais, tais como a justiça, o entendimento, a humildade etc.
5. A Prosperidade no Antigo Testamento advinha do comportamento sábio e prudente que a pessoa apresentava. Nabal, que significa “louco”, “imprudente”, “tolo”, demonstrou imprudência, tolice e loucura ao negar socorrer a Davi em suas necessidades. Embora rico, não era sábio e prudente (1Sm 25:10-17); sua estultice quase o leva à morte pelas mãos de Davi, mas não impediu que o mesmo fosse morto pelo Senhor (1Sm 25:37,38). Nabal não agiu com “sabedoria”, “prudência”, portanto, “não teve sucesso”, “não foi próspero”.
Davi, por outro lado, viveu sabiamente diante de Saul, dos exércitos de Israel, do povo e diante do próprio Senhor: “E Davi se conduzia com prudência em todos os seus caminhos, e o Senhor era com ele” (1Sm 18:14; ler vv.12,15). O Senhor era com Davi, razão pela qual o filho de Jessé foi prudente em suas ações; Davi era sábio, justo e prudente, motivo pelo qual o Senhor era com ele. Portanto, a Verdadeira Prosperidade, também, advém do comportamento sábio e prudente que a pessoa deve apresentar.

6. A Prosperidade no Antigo Testamento, no período patriarcal, estava relacionada com a bênção proferida pelo patriarca aos seus filhos. Nós vemos isso no exemplo de Isaque abençoando Jacó, verbalizando as seguintes palavras: “Assim, pois, te dê Deus do orvalho dos céus, e das gorduras da terra, e abundância de trigo e de mosto” (G 27:28). É verdade que Jacó ficou rico como fruto do seu trabalho. Durante 20 anos trabalhou para o seu tio Labão(Gn 31:41). Porém, o próprio Jacó reconheceu, “que se não fora o Deus de meu pai, o Deus de Abrão e o temor de Isaque, por certo me despediria agora de mãos vazias. Deus me atendeu ao sofrimento e ao trabalho das minhas mãos e te repreendeu ontem à noite”(Gn 31:42), falou Jacó a Labão. Então vemos Jacó se enriquecendo, mas teve que trabalhar. A riqueza não caiu de cima, não veio de cima. Jacó teve que trabalhar, e trabalhar duro! Durante o dia consumido pela sol, e à noite pela geada. Mas, antes de tudo, tinha a benção de seu pai. Então que possamos verbalizar bênçãos sobre a nossa família, pedindo que Deus abençoe nossa família, porque o Deus de Jacó é o nosso Deus, e Deus quer o nosso bem.
7. A Prosperidade no Antigo Testamento estava relacionada à bondade, ao favor e à soberania de Deus. É da natureza de Deus abençoar os seus filhos; é do coração de Deus; faz parte da sua natureza. Deus tem prazer de abençoar o homem. Quando Moises desejou e pediu para ver a glória de Deus, Ele lhe disse: “farei passar diante de ti toda a minha bondade por diante de ti e proclamarei o nome do Senhor diante de ti; terei misericórdia de quem eu tiver misericórdia e me compadecerei de quem me compadecer”(Ex 33:18,19). Deus quer te abençoar. Deus tem o prazer em te abençoar. Nós estamos na sua dependência, porque faz parte da sua soberania. Nada impede ou obriga Deus de te abençoar. Deus faz isso por um ato liberal da sua vontade, da sua soberania. Ele é totalmente livre para te abençoar e deseja nos abençoar e nos prosperar em toda área de nossa vida.
Nós vemos isso também na benção sacerdotal, quando o povo de Israel estava ainda no deserto do Sinai. Ali Deus chama Moises e dá uma ordem a Moises dizendo: “E falou o SENHOR a Moisés, dizendo: Fala a Arão e a seus filhos, dizendo: Assim abençoareis os filhos de Israel, dizendo-lhes: O SENHOR te abençoe e te guarde; o SENHOR faça resplandecer o seu rosto sobre ti e tenha misericórdia de ti; o SENHOR sobre ti levante o seu rosto e te dê a paz. Assim, porão o meu nome sobre os filhos de Israel, e eu os abençoarei” (Nm 6:22-27). Esta bênção, conhecida como bênção sacerdotal, revela o coração de Deus. E é tão interessante que quando Deus instruiu para que Moises instruísse os sacerdotes para que verbalizassem esta bênção, eles estavam ainda no deserto do Sinai. Não tinha ainda empreendia jornada em direção a Canaã.
No capitulo 22 a 24 de Números acontece um incidente com o povo de Israel, quando o rei dos moabitas, Balaque, contrata o falso profeta Balaão para amaldiçoar o povo, porém, Balaão não pôde amaldiçoar porque Deus já tinha abençoado; o diabo chegou atrasado, porque Deus já tinha abençoado no capitulo 6 de Números. Deus já te abençoou, meu irmão, com a rica bênção da Sua graça. Ele deseja que tu tenhas comunhão com Ele, mas também deseja que os teus seleiros sejam fartos para que a sua glória seja manifestada.
Todavia é bom ressaltar que Deus abençoa a quem Ele quer, assim como enriquece ou empobrece da mesma forma a quem quiser. Não adianta criar leis sobre a prosperidade financeira e deixarmos de fora a soberania de Deus.

8. A Prosperidade no Antigo Testamento, também, estava relacionada à Obediência à Palavra de Deus. Em 2 Crônicas 7:14 diz: “e se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face, e se converter dos seus maus caminhos, então, eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra”. O que significa sarar a terra? Significa, novamente, torná-la fértil, frutífera, que produza o seu mantimento, que receba chuva no tempo certo para que Deus na sua bondade faça prosperar. Glórias a Deus!
Depois que Salomão acabou o templo e seu palácio, o Senhor apareceu a ele de noite e lhe fez estas promessas, mas também advertências(ler 2Cr 7:19-22). Se Deus retivesse a chuva ou enviasse gafanhotos ou peste, o povo devia “se humilhar, e orar, e […] buscar ao Senhor e se converter dos seus maus caminhos. Então, Ele perdoaria os pecados e restauraria seu povo”. Apesar de dirigido a Israel, pode ser aplicado corretamente às nações que possuem herança bíblica. É o caminho garantido para a restauração da prosperidade em qualquer tempo. Se as condições forem satisfeitas, Deus certamente cumprirá as promessas. Quem crê deve abandonar seus pecados, deixar a vida centrada no eu e se entregar à Palavra e à vontade de Deus. Só então, e não antes, o Céu enviará restauração, quer espiritual, quer física, quer material.

9. A Prosperidade no Antigo Testamento, enfim, estava relacionada com as prioridades corretas. Você pode estar servindo a Deus, você pode estar buscando constantemente uma comunhão com Deus, mas você pode estar praticando prioridades erradas, contrárias à vontade de Deus. Isso aconteceu com o povo de Israel no tempo do profeta Ageu. A prioridade era a reconstrução do Templo do Senhor, que fora destruído pelo rei da Babilônia. Mas o povo estava dizendo que ainda não era tempo de reedificar a Casa do Senhor, e Deus ouviu. E Deus levantou o profeta Ageu para encorajar o povo. Ageu 1:6 diz assim: “Semeais muito e recolheis pouco; comeis, mas não vos fartais; bebeis, mas não vos saciais; vestis-vos, mas ninguém se aquece; e o que recebe salário recebe salário num saquitel furado”. Ou seja, vocês estão com prioridades erradas. A motivação de vocês é errada, por isso o céu retém o seu orvalho, e a terra não produz. É por isso que vocês estão em miséria, sofrendo. Mas no momento que mudarem a prioridade eu vou abençoá-los. E é isso que a Palavra de Deus diz: “Então, ouviu Zorobabel, filho de Sealtiel, e Josué, filho de Jozadaque, sumo sacerdote, e todo o resto do povo a voz do SENHOR, seu Deus, e as palavras do profeta Ageu, como o SENHOR, seu Deus, o tinha enviado; e temeu o povo diante do SENHOR. Então, Ageu, o embaixador do SENHOR, falou ao povo, conforme a mensagem do SENHOR, dizendo: Eu sou convosco, diz o SENHOR” (Ag 1:12,13).
Quando os israelitas alinharam a prioridade com a vontade de Deus, então veio a prosperidade. Quem sabe a prosperidade em tua vida não chegou porque a tua prioridade ainda não é o reino de Deus; talvez a tua motivação penda para interesses egoístas, e é por isso que você trabalha muito e ganha pouco; é por isso que o pouco que você ganha não dá para suprir as necessidades. Não queremos com isso dizer que aqueles que são pobres são amaldiçoados, nem tampouco os que são ricos são amaldiçoados, mas, devemos, sim, buscar a Deus prioritariamente porque são as bênçãos de Deus que enriquecem. E através do profeta Isaias Deus conclama o povo dizendo: “Se me ouvirdes e quiserdes comereis do fruto da terra”.


CONCLUSÃO
E nós concluímos dizendo que a verdadeira prosperidade não consiste apenas de bens materiais porque o próprio Jesus disse que “adiante o homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?” A nossa alma vale mais do todo o tesouro do mundo. Deus quer que sejamos prósperos, mas em primeiro lugar está a comunhão com Ele, servir a Ele, obediência à sua Palavra, dedicação ao trabalho, porque Deus não abençoa o preguiçoso. Deus abençoa aquele que trabalha, aquele que busca. Então, a Prosperidade no Antigo Testamento está relacionada, intimamente, diretamente, com a obediência à Palavra de Deus e à dedicação ao trabalho. Por isso a verdadeira prosperidade do povo de Deus como é ensinada na Bíblia não é barganha com Deus, uma troca com Deus, eu dou 10 para receber 20, não é isso.
Uma pessoa abençoada, próspera, tem consciência do favor divino em sua vida; também de solidariedade, ou seja, uma pessoa próspera tem o prazer em compartilhar e ajudar o próximo.
Fonte: ebdweb

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