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terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

9ª lição do 1º tirmestre de 2013 - ELIAS NO MONTE DA TRANSFIGURAÇÃO

 
9ª lição do 1º tirmestre de 2013
 
E Jesus transfigurou-se diante deles; e o seu rosto resplandeceu como o sol, e as suas vestes se tornaram brancas como a luz. E eis que lhes apareceram Moisés e Elias, falando com ele”(Mt 17:2,3).




INTRODUÇÃO



O profeta Elias, foi um dos maiores profetas que Isael conheceu. Em momentos de decepção e expectativa frustrada, ele anseia a morte. Todavia, a Bíblia diz que ele não morreu, foi levado aos céus em um redemoinho(2Rs 2:11). Sua missão foi findada na Terra, mas a participação desse admirável homem de Deus na história sagrada não se encerrou com o seu arrebatamento. Deus o faria aparecer séculos depois, como representante dos profetas, para confirmar o ministério de Jesus. Aliás, a experiência da transfiguração foi uma confirmação, por Deus Pai, que Jesus era verdadeiramente seu Filho, todo suficiente para redimir a raça humana – “Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo; escutai-o”(Mt 17:5). Nesta Aula, diferentemente dos outros textos até aqui estudados, Elias não aparece como a figura central, mas como uma figura secundária! O centro é deslocado do profeta de Tisbe para o Profeta de Nazaré. Jesus, e não mais Elias, é o centro da revelação bíblica. No Monte da Transfiguração, Elias é apenas um figurante, representando os profetas, mas Cristo é a figura principal, o Messias prometido.


I. ELIAS, O MESSIAS E A TRANSFIGURAÇÃO



1. Transfiguração. A transfiguração foi um breve vislumbre da verdadeira glória de Jesus, a afirmação divina de Deus de tudo o que Jesus havia feito, e que estava prestes a fazer. A Transfiguração revelou claramente não só que os discípulos estavam corretos ao crerem que Jesus era o Messias (Mt 16:16), mas que o compromisso deles estava bem firmado, e que a eternidade deles estava assegurada. Jesus era verdadeiramente o Messias, o divino Filho de Deus.


A Palavra grega que relata que a aparência de Jesus mudou é “metamorphothe” de onde obtemos a palavra “metamorfose”. O verbo se refere a uma mudança extrema que vem de dentro. Não era uma mudança meramente de aparência, mas era uma mudança completa, em que a pessoa passa ter outra forma. Na terra, Jesus tinha a aparência de um homem, mas na Transfiguração, o corpo de Jesus foi transformado em um esplendor glorioso que Ele tinha antes de vir para a Terra (João 17:5); Fp 2:6), e que Ele terá quando voltar em glória (Ap 1:14,15).


2. A glória divina. Na Transfiguração, Pedro, Tiago e João viram a glória, identidade e poder de Jesus como o Filho de Deus (veja 2Pedro 1:16-18). Eles foram testemunhas oculares do poder e da glória do Reino de Cristo. Jesus quis transmitir aos seus discípulos que não teriam que esperar por outro Messias futuro, porque o Reino estava entre eles, e logo viria com poder.


Mateus detalha que durante a Transfiguração “...uma nuvem luminosa os cobriu. E da nuvem saiu uma voz que dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo; escutai-o” (Mt 17:5). Da mesma maneira como a voz de Deus na nuvem sobre o monte Sinai conferiu autoridade à sua lei (Ex 19:9), a voz de Deus na Transfiguração também conferiu autoridade às Palavras de Jesus. Uma “nuvem luminosa” apareceu repentinamente, e a “voz” de Deus falou a partir da nuvem, destacando Jesus de Moisés e Elias como sendo o longamente esperado Messias, que possuía autoridade divina. Como já havia feito no batismo de Jesus, o Pai estava identificando Jesus como o seu “Filho amado” e o Messias prometido.


Quando os discípulos ouviram a voz de Deus lhes falando diretamente, pois estavam envoltos pela nuvem luminosa, “tiveram grande medo”. Ao longo das Escrituras, a glória visível da divindade cria medo(veja Dn 10:7-9). Mas Jesus lhes disse que não temessem. Pedro desejou manter Jesus, Elias e Moisés ali, em três tabernáculos no Monte, mas o seu desejo era equivocado. O evento era meramente um vislumbre da glória divina, daquilo que estava por vir. Assim, quando “ergueram os olhos”, a nuvem e os profetas já não estavam mais ali. Os discípulos tinham que olhar somente para Jesus. Somente Ele estava qualificado para ser o Salvador.


II. ELIAS, O MESSIAS E A RESTAURAÇÃO



1. Tipologia. Na cena da Transfiguração, o texto destaca os nomes de Moisés e Elias (Mt 17:3). Estes eram considerados os dois maiores profetas do Antigo Testamento. Moisés representava a lei, ou a antiga aliança; ele havia escrito o Pentateuco e predito a vinda de um grande profeta(Dt 18:15-19). Elias representava os profetas que haviam predito a vinda do Messias (Ml 4:5,6). A presença de Moisés e Elias com Jesus confirmava a missão messiânica de Jesus para cumprir a lei de Deus e as palavras dos profetas de Deus (Mt 5:17). O aparecimento deles também removia qualquer pensamento de que Jesus fosse a reencarnação de Elias ou Moisés. Ele não era meramente um dos profetas. Como o único Filho de Deus, Jesus os sobrepujava grandemente em autoridade e poder. Além disto, a capacidade que eles tiveram de falar com Jesus, apóia a promessa da ressurreição de todos os crentes.


2. Escatologia.E os seus discípulos o interrogaram, dizendo: Por que dizem, então, os escribas que é mister que Elias venha primeiro? E Jesus, respondendo, disse-lhes: Em verdade Elias virá primeiro e restaurará todas as coisas. Mas digo-vos que Elias já veio, e não o conheceram, mas fizeram-lhe tudo o que quiseram. Assim farão eles também padecer o Filho do Homem. Então, entenderam os discípulos que lhes falara de João Batista” (Mt 17:10-13).


O aparecimento de Elias no Monte causou uma pergunta na mente dos discípulos. Baseado em Malaquias 4:5,6, os escribas judeus criam que Elias devia voltar antes que o Messias viesse. Elias havia aparecido no Monte, mas não tinha vindo em pessoa para preparar o povo para a chegada do Messias (especialmente na área do arrependimento). Os discípulos criam que Jesus era o Messias, mas queriam saber onde estava Elias. Jesus respondeu que Elias viria primeiro e restauraria todas as coisas. Estava escrito nas Escrituras que o Messias iria padecer muito e ser aviltado (por exemplo, Salmos 22:14,16,17; Is 53:1-12). Jesus explicou que, na verdade, Elias já veio. Mateus explica que os discípulos perceberam que Jesus se referia a João o Batista (Mt 17:13), que havia assumido o papel profético de Elias – confrontando o pecado com ousadia, e levando o povo a Deus.


Assim como Elias, João Batista foi um profeta de confronto (Mt 3:7), ousado (Lc 3:1-14) e rejeitado (Mt 11:18). Como no caso de Elias, fizeram a João Batista tudo o que quiseram. Elias foi severamente perseguido pelo rei Acabe e pela rainha Jezabel, e fugiu para salvar a própria vida (1Reis 19). João Batista foi decapitado (Mc 6:14-20). Tudo isto ocorreu, como dele está escrito (Mc 9:13). Portanto, a presença de João Batista, o Elias que havia de vir, pregava com muita penetração que Jesus era o verdadeiro Messias vaticinado pelos patriarcas e profetas veterotestamentários.


III. A ESPIRITUALIDADE DO MONTE – ÊXTASE SEM DISCERNIMENTO ESPIRITUAL



Pedro, Tiago e João sobem o Monte da Transfiguração com Jesus, mas não alcançam as alturas espirituais da intimidade com Deus. Eles contemplam quatro fatos milagrosos: a transfiguração do rosto de Jesus, a aparição em glória de Moisés e Elias, a nuvem luminosa que os envolvem e a voz do Céu que troveja em seus ouvidos. Nenhuma assembleia na Terra jamais foi tão esplendidamente representada: lá estavam o Deus trino, Moisés e Elias – o maior legislador e o maior profeta. Lá estavam Pedro, Tiago e João - os discípulos mais íntimos de Jesus, os quais apesar de estarem envoltos num ambiente de milagres, faltou-lhes discernimento em quatro questões básicas:


1. Os discípulos não discerniram a centralidade da Pessoa de Cristo (Mt 17:3-8). Os discípulos estão cheios de emoção, mas vazios de entendimento. Querem construir três tendas, dando a Moisés e a Elias a mesma importância de Jesus. Querem igualar Jesus aos representantes da Lei e dos Profetas. Como o restante do povo, eles também estão confusos quanto à verdadeira identidade de Jesus (Lc 9:18,19). Não discerniram a divindade de Cristo. Andam com Cristo, mas não lhe dão a glória devida ao seu nome (Lc 9:33). Onde Cristo não recebe a preeminência, a espiritualidade está fora de foco. Jesus é maior que Moisés e Elias. A Lei e os Profetas apontaram para Jesus. Tanto a Lei quanto os Profetas tiveram o seu cumprimento em Cristo (Hb 1:1,2; Lc 24:25-27). Moisés morreu e seu corpo foi sepultado, mas Elias foi arrebatado aos céus. Quando Jesus retornar, Ele ressuscitará os corpos dos santos que morreram e arrebatará os santos que estiverem vivos (1Ts 4:13-18).


O Pai corrigiu a teologia dos discípulos, dizendo-lhes: “Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo; escutai-o”. Jesus não pode ser confundido com os homens, ainda que com os mais ilustres. Ele é Deus. A Ele deve ser toda devoção. Nossa espiritualidade deve ser cristocêntrica. A presença de Moisés e Elias naquele monte longe de empalidecer a divindade de Cristo, confirmava que de fato Ele era o Messias apontado pela lei e pelos profetas.


2. Os discípulos não discerniram a centralidade da missão de Cristo. Moisés e Elias apareceram para falar da iminente partida de Jesus para Jerusalém (Lc 9:30,31). A agenda daquela conversa era a cruz. A cruz é o centro do ministério de Cristo. Ele veio para morrer. Sua morte não foi um acidente, mas um decreto do Pai desde a eternidade. Cristo não morreu porque Judas o traiu por dinheiro, porque os sacerdotes o entregaram por inveja nem porque Pilatos o condenou por covardia. Ele voluntariamente se entregou por suas ovelhas (João 10:11), pela sua Igreja (Ef 5:25).


Toda espiritualidade que desvia o foco da cruz é cega de discernimento espiritual. Satanás tentou desviar Jesus da cruz, suscitando Herodes para matá-lo. Depois, ofereceu-lhe um reino. Mas tarde, levantou uma multidão para fazê-lo rei. Em seguida, suscitou a Pedro para reprová-lo. Ainda quando estava suspenso na cruz, a voz do inferno vociferou na boca dos insolentes judeus: “desça da cruz, e creremos nele” (Mt 27:42). Se Cristo descesse da cruz, nós desceríamos ao inferno. A morte de Cristo nos trouxe vida e libertação. A morte de Cristo abriu as portas da nossa prisão e nos deu liberdade. Moisés e Elias entendiam isso, mas os discípulos estavam sem discernimento dessa questão central do cristianismo (Lc 9:44,45). Hoje, há igrejas que aboliram dos púlpitos a mensagem da cruz. Pregam sobre prosperidade, curas e milagres. Contudo, esse não é o evangelho da cruz, é outro evangelho e deve ser anátema!


3. Os discípulos não discerniram a centralidade de seus próprios ministérios (Mt 17:4). Eles disseram: “Senhor, bom é estarmos aqui”. Eles queriam a espiritualidade da fuga, do êxtase e não do enfrentamento. Queriam as visões arrebatadoras do monte, não os gemidos pungentes do vale. Mas é no vale que o ministério se desenvolve.


É mais cômodo cultivar a espiritualidade do êxtase, do conforto. É mais fácil estar no templo, perto de pessoas co-iguais do que descer ao vale cheio de dor e opressão. Não queremos sair pelas ruas e becos. Não queremos entrar nos hospitais e cruzar os corredores entupidos de gente com a esperança morta. Desviamos das pessoas caídas na sarjeta. Não queremos subir os morros semeados de barracos, onde a pobreza extrema fere a nossa sensibilidade. Não queremos visitar as prisões insalubres nem pôr os pés nos guetos encharcados de violência. Não queremos nos envolver com aqueles que vivem oprimidos pelo diabo nos bolsões da miséria ou encastelados nos luxuosos condomínios fechados. É fácil e cômodo fazer uma tenda no monte e viver uma espiritualidade escapista, fechada entre quatro paredes. Permanecer no monte é fuga, é omissão, é irresponsabilidade. A multidão aflita nos espera no vale!(veja o caso do jovem lunático – Mc 9:14-29).


4. Os discípulos estavam envolvidos por uma nuvem celestial, mas tinham medo de Deus (Mt 17:5,6). Quando os discípulos ouviram a voz de Deus lhes falando diretamente, pois estavam envoltos pela nuvem luminosa, tiveram grande medo. Eles se encheram de medo a ponto de caírem de bruços. A espiritualidade deles é marcada pela fobia do sagrado. Eles não encontram prazer na comunhão com Deus através da oração, por isso, revelam medo de Deus. Jesus subiu ao Monte da Transfiguração para orar, mas em nenhum momento os discípulos estavam orando com Ele (Lc 9:28,29). Eles não sentem necessidade nem prazer na oração. Eles não tem sede de Deus. Eles estão o Monte a reboque, por isso veem Deus como uma ameaça. Eles se prostram não para adorar, mas por causa do medo. Eles estavam assombrados (Mc 9:6). Pedro, o representante do grupo, não sabia o que dizia (Lc 9:33). Mas Jesus lhes disse que não temessem (Mt 17:7). Deus não é um fantasma cósmico; Ele é o Pai de amor. O medo de Deus revela espiritualidade rasa e sem discernimento.


CONCLUSÃO



Diante do exposto acima, concluímos que os eventos ocorridos durante a Transfiguração aconteceram para demonstrar que Jesus era de fato o Messias esperado (Mt 16:16), e que a aparição de Moisés e Elias com Jesus confirmava a missão messiânica de Jesus de cumprir a Lei de Deus e as palavras dos profetas de Deus. Os discípulos ficaram deslumbrados com a presença de Elias e Moisés, mas logo perceberam que eles foram embora, e que apenas Jesus ficou. Esses personagens tão importantes no contexto bíblico não possuem glória própria, mas irradiam a glória proveniente do Filho de Deus. Ele, sim, é o centro das Escrituras, do Universo e de todas as coisas (Cl 1:18,19; Hb 1:3). Nada neste mundo poderá substituir a presença de Jesus nem no culto nem em nossas vidas. Ao fim de tudo, que possamos ver unicamente a Jesus, como os discípulos também o viram.

Fonte: ebdweb




domingo, 24 de fevereiro de 2013

27 formandos concluem o nível básico em teologia em Cajueiro -AL

NÚCLEO DA FAFITEAL EM CAJUEIRO REALIZA FORMATURA DE 27 CONCLUINTES NO NÍVEL BÁSICO


       
      Neste sábado(23), o núcleo extensivo da FAFITEAL – Faculdade de Filosofia e Teologia de Alagoas, localizado na cidade de Cajueiro, sob a direção do Pr. Josivaldo Gomes, realizou a colação de grau de 27 alunos no nível básico em teologia. A cerimônia foi presidida pelo diretor do referido núcleo e moderada pelo Pr. Donizete Inácio de Melo( Viçosa), professor da entidade.
     
    Para o momento, esteve representando a Entidade de Ensino, a reitora irmã Cláudia Tenório. A reitora se fez acompanhada do seu esposo Pr. Adilson e Pr. Pr. Herman, ambos professores da entidade. Abrilhantando a colação de grau, também se fizeram presentes o Pr. Juvenal Correia (Capela), Pr. Jorge Faustino (Maceió), Pb. Ricardo Guedes(Maceió), Pr. Ricardo Freitas( Assembleia de Deus do Ministério Hermom), além da prefeita do município, Lucila Toledo, dois representantes da casa legislativa municipal e diversos familiares dos formandos.
    
      A concluinte Ione Pereira - oradora da turma, de maneira contundente externou a Deus toda gratidão pelo feliz momento por Ele proporcionado. "Considero uma grande vitória da parte de Deus” - declarou a formanda. Irmã Ione na sua fala estendeu sinceros agradecimentos ao diretor do núcleo pelo esforço que fez para trazer o curso para cidade, bem como aos professores que com muito esmero, dedicaram suas vidas no contexto ensino-aprendizagem, contribuindo assim com vitória  dos 25 concluintes no núcleo em Cajueiro.
    
       Pr. Josivaldo por sua vez, expôs aos presentes a felicidade de formar a primeira turma na sua cidade, ao tempo em que levou uma palavra reflexiva e encorajadora para os formandos.
     
    A Reitora Cláudia Tenório, levou uma bela mensagem motivadora aos formandos. Ao transmitir sua mensagem, irmã Cláudia fez a todos refletirem sobre os momentos vividos pelos concluintes. “Estou certa de que muitos desafios e limites foram enfrentados por vocês durante esse curso – disse - deixem que a bagagem adquirida nesta formação venha servir para igreja, para Escola Dominical e para sociedade como todo” – enfatizou a reitora.
    
     Ao terminar sua plédica, irmã Cláudia falou do imenso prazer que tem de implantar o bacharel e a integralização nessa região, com a parceria FAFITEAL e FAECAD. Diante da declaração, uma salva de palmas pôde ser ouvida por todos os  presentes.
   
    Depois da cerimônia de colação grau, de forma bem ensaiada, os formandos citaram a frase exposta na placa de formatura: “A guerra é para todos, a luta para os que tem coragem, a vitória para os que permanecem”

Ao Senhor Jesus tributamos toda honra, toda glória, louvor e adoração.
 
Por Efigênio Hortêncio de Oliveira

 





 
 

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

O LEGADO DE ELIAS

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8ª Lição do 1º trimestre de 2013

Texto Básico: 1Reis 19:16,17,19-21

“E disse Josafá: Não há aqui algum profeta do SENHOR, para que consultemos ao SENHOR por ele? Então, respondeu um dos servos do rei de Israel e disse: Aqui está Eliseu, filho de Safate, que deitava água sobre as mãos de Elias” (2Reis 3:11)

INTRODUÇÃO

Nesta Aula vamos falar um pouco acerca do legado do profeta Elias! Ele foi um homem que deixou seu legado na história bíblica como um gigante espiritual; foi um servo de Deus de profunda convicção espiritual e consciente de sua missão profética. Aprendemos com ele que os homens de Deus bem-sucedidos em seus ministérios são aqueles que tem o coração disposto a servir. Elias serviu a Deus com integridade e deixou uma herança para as gerações posteriores, e seu legado foi visto na pessoa de Eliseu, em atitudes, milagres e espiritualidade. O teólogo norte-americano A.W.Tozer disse certa vez que “nada morre de Deus quando um homem de Deus morre!”.

A fé, as nossas atitudes, o nosso relacionamento com Deus e o compromisso com a sua Palavra são o maior patrimônio que podemos passar às gerações seguintes. O apóstolo Paulo, ao final da carreira, fez menção de sua fé como algo zelosamente guardado no coração. Era a sua preciosa herança para os que viriam depois (2Tm 4:7). Que contribuição estaremos deixando nessa área vital de nossas relações com Deus? Que perspectivas nossos filhos e netos terão da fé ao olharem a nossa história? Eles nos verão como pessoas que sempre souberam confiar em Deus e viverem inteiramente para Ele, ou como incrédulos, sem nenhum legado espiritual, cristão e humano?

I. O LONGO PERCURSO DE ELIAS

1. Uma volta às origens. O desafio de Elias e sua vitória sobre os falsos profetas se tornou noticia em todo o reino de Acabe. A rainha Jezabel ficou irada e prometeu vingança. Elias teve medo e fugiu com seu ajudante para Berseba onde deixou o rapaz e seguiu para o deserto, caminhando um dia inteiro. Ao encontrar uma árvore, sentou-se à sua sombra e desejou a morte: “E ele se foi ao deserto, caminho de um dia, e veio, e se assentou debaixo de um zimbro; e pediu em seu ânimo a morte e disse: Já basta, ó SENHOR; toma agora a minha vida, pois não sou melhor do que meus pais”(1Rs 19:4). O anjo do Senhor visita Elias e o alimenta por duas vezes. Com a força daquela comida caminhou por 40 dias e 40 noites. Nesse período a Bíblia não cita que Elias tenha parado em algum lugar para descansar, até chegar ao seu destino, o Monte Sinai. Porque ir ao Monte Sinai? Porque o Sinai era um lugar sagrado: ali Deus se revelou a Moisés (Ex 3); quando o povo em fuga do Egito teve sede, a rocha que ficava no monte Sinai deu água – “Eis que eu estarei ali diante de ti sobre a rocha, em Horebe, e tu ferirás a rocha, e dela sairão águas, e o povo beberá” (Ex 17:6); foi o lugar onde Deus falava com Moisés (Lv 25:1); foi o lugar onde Deus entregou ao povo, através de Moisés, as placas da Lei. Portanto, se tinha um lugar para ouvi a voz de Deus, era no Monte Sinai. A distância era grande – cerca de, aproximadamente, 400 quilômetros, de Berseba até o Monte Horebe -, mas era necessário que Elias voltasse às origens da sua fé. Ele precisava desse momento a sós com Deus, do mesmo modo que ocorreu com Moisés no passado. Jesus, mesmo, quando nos falou da oração, disse que deveria haver um espaço para uma intimidade nossa com Deus, um "aposento em secreto" onde desfrutássemos de um momento a sós com Deus, algo que não somente ensinou, mas também praticou (Lc 22:39-41).

2. Uma revelação transformadora. Naquele momento à sós com Deus no Monte Horebe, Deus faz uma revelação extraordinária e que renovou sobremaneira o ânimo de Elias. Em primeiro lugar, Deus lhe falou que ele não era o único fiel sobrevivente. Elias quando achava que somente ele havia permanecido fiel a Deus, foi surpreendido com a notícia de que ainda havia sete mil que não haviam dobrado seus joelhos a Baal (1Rs 19:14,18). A idolatria anuída e supervisionada pelo casal real, Acabe e Jezabel, quase levou Israel à perda de usa identidade nacional, moral e espiritual, mas Deus tinha preservado um remanescente fiel; certamente, dentre desses sete mil estava Eliseu, que seria seu sucessor. Isso nos ensina que, quando formos tentados a pensar que somos os únicos fiéis que restam para realizar algo, não dedemos parar para nos lamentar. A autocomiseração diluirá o bem que porventura fizermos. Estejamos certos de que ainda que não os conheçamos, outros obedecem fielmente a Deus e cumprem seu dever.

Outra revelação surpreendente a Elias: ele seria sucedido por outro profeta; ele teria que ungir outro profeta em seu lugar (1Rs 19:16). Elias não questionou, simplesmente obedeceu. Este é um dos elementos do legado de Elias: a obediência. Elias nos ensina a necessidade de obedecermos a vontade e a direção de Deus. Sabemos que nesta vida tudo tem o seu tempo, por isso, chegou o dia em que o ministério de Elias encerrou-se. Como um líder fiel, obediente e íntegro diante do Pai Celeste, teve o cuidado de seguir a orientação divina na escolha do seu sucessor. O Senhor continua a falar em nossos dias, o problema é que nem todos desejam lhe ouvir, pois a voz de Deus pode frustrar alguns ideais pessoais.

Todo líder, de qualquer seguimento, um dia terá que deixar o cargo. Isso é um processo natural. Acontece que muitos pensam que são insubstituíveis, ou não querem "largar" a liderança para não perder status, vantagens, benefícios, privilégios etc. É aí que surgem os problemas. Alguns líderes evangélicos na atualidade tratam igrejas e convenções como propriedade particular, empresa ou negócio de família. Esquecem que a igreja tem um dono e o seu nome é JESUS. Pasmem, atualmente muitos líderes para se manterem no poder se utilizam de estratégias mundanas, utilizando-se de artifícios para vencer eleições em igreja e convenções, do tipo: compra de votos, oferta de cargos e benefícios, manipulação de urnas, traições, calúnias, processos na justiça comum, ordenação de obreiros sem vocação ministerial, etc.! Outros, usam e abusam do nepotismo, colocando parentes, familiares e bajuladores em cargos estratégicos, garantindo assim a manutenção do poder por meio de retaliações, ameaças e outras ações vergonhosas! Outros, alteram de maneira escandalosa o estatuto da igreja ou da convenção, buscando com isso a perpetuação do poder e dos privilégios! Tudo isso, e muito mais, vemos acontecer. É por estas e outras razões que Jesus falou: “Muitos me dirão naquele Dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? E, em teu nome, não expulsamos demônios? E, em teu nome, não fizemos muitas maravilhas? E, então, lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade” (Mt 7:22,23).

Devemos ser cônscios de que todos temos um tempo definido por Deus para trabalhar para Ele. Quando formos desafiados por Deus a ser substituídos, não devemos imaginar que estamos sendo descartados, ou que Deus não nos quer mais em seu serviço. Além disso, as novas gerações precisam ter sua oportunidade de servir com seus talentos ao Senhor. O próprio Jesus deixou claro que seus seguidores fariam coisas maiores do que Ele mesmo fez, exceto a salvação, é claro (João 14:12). Se o Mestre deu o exemplo de humildade, porque não o podemos seguir?

Elias saiu no tempo certo, não resistiu diante da vontade de Deus (2Rs 2:11). Não tinha ao que se apegar (cargos, bens, dinheiro, status, etc.). Acredito que se nos dias atuais um carro de fogo, com cavalos de fogo, fosse enviado pelo Senhor para buscar alguns líderes, eles pediriam para não ir, ficariam somente para continuar desfrutando das honras humanas, do luxo e dos privilégios que conquistaram. Duvida?

II. ELIAS NA CASA DE ELISEU

Partiu, pois, Elias dali e achou a Eliseu, filho de Safate, que andava lavrando com doze juntas de bois adiante dele; e ele estava com a duodécima. Elias passou por ele e lançou a sua capa sobre ele. Então, deixou ele os bois, e correu após Elias, e disse: Deixa-me beijar a meu pai e a minha mãe e, então, te seguirei. E ele lhe disse: Vai e volta; porque que te tenho eu feito? Voltou, pois, de atrás dele, e tomou uma junta de bois, e os matou, e, com os aparelhos dos bois, cozeu as carnes, e as deu ao povo, e comeram. Então, se levantou, e seguiu a Elias, e o servia” (1Rs 19:19-21).

1. A exclusividade da chamada. Deus faz seu convite a cada pessoa, homem ou mulher, independente de raça, cor, idade, ou posição social. No trabalho do Senhor, é Ele quem sabe verdadeiramente escolher a pessoa certa para a missão que Ele determinar.

Quanto à vocação de Eliseu, se dá no exercício laborioso de seu acostumado trabalho: lavrador. Pelo texto de 1Reis 19:19-21 percebe-se que Eliseu trabalhava nas terras de seu pai conduzindo doze juntas de bois quando Elias, por orientação divina, o escolheu para ser profeta em seu lugar. As doze juntas de bois usadas por Eliseu para arar a terra indicam que ele era uma pessoa de posses. Quando o texto diz que Eliseu “estava com a duodécima” significa que Eliseu trabalhava perto do 12º par.

Deus chama pessoas fieis, ocupadas, que tem consciência do custo da chamada e que sabem que o ministério profético é um servir. Não raro, a Bíblia nos apresenta profetas de Deus que tinham uma vida produtiva na sociedade, que contribuíam com seu trabalho. Por exemplo, Amós era boiadeiro quando foi escolhido por Deus para profetizar nos reinados de Uzias, em Judá, e de Jeroboão II, em Israel. Eliseu estava lavrando a terra quando foi chamado por Deus. O trabalho de Eliseu até então era voltado àqueles bois. Mas para seguir Elias, ele precisou desapegar-se de suas atividades, suas "normalidades" e tudo o que era comum em sua rotina externa e emocional. Mas ele não "recusou", nem "ignorou", nem "abandonou" nada. Eliseu imolou seu passado. Segundo o dicionário Aurélio, imolar significa sacrificar, matar. Ou seja, Eliseu matou os bois dos quais cuidava e quebrou os aparelhos que usava para conduzi-los. Não restava mais nenhum fragmento de sua velha vida. O ato de matar seus bois e quebrar os aparelhos que utilizava, demonstrava que ele assumia um forte compromisso de seguir Elias. Sem eles, não poderia retornar à sua vida de lavrador. Ele dependia agora apenas de Deus. Nada mais havia que o mantivesse amarrado à suas antigas atividades, pois tudo estava extinto; ele mesmo os havia extinguido. Isto é, se estivesse tudo bem ele continuaria seguindo e servindo Elias e honrando sua vocação, mas se estivesse tudo mal também seguiria e serviria Elias e honraria sua vocação. Agora ele estaria com Deus ou com Deus. Enfim, Eliseu entendeu que o ministério profético é um “servir”, por isso passou a servir a Elias. Rayond B. Dillard destaca que “o chamado de Deus para todos nós é a sinceridade ao comprometimento. Para alguns, isso significa deixar um negócio ou emprego para seguir uma vocação profissional no ministério. Para outros, significa servir dedicadamente em muitos diferentes empreendimentos. Seja qual for o nosso trabalho, quer no ministério ou num emprego, o chamado de Deus para o serviço e compromisso deve eclipsar todos os outros”(DILLARD, Raymond B. Fé em Face da Apostasia — o evangelho segundo Elias e Eliseu. Editora Cultura Cristã).

2. A autoridade da chamada. Além da exclusividade, aprendemos também que a chamada de Eliseu envolveu a autoridade que acompanhava Elias – “Elias passou por Ele e lançou a sua capa sobre ele” (1Rs 19:19). Este ato de Elias de “lançar a sua capa” foi entendido por ambos como um símbolo da transferência da liderança e do ministério. A capa era o mais importante artigo do vestuário que uma pessoa possuía. Era usada como proteção contra intempéries, como cobertor ou um lugar para se sentar. Às vezes era oferecida como garantia de uma dívida, ou rasgada em pedaços como sinal de pesar. Era também um símbolo de autoridade profética (2Rs 1:8; Zc 13:4; Mt 3:4). Elias lançou sua capa sobre os ombros de Eliseu, para mostrar que ele seria seu sucessor. Mais tarde, quando a transferência de autoridade foi concluída, Elias a deixou para Eliseu (2Rs 2:11-14).

É bom dizer que a sucessão não foi imediata. Houve um tempo entre o "lançar do manto" (1Rs 19:19) e o "cair do manto" (2Rs 2:14). Com Elias e Eliseu aprendemos que no processo sucessório não deve haver pressa. Tudo tem que ser no tempo de Deus. Wong (Liderando a Transição. São Paulo: Z3 Editora, 2012, p. 113) escreve: “Líderes precisam ser nutridos e precisam de espaço para crescer. Líderes mais velhos precisam dominar menos e delegar mais. Mais importante, os líderes precisam dar tempo àqueles sob seus cuidados. Elias e Eliseu pertenciam a uma era abençoada, onde o aprendizado acontecia com o professor e o estudante vivendo e trabalhando juntos. Sem a intervenção da alta tecnologia, eles estabeleciam um relacionamento de alto contato”.

Se os líderes atuais desejarem preparar a nova geração para os desafios do ministério, precisam investir nela agora. O aprendizado no ministério se dá através do ouvir, ver e fazer. É preciso capacitar e treinar, é preciso mentorear a nova geração.

III. ELIAS E O DISCIPULADO DE ELISEU

1. As virtudes de Eliseu. O relato de 2Reis 2:1-8 mostra algumas fases do discipulado de Eliseu. Era chegada a hora de Elias encerrar seu ministério e de Eliseu suceder-lhe. Contudo, primeiro Elias precisava visitar Betel, Jericó e o Jordão. Como servo fiel, Eliseu insistiu em acompanhá-lo a esses locais. Em Betel e Jericó, os discípulos dos profetas disseram a Eliseu que o Senhor levaria Elias, “elevando-o por sobre a cabeça” de Eliseu naquele dia. Isso tratava-se de uma referencia à prática de o discípulo se assentar aos pés de seu mestre e, portanto, de o mestre estar junto à cabeça do discípulo. Eliseu já sabia o que aconteceria e ordenou aos profetas: “calai-vos”. Não desejava falar sobre um assunto tão triste e sagrado. De Jericó, Elias e Eliseu foram ao rio Jordão. Cinquenta dos profetas os seguiram a certa distância. Quando Elias feriu as águas do Jordão com seu manto, elas se dividiram, e os dois profetas atravessaram em seco. Elias tinha vindo de Gileade, do lado oriental do Jordão, para começar seu ministério profético durante o reinado de Acabe (1Rs 17:1). No final do ministério, atravessou o Jordão novamente para voltar ao lado de onde saíra e ser levado para o Céu.

Quais são as virtudes que podemos destacar de 2Reis 2:1-8?

Em primeiro lugar, Eliseu demonstrou estar familiarizado com aquilo que o Senhor estava prestes a fazer (2Rs 2:1). Ele estava consciente de que algo extraordinário envolvendo o profeta Elias aconteceria a qualquer momento (2Rs 2:3) e que ele também fazia parte dessa história.

Em segundo lugar, Eliseu demonstrou perseverança quando se recusou a largar Elias. Ele fez questão de permanecer junto de Elias durante todo o tempo. Diferentemente dos “filhos dos profetas”, ele acompanhou seu mestre até o fim. Igualmente, o cristão autêntico, que diferencia-se neste mundo, segue Jesus de perto. Em Lucas 22:54, que trata da prisão de Jesus, lemos: “e Pedro seguia-o de longe”. Em seguida, o evangelista nos afirma das três negativas de Pedro para com Jesus. Hoje, muitos há que seguem Jesus de longe e o resultado disso é escândalo para o Evangelho. Se Eliseu tivesse seguido Elias de longe não teria sido o homem de Deus que foi. Somente os perseverantes conseguem chegar ao fim!

Em terceiro lugar, Eliseu provou ser um homem vigilante quando “viu” Elias sendo assunto aos céus! (2Rs 2:12). Quando os dois caminhavam juntos, Elias foi levado para o Céu. Eliseu teve o privilegio de testemunhar essa translação e, clamando disse: “Meu pai, meu pai”. Esta atitude demonstra o reconhecimento por parte de Eliseu de que Elias era o seu líder espiritual e o seu reverenciado predecessor.

A história da chamada de Eliseu e como se deu o seu discipulado deveria servir de padrão para os ministros hodiernos! Infelizmente a qualidade dos ministros evangélicos da atualidade tem caído muito e a fragmentação das Convenções e Concílios tem uma boa parcela de contribuição nesse processo. Geralmente o processo acontece pela disputa de domínio de determinado espaço ou território entre as lideranças, que não chegando a um consenso sobre as suas esferas de atuação, resolvem dividir de forma litigiosa determinado campo pastoral. Feito isso, a parte menor passa a consagrar ministros para que uma nova Convenção ou Concílio seja formado. É exatamente aí que as qualificações exigidas para a apresentação de um Ministro da Palavra, exaradas em 1Timóteo capítulo 3, costumam ser esquecidas. A consequência de tudo isso é: uma igreja local doente espiritualmente.

2. A nobreza de um pedido. Antes de ser assunto aos céus, Eliseu fez um pedido muito ousado, porém, bastante nobre: “Peço-te que haja porção dobrado do teu espírito sobre mim” (2Rs 2:9). Esta frase tem sido muitas vezes mal interpretada como um pedido para receber o dobro do Espírito que estava na vida de Elias, e os maiores milagres que ele realizou foram considerados como indicação dessa assertiva. No entanto, esse pedido estava baseado em Deuteronômio 21:15-17, onde a mesma expressão “porção dobrada” é aplicada àquilo que o primogênito recebia da herança de seu pai, ou seja, o filho primogênito recebia o dobro da herança que os demais (Dt 21:17). Eliseu estava pedindo que seu pai espiritual (Elias) fizesse dele o seu principal herdeiro do seu espírito profético, para, deste modo, ele executar a missão de Elias. A resposta de Elias era que não podia conceder esse pedido; somente Deus tinha o poder para tanto. Porém, se o Senhor permitisse a Eliseu presenciar a sua subida ao céu, então ele receberia a “porção dobrada” (2Rs 2:10). Deus atendeu ao pedido de Eliseu, sabendo que o jovem profeta estava disposto a permanecer fiel a Ele, apesar de toda a apostasia espiritual, moral e doutrinária nos dois reinos, de Israel e de Judá. Seu principal objetivo não era ser melhor ou mais poderoso que Elias, mas realizar mais para o Senhor. Se nossos motivos forem honestos, não precisamos ter medo de pedir grandes coisas a Deus. Quando pedimos ao Senhor grande poder ou capacidade é necessário que examinemos nossos desejos e livremo-nos de qualquer egoísmo que encontramos. Se desejarmos obter a ajuda do Espírito Sano, devemos estar prontos para pedir isso.

O dobro de milagres! Eliseu realizou do dobro de milagres de Elias. Este, sete; aquele, quatorze, exatamente o dobro da porção do profeta. Os 14 milagres de Eliseu são: (1) dividir as águas do Jordão (2Rs 2:14); (2) sanear uma fonte (2Rs 2:21); (3) amaldiçoar zombadores (2Rs 2:24); (4) encher os poços com água (2Rs 3:15,26); (5) multiplicar o azeite de uma viúva (2Rs 4:1-7); (6) predizer uma gestação (2Rs 4:17); (7) fazer voltar à vida um jovem morto (2Rs 4:32-37); (8) neutralizar veneno (2Rs 4:38-41); (9) multiplicar pães (2Rs 4:42-44); (10) curar a lepra de Naamã (2Rs 5:1-19); (11) amaldiçoar Geazi com lepra (2Rs 5: 20-27); (12) preparar armadilha para a força militar Síria (2Rs 6:8-25); (13) revelar um exército de anjos (2Rs 6:15-16); e (14) predizer o alívio para a sitiada Samaria (2Rs 6:24-7:20).

IV. O LEGADO DE ELIAS

1. Espiritual. Este gigante da fé nos deixou um rico legado espiritual que deve ser imitado por todos aqueles que cristãos dizem ser. Apresentamos abaixo algumas virtudes espirituais de Elias: um homem mui zeloso, e foi esse zelo que o fez ir até as ultimas consequências na sua defesa da adoração verdadeira (1Rs 18:1-36); um homem extremamente ousado, e isto é facilmente percebido quando ele enfrentou o rei Acabe e prediz a grande seca sobre Israel (1Rs 17:1); um homem possuidor de grande fé, e isto é facilmente perceptível no episódio do Monte Carmelo quando ele sozinho enfrentou os 450 profetas de Baal e os 400 do poste-ídolo Aserá, levando o povo de Israel a reconhecer que “só o Senhor é Deus”. Eliseu teve esse legado espiritual como herança.

2. Moral. Elias não era apenas um homem dotado de grande relevância espiritual, mas também portador de singulares predicados morais. Um padrão moral moldado pela Bíblia é a maior necessidade de um cristão, principalmente os que lideram, na casa do Senhor. As pessoas podem até achar que você não tem grandes habilidades administrativas, técnicas, ou pedagógicas, mas elas precisam ver que você é um homem ou uma mulher temente a Deus. Quando uma pessoa é salva existem evidências da sua salvação. Se alguém diz “eu sou salvo”, mas continua a mentir, roubar e viver imoralmente, é muito claro que não está salvo. Se você é salvo, sua conduta muda como evidência de que alguma coisa mudou no seu interior – no coração. Em 2Corintios 5:17 está escrito:Se alguém está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo”. Se não há uma mudança de conduta, então o coração não mudou.

Elias demonstrou que era um homem transformado, não somente portador de grandes virtudes espirituais, mas também de grandes valores morais. A forma como foi usado por Deus confrontando Acabe é um exemplo para todos os que são seduzidos a adular as lideranças ímpias. A percepção do que era certo, ou errado, do que era justo, ou injusto, era patente na vida deste grande profeta de Deus. Por isso ele teve autoridade espiritual e moral para repreender severamente o rei Acabe, quando este consentiu no assassinato de Nabote. Elias também foi um exemplo de obediência em relação à sua substituição; não teve receio de ser substituído por outra pessoa; não teve medo de Eliseu ser mais conhecido que ele, ou de ser mais "poderoso" nem de ter um ministério mais longo. Elias simplesmente obedeceu a Deus e "formou" Eliseu, deixando para Israel um profeta de grande quilate. Portanto, o profeta Elias é digno de ser imitado nestas duas esferas da vida – espiritual e moral -, que fazem o caráter do autêntico servo de Deus.

CONCLUSÃO

Eliseu não apenas herdou a primazia do poder do Espírito que operava em Elias, mas foi herdeiro também do seu caráter, de sua integridade e de sua fidelidade ao Senhor. O que os líderes atuais estão deixando para as novas gerações de líderes, para os nossos sucessores? O que eles estão fazendo por eles? Ainda são referenciais como Elias foi para Eliseu? Nossa “capa” é ainda desejada pelos mais jovens? Qual o nosso legado?

 

Fonte: ebdweb

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

A VINHA DE NABOTE

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7ª LIÇÃO DO 1ºTRIMESTRE DE 2013

Texto Básico: 1Reis 21:1-5;15,15

“Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isto também ceifará” (Gl 6:7)

INTRODUÇÃO

Nesta Aula trataremos a respeito da cobiça de Acabe. A cobiça é um desejo forte, constante e insaciável; ela pode levar o homem a pisar no seu próximo para subir na vida, chegando a roubar e matar. O mundo em que vivemos é orientado por um estilo de vida materialista, hedonista e pragmatista, todavia, o Evangelho demanda de cada um de nós um estilo rigorosamente contrário ao mundano.

Existe o desejo legítimo e a cobiça. O primeiro refere-se ao suprimento das necessidades e, em alguns casos, um pouco mais, atingindo o nível do conforto; o segundo vai muito além, alcança o excesso e avança rumo ao proibido. Mas onde está a exata fronteira entre uma e outra coisa? É difícil dizer onde o desejo correto se transforma em cobiça, assim como não podemos determinar com certeza a exata quantidade de comida que alguém precisa consumir. Cada indivíduo é capaz de reconhecer que a sua necessidade foi suprida e seu apetite saciado. Depois disso, o desejo torna-se cobiça. Disse o sábio Salomão: “Se achaste mel, come somente o que te basta, para que porventura não te fartes dele, e venhas a vomitar” (Pv 25:16). Deus estabeleceu limites: Adão poderia comer do fruto de todas as árvores, exceto uma (Gn 2:16,17). Quando desejamos o que Deus proibiu, está caracterizada a cobiça. O décimo mandamento assevera: “Não cobiçarás a casa do teu próximo, não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma do teu próximo” (Ex 20:17). Portanto, o direito do outro é um dos nossos limites.

I. O OBJETO DA COBIÇA DE ACABE

O objeto da cobiça do rei Acabe: a herança de Nabote. Acabe possuía riqueza e todo tipo de bens materiais, mas dirigiu seus olhos e sua cobiça à propriedade de subsistência de Nabote, seu vizinho. Seu desejo incontido desencadeou uma série de pecados: abuso de autoridade, acusação, falso testemunho, homicídio e roubo (1Rs 21). A proposta que Acabe fez a Nabote parecia justa, generosa e irrecusável, pois oferecia em troca uma outra vinha melhor, ou se desejasse, lhe daria em dinheiro o que ela valia. Acontece que o valor da vinha para Nabote ia para além das questões mercantilistas. Ele considerava aquela propriedade uma herança inegociável, e cuja venda implicaria em transgressão ao mandamento do Senhor (cf Lv 25:13-28 e Nm 36:7,9). Nabote procedeu corretamente; de acordo com o livro de Levitico, a terra pertencia ao Senhor (Lv 23:23). Assim sendo, Nabote não poderia vender aquilo que lhe fora dado como uma herança do Senhor. Diante da resposta e posicionamento de Nabote, a reação de Acabe foi de desgosto e indignação, pois o seu capricho não fora alcançado, o que desencadeou no rei uma crise emocional (1Rs 21:4). Mas, Acabe queria aquela propriedade a qualquer custo; aquele espaço de terra, era o seu objeto de maior desejo. Por ser rei, imaginava que podia atropelar a lei de Deus e emplacar injustiça social. Para concretizar o seu intento, esse rei fraco e sem personalidade arquitetou, em conluio com sua impiedosa esposa Jezabel, uma das mais sórdidas tramas registradas nas páginas Sagradas: a morte do inocente Nabote. Mas, o juízo de Deus foi severo contra a casa de Acabe; veja isso no tópico IV abaixo.

Atualmente, muitos líderes e irmãos caprichosos, que não se contentam com aquilo que possuem, e que acham que seus desejos precisam ser atendidos e satisfeitos por todos, estão dominados pela cobiça. Tenhamos cuidado, pois a cobiça é abominação ao Senhor (Dt 7:25); é a raiz de todos os males ((Tg 4:15,15).

II. AS CAUSAS DA COBIÇA DE ACABE

A principal causa da cobiça de Acabe: o domínio incontrolado do “ter”, de “possuir”, aquilo que é do outro, neste caso a vinha de Nabote. Esta vinha era próxima ao palácio real, isto é, da casa de verão, e, aparentemente, Acabe, levado por um capricho, desejava transformá-la em um jardim.

Entendemos pelo texto sagrado que aquela propriedade fora passada a Nabote por herança: “Porém Nabote disse a Acabe: guarda-me o Senhor de que eu te dê a herança de meus pais” (1Rs 21:3), o que fortalecia a convicção de Nabote de que ele não deveria vendê-la nem trocá-la por outra propriedade. É provável que Nabote tenha sido criado naquele terreno, dedicando-se com seus pais ao cultivo de uvas. Se Nabote tivesse feita essa venda ou trocada por outra vinha, ele teria transgredido não só uma tradição, como também a sua consciência (cf Lv 25:23-28; Num 36:7ss). Acabe reconhecia isso; ele era cônscio de que Nabote estava religiosamente obrigado a conservar a posse de sua terra e que essa obrigação não poderia ser contrariada. Entretanto, ele ainda assim queria essa área; ele estava totalmente dominado pela cobiça, qual um viciado de drogas; somente a casa de verão não lhe satisfazia, queria agora construir uma horta ao lado dela para que seus desejos pudessem ser realizados; não se importava em quebrar o mandamento divino: “não cobiçarás”(Ex 20:17). Desta feita, o que fez Acabe diante da resposta negativa de seu súdito? Ficou entristecido, como uma criança mimada, e não quis se alimentar. O desejo despertado pela cobiça é tão poderoso que acaba por tornar-se ocupação única do cobiçoso. Acabe não desejava mais comer, ou fazer qualquer outra coisa (1Rs 2:4).

Ao observar o estado em que se encontrava Acabe, Jezabel, sua mulher, procurou tomar conhecimento do que havia acontecido, o que lhe foi relatado pelo rei (1Rs 21.5-6). Diante do que ouviu, Jezabel, que já havia em outros episódios demonstrado a sua influência e força no reino, que tomava decisões sem pedir a aprovação do seu manipulável e omisso marido, possuidora de um temperamento difícil e cruel em suas deliberações, toma para si as dores de Acabe e declara: “governas tu, com efeito, sobre Israel? Levanta-te, come, e alegre-se o teu coração; eu te darei a vinha de Nabote, o jezreelita” (1Rs 21:7). Jezabel se coloca aqui como aquela que satisfará a cobiça de Acabe. Uma esposa sábia não adota tal postura, antes, aconselha o seu marido sobre os princípios do contentamento. Em fim, o desejo exacerbado e maligno de Acabe resultou no assassinato do obediente Nabote, resultando assim na inobediência a outro mandamento da lei moral de Deus: “não matarás” (Ex 20:13).

III. O FRUTO DA COBIÇA

O fruto da cobiça de Acabe: assassinato do obediente Nabote. O pecado de Acabe envolveu várias pessoas, inclusive os anciãos e os nobres de Israel (1Rs 21:8), os quais sem temor e piedade co-participaram do plano maligno da esposa de Acabe. Como Acabe não se apossou imediatamente da vinha de Nabote, Jezabel continuou com seu plano diabólico. Sem escrúpulos, sem temor a Deus, sem piedade e sem misericórdia, Jezabel articula um plano onde Nabote seria vitimado por uma terrível calúnia. Usando o nome e o sinete de seu marido, ela escreveu cartas aos anciãos e aos nobres da cidade e que habitavam com Nabote, onde dizia o seguinte: “Apregoai um jejum e trazei Nabote para a frente do povo. Fazei sentar defronte dele dois homens malignos, que testemunhem contra ele, dizendo: Blasfemaste contra Deus e contra o rei. Depois, levai-o para fora e apedrejai-o, para que morra. Os homens da sua cidade, os anciãos e os nobres que nela habitavam fizeram como Jezabel lhes ordenara, segundo estava escrito nas cartas que lhes havia mandado. Apregoaram um jejum e trouxeram Nabote para a frente do povo. Então, vieram dois homens malignos, sentaram-se defronte dele e testemunharam contra ele, contra Nabote, perante o povo, dizendo: Nabote blasfemou contra Deus e contra o rei. E o levaram para fora da cidade e o apedrejaram, e morreu”.

“É interessante observar que o maligno plano de Jezabel se reveste de um caráter espiritual, com direito a proclamação de um jejum e com o argumento de que Nabote teria blasfemado contra Deus (e contra o rei). É possível “espiritualizar” até a cobiça. Em nome de Deus, e com a máscara da falsa espiritualidade, muitas barbáries e injustiças são realizadas sob a influência do “espírito de Jezabel”, muitas cobiças são alimentadas à custa da destruição de vidas, casamento e famílias”(pr. Altair Germano).

Nunca foi exposta a falsa acusação de blasfêmia levantada contra Nabote perante a assembleia dos anciãos e dos nobres. Este sincero israelita foi apedrejado de acordo com a lei (cf Lv 24:13-16), sob o testemunho de duas pessoas (falsas testemunhas, claro) que teriam presenciado a suposta ofensa (cf Dt 17:6,7). Com o assassinato de Nabote, Acabe se apropriou indevidamente da sua vinha.

É curioso ver que pessoas malignas não adoram ao Senhor nem o temem, mas não se furtam de usar o nome do Senhor para perverter o juízo e cometer atrocidades. Mas lembremo-nos de que Deus não se deixa escarnecer nem deixa seu nome ser usado em vão.

IV. AS CONSEQUÊNCIAS DA COBIÇA

A combinação de pecados relacionados à cobiça produz um veneno tão poderoso que ameaça de morte tanto as pessoas à sua volta como o próprio cobiçoso. O mundo "jaz no Maligno", e tem se tornado em "ninho" aconchegante para que o pecado cresça, venha à luz, e cause os males da destruição e da morte. Precisamos estar alertas para este fato. As consequências do pecado é a morte (Rm 6:23).

1. Julgamento divino. A cobiça do rei Acabe teve uma consequência ainda mais funesta do que toda a sua idolatria. Acabe e sua mulher Jezabel muito haviam irado o Senhor por causa da intensa idolatria e da quase substituição do Senhor por Baal como deus nacional do reino do norte. Entretanto, a morte de Nabote, planejada covardemente por Jezabel, motivada pela cobiça do rei Acabe, foi a “gota d’água” da ira de Deus. Por causa disto, Deus sentenciou toda a casa de Acabe à morte(1Rs 21; 2Rs 10:1-14). A sentença do julgamento de Acabe e Jezabel foi transmitida por Elias, o profeta: “Então, veio a palavra do SENHOR a Elias, o tisbita, dizendo: Levanta-te, desce para encontrar-te com Acabe, rei de Israel, que está em Samaria; eis que está na vinha de Nabote, aonde tem descido para a possuir. E falar-lhe-ás, dizendo: Assim diz o SENHOR: Porventura, não mataste e tomaste a herança? Falar-lhe-ás mais, dizendo: Assim diz o SENHOR: No lugar em que os cães lamberam o sangue de Nabote, os cães lamberão o teu sangue, o teu mesmo. E também acerca de Jezabel falou o SENHOR, dizendo: Os cães comerão Jezabel junto ao antemuro de Jezreel” (1Rs 21:18,19,23). Acabe ainda se recusou a admitir seu pecado contra Deus; em vez de fazê-lo, acusou Elias de ser seu inimigo (cf 1Rs 21:20). É quase impossível que os que se tornam cegos pela cobiça e pelo ódio, enxerguem seus próprios erros.

2. Arrependimento e morte. A sentença divina trouxe medo e condenação a Acabe: “Sucedeu, pois, que Acabe, ouvindo estas palavras, rasgou as suas vestes, e cobriu a sua carne de pano de saco, e jejuou; e dormia em cima de sacos e andava mansamente” (1Rs 21:27). Acabe foi mais perverso do que qualquer outro rei de Israel (1Rs 16:30; 21:25), mas quando se arrependeu com profunda humildade, Deus atentou para ele e prometeu que o castigo sobre a sua casa seria suspenso até uma outra ocasião – “Não viste que Acabe se humilha perante mim? Porquanto, pois, se humilha perante mim, não trarei este mal nos seus dias, mas nos dias de seu filho trarei este mal sobre a sua casa” (1Rs 21:29). O mesmo Senhor que foi misericordioso com ele deseja ser benigno conosco. Não importa quão perverso alguém seja; nunca é tarde demais para se humilhar, voltar-se a Deus e pedir-lhe perdão.

É bom ressaltar, porém, que, embora Acabe tenha se arrependido de seus atos pecaminosos, as consequências foram inevitáveis. Acabe, Jezabel e toda a sua família foram eliminados, da mesma maneira como as dinastias anteriores foram rejeitadas por causa de seus pecados. Jezabel teve uma morte horrível na mesma cidade onde havia perpetrado seus crimes. O cobiçoso Acabe e a cruel Jezabel receberam o prêmio da injustiça. Para ler sobre o cumprimento da sentença divina, veja 1Reis 22:38, onde os cães lamberam o sangue de Acabe, e 2Reis 9:30 a 10:28, onde Jezabel e o restante de sua família foram destruídos. “O pecado sempre tem seu alto custo!”.

CONCLUSÃO

Todo ato de cobiça além de reprovado por Deus, será também duramente punido por Ele. Assim como Nabote, os que são vitimados por causa de sua obediência a Deus, e diante da cobiça alheia, são por Ele devidamente justificados e vingados. Portanto, todos aqueles que de alguma maneira detém o poder e dele abusam para realizar propósitos pessoais e até malignos, sofrerão consequências desastrosas. De Deus ninguém zomba! A quem muito for dado muito será cobrado. Pense nisso!

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

VIÇOSA É IMPACTADA COM CONGRESSO DE JOVENS E ADOLESCENTE DA ASSEMBLEIA DE DEUS

       Com base nos textos bíblicos de Is. 6.8 e Pv. 11.30b, a UJADEV – União de Jovens e Adolescentes da Assembleia de Deus em Viçosa-AL, realizou o 6º Congresso de Jovens e Adolescentes nesta cidade, durante o período carnavalesco. Dos textos supracitados, foi extraído o tema: “Impactando a Nossa Geração com o Evangelho do Senhor Jesus, acompanhado do lema “Ganhar Almas . Eis a Nossa Missão!

       O momento festivo foi abrilhantado com a presença de diversos pastores e caravanas da região. Jovens e adolescentes da cidade de Cajueiro, Capela , Chã Preta, Maribondo Pindoba e da Capital louvaram ao Senhor junto aos aniversariantes.
Deus agraciou o seu povo nestes dias. Os preletores Pr. Isac Etini (SP), Pr. Anselmo Dantas (ES) e o Pr. Alex Guerra (RS), foram usados poderosamente por Deus nestes dias. Mensagens edificantes, batismo com Espírito Santo, renovação, revelação curas divinas, fizeram do Congresso um momento inesquecível.

       Período Pré-congresso
Durante o período preparativo para o Congresso, o coordenador David kenneth, dividiu os jovens e adolescentes em quatro equipes com a finalidade de impactar a cidade de Viçosa através do trabalho evangelístico em cumprimento do tema supra. As quatro equipes: Jerusalém, Ágape, Atenas e Malta desempenharam um importante papel no período que antecedeu e durante o congresso. Os corajosos congressistas distribuíram mais de seis mil folhetos e  convites nas casas, no comércio, delegacia, hospitais, nos setores públicos Municipal, Estadual e Federal e todas as noites durante o congresso os foliões foram evangelizados com folhetos. Uma das equipes, impactou os habitantes expondo a frase: “JESUS TE AMA”, chamando assim a atenção dos que passavam.

     Nossa eterna gratidão ao Supremo e Eterno Deus, ao Pastor Donizete Inácio, a coordenação da UJADEV com seus 180 componentes, a amada Igreja em Viçosa, aos visitantes e convidados, aos preletores e cantores que juntos fizeram tudo isso acontecer.

Ao Senhor Jesus seja tributada toda honra glória louvor e adoração
Por Efigênio Hortêncio de Oliveira







terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

A VIÚVA DE SAREPTA

Elias_e_viuva_Sarepta

6ª lição do 1º trimestre de 2013

 “Em verdade vos digo que muitas viúvas existiam em Israel nos dias de Elias, quando o céu se cerrou por três anos e seis meses, de sorte que em toda a terra houve grande fome; e a nenhuma delas foi enviado Elias, senão a Sarepta de Sidom, a uma mulher viúva” (Lc 4:25,26).

INTRODUÇÃO

Após secar o ribeiro de Querite, o profeta Elias recebeu a ordem divina de ir à Sarepta, porque ali residia uma viúva que o sustentaria(1Rs 17:8,9). Por que Deus agiu assim? Deus poderia ter enviado Elias para a casa de um dos líderes religiosos de Sarepta que estivesse em condições de recebê-lo e hospedá-lo durante aquele período de provação. Ou, o Senhor poderia tê-lo encaminhado ao homem mais rico do local e convencesse o homem a manter Elias até quando fosse necessário. Mas Deus ordenou que o profeta buscasse o destino mais improvável, a casa mais humilde, a pessoa mais necessitada naquele momento: uma viúva sem eira nem beira. O texto bíblico diz que a situação daquela mulher era tão crítica, que ela estava prestes a preparar a sua última refeição e aguardar, com o único filho, a morte. Então, por que Deus enviou o profeta à viúva de Sarepta, que estava vivendo um momento de dificuldade e escassez muito maior que a experimentada por ele? O que eu posso dizer é que a lógica de Deus se contrapõe à lógica humana. Deus não pensa como o homem pensa. Ele não se prende ao que vemos e supomos ser o melhor para nós nas situações pelas quais passamos. Está escrito: “Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos, os meus caminhos, diz o Senhor”(Is 55:8). Quando, em meio a uma gigantesca necessidade, Deus nos coloca diante de alguém com uma necessidade maior ainda e afirma que de tal pessoa virá a ajuda, é porque o milagre está sendo preparado, o milagre da dependência total do Senhor.

I

. UM PROFETA EM TERRA ESTRANGEIRA

1. A fonte de Querite. O anúncio da seca deu início ao conflito entre Deus e Baal. Assim que a batalha foi consolidada, Elias recebeu ordens do Senhor para que se isolasse junto ao ribeiro de Queirte; ali, Deus milagrosamente proveria seu alimento através dos meios mais improváveis (1Rs 17:3,5,6); ali, os corvos receberam ordens de Deus para alimentar o seu profeta. Assim procedeu Elias. E esta sua obediência à ordem de Deus o preservou em segurança das mãos de Jezabel nos anos de seca, e o preparou para os próximos desafios que iria enfrentar para que o povo retornasse aos caminhos do Senhor. Esta atitude obediente é que Deus espera de seus servos em todos os momentos. Querite representava para Elias um momento de anonimato – depois de desafiar o rei Acabe, Elias se tornou conhecido em todo o reino, e foi procurado exaustivamente por Jezabel em diversos lugares. Mas, apesar de ser um lugar seguro, de sombra e água fresca, não representava o terminal de sua jornada; ali não havia uma fonte permanente, mas uma provisão divina em tempo de crise (1Rs 17:7). Dia após dia, Elias era alimentado pelos corvos, mas a seca que anunciara já era uma realidade. Por isso, dia após dia, as águas do ribeiro de Querite iam minguando, até o momento em que o ribeiro secou. Os corvos vinham lhe trazer comida, mas o ribeiro se secava, em cumprimento à palavra do profeta, que dissera em nome do Senhor. Deus tem compromisso com a Sua Palavra (Jr 1:12) e não a invalidará, ainda que isto implique na proteção e no sustento dos Seus servos fiéis. Deus não precisa invalidar a Sua Palavra para guardar os Seus filhos! 2. Elias em Sarepta. Quando “o riacho” seca é hora de recomeço. Quem ordena que o riacho seque é o próprio Deus que lhe aponta um novo caminho, nova direção: “Levanta-te, vai para Sarepta, que é de Sidom, e habita ali; eis que eu ordenei ali a uma viúva que te sustente” (1Rs 17:9). Deus ordenou a Elias que saísse de Israel e fosse a uma terra estrangeira, Sarepta. Esta cidade ficava localizada na costa mediterrânea entre Tiro e Sidom. Está dentro do território da Fenícia, de onde veio a terrível rainha Jezabel (1Rs 16:3). Uma das importantes divindades nacionais fenícias era Baal; e Jezabel, como rainha do rei Acabe, introduziu ativamente a adoração a Baal em Israel. No mundo antigo, normalmente, pensava-se que os deuses pertenciam a uma cidade ou região específica. Às vezes o Senhor faz coisas que parece não ter lógica alguma, todavia, o que precisamos saber é que a lógica de Deus não é, nem de longe, parecida com a nossa. A lógica de Deus leva em conta nossa obediência e nossa fé, e também o fato de Deus ser onisciente, onipresente, onipotente; enquanto a nossa lógica considera apenas superficialmente as coisas, por meio de nossa visão limitada. Deus sabia que Acabe jamais procuraria Elias em Sarepta; deduza isto lendo 1Reis 18:10. São nas coisas menos prováveis que Deus realiza seus desígnios. Sarepta, uma cidade estrangeira, situada fora de Israel, estava supostamente distante da área de influência do Senhor. O povo dessa nação pagã também devia estar muito distante do alcance de Deus. Mas, ninguém está fora de Seu alcance. Bem no próprio centro da adoração de Baal, Deus fez conhecidos Sua presença e Seu poder. Glórias a Deus!!

 

II. UMA ESTRANGEIRA NO PLANO DE DEUS

1. A escassez humana e a suficiência divina. No mundo bíblico, quando tudo ia bem, as viúvas eram personagens marginais. Especialmente se não tinham filhos crescidos para cuidar delas. Eram facilmente vitimadas e tinham limitados recursos legais. Em tempo de uma grande seca, as coisas eram ainda piores para elas. Cada família estava lutando pela própria sobrevivência e não havia sobras para viúvas pobres. Essa mulher recebeu o pedido de alimentar o profeta. Quando consideramos sua realidade social e econômica, ela era, realmente, a candidata mais improvável. Só havia um punhado de farinha e um pouco de óleo entre essa pobre mulher e a morte pela fome. A mulher que Deus havia escolhido para alimentar o profeta Elias durante o período da seca disse: “Vive o Senhor, teu Deus, que nem um bolo tenho, senão somente um punhado de farinha numa panela e um pouco de azeite numa botija; e, vês aqui, apanhe dois cavacos e vou prepará-lo para mim e para o meu filho, para que o comamos e morramos” (1Rs 17:12). Aquela viúva agiu com honestidade e sinceridade. Na escassez, quando a despensa está vazia, é assim. Você só pode dar aquilo que tem. No entanto, muitas pessoas agem diferente. Querem viver na opulência, na fartura, viver de aparências, quando na realidade de nada dispõem. Estão passando por necessidades terríveis, mas diante dos outros querem demonstrar que nada lhes falta, e ainda "fazem a festa". Mas também é verdade que em momentos de extrema necessidade, quando estamos enfrentando crises violentas de escassez, nos deixamos vencer pela desesperança, pela falta de perspectiva, pela agressividade da situação. E nesses momentos, que podem atingir qualquer um, agimos como a viúva. Ela simplesmente não acreditava em mais nada, nenhuma visão, profecia ou promessa; é o que percebemos em suas palavras: “para que o comamos e morramos”. Todavia, é nesse momento que começamos a vislumbrar como a lógica de Deus funciona na escassez. Vejamos como Elias respondeu à viúva após a declaração dela de que não tinha nada, apenas a certeza da morte. Elias lhe disse: “Não temas; vai e faze conforme a tua palavra”(1Rs 17:13a). A lógica de Deus na escassez começa por afirmar que não precisamos ter medo. O mesmo versículo, em outras versões, deixa isso bem claro: “Elias, porém, lhe disse: "Não tenha medo"(NVI); – “Não se preocupe! (NTLH). Deus recomenda isso ao longo de toda a Bíblia. Ele afirma que se o medo, a insegurança destrutiva dominar você, o pavor o invadirá e acabará por neutralizar o potencial e a iniciativa que ainda existem em seu interior. Deus está declarando, nesse versículo, para você que está vivendo um momento de escassez, um momento difícil em sua vida: ''Não temas, pois eu agirei!". 2. Deus, a prioridade maior. O profeta Elias entrega à viúva a chave do milagre ao dizer: “porém faze disso primeiro para mim um bolo pequeno e traze-mo para fora; depois, farás para ti e para teu filho” (1Rs 17:13). A viúva havia afirmado que possuía farinha e azeite suficientes apenas para fazer um bolo para ela e o filho. Então, o profeta lhe ordenou que fizesse um bolo primeiro para ele. A viúva foi obediente à palavra que lhe foi entregue. Não à palavra do profeta, mas à palavra do próprio Deus, pois Elias falou em nome do Senhor. E ela demonstrou sua obediência e fé alimentando o profeta com a última refeição de que dispunha. A lógica humana afirmaria que, em primeiro lugar, a viúva deveria fazer um bolo para si mesma e para seu filho; e, depois de satisfeitos, as sobras seriam dadas ao profeta. Porém, a lógica de Deus inverte a lógica do homem. Deus orientou que, pela fé, a viúva deveria oferecer a primícia da farinha e do azeite ao profeta, e então crer que seus mantimentos jamais faltariam, até que as chuvas voltassem a cair. A mulher obedeceu, e isso trouxe fartura à sua casa, pois não faltou alimento para ela e seu filho, quando todos à sua volta experimentavam a escassez. Isso nos ensina que, na despensa vazia, as Escrituras requerem fé e atitude, fé e ação. A viúva de Sarepta, ao aceitar a palavra profética de Elias, demonstrou fé e submissão, obtendo a vitória em meio à luta, a fartura em meio à escassez. Assim pode acontecer conosco também! Creia nisso!

IV. O PODER DA ORAÇÃO

- Oração é um elemento vital na vida dos filhos de Deus. É uma atitude típica de alguém que está em plena comunhão com Deus. Orar é falar com Deus, ou seja, é a forma como nos comunicamos com o Senhor. Quando lemos a Bíblia, Deus fala conosco; mas, quando oramos, somos nós que falamos com Ele. A oração cumpre pelo menos dois propósitos muito importantes na vida do cristão: desenvolver nosso relacionamento com Deus, possibilitando-nos maior comunhão e intimidade com o Pai celestial, e permitir que exponhamos a Ele os anseios e as necessidades do nosso coração, proporcionando-nos diversas vitórias. Muitos não dão importância à oração por não conseguirem dimensionar o poder liberado do céu quando oramos. Se olharmos para os relatos e ensinamentos na Bíblia, veremos essa prática difundida tanto no Antigo como no Novo Testamento. A Bíblia Sagrada registra que patriarcas e reis, como, por exemplo, Abraão, Isaque, Jacó, Moisés, Davi e Salomão tiveram contato com Deus por meio da oração. Os profetas, tais como Elias, Daniel, Ezequiel e Jeremias, foram homens que cultivaram uma vida de profunda intimidade com Deus por meio da oração. Jesus Cristo foi o maior exemplo de intimidade com o Pai através da oração. Nos Evangelhos, observamos que Jesus não apenas orou, mas ensinou-nos acerca da oração. Em Mt 6:4-18, por exemplo, Cristo falou sobre a sinceridade, a simplicidade e a objetividade na oração, bem como sobre a recompensa proveniente desta. O apóstolo Paulo, em suas cartas, além de deixar preciosos ensinamentos concernentes à oração, por várias vezes pediu que a Igreja orasse. Tiago, irmão do Senhor, foi contundente quando disse: “E a oração da fé salvará o doente, e o Senhor o levantará” (Tg 5:15a); “a oração feita por um justo pode muito em seus efeitos” (Tg 5:16c). Imagine então quando a Igreja ora! - Quanto ao profeta Elias, ele mantinha profunda intimidade com Deus - ele chamava Deus de “meu Deus” -, e esta intimidade era consubstanciada por meio da oração. Somente quem desfruta de intimidade com o Senhor, ou seja, quem tem a sua vida entregue nas mãos do Senhor, é que pode, efetivamente, ter uma vida de oração, pois a oração nada mais é que a comunicação do homem com Deus. Elias, nos momentos de necessidade de ver o poder de Deus operando, não foi arrogante a ponto de querer determinar ou decretar, mas em forma submissa e de reconhecimento à soberania e vontade de Deus orou pedindo-lhe resposta às suas imprecações. A Bíblia cita algumas ocasiões dessa intimada com Deus. Ele “...orando, pediu que não chovesse, e, por três anos e seus meses, não choveu sobre a terra” (Tg 5:17). Em outra ocasião, já em Sarepta, o filho da viúva falecera, e Elias roga ao Senhor que traga a vida do menino, e Deus responde à oração de Elias, realizando a primeira ressurreição(volta à vida) da Bíblia – “...Ó Senhor, meu Deus, rogo-te que torne a alma deste menino a entrar nele. E o Senhor ouviu a voz de Elias; e a alma do menino tornou a entrar nele, e reviveu” (cf 1Rs 17:21,22). Por meio de Elias, o testemunho de Deus foi dado em terras estrangeiras por meio deste grande milagre. Observe no versículo 21 que Elias foi insistente, perseverante, na sua oração: “se mediu sobre o menino três vezes, e clamou ao Senhor...”. O próprio Jesus destacou a necessidade de sermos perseverantes na oração ao narrar a parábola do juiz iníquo (Lc 18:1). O clímax do conflito entre o Deus verdadeiro e o falso deus Baal ocorreu num momento especial de oração ao Senhor Deus dos patriarcas de Israel, que também era o Senhor de Elias. Ele orou, como somente uma pessoa obediente pode rogar, para que Deus pudesse responder, afastar o seu povo de Baal e Aserá, e trazê-lo de volta para Si. Deus respondeu a Elias e, bondosamente, honrou os fiéis israelitas com a sua santa presença. Seu fogo sagrado consumiu a lenha, o sacrifício encharcado de água e o próprio altar. O povo cheio de admiração e espanto, confessou o que todo homem deve confessar: “Só o Senhor é Deus! Só o Senhor é Deus!” (1Rs 18:36-39). - Vale salientar que a oração não é uma mera faculdade que esteja à disposição do cristão nas horas de angústia ou de necessidade. Muito pelo contrário, a oração é um dever, ou seja, é algo que é obrigatório e que o cristão não tem o direito de deixar de fazer. Diz Jesus que o dever de orar se caracteriza por duas propriedades: deve-se orar sempre e nunca se deve desfalecer (Lc 18:1). Orar sempre significa nunca deixar de orar. Orar sempre significa que não há tempo nem lugar certo para orar (vide João 4:21-23). Orar sempre significa estarmos dispostos e prontos a orar ao Senhor a cada instante, em cada situação. Devemos ter a nossa mente dirigida para o Senhor diuturnamente e, enquanto fazemos os nossos afazeres, desempenhamos nossas tarefas do dia-a-dia, estarmos em condição de, em alguns instantes, dirigirmo-nos ao Senhor de coração e com reverência, mesmo que de forma silenciosa e sem qualquer alvoroço. A oração deve ser uma constante em nossas vidas, daí porque Paulo ter dito que devemos "orar sem cessar" (1Ts 5:17). Pense nisso!

CONCLUSÃO

Deus enviou Elias à viúva de Sarepta para suprir suas necessidades materiais no momento em que ela julgava que tudo estava perdido (1Rs 17:12), mas a maior bênção que aquele mulher recebeu foi, sem dúvida, o fortalecimento de sua fé no Deus de Elias. Por meio do profeta Elias, aquela viúva recebeu de Deus não somente uma bênção material, como também uma bênção espiritual. Veja a sua própria declaração após receber de volta o seu filho vivo:” Então, a mulher disse a Elias: “Nisto conheço, agora, que tu és homem de Deus e que a palavra do Senhor na tua boca é verdade”(1Rs 17:24). A resposta da viúva conclui com uma declaração de fé. Ela agora sabia que o Deus de Israel podia sustentar a vida e também dar vida. Glórias a Deus! Fonte: ebdwed