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terça-feira, 16 de outubro de 2018

CURSO DE TEOLOGIA DA FATEAL CHEGA À PALMEIRA DOS ÍNDIOS



Objetivando o aprimoramento na área do  conhecimento teológico, o Pr. Donizete Inácio de Melo , sob a liderança da Assembleia de Deus em Palmeira dos Índios,  em parceria com FATEAL – Faculdade de Teologia de Alagoas, fundou um Pólo  de extensão a fim oferecer aos obreiros e demais irmãos o curso básico de teologia. A primeira turma tem cerca de cinquenta alunos matriculados. As aulas acontecem todas as  segundas-feiras no templo Sede.
Nesta segunda-feira (15), foi realizada a aula de encerramento da disciplina Educação Religiosa.  A prova final foi realizada em forma de seminário distribuído em sete grupos com os temas:  Grupo1: Resumo histórico da educação religiosa na idade antiga e média, Grupo 2: A influência da filosofia platônica para teologia, Grupo 3: A educação religiosa na igreja primitiva, Grupo 4: Resumo histórico da Escola Bíblica Dominical na Inglaterra, Grupo 5: Os desafios do ensino religioso  Jenuíno nos dias atuais,  Grupo 6: Escola Bíblica Dominical: Instrumento de um ensino eficaz, Grupo 7: A eficácia do seminário teológico para vida cristã.










domingo, 14 de outubro de 2018

3ª LIÇÃO DO 4º TRIMESTRE DE 2018: O CRESCIMENTO DO REINO DE DEUS - Subsídio



4º Trimestre/2018

Texto Base: Marcos 4:30-32; Mt.13:31-33; Lucas 13:18,19; Marcos 4:30-32.

"[...] Porque eis que o Reino de Deus está entre vós" (Lc.17:21).
INTRODUÇÃO
Dando continuidade ao estudo das Parábolas de Jesus, estudaremos nesta Aula a respeito da Parábola da Semente de Mostarda e da Parábola do Fermento. Nestas Parábolas, Jesus trata do crescimento do Reino de Deus, que deve ser analisado sob o aspecto espiritual, pois o Reino de Deus não é deste mundo (cf. João 18:36a). Estas Parábolas não foram interpretadas por Jesus, ao contrário da Parábola do Semeador, não se tendo, portanto, a tranquilidade do caso anterior, ou seja, da Parábola do Semeador, onde não cabe discussão, já que a interpretação foi feita pelo próprio Jesus. Não é, portanto, surpresa que encontremos ideias tão díspares entre os ensinadores dos referidos textos sagrados. Devemos, portanto, ser cautelosos na interpretação, lembrando que uma parábola não pode dar origem a qualquer doutrina, pois é uma explicação, uma ilustração de uma doutrina. O objetivo de Jesus, nestas duas Parábolas, é fazer uma ilustração do crescimento do Reino de Deus. Na narrativa de Mateus, Jesus já havia falado a respeito da boa terra, que era o que foi semeado pela Palavra de Deus, ouviu e compreendeu a Palavra, deu fruto e produziu (Mt.13:23); agora, vai dar uma ideia do que é o Reino de Deus e o seu crescimento; para tanto, usa das figuras da Semente de mostarda e do fermento.
I. INTERPRETAÇÃO DAS PARÁBOLAS SOBRE O REINO DE DEUS
1. A Parábola da Semente de mostarda (Lc.13:19). A Mostarda é uma das mais antigas hortaliças conhecidas, tendo sido utilizada, desde as mais remotas eras, para a produção de condimentos. É popularmente conhecida como tempero inseparável de hot-dogs. Sua história pode ser traçada até três mil anos atrás, quando era amplamente utilizada por egípcios, gregos, romanos e povos asiáticos. 
Existe um consenso sobre a verdade central que o Senhor Jesus quis revelar ao propor a Parábola da Semente de mostarda. Ela diz respeito ao crescimento da Igreja que foi fundada no calvário, inaugurada no Pentecostes, e que, hoje, está em toda a Terra, mas que, em breve estará no Céu. Esta Parábola aponta para o crescimento externo e visível do Reino de Deus no mundo.
Não resta dúvida de que a ilustração feita por Jesus pegou a todos de surpresa. Ao falar no Reino dos céus (ou Reino de Deus, nos evangelhos segundo escreveram Marcos e Lucas), seria natural que os ouvintes do Mestre Jesus se voltassem aos tempos gloriosos do reinado de Salomão, ou, quem sabe, ao período de grandes vitórias militares de Davi. Até mesmo alguém poderia esperar que Jesus fosse comparar o Reino de Deus à glória de Roma, a senhora do mundo de então, ou aos esplendores passados dos impérios babilônio, persa ou grego; mas, ao trazer a figura do Reino de Deus, Jesus não usa de coisa alguma que fosse humana. Talvez se esperasse que a melhor imagem do Reino de Deus fosse o leão, animal majestoso que, até hoje, é denominado de “o rei dos animais”; aliás, não era o leão o símbolo da tribo de Judá, a tribo real, a descendência de Davi, de onde proviria o Messias (Gn.49:9)? E se fosse escolhida uma imagem no reino vegetal, não seria o Reino de Deus apropriadamente representado pela oliveira, ou pela figueira, ou pela videira, árvores excelentes, que tanto bem traziam ao ser humano e cujos frutos eram assaz benéficos e desejáveis? No entanto, Jesus preferiu apresentar como figura do Reino de Deus a Semente de mostarda. Jesus queria que os discípulos entendessem que mesmo uma semente tão pequena é capaz de produzir um grande resultado.
a) A Lição dos contrastes. Jesus comparou o Reino de Deus à Semente de mostarda, algo comum, algo insignificante, pois a Semente de mostarda é uma das menores sementes de hortaliças. É o mais eloquente exemplo de crescimento que existe, pois, sendo a sua semente uma das menores que existe, é a maior das hortaliças, alcançando, no seu ano de vida, um crescimento vertiginoso.
A comparação com a Semente de mostarda tem a ver, portanto, com o crescimento do Reino de Deus. A semente mostarda, embora seja insignificante em seu início, não tenha qualquer parecer ou formosura, uma vez plantada, tem um crescimento rápido e espantoso, crescimento este que, também, ao contrário das árvores perenes, que perduram por anos (algumas até por séculos, como é o caso das sequoias e dos carvalhos), rapidamente o seu fruto é colhido assim que estiver pronto para ser consumido. Assim, também, é o Reino de Deus, que não tem nenhum parecer ou formosura, a exemplo do seu introdutor, Jesus (Is.53:2), rapidamente será recolhido, logo que o seu fruto estiver pronto.
A Obra de Deus não vive de aparência. Os testemunhos, através dos séculos da história da igreja, sempre foram os mesmos: o trabalhar de Deus começou de modo insignificante, totalmente despercebido dos homens, mas teve sempre um crescimento vertiginoso, rápido e inimaginável. Quem poderia achar que uma pequena reunião, como a que foi realizada na famosa rua Azuza, nos Estados Unidos, iria redundar no movimento pentecostal que existe há pouco mais de cento e cinco anos e que está em todo o mundo?  Quem poderia enxergar em dois simples estrangeiros, desembarcados em Belém do Pará, sem nenhuma aparência que chamasse atenção, poderiam iniciar um movimento tão maravilhoso como é o movimento pentecostal das Assembleias de Deus, que redundaria na maior igreja pentecostal no Brasil, e que existe há mais de 105 anos? Este é o trabalhar do Reino de Deus, e Jesus nos ensina que assim há de ser até o Dia em que se der o final da dispensação da graça.
b) O Campo de semeadura - “o Reino dos céus é semelhante a um grão de mostarda que um homem, pegando dele, semeou no seu campo”(Mt.13:31). Aqui, o campo é o mundo, não o mundo no sentido espiritual, aquele que “está no maligno”, e sim no sentido físico, aquele que tem como sua base territorial a Terra. O dono do Campo é Aquele que disse: “...toda a terra é minha”(Sl.24:1). É, pois, na Terra o “campo” onde a Igreja, como representante do Reino de Deus, está sendo formada. Esta Igreja, que se iniciou como uma semente de mostarda, um Dia ela será uma “Igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível”(Ef.5:27). Assim, se lá no princípio, ela foi fundada sem qualquer “aparência exterior”, aqui ela é descrita por Paulo como sendo uma Igreja gloriosa; assim, se lá no princípio, estavam reunidos no Cenáculo apenas “quase cento e vinte pessoas”(Atos 1:15), no futuro, lá no Céu, o apóstolo João que havia dado o número dos anjos como sendo de “milhões de milhões e milhares de milhares”(Ap.5:11), não arriscou um número para calcular a multidão que compunha a Igreja, limitando-se a dizer: “Depois destas coisas, olhei, e eis aqui uma multidão, a qual ninguém podia contar, de todas as nações, tribos, e povos, e línguas, estavam diante do trono e perante o Cordeiro, trajando vestes brancas e com palmas nas suas mãos”(Ap.7:9). E pensar que tudo começou à semelhança de “uma semente de mostarda”.
c) A forma de crescimento“..., mas, crescendo, é a maior das plantas”. Como a verdade central desta Parábola era a de ensinar sobre o rápido crescimento da Igreja, embora começando sem qualquer aparência exterior, é claro que o Senhor Jesus não iria usar a figura de uma árvore, como a figueira, ou a oliveira, ou qualquer outra que demorasse muitos anos para se desenvolver, e dar frutos. Jesus usou a figura da Semente de mostarda porque ela é uma das hortaliças, e as hortaliças crescem de uma maneira muito mais rápida que as árvores de outras espécies. Com efeito, a Igreja que começou com “o Semeador” que “saiu a semear”, que foi inaugurada no Pentecostes, quando ali no Cenáculo estavam reunidos “quase cento e vinte pessoas”(Atos 1:15), começou a crescer tal como cresce uma hortaliça, conforme podemos constatar pelo livro de Atos dos Apóstolos.
Logo no dia da inauguração, após a pregação de Pedro, “o Pé de Mostarda” teve um considerável crescimento: “...agregaram-se quase três mil almas”(Atos 2:41). A partir daí o “Pé de Mostarda” não parou mais de crescer. Em Atos 4:4 lemos que “muitos dos que ouviram a Palavra creram, e chegou o número desses homens a “quase cinco mil”. O número, agora já não dava para contar, falava-se em multidão – “E a multidão dos que criam no Senhor, tanto homens como mulheres, crescia cada vez mais”(Atos 5:14). Depois passou a falar-se em multiplicação: “E crescia a palavra de Deus, e em Jerusalém se multiplicava muito o número dos discípulos e grande parte dos Sacerdotes obedecia a fé “(Atos 6:7). Em seu crescimento, “o Pé de Mostarda” começou a estender “seus ramos” para fora de Jerusalém – formaram-se as Igrejas Locais; como projeção dos “Ramos”, “...as igrejas em toda a Judéia, e Galileia, e Samaria tinham paz e eram edificadas, e se multiplicavam”(Atos 9:31). A Igreja cresceu tal como cresce uma hortaliça, no caso, a mostarda. Pouco mais de trinta anos depois de sua fundação, a Igreja já havia alcançado todo o Império Romano, o que significa dizer que a Igreja havia chegado “...aos confins da terra”(Atos 1:8), conforme declaração de Paulo, quando falou do “evangelho que já chegou a vós, como também está em todo o mundo”(Cl.1:5,6). Continuando a crescer... chegou até nós!
d) As ameaças ao crescimento: os ninhos das aves - “de sorte que vêm as aves do céu e se aninham nos seus ramos” (Mt.13:32). O crescimento do Reino de Deus sempre tem gerado o surgimento de “ninhos de aves dos céus” no meio do povo de Deus, com grandes malefícios para a Obra de Deus. Observando as Igrejas Locais no Brasil, não podemos deixar de ver a repetição do que aconteceu nos dias de Constantino. Hoje, o povo de Deus no Brasil já não é mais tão perseguido como antigamente; a arma do inimigo não tem sido mais o uso de fogueiras de Bíblias ou as pedras que, décadas atrás, eram atiradas nos pequenos salõezinhos ou nos humildes templos dos nossos irmãos. Hoje, o adversário não mais precisa fazer uso destes expedientes, porque já tem grandes “ninhos” na mostarda adulta, “ninhos” como os interesses político-partidários de alguns, o mercantilismo de outros, a vida fácil e luxuosa de muitos. Para muitos, as igrejas locais passaram a ser meio de vida, fonte de sobrevivência, causa de lucro, currais eleitorais, assim como fora predito nas Santas Escrituras (2Pd.2:1-3). O resultado deste estado de coisas é o prejuízo para a Obra de Deus, a perda de esplendor da “Mostarda” adulta, que, com tantas aves, já não poderá mais se mostrar claramente para aqueles que têm de iluminar e de salgar.
e) As Aves do céu. “...de sorte que vêm as aves do céu e se aninham nos seus ramos”(Mt.13:32). Jesus informa que, por causa da aparência do Reino de Deus, que é a mostarda adulta, o arbusto maior, a maior das hortaliças, aquela que teve o maior crescimento relativo, a ela vem as “aves dos céus”, buscando ali abrigar-se ou aninhar-se (Mt.13:32; Mc.4:32; Lc.13:19). Grande discussão tem surgido com relação à identificação destas “aves do céu” que “se aninham” nos “ramos” do “pé de mostarda”.
·     Alguns entendem que essas “aves” representam “Satanás e seus demônios”, o que nos causa estranheza. Porém, elas não fazem seus ninhos entre os ramos, mas, nos ramos. Assim, temos dificuldade para aceitar Satanás e seus demônios “aninhados” na Igreja, que é a Noiva do Cordeiro. Portanto, não há respaldo para aceitar esta interpretação.
·     Outros afirmam que essas “aves do céu” representam os pecadores, os incrédulos na pessoa de políticos e outros oportunistas que procuram se infiltrar na Igreja, com aparência de crente, para dela tirar algum tipo de vantagens pessoais e materiais. Porém, a maioria dos estudiosos discorda, também, que essas “aves do céu” sejam esses “oportunistas”, embora acreditemos que eles, de fato, estejam infiltrados no meio do povo de Deus, mas, na condição de “joio”, conforme o Senhor Jesus se referiu na Parábola do trigo e do joio.
·     Outros identificam “as aves do céu” como sendo os gentios, que desde o centurião Cornélio, sua família e seus amigos, continuam encontrando nos “ramos do pé de Mostarda”, um lugar seguro onde podem descansar, após aceitarem o convite de Jesus (Mt.11:28). Os que assim pensam, entendem que, em outras passagens bíblicas em que árvores foram consideradas como reinos, as aves sempre foram identificadas com os povos da Terra. No sonho de Nabucodonosor, o rei foi comparado a uma árvore, e as aves dos céus e os animais do campo que estavam sob esta árvore foram interpretados por Daniel como sendo os povos que estavam sob o domínio babilônico (Dn.4:22). Em Ez.31, a Assíria é comparada a um cedro e as aves do campo que se aninhavam nele aos povos que estavam sob seu domínio (Ez.31:6,12). Por isso, entendem estes que, com relação “às aves do céu” da Parábola, mui provavelmente, isso significa, do ponto de vista simbólico, que os gentios serão recolhidos dentro do reino. Esta é uma interpretação particularmente valiosa aos segmentos que creem que o mundo todo se converterá e só então virá o fim, como é o caso dos amilenistas e dos pós-milenistas na escatologia. É claro que isto vai de encontro aos ensinos das Escrituras Sagradas; um estudo superficial das Escrituras refuta esse falso entendimento.
·     Para nós, entendemos que as “aves do céu”, que são abutres ou aves de rapina, simbolizam o mal e retratam o fato de que a grande Babilônia, representando a igreja apóstata, tornar-se-ia um lugar de descanso de todas as formas de corrupção. Não foi isso que aconteceu a partir de Constantino, e que ainda permeia o cristianismo apóstata? Em Ap.18:2, o apóstolo João narra que a “grande Babilônia”, representando a igreja apóstata, torna-se morada de demônios e esconderijo “de toda ave imunda e aborrecível”. Todavia, chegará o Dia da Ceifa, e todos aqueles que não tiverem dado fruto, porque se desligaram da planta e se recolheram ao conforto e mordomia dos ninhos, não serão colhidos, não serão alojados no Celeiro, mas, juntamente com as “aves”, a quem está destinado o Lago de Fogo e Enxofre (Mt.25:41), sofrerão eternamente (Mt.13:42). Enquanto a “ceifa” não é realizada, o Reino de Deus aceitará, nos seus “ramos”, isto é, na sua comunidade, as “aves do céu”, isto é, os agentes do mal que removem as sementes da Verdade (ver Mt.13:4,19).
2. A Parábola do Fermento (Lc.13:20,21). Se a Parábola da Semente da mostarda fala sobre a expansão do Reino, a Parábola do Fermento fala sobre sua influência incisiva e interna do Reino de Deus.
A Parábola do Fermento diz que a “mulher” toma o fermento e o introduz em três medidas de farinha. Observe que a “mulher” traz consigo o fermento, mas não a farinha. Sua mercadoria é o fermento.
“Disse mais: A que compararei o reino de Deus? É semelhante ao fermento que uma mulher tomou e escondeu em três medidas de farinha, até ficar tudo levedado”.
Segundo alguns intérpretes, a “mulher” representa a Igreja, e o “fermento” é sinal do crescimento do Reino de Deus, simbolizando, aqui, o mesmo que a Semente de mostarda. Porém, não entendemos desta forma. Entendemos que a Parábola do fermento representa o crescimento não sadio do Reino de Deus. Jesus diz que a “mulher” toma o “fermento” e o introduz em “três medidas de farinha”, indicando que havia farinha em abundância, dando a ideia, portanto, de totalidade e desnecessidade de acréscimo de fermento para que houvesse crescimento quantitativo. Observe que no ritual da páscoa judaica, os pães asmos são divididos em três fileiras, que representam todo o povo de Israel: um, representando as tribos de Israel; outro, os levitas, que não tiveram herança no meio do povo; e uma terceira fileira, representando a família de Arão, ou seja, os sacerdotes. As “três medidas de farinha”, portanto, representam a totalidade do povo de Deus, de modo que não haveria o que acrescentar. Portanto, como já estava toda a farinha quando chegou a mulher, vemos que o fermento não representa qualquer crescimento qualitativo.
Nas Escrituras Sagradas, o fermento é considerado tipo da presença do mal ou da impureza. Ele fermenta, desintegra ou corrompe. É empregado para representar o falso ensino e as doutrinas malignas dos fariseus, do saduceus (Mt.16:6,12), e dos herodianos (Mc.8:15). Em 1Co.5:6-8, ele representa a “maldade e malicia”, em contraste com a “sinceridade e verdade” (Gl.5:9). Por isso, muitos entendem que o fermento nesta Parábola refere-se a doutrinas falsas e malignas e à injustiça, que se alojam no atual reino visível de Deus.
Conforme Lucas 13:21, Jesus diz que a mulher tomou o fermento e o “escondeu”, ou seja, misturou de modo a não ser notado. Percebe-se, portanto, que este fermento não pode representar senão a falsa doutrina, senão uma furtiva entrada do maligno no meio do povo de Deus, representando, assim, o mesmo que as “aves do céu” na Parábola da Semente de mostarda.
O fermento não produz um verdadeiro crescimento nas medidas de farinha, mas, sim, um “inchaço”, pois a fermentação nada mais é do que a efervescência gasosa causada pela reação química da ação do fermento, formando áreas ocas e vazias no meio do pão ou do que for fermentado. Áreas vazias nos levam à vaidade, que é a qualidade de ser vazio, e neste processo não há qualquer crescimento verdadeiro, mas apenas uma aparência e nada mais.
Ainda há uma razão para entendermos que a farinha não poderia ser misturada com o fermento. A Bíblia diz que o salvo é uma nova criatura em Cristo Jesus (2Co.5:17: Gl.6:15) e que devemos sempre viver em novidade de vida (Rm.6:4). Ora, o fermento é símbolo da vida velha (1Co.5:7), pois ele se caracteriza por ser uma substância que necessita de tempo para agir, que se desenvolve através do tempo, enfim, está vinculado ao que ficou para trás. Tanto assim é que, na preparação dos pães asmos, os judeus, até hoje, são muito meticulosos, não permitindo que a preparação exceda mais de 18 minutos, a fim de que não se inicie a fermentação da massa.
Assim, o fermento simboliza o velho homem, a natureza decaída e em decomposição, vitimada pelo pecado; portanto, jamais a sua ação poderia ser considerada como algo salutar e apreciável no meio do povo de Deus.
O povo de Deus traz as “boas novas”, isto é, o evangelho, e sua ação não pode ser assemelhada ao fermento, cujo pseudo-crescimento se dá mediante a decomposição, a decadência. Não nos esqueçamos de que os levedos, que causam a fermentação, são espécies de cogumelos, são seres decompositores.
Vemos, portanto, que, nesta Parábola do Fermento, assim como na da Semente de Mostarda, Jesus nos ensina que o crescimento do Reino de Deus aparecerá a todos, mas, em virtude deste mesmo crescimento, serão introduzidos falsos ensinos, falsas doutrinas no meio do povo de Deus, que gerará, no meio dele, distorção, corrupção e vaidade. Devemos permanecer sem mistura com o pecado, pois só os que forem “asmos” de sinceridade e de verdade herdarão o Reino dos céus.
Este Fermento do mal se espalhará em todos os setores da Obra de Deus. Ele se acha:
  • No modernismo, no liberalismo religioso e na Teologia da Libertação, que exaltam o raciocínio humano acima da autoridade das Escrituras(cf. Mt.22:23,29).
  • No mundanismo e práticas imorais permitidos por certas igrejas e seus líderes (cf. Ap.cap.2 e 3). 
  • Na busca da fama ou do poder dentro da igreja, por homens que se preocupam mais com suas próprias ambições do que com a glória de Deus (cf. Mt.23).
  • Nas falsas doutrinas (cf. Gl.1:9).
  • Nos falsos mestres (cf. Mt.24:11,24).
  • Nos cristãos nominais, que nunca nasceram de novo (cf. Mt.23; Jd.12-19).
No início do fim de todas as coisas, esses males se infiltrarão na Obra de Deus com maior intensidade, através das denominações das igrejas locais, dos institutos bíblicos, das faculdades de teologia, dos seminários e dos ministérios – todos liberais, até o ponto de o evangelho apostólico do Novo Testamento e a vida santificada ser coisas raras de se ver.
Todo cristão deve tomar cuidado para que o fermento do mal não afete sua vida. O segredo da vitória contra isso consiste em sempre olhar para Jesus com fé (Hb.12:2,15; Tt.2:13), em desprezar as coisas do mundo (1João 2:15-17; Tg.1:27), em permanecer na Palavra de Deus (João 15:7; Tg.1:21), aguardar a volta de Cristo a qualquer momento (Lc.12:35-40), em constantemente ouvir e obedecer à voz do Espírito Santo (Rm.8:12-14; Gl.5:16-18), em estar disposto a sofrer com Cristo (Rm.8:17) e por Cristo (Fp.1:29), em lutar contra as formas do mal (1Co.10:6; 1Ts.5:15; 1Pd.3:11), em defender o evangelho (Fp.1:17), e em revestir-se de toda a armadura de Deus (Ef.6:11-18).
II. A EXPANSÃO DO REINO DE DEUS
Existe um entendimento comum, ou um consenso de que, ao propor a Parábola da Semente de mostarda, o Senhor Jesus quis revelar como aconteceria a expansão do Reino de Deus, ou, como seria o crescimento de Sua Igreja, que foi fundada no calvário, inaugurada no Pentecostes, e que, hoje, está em toda a Terra, mas que, em breve estará no Céu. Esta Igreja teve um início revestido de muita humildade, sem qualquer aparência exterior, quase imperceptível aos olhos dos homens, ou à semelhança “de uma semente de mostarda que um homem, pegando dele, semeou no seu campo”.
O Semeador, que saiu a semear, não era um professor, um pós-graduado numa Universidade famosa como a nossa USP, a Sorbone dos franceses, a Harvard dos americanos, ou nem mesmo numa famosa daquela época, situada em Roma, em Alexandria, ou em Jerusalém; pelo contrário, o Semeador, diante dos mestres de Israel, dos escribas, dos fariseus, dos sacerdotes, do ponto de vista humano, era como “uma semente de mostarda”, pois era apenas um jovem carpinteiro que cresceu, trabalhou e estudou na humilde aldeia de Nazaré, na Galileia, de onde, segundo observou Natanael, “alguma coisa boa” não podia vir (João 1:46).
O Semeador por ser semelhante à semente de mostarda, um filho de carpinteiro, e carpinteiro, que nunca tinha estudado numa escola famosa, quando pela primeira vez ensinou na sinagoga de sua cidade, embora seus conterrâneos se maravilhassem “das palavras de graça que saiam de sua boca”, o discriminaram, e não aceitaram seu ensino, dizendo: “não é este o filho de José?”, e levantando-se o expulsaram da cidade e o levaram até o cume do monte em que a cidade deles estava edificada, para dali o precipitarem”(Lc.2:22-29). Contudo, a “Semente de mostarda” cresceu, fez-se árvore, estendeu “seus ramos”, alcançou toda a Terra, e é hoje esta “Igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível”(Ef.5:27).
Três verdades nos chamam a atenção nesta Parábola (Adaptado do Livro “Lucas”, de Hernandes Dias Lopes).
1. O Reino de Deus começou de forma humilde e despretensiosa. A semente da mostarda é um símbolo proverbial daquilo que é pequeno e insignificante. Era a menor semente das hortaliças (Mc.4:31). Foi usada para representar uma fé pequena e fraca (Lc.17:6). A Igreja, agente do Reino de Deus, começou pequena e fraca em seu berço; o Reino chegou com um bebê deitado numa manjedoura. Jesus nasceu em uma família pobre, numa cidade pobre, e cresceu como Filho de um carpinteiro pobre. Ele não tinha onde reclinar a cabeça. Seus apóstolos eram homens iletrados. O Messias foi entregue nas mãos dos homens, preso, torturado e crucificado entre dois criminosos. Seus próprios discípulos o abandonaram. A mensagem da cruz era escândalo para os judeus e loucura para os gentios. Em todas as coisas do Reino, o mundo vê as marcas da fraqueza. Aos olhos do mundo, o começo da Igreja reveste-se de consumada fraqueza.
2. Grandes resultados desenvolvem-se a partir de pequenos começos (Lc.13:19). A Parábola do grão de mostarda é a história dos contrastes entre um começo insignificante e um desfecho surpreendente, entre o oculto hoje e o revelado amanhã. Grandes rios surgem em pequenas nascentes de água; o carvalho forte e alto cresce a partir de uma pequena noz. O Reino de Deus é como tal semente: seu tamanho atual e sua aparente insignificância não são, de modo algum, indicadores de sua consumação, a qual abrangerá todo o universo.
A Igreja cresceu a partir do Pentecostes de forma exponencial. Aos milhares, os corações iam se rendendo à mensagem do evangelho. Os corações duros eram quebrados. Doutores e analfabetos capitulavam diante do poder da Palavra de Deus. A Igreja expandiu-se por toda a Ásia, África e Europa. O Império Romano, com a sua força, não pôde deter o crescimento da Igreja. As fogueiras e as crucificações não puderam destruir o entusiasmo dos cristãos. As prisões não intimidaram os discípulos de Cristo que, por todas as partes, preferiram morrer a blasfemar. Os cristãos preferiam o martírio à apostasia.
A Igreja continua ainda crescendo em todo o mundo. De todos os continentes, aqueles que confessam o Senhor Jesus vão se ajuntando a essa grande família, a esse imenso rebanho, a essa incontável hoste de santos.
O Reino de Deus é como uma pedra que quebra rodos os outros reinos e enche toda a Terra como as águas cobrem o mar. Observe que quarenta anos depois da morte e ressurreição de Cristo, o evangelho tinha chegado a todos os grandes centros do mundo romano. Desde aquele tempo, ele continua se expandindo e ganhando pessoas de todas as raças e nações. É a expansão do Reino de Deus em evidência.
3. Não despreze os pequenos começos. Como já dissemos, a Igreja teve um inicio revestido de muita humildade, sem qualquer aparência exterior, quase imperceptível aos olhos dos homens, ou à semelhança “de um grão de mostarda que um homem, pegando dele, semeou no seu campo”. Contudo, apesar de um começo sem “toques de trombetas”, tal como uma hortaliça, a Igreja teria um rápido crescimento, da mesma forma que o pé de mostarda que “...crescendo é a maior das plantas e faz-se uma árvore”; visto que embora sendo uma hortaliça, chega a atingir até quatro metros de altura. Paulo escreve em uma de suas epístolas que Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias; Deus escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as forte; Deus escolheu as coisas vis deste mundo, as desprezíveis, e as que não são para aniquilar as que são (1Co;1:27,28).
Convém lembrar que os padrões de Deus são diferentes dos nossos. Para Deus, não há coisa pequena nem grande; para Deus, os pequenos começos têm a mesma dimensão dos grandes começos; para Deus, o nada é a sua principal matéria prima para realização de grandes feitos; foi do nada que Ele criou os céus e a Terra.
Nos desperta a pergunta levantada pelo profeta Zacarias: "[...] quem despreza o dia das coisas pequenas?" (Zc.4:10). Veja alguns exemplos notáveis: Gideão com poucos homens venceu um grande exército (Jz.7:6,12); Sansão com uma queixada de jumento matou mil (Jz.15:14,15);Josafá venceu um grande exército tocando instrumentos (1Cr.20:2); Davi, ainda moço, matou Golias com uma pequena pedra (1Sm.17:49,50); um pequeno prumo na mão de Zorobabel foi o suficiente para dar inicio a uma grande obra (Zc.4:10); Elias, na casa da viúva em Sarepta, alimentou uma família e ele mesmo com pouca farinha e pouco azeite (1Rs.17:10-16); dívida alta foi paga com um pouco de azeite (2Rs.4:1-7); vinte pães alimentaram cem homens (2Rs.4:41,32); a pequena moeda depositada pela viúva no ofertório foi a maior (Mc.12:41-44); uma multidão faminta foi alimentada com cinco pães e dois peixinhos (Mt.4:17). Portanto, “não julgueis segundo a aparência” (João 7:24); “nada julgueis antes do tempo” (1Co.4:5).
III. QUEM PARTICIPA DO REINO DE DEUS?
Não se entra no Reino de Deus de qualquer forma, é necessário ser discípulo do Rei Jesus. É preciso ser discípulo de Cristo (Mc.8:34-38) para participar do Reino de Deus. Todavia, o tema do discipulado tem sido esquecido em muitas igrejas locais na atualidade. Mas, se prestarmos atenção à chamada Grande Comissão, temos o mandamento de "fazer discípulos" (Mt.8:19,20). Enfim, no final de todas as coisas, quando Rei Jesus selar as portas do seu Reino, somente os discípulos de Cristo entrarão nele.
1. Quem toma uma decisão. Para participar do Reino de Deus é preciso pagar o preço do discipulado, é preciso tomar uma grande decisão: negar-se a si mesmo e tomar a sua cruz.Multidões que seguiam a Jesus estavam apenas atrás de milagres e prazeres terrenos, e não estavam dispostas a trilhar o caminho da renúncia nem pagar o preço do discipulado. Porém, Jesus “chamando a si a multidão, com os seus discípulos, disse-lhes: Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome a sua cruz, e siga-me” (Mc.8:34).
Jesus exige dos seus seguidores espírito de renúncia e sacrifício. Jesus nunca tratou de subornar os homens oferecendo-lhes um caminho fácil. Não lhes ofereceu amenidades, ofereceu-lhes glória. Veja no texto em epígrafe que o discipulado é uma proposta oferecida a todos indistintamente. Jesus dirige-se não apenas aos discípulos, mas também à multidão. O discipulado não é apenas para uma elite espiritual, mas para todos quantos quiserem seguir a Cristo.
Então, para tomar uma decisão de entrar no Reino de Deus é necessário abraçar o caminho da cruz. Ao longo da jornada, certamente, haverá várias tentativas para afastar você de Jesus, do caminho. Foram várias as tentativas para afastar Jesus da cruz: Satanás o tentou no deserto; a multidão quis fazê-lo rei e; Pedro tentou reprová-lo. Mas, Jesus rechaçou todas essas propostas com veemência. Assim, também, devemos agir. Fuja do pecado, mas não fuja do caminho certo. Pelo contrário, cada dia, tome a sua cruz, renuncie os prazeres deste mundo, e siga a Jesus, com resiliência, pois, só os fortes, os resilientes, participarão do Reino de Deus.
Muitos querem apenas o glamour do evangelho, mas não a cruz. Querem os milagres, mas não a renúncia. Querem prosperidade e saúde, mas não arrependimento. Querem o paraíso na Terra e não a bem-aventurança no Céu. Jesus falou que o homem que vai construir uma torre sem calcular o custo ou o general que vai a uma guerra sem avaliar com quantos soldados deve contar é uma pessoa tola. Precisamos calcular o preço do discipulado, ele não é barato.
2. Quem tem uma relação pessoal com Jesus. Para se ter uma relação pessoal com Jesus é preciso negar-se a si mesmo; e negar-se a si mesmo é permitir que Jesus reine supremo onde o ego tinha previamente exercido controle total; é necessário, de fato, ser seu seguidor. Jesus só tem uma espécie de seguidor: discípulos. Ser discípulo de Cristo não é abraçar simplesmente uma doutrina, é seguir uma Pessoa, é seguir a Pessoa de Cristo para o caminho do sofrimento, é abraçar a vereda do sacrifício, mas, o fim é glorioso: a vitória.
Jesus ordenou a sua Igreja a fazer discípulos e não admiradores. Ser discípulo não é ser um admirador de Cristo, mas um seguidor. Um verdadeiro discípulo segue as pegadas de Cristo (1Pd.2:21). Assim como Cristo escolheu o caminho da cruz, o discípulo precisa seguir a Cristo não para o sucesso, mas para o calvário. Não há Céu sem renúncia nem coroa sem cruz. Essa cruz não é uma doença, um inimigo, uma fraqueza, uma dor, um filho rebelde, um casamento infeliz; não é a exigência da flagelação e da renúncia ao casamento. Essa cruz fala da nossa disposição de morrer para nós mesmos, para os prazeres e deleites; é considerar-se morto para o pecado e andar com um atestado de óbito no bolso.
3. Quem tem uma caminhada dinâmica com Cristo. O discipulado é um convite para uma caminhada dinâmica com Cristo – “e siga-me” (Mc.8:34). Este desafio nos é exigido todos os dias, em nossas escolhas, decisões, propósitos, sonhos e realizações. Seguir a Cristo é imitá-lo, é fazer o que Ele faria em nosso lugar, é amar o que Ele ama e aborrecer o que Ele aborrece, é viver a vida na sua perspectiva, é crer nele (João 3:16), é caminhar em seus passos (1Pd.2:21) e obedecer ao seu comando (João 15:14), por gratidão pela salvação nele (Ef.4:32-5:1). Paulo reafirmou esse processo de conformar-se com Cristo na sua morte (Fp.3:10). Ele sabia que não se pode ter Jesus no coração sem carregar uma cruz nas costas.
Para ter uma caminhada dinâmica com Cristo o discípulo precisa conhecer a necessidade da renúncia. Observe o que Jesus disse:
“Porque qualquer que quiser salvar a sua vida perdê-la-á, mas qualquer que perder a sua vida por amor de mim e do evangelho, esse a salvará” (Mc.8:35).
O que Jesus está dizendo é que o discipulado implica no maior paradoxo da existência humana. Os valores de um discípulo estão invertidos: ganhar é perder e perder é ganhar. O discípulo vive num mundo de ponta-cabeça. Para ele ser grande é ser servo de todos; ser rico é ter a mão aberta para dar; ser feliz é renunciar aos prazeres do mundo. Satanás promete a você glória, mas no fim lhe dá sofrimento.
Vivemos numa sociedade embriagada pelo hedonismo. As pessoas estão ávidas pelo prazer. Elas fumam, bebem, dançam, compram, vendem, viajam, experimentam drogas e fazem sexo na ânsia de encontrar felicidade. Contudo, depois que experimentam todas as taças dos prazeres, percebem que não havia aí o ingrediente da felicidade. Salomão buscou a felicidade no vinho, nas riquezas, nos prazeres e na fama e viu que tudo era vaidade (Ec.2:1-11). Cristo oferece a você uma cruz, mas no fim lhe oferece uma coroa e o conduz à glória, à vida eterna com Ele no Céu de glória.
O homem natural não entende as coisas de Deus e as vê como loucura; ele considera tolo aquele que renuncia as riquezas e prazeres desta vida para buscar uma herança eterna através da renúncia. Mas Jesus disse que “qualquer que quiser salvar a sua vida perdê-la-á”. Somos chamados para assegurar os interesses do Reino e, para isso, muitas vezes, temos de deixar de lado os interesses egoístas e a aparente segurança terrena.
CONCLUSÃO
A Parábola da Semente da Mostarda nos apresenta a realidade de que o Reino de Deus teve um início insignificante e, desde então, cresce assustadoramente, e é bastante visível aos olhos do mundo; entendido o mundo aqui como sendo aqueles que ainda não entraram no Reino de Deus, que não nasceram da água e do Espírito (cfr. João 3:5).  As pessoas que estão “do lado de fora” do Reino apenas percebem o crescimento da Mostarda, verificam a grandeza de seus “Ramos” e a sua qualidade de trazer sombra (Mc.4:32) aos que estão desalojados, sem rumo nem direção. Os servos do Senhor são os grandes “ramos” da mostarda, “ramos” que são vistos e percebidos como pessoas que estão em um abrigo, que estão debaixo da sombra do Onipotente e desfrutam do Seu descanso (cfr. Sl.91:1).
A Mostarda cresceu muito, já é um grande arbusto, e está chegando a hora da colheita; e quando chegar a ceifa, as “aves”, certamente, baterão em retirada, levando consigo todos aqueles que não tiverem dado fruto, porque se desligaram da planta e se recolheram ao conforto e mordomia dos ninhos. Estes não serão colhidos, não serão alojados no celeiro, mas, juntamente com as aves, serão destinados ao lago de fogo e enxofre (Mt.25:41), e sofrerão eternamente (Mt.13:42).
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FONTE: Luciano de Paula Lourenço

quinta-feira, 11 de outubro de 2018

2ª lição do 4º trimestre de 2018:PARA OUVIR E ANUNCIAR A PALAVRA DE DEUS

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TEXTO BASE: MARCOS 4:3-20
"MAS O QUE FOI SEMEADO EM BOA TERRA É O QUE OUVE E COMPREENDE A PALAVRA; E DÁ FRUTO, E UM PRODUZ CEM, OUTRO, SESSENTA, E OUTRO, TRINTA" (MT.13:23).
INTRODUÇÃO
A PARTIR DESTA LIÇÃO, ESTAREMOS ESTUDANDO ALGUMAS PARÁBOLAS PROFERIDAS PELO MESTRE JESUS.
NESTA LIÇÃO, VAMOS ESTUDAR A RESPEITO DA PARÁBOLA DO SEMEADOR, QUE É CONTADA NOS EVANGELHOS SINÓTICOS (CF. MT.13:1-9; MC.4:3-9; E LC.8:4-8).
O PRÓPRIO JESUS EXPLICOU O SIGNIFICADO DA PARÁBOLA. É UM DOS CASOS DE INTERPRETAÇÃO AUTÊNTICA.
LOGO, PARA COMPREENDERMOS QUAL O SENTIDO DA ATINENTE PARÁBOLA, DEVEMOS NOS CIRCUNSCREVER APENAS AO QUE JESUS ENSINOU. PRECISAMOS APENAS DE APLICAÇÃO E NÃO DE EXPLICAÇÃO.
- NELA, JESUS MOSTRA, CLARAMENTE, O QUE É O PROCESSO DA SALVAÇÃO E A PARTICIPAÇÃO DIVINA E HUMANA CORRESPONDENTES.
- NELA, JESUS CONTA COMO O EVANGELHO SERÁ RECEBIDO NO MUNDO.
TRÊS VERDADES PODEM SER APREENDIDAS NESTA PARÁBOLA:
a)   A CONVERSÃO E A FRUTIFICAÇÃO ESPIRITUAL DEPENDEM DE COMO A PESSOA SE PORTA ANTE A PALAVRA DE DEUS.
b)  HAVERÁ DIFERENTES REAÇÕES ANTE O EVANGELHO, DA PARTE DO MUNDO:
·        UNS OUVIRÃO, MAS NÃO ENTENDERÃO (MT.13:19).
·        UNS CRERÃO, MAS DEPOIS SE DESVIARÃO (MC.4:16-19).
·        UNS PERSEVERARÃO E FRUTIFICARÃO EM DIFERENTES PROPORÇÕES (MC.4:20).
c)   OS INIMIGOS DA PALAVRA DE DEUS SÃO: SATANÁS; OS CUIDADOS DESTE MUNDO; AS RIQUEZAS E OS PRAZERES PECAMINOSOS DESTA VIDA (MC.4:19; LC.8:14).
I. INTERPRETAÇÃO DA PARÁBOLA DO SEMEADOR
A INTERPRETAÇÃO DA PARÁBOLA DO SEMEADOR ENCONTRA-SE REGISTRADA EM MT.13:18-23, MC.4:14-20 E LC.8:11-15.
JESUS FALOU SOBRE SEIS VERDADES FUNDAMENTAISNESTA PARÁBOLA: O SEMEADOR, A SEMENTE, O SOLO, ASEMEADURA, O CRESCIMENTO E A COLHEITA.
ESTA É A PARÁBOLA PROFERIDA POR JESUS (MT.13:3-8):
3. E FALOU-LHE DE MUITAS COISAS POR PARÁBOLAS, DIZENDO: EIS QUE O SEMEADOR SAIU A SEMEAR.
4. E, QUANDO SEMEAVA, UMA PARTE DA SEMENTE CAIU AO PÉ DO CAMINHO, E VIERAM AS AVES E COMERAM-NA;
5. E OUTRA PARTE CAIU EM PEDREGAIS, ONDE NÃO HAVIA TERRA BASTANTE, E LOGO NASCEU, PORQUE NÃO TINHA TERRA FUNDA.
6. MAS, VINDO O SOL, QUEIMOU-SE E SECOU-SE, PORQUE NÃO TINHA RAIZ.
7. E OUTRA CAIU ENTRE ESPINHOS, E OS ESPINHOS CRESCERAM E SUFOCARAM-NA.
8. E OUTRA CAIU EM BOA TERRA E DEU FRUTO: UM, A CEM, OUTRO, A SESSENTA, E OUTRO, A TRINTA.
ESTA É A INTERPRETAÇÃO PROFERIDA POR JESUS (MATEUS 13:18-23):
18. ESCUTAI VÓS, POIS, A PARÁBOLA DO SEMEADOR.
19. OUVINDO ALGUÉM A PALAVRA DO REINO E NÃO A ENTENDENDO, VEM O MALIGNO E ARREBATA O QUE FOI SEMEADO NO SEU CORAÇÃO; ESTE É O QUE FOI SEMEADO AO PÉ DO CAMINHO;
 20. PORÉM O QUE FOI SEMEADO EM PEDREGAIS É O QUE OUVE A PALAVRA E LOGO A RECEBE COM ALEGRIA;
 21. MAS NÃO TEM RAIZ EM SI MESMO; ANTES, É DE POUCA DURAÇÃO; E, CHEGADA A ANGÚSTIA E A PERSEGUIÇÃO POR CAUSA DA PALAVRA, LOGO SE OFENDE;
 22. E O QUE FOI SEMEADO ENTRE ESPINHOS É O QUE OUVE A PALAVRA, MAS OS CUIDADOS DESTE MUNDO E A SEDUÇÃO DAS RIQUEZAS SUFOCAM A PALAVRA, E FICA INFRUTÍFERA;
 23. MAS O QUE FOI SEMEADO EM BOA TERRA É O QUE OUVE E COMPREENDE A PALAVRA; E DÁ FRUTO, E UM PRODUZ CEM, OUTRO, SESSENTA, E OUTRO, TRINTA.
ESTA PARÁBOLA É A PORTA DE ENTRADA PARA O ENTENDIMENTO DAS DEMAIS PARÁBOLAS, É UMA ESPÉCIE DE CHAVE HERMENÊUTICA PARA O ENTENDIMENTO DAS OUTRAS PARÁBOLAS.
QUEM NÃO COMPREENDER SUA MENSAGEM NÃO PODERÁ ALCANÇAR O SIGNIFICADO ESPIRITUAL DAS OUTRAS. ELA PRECISA APENAS DE APLICAÇÃO E NÃO DE EXPLICAÇÃO.
1. A IMPORTÂNCIA EM COMPREENDER A PARÁBOLA.
ESTA PARÁBOLA NOS LEVA A TRÊS SOLENES REFLEXÕES:
·        PRIMEIRO, NÃO DEVEMOS SUBESTIMAR AS FORÇAS OPOSITORAS À SEMEADURA.
JESUS COMEÇOU DIZENDO QUE PRECISAMOS OUVIR E TERMINOU DIZENDO QUE QUEM TEM OUVIDOS, QUE OUÇA (Mt.13:9). O DIABO, O MUNDO E A CARNE SE ARMAM PARA IMPEDIR A CONVERSÃO DOS PECADORES.
·        SEGUNDO, NÃO DEVEMOS SUPERESTIMAR AS RESPOSTAS IMEDIATAS.
AS APARÊNCIAS ENGANAM. NEM TODA PESSOA QUE DIZ SENHOR, SENHOR, ENTRARÁ NO REINO DOS CÉUS. MUITAS PESSOAS VÃO ADERIR À FÉ CRISTÃ, MAS SEM CONVERSÃO.
·        TERCEIRO, NÃO DEVEMOS SUBESTIMAR O PODER DA PALAVRA.
A VERDADE É TÃO PODEROSA QUE ATÉ NOS TERRENOS PEDREGOSOS E ESPINHENTOS ELA NASCE E NO BOM SOLO PRODUZ A TRINTA, A SESSENTA E A CEM POR UM.
A PALAVRA NÃO VOLTA VAZIA. QUEM SAI ANDANDO E CHORANDO ENQUANTO SEMEIA, VOLTARÁ COM JÚBILO TRAZENDO OS SEUS FEIXES (Sl.126:6).
2. OS ELEMENTOS QUE CONSTITUEM A PARÁBOLA: O SEMEADOR, A SEMENTE E O SOLO.
A) O SEMEADOR.
NOTE QUE A PRIMEIRA PERSONAGEM DA PARÁBOLA É O SEMEADOR.
DIZ, NO INTROITO DA PARÁBOLA, QUE O SEMEADOR SAIU A SEMEAR E, O QUE É INTERESSANTE, NEM SEQUER FAZ QUALQUER REFERÊNCIA AO SEMEADOR NA EXPLICAÇÃO DA PARÁBOLA.
NO ENTANTO, SE BEM ANALISARMOS A PARÁBOLA, VEREMOS QUE O SEMEADOR, EMBORA NÃO TENHA SIDO EXPLICADO PELO SENHOR NA INTERPRETAÇÃO, É UMA FIGURA FUNDAMENTALEM TODA A HISTÓRIA, TÃO FUNDAMENTAL QUE NÃO CARECE DE QUALQUER EXPLICAÇÃO.
SEM O SEMEADOR, NÃO HAVERIA COMO A SEMENTE ATINGIR CADA UM DOS TERRENOS MENCIONADOS NA PARÁBOLA.
CERTAMENTE, O SEMEADOR REPRESENTA O PRÓPRIO JESUS, QUE LEVA A SEMENTE, QUE É A PALAVRA DE DEUS.
JESUS NÃO PRECISAVA EXPLICAR QUEM ELE ERA, POIS ELE MESMO ALI ESTAVA E, DESDE O INÍCIO, ESTAVA PREGANDO A RESPEITO DA CHEGADA DO REINO DE DEUS.
ELE É O EXEMPLO MAIOR PARA OS QUE SEMEIAM SUA PALAVRA.
B) A SEMENTE.
A SEMENTE, DIZ-NOS JESUS, É A PALAVRA DO REINO, É A PALAVRA DE DEUS (MT.13:19A).
O TRABALHO DO SEMEADOR É LEVAR A SEMENTE, QUE É A PALAVRA DO REINO, QUE É O EVANGELHO.
NÃO ESTAMOS AQUI NESTE MUNDO PARA PREGAR COSTUMES, DOUTRINAS DE HOMENS, CONCEITOS FILOSÓFICOS, TESES TEOLÓGICAS, TEORIA DA PROSPERIDADE MATERIAL, POSITIVISMO. NÃO E NÃO! ESTAMOS AQUI PARA SEMEAR, PARA LEVAR A PALAVRA DO REINO, A PALAVRA DE DEUS.
MUITOS, NOS NOSSOS DIAS, SE PREOCUPAM EM PREGAR UM BELO E ELOQUENTE SERMÃO, EM DEMONSTRAR ERUDIÇÃO,CONHECIMENTO FILOSÓFICO, TEOLÓGICO, ATUALIZAÇÃO E PROFUNDIDADE NO SABER HUMANO, MAS NADA DISTO É NECESSÁRIO.
DEVEMOS APENAS SEMEAR, OU SEJA, LEVAR A PALAVRA DE DEUS PARA OS MAIS DIVERSOS TERRENOS EXISTENTES, DEFORMA SIMPLES E DESCOMPLICADA.
A MENSAGEM DE JESUS ERA CLARA, SUCINTA E OBJETIVA:“O TEMPO ESTÁ CUMPRIDO E O REINO DE DEUS ESTÁ PRÓXIMO. ARREPENDEI-VOS E CREDE NO EVANGELHO” (MC.1:15).
C) O SOLO.
AGORA, JESUS EXPLICA AOS DISCÍPULOS A RESPEITO DO SOLOMENCIONADO NA PARÁBOLA, ONDE O SENHOR SE DETÉM UM POUCO MAIS EM SEU ENSINO.
SE JESUS NADA FALA SOBRE O SEMEADOR E POUCO FALA SOBRE A SEMENTE, É NO SOLO QUE IRÁ CONCENTRAR A SUA INTERPRETAÇÃO, POIS AS PESSOAS QUE OUVEM A JESUSSÃO COMPARADAS COM VÁRIOS TIPOS DE SOLOS (LC.8:5-8).
PARA AQUELES QUE FORAM GERADOS NUM SOLO FÉRTIL,PRECISAM DESENVOLVER SUAS RAÍZES CADA VEZ MAIS PROFUNDO, POR MEIO DA ORAÇÃO E DO ESTUDO DA PALAVRA DE DEUS.
TEMPOS DIFÍCEIS VIRÃO, E SOMENTE AQUELES QUE TIVEREM DESENVOLVIDO SUAS RAÍZES ABAIXO DA SUPERFÍCIE,SOBREVIVERÃO.
O CRENTE TEM QUE SER COMO O BAMBU: SUAS RAÍZES SÃO PROFUNDAS, RESISTE A QUALQUER TEMPESTADE; SE ENVERGA, MAS NÃO SE QUEBRA.
3. OS DIFERENTES TIPOS DE SOLOS INFRUTÍFEROS.
AS PESSOAS QUE OUVEM A PALAVRA DE DEUS SÃO COMPARADAS COM VÁRIOS TIPOS DE SOLOS (LC.8:5-8). OSRESULTADOS SÃO BEM DIFERENTES EM CADA UM.
A SEMEADURA DEVE SER FEITA EM TODOS OS SOLOS, POIS NÃO CABE AO SEMEADOR FAZER ESCOLHA.
NO INÍCIO PODE HAVER A IMPRESSÃO DE UMA PROFÍCUA SEMEADURA, PORÉM, PODE ACONTECER QUE NO DECORRER DO TEMPO NÃO SE COLHA OS FRUTOS ESPERADO.
A PARÁBOLA DO SEMEADOR REVELA POR QUE JESUS NÃO SE IMPRESSIONAVA COM AS MULTIDÕES QUE O SEGUIAM.
A MAIORIA DAQUELAS PESSOAS QUE SEGUIA A CRISTO NÃO PRODUZIRIAM FRUTOS DIGNOS DE ARREPENDIMENTO.
O CORAÇÃO DELAS ERA UMA ESPÉCIE DE SOLO INFRUTÍFERO, SOLO POBRE.
NA PARÁBOLA, O SEMEADOR PLANTOU A SEMENTE EM QUATRO TIPOS DE SOLOS DIFERENTES. COMO ERA DE ESPERAR, OS RESULTADOS FORAM DIFERENTES EM CADA CASO.
SOLO
RESULTADO
À BEIRA DO CAMINHO BATIDO.
SEMENTE COMIDA PELOS PÁSSAROS.
UMA CAMADA FINA DE TERRA SOBRE DEPÓSITOS DE ROCHA.
A SEMENTE GERMINOU RAPIDAMENTE, MAS SEM RAIZ; QUEIMOU-SE PELO SOL E SECOU-SE.
SOLO INFESTADO POR ESPINHOS.
A SEMENTE GERMINOU, MAS O CRESCIMENTO FOI IMPOSSÍVEL POR CAUSA DOS ESPINHOS.
BOM SOLO.
A SEMENTE GERMINOU, CRESCEU E DEU UMA COLHEITA: ALGUMAS HASTES PRODUZIRAM CEM, ALGUMAS SESSENTA, ALGUMAS TRINTA.
VEJA, A SEGUIR, OS TRÊS TIPOS DE SOLOS INFRUTÍFEROS.
A) SOLO “À BEIRA DO CAMINHO”(MT.13:4,19).
“E, QUANDO SEMEAVA, UMA PARTE DA SEMENTE CAIU AO PÉ DO CAMINHO, E VIERAM AS AVES E COMERAM-NA; OUVINDO ALGUÉM A PALAVRA DO REINO E NÃO A ENTENDENDO, VEM O MALIGNO E ARREBATA O QUE FOI SEMEADO NO SEU CORAÇÃO; ESTE É O QUE FOI SEMEADO AO PÉ DO CAMINHO”.
A SEMENTE QUE CAIU À BEIRA DO CAMINHO REPRESENTA, CONFORME INTERPRETA JESUS (MT.13:19), A PALAVRA QUE FOI OUVIDA, MAS NÃO FOI ENTENDIDA, DE MODO QUE OMALIGNO VEM E ARREBATA O QUE FOI SEMEADO NO CORAÇÃO DO OUVINTE.
O MALIGNO É REPRESENTADO PELAS AVES QUE COMERAM A SEMENTE.
LUCAS AINDA INFORMA QUE A SEMENTE FOI PISADA ANTES DE SER COMIDA PELAS AVES DO CÉU (LC.8:5).
O ENSINO DE JESUS MOSTRA-NOS QUE A PALAVRA DE DEUS DEVE SER ENTENDIDA POR QUEM A OUVE.
PARA QUE ALGUÉM POSSA ENTENDER A PALAVRA DE DEUS, É NECESSÁRIO QUE CONCORRAM DOIS FATORES:
- EM PRIMEIRO LUGAR, QUE A PALAVRA SEJA TRANSMITIDA DE MODO QUE SEJA COMPREENDIDA.
- EM SEGUNDO LUGAR, QUE A PESSOA QUE A OUVE QUEIRA COMPREENDER, ASSIM COMO HAVIA O DESEJO DOS DISCÍPULOS DE CRISTO EM ENTENDER O SIGNIFICADO DAS PARÁBOLAS.
B) SOLO COM PEDREGAIS (MT.13:5,6).
“E OUTRA PARTE CAIU EM PEDREGAIS, ONDE NÃO HAVIA TERRA BASTANTE, E LOGO NASCEU, PORQUE NÃO TINHA TERRA FUNDA. MAS, VINDO O SOL, QUEIMOU-SE E SECOU-SE, PORQUE NÃO TINHA RAIZ”.
A SEMENTE QUE CAIU SOBRE PEDREGAIS (OU SOBRE PEDRA, NA LINGUAGEM DE LUCAS) REPRESENTA AQUELE QUE, TENDO ENTENDIDO A PALAVRA, ACEITA O EVANGELHO, MAS, COMO NÃO TEM RAIZ EM SI MESMO, AO SURGIR A PERSEGUIÇÃO, QUE É REPRESENTADO PELO SOL NA PARÁBOLA, NÃO RESISTE E MORRE.
OBSERVE QUE, NESTE CASO, A SEMENTE GERMINOU, OU SEJA,A VIDA SURGIU, HOUVE EFETIVA SALVAÇÃO.
TODAVIA, A SALVAÇÃO, COMO NOS ENSINA ESTA PARÁBOLA,PODE MORRER, AO CONTRÁRIO DAQUELES QUE DEFENDEM A IDEIA DE QUE “UMA VEZ SALVO, SALVO PARA SEMPRE”.
JESUS DIZ QUE O PECADOR RECEBEU A PALAVRA E, MAIS, RECEBEU-A COM ALEGRIA, TANTO QUE A PLANTINHA GERMINOU, PORÉM, MORREU.
ISTO QUER NOS ENSINAR QUE A SALVAÇÃO NÃO DEPENDE APENAS DO NOVO NASCIMENTO, É NECESSÁRIO TER RAÍZES PROFUNDAS, TER SUSTENTABILIDADE.
NA VIDA ESPIRITUAL, É NECESSÁRIO QUE HAJA MATURIDADE, CRESCIMENTO, FIRMEZA.
QUEM ESTÁ EM CRISTO, É UMA NOVA CRIATURAMAS UMA CRIATURA QUE PRECISA CRESCER ATÉ CHEGAR A ESTATURA DE “VARÃO PERFEITO’, ATÉ ATINGIR A ESTATURA COMPLETA DE CRISTO, OU SEJA, SEMPRE, JÁ QUE ISTO É IMPOSSÍVEL DE SER ALCANÇADO AQUI NA TERRA.
JESUS DISSE QUE A SEMENTE GERMINOU, SURGIU UMA PEQUENA PLANTA, PORÉM, NÃO TEVE PARA ONDE CRESCER.
O TERRENO ERA PEDREGOSO, OU SEJA, NÃO TINHA TERRAQUE PERMITISSE A FORMAÇÃO DE RAÍZES QUE SUSTENTASSEM UM CRESCIMENTO.
A PEDRA FALA-NOS DE RESISTÊNCIA, DE DUREZA, DE ALGO SEM VIDA.
SE, NA NOSSA VIDA COM CRISTO, NÃO DEIXAMOS QUE O SENHOR ESMIÚCE A PENHA (JR.23:29), OU SEJA, ESMAGUE A PEDRA QUE É O NOSSO EU, A NOSSA AUTOSSUFICIÊNCIA, O TERRENO FICARÁ PEDREGOSO E NÃO PODEREMOS CRESCERESPIRITUALMENTE. O RESULTADO É QUE, QUANDO VIER A PROVAÇÃO, A ADVERSIDADE, NÃO RESISTIREMOS EMORREREMOS.
A FALTA DE CRESCIMENTO FAZ COM QUE O CRENTE NÃO RESISTA ÀS ADVERSIDADES.
ALÉ DOS PEDREGAIS HÁ A INCIDÊNCIA IMPIEDOSA DOSOL. AQUI, REPRESENTA A TENTAÇÃO, A PROVAÇÃO, A LUTA, O SOFRIMENTO.
ISTO NOS MOSTRA, CLARAMENTE, QUE A VIDA COM CRISTO NÃO É MIL MARAVILHAS, NÃO É UMA VIDA SEM QUALQUER ADVERSIDADE, COMO INSISTEM EM PREGAR OS “PREGADORES DA PROSPERIDADE” OU OS “PREGADORES DA CONFISSÃO POSITIVA”, QUE SÃO OS GRANDES RESPONSÁVEIS PELOS ESCÂNDALOS QUE TÊM LEVADO MUITOS A ABANDONAREM A FÉ NOS NOSSOS DIAS.
COMO AFIRMA O SÁBIO SALOMÃOO DIA DA ADVERSIDADE TAMBÉM FOI FEITO POR DEUS (EC.7:14), E ISTO NÃO SE CIRCUNSCREVEU AO ANTIGO TESTAMENTO, JÁ QUE DEUS É O MESMO E NÃO MUDA (TG.1:17).
O QUE NOS FAZ VENCER A DIFICULDADE É A PRESENÇA DE RAÍZES, ISTO É, UMA SÓLIDA ESTRUTURA ESPIRITUAL, RESULTADO DE UMA VIDA DE ORAÇÃO E DE MEDITAÇÃO NA PALAVRA DO SENHOR.
OS GRANDES HERÓIS DAS ESCRITURAS SAGRADAS VENCERAM AS ADVERSIDADES PORQUE TINHAM INTIMIDADE COM DEUS, PORQUE ERAM PORTADORES DE UM CRESCIMENTO ESPIRITUAL INCESSANTE.
NÃO HÁ COMO PERSEVERARMOS ATÉ O FIM SE NÃO TIVERMOS CRESCIMENTO ESPIRITUAL, SE NÃO TIVERMOS RAÍZES PROFUNDAS.
C) SOLO CHEIO DE ESPINHOS (MT.13:7).
“E OUTRA CAIU ENTRE ESPINHOS, E OS ESPINHOS CRESCERAM E SUFOCARAM-NA”.
A SEMENTE QUE CAIU ENTRE OS ESPINHOS NÃO APENASGERMINOU, COMO TAMBÉM CHEGOU A CRESCER. MAS, AO MESMO TEMPO EM QUE ELA CRESCIA, TAMBÉM CRESCERAM OS ESPINHOS, QUE ACABARAM POR SUFOCAR A PLANTA, QUE TAMBÉM VEIO A MORRER.
JESUS IDENTIFICA ESTE TERRENO COM AQUELE QUE, EMBORA TENHA SIDO SALVO, EMBORA TENHA ATÉ CRIADO RAÍZES, NÃO PERCEBEU QUE ESTAVA ENTRE ESPINHOS E DEU ESPAÇO PARA QUE ESTES ESPINHOS CRESCESSEM.
JESUS EXPLICOU QUE ESTES ESPINHOS SÃO OS CUIDADOS DESTA VIDA, A SEDUÇÃO DAS RIQUEZAS, OU SEJA, AS COISAS DESTE MUNDO QUE ACABAM TENDO PREVALÊNCIA A PONTO DE SUFOCAR A PLANTA E IMPEDIR QUE ELA FRUTIFIQUE (MT.13:22; MC.4:19; LC.8:14; 12:29-32; 21:34-36).
NÃO BASTA APENAS QUE TENHAMOS UMA VIDA ESPIRITUAL CRESCENTE, MAS, ALÉM DE CRIAR RAÍZES, TEMOS DE SER VIGILANTES.
A BUSCA DE RIQUEZAS MATERIAIS, A TROCA DAS COISAS DE CIMA PELAS COISAS DESTE MUNDO, TÃO CONDENADA POR PAULO NA EPÍSTOLA AOS COLOSSENSES (CL.3:1,2), TEM SIDO A CAUSA DE MUITOS FRACASSOS ESPIRITUAIS, COMO NOS REGISTRA O PRÓPRIO TEXTO SAGRADO EM EXEMPLOS TRISTES COMO OS DE BALAÃO (JD.11), DE ACÃ (JS.7:20,21), DE SIMÃO(AT.8:21-23).
OS NOSSOS DIAS, LAMENTAVELMENTE, SÃO DIAS EM QUE MUITOS NÃO QUEREM SERVIR A DEUS, MAS SE SERVIR DA OBRA DE DEUS, INCLUSIVE FAZENDO DOS CRENTES MEROSINSTRUMENTOS DE LUCRO.
II. A IMPORTÂNCIA DE OUVIR O EVANGELHO
APÓS A SEMENTE CAIR EM TRÊS SOLOS (CORAÇÕES) INFRUTÍFEROS, ENFIM, ELA CAIU NUM SOLO BOM, A QUAL PRODUZIU SATISFATORIAMENTE.
A SEMENTE GERMINOU E DEU FRUTO, QUE VINGOU E CRESCEU; E UM PRODUZIU TRINTA, OUTRO, SESSENTA, E OUTRO, CEM (MC.4:8).
ESTE SOLO RETRATA AQUELE QUE, DE BOM E RETO CORAÇÃO, OUVE E COMPREENDE A PALAVRA, RETÉM A PALAVRA E FRUTIFICA COM PERSEVERANÇA.
ESTES SÃO, PORTANTO, OS VERDADEIROS E GENUÍNOS DISCÍPULOS DE JESUS.
A DIFERENÇA BÁSICA ENTRE ESTE SOLO E OS DEMAIS QUE VIMOS ANTERIORMENTE É QUE, NOS OUTROS, NÃO HOUVE FRUTIFICAÇÃO, NÃO HOUVE FRUTO, NÃO HOUVE VIDA COMPLETA, VIDA EM ABUNDÂNCIA, VIDA ETERNA.
PORTANTO, O QUE CARACTERIZA A VIDA ESPIRITUAL, ENSINA-NOS JESUS NESTA PARÁBOLA, É A PRESENÇA DO FRUTO DO ESPÍRITO.
POR ISSO, JESUS, NO SERMÃO DO MONTE, HAVIA DITO QUEDISTINGUIRIA OS SALVOS DOS PERDIDOS ATRAVÉS DOSFRUTOS (MT.7:20).
HÁ TRÊS FATOS IMPORTANTES QUE MERECEM DESTAQUE NESTE SOLO BOM:
1. UM CORAÇÃO FRUTÍFERO OUVE E RECEBE A PALAVRA (MC.4:20).
“E OS QUE RECEBEM A SEMENTE EM BOA TERRA SÃO OS QUE OUVEM A PALAVRA, E A RECEBEM, E DÃO FRUTO, UM, A TRINTA, OUTRO, A SESSENTA, E OUTRO, A CEM, POR UM”.
MARCOS DIZ QUE ESSA PESSOA OUVE E RECEBE A PALAVRA.LUCAS DIZ QUE ELA OUVE COM BOM E RETO CORAÇÃO E TAMBÉM RETÉM A PALAVRA (LC.8:15).
- ESSAS PESSOAS NÃO APENAS OUVEM, MAS OUVEM COM O CORAÇÃO ABERTO, DISPOSTO, COM O FIRME PROPÓSITO DE OBEDECER.
- ELAS COLOCAM EM PRÁTICA A MENSAGEM E POR ISSO FRUTIFICAM.
- NÃO DIZ QUE APENAS ACOLHE COM ALEGRIA, MAS ACOLHE E FRUTIFICA.
LOGO, O MAIS IMPORTANTE AQUI É: OUVIR, RECEBER E PRATICAR.
NESTES DIAS TÃO AGITADOS EM QUE VIVEMOS, POUCOS SÃO OS QUE PARAM PARA OUVIR A PALAVRA DE DEUS.
NUNCA A BÍBLIA ESTEVE TÃO DISPONÍVEL, PORÉM, NUNCA OANALFABETISMO DE BÍBLIA ESTEVE TÃO EM EVIDÊNCIA. MAISESCASSOS SÃO AQUELES QUE MEDITAM NO QUE OUVEM.
PORÉM, SÓ OS QUE OUVEM E MEDITAM COLOCAM EM PRÁTICA A PALAVRA DE DEUS E FRUTIFICAM.
- SÃO AQUELAS PESSOAS QUE VERDADEIRAMENTE SE ARREPENDEM DO PECADO, DEPOSITAM SUA CONFIANÇA EM CRISTO, NASCEM DE NOVO E VIVEM EM SANTIFICAÇÃO.
- SÃO AQUELAS PESSOAS QUE ABORRECEM E RENUNCIAM AS PRÁTICAS DELIBERADAS DO PECADO. ELAS AMAM A CRISTO E SERVEM-NO COM FIDELIDADE.
2. UM CORAÇÃO FRUTÍFERO PRODUZ FRUTO QUE VINGA E CRESCE (MC.4:8,9).
O QUE DISTINGUE ESTE SOLO DOS DEMAIS É QUE NELE A SEMENTE NÃO APENAS NASCE E CRESCETAMBÉM O FRUTO VINGA E CRESCE. LUCAS DIZ QUE ELE FRUTIFICA COM PERSEVERANÇA (LC.8:15).
“E OUTRA CAIU EM BOA TERRA E DEU FRUTO, QUE VINGOU E CRESCEU; E UM PRODUZIU TRINTA, OUTRO, SESSENTA, E OUTRO, CEM. E DISSE-LHES: QUEM TEM OUVIDOS PARA OUVIR, QUE OUÇA”.
JESUS ESTÁ DESCREVENDO AQUI O VERDADEIRO CRENTE, PORQUE FRUTO, OU SEJA, UMA VIDA TRANSFORMADA É A EVIDÊNCIA DA SALVAÇÃO ETERNA (2CO.5:17; GL.5:19-23).
A MARCA DO VERDADEIRO CRENTE É QUE ELE PRODUZ FRUTO. A ÁRVORE É CONHECIDA PELO SEU FRUTO. UMA ÁRVORE BOA PRODUZ FRUTO BOM.
A MARCA DESSA PESSOA NÃO É APENAS FRUTO POR ALGUM TEMPO, MAS PERSEVERANÇA NA FRUTIFICAÇÃO.
·        HÁ UMA CONSTÂNCIA NA SUA VIDA CRISTÃ.
·        ELA NÃO SE DESVIA POR CAUSA DAS PERSEGUIÇÕES DO MUNDO NEM FICA FASCINADA PELOS PRAZERES DO MUNDO E DELEITES DA VIDA.
·        SUA RIQUEZA ESTÁ NO CÉU E NÃO NA TERRA, SEU PRAZER ESTÁ EM DEUS E NÃO NOS DELEITES DA VIDA.
3. UM CORAÇÃO FRUTÍFERO PRODUZ FRUTOS EM DIFERENTES PROPORÇÕES (MC.4:9,20).
EMBORA TODAS AS SEMENTES SEJAM FRUTÍFERAS, NEM TODAS PRODUZEM NA MESMA PROPORÇÃO.
 “E OS QUE RECEBEM A SEMENTE EM BOA TERRA SÃO OS QUE OUVEM A PALAVRA, E A RECEBEM, E DÃO FRUTO, UM, A TRINTA, OUTRO, A SESSENTA, E OUTRO, A CEM, POR UM” (MC.4:20).
JESUS NOS ENSINA QUE, SE TODOS OS SALVOS FRUTIFICAM, SEM EXCEÇÃO, QUE É A MARCA DA REDENÇÃO NA VIDA DE CADA DISCÍPULO SEU, TAMBÉM É VERDADE QUE NEM TODOS SÃO IGUAIS.
A FRUTIFICAÇÃO NÃO É IDÊNTICA, POR ISSO JESUS FEZ QUESTÃO DE RESSALTAR QUE UM PRODUZIU CEM, OUTRO, SESSENTA E, AINDA OUTRO, TRINTA.
OS CRENTES NÃO SÃO ROBÔS EM SÉRIE, QUE NÃO SE DISTINGUEM UNS DOS OUTROS, MAS, MUITO PELO CONTRÁRIO, HÁ AQUELES QUE SÃO MAIS PRODUTIVOS DO QUE OUTROS.
O SENHOR, INCLUSIVE, AO SE COMPARAR À VIDEIRA VERDADEIRA, FEZ QUESTÃO DE DIZER QUE COSTUMA PODAR OS MENOS FRUTÍFEROS PARA QUE SE TORNEM MAIS FRUTÍFEROS (JOÃO 15:2).
III. O CHAMADO PARA ANUNCIAR O EVANGELHO
É IMPORTANTE FRISAR QUE O SEMEADOR SEMEIA A PALAVRA. HÁ MUITOS SEMEADORES QUE:
- SEMEIAM DOUTRINAS DE HOMENS, E NÃO A PALAVRA.
- SEMEIAM O QUE OS HOMENS QUEREM OUVIR, E NÃO O QUE PRECISAM OUVIR.
- SEMEIAM O QUE AGRADA AOS OUVIDOS, E NÃO O QUE SALVA A ALMA.
ESSA SEMENTE PODE PARECER MUITO FÉRTILMAS NÃO PRODUZ FRUTO QUE PERMANECE PARA A VIDA ETERNA.
OUTROS PREGADORES PREGAM PALAVRAS DE DEUS E NÃO A PALAVRA DE DEUS. O DIABO TAMBÉM PREGOU PALAVRAS DE DEUS, MAS ELE USOU A BÍBLIA PARA TENTAR.
PALAVRAS DE DEUS NA BOCA DO DIABO NÃO É A PALAVRA DE DEUS PROPRIAMENTE ESCRITA, MAS PALAVRA DO DIABO, E ELAS NÃO PODEM PRODUZIR FRUTOS DIGNOS DE DEUS.
O SEMEADOR É TODO AQUELE QUE LEVA A PALAVRA DE DEUS A TODAS AS PESSOAS.
O SENHOR JESUS, COMO O PRINCIPAL SEMEADOR, É O EXEMPLO MAIOR PARA OS QUE SEMEIAM SUA PALAVRA. ELE DEU UMA ORDEM IMPERATIVA:
“IDE POR TODO O MUNDO, PREGAI O EVANGELHO A TODA CRIATURA” (MC.16:15); “...IDE, ENSINAI TODAS AS NAÇÕES, BATIZANDO-AS EM NOME DO PAI, E DO FILHO, E DO ESPÍRITO SANTO; ENSINANDO-AS A GUARDAR TODAS AS COISAS QUE EU VOS TENHO MANDADO...” (MT.28:19,20).
A PARÁBOLA EM EPÍGRAFE CONTÉM INSTRUÇÕES PARA O SEMEADOR, DAS QUAIS VAMOS CONSIDERAR ALGUMAS.
1. O CAMPO A SER SEMEADO É A TERRA.
O SENHOR JESUS FALOU SOBRE QUATRO TIPOS DE SOLOSONDE A SEMENTE FOI LANÇADA. OS HERMENEUTAS AFIRMAM QUE, NA TIPOLOGIA BÍBLICA, O NÚMERO QUATRO É O NÚMERO DA TERRA.
ASSIM, O SENHOR JESUS AO SE REFERIR A QUATRO LUGARES ONDE A SEMENTE FOI LANÇADA, QUERIA QUE O SEMEADOR SOUBESSE QUE A PALAVRA DE DEUS DEVERIA SER PREGADA E ENSINADA EM TODO O MUNDO.
CERTAMENTE QUE OS DISCÍPULOS, OS SEMEADORES QUE DEVERIAM CONTINUAR A OBRA INICIADA POR JESUS, PUDERAM ENTENDER, QUANDO, DEPOIS DE RESSUSCITADO, ELE LHES ORDENOU:
“PORTANTO, IDE, ENSINAI TODAS AS NAÇÕES, BATIZANDO-AS EM NOME DO PAI, E DO FILHO, E DO ESPÍRITO SANTO; ENSINANDO-AS A GUARDAR TODAS AS COISAS QUE EU VOS TENHO MANDADO...”(MT.28:20); “E DISSE-LHES: IDE POR TODO O MUNDO, PREGAI O EVANGELHO A TODA CRIATURA”(MC 16:15).
EXISTEM, NO MUNDO, GRANDES ESPAÇOS, ALGUNS COMMUITAS PEDRAS E ESPINHOS, OUTROS SOLIDAMENTE ENDURECIDOS PELAS HERESIAS SATÂNICAS, E ATÉ ESPAÇOS COMSOLO MUITO BOM, ESPERANDO PELOS VERDADEIROS SEMEADORES.
2. A MISSÃO DO SEMEADOR É SEMEAR A SEMENTE.
“...O SEMEADOR SAIU A SEMEAR”. ELE SAIU PARA SEMEAR, E SEMEAR A PALAVRA DE DEUS.
·        ELE NÃO SAIU PARA COMBATER AS RELIGIÕES.
·        ELE NÃO SAIU PARA SEMEAR AS SUAS PRÓPRIAS IDEIAS, OU SUAS OPINIÕES PESSOAIS.
·        ELE NÃO SAIU PARA SEMEAR CONTENDAS, DIVISÕES.
·        ELE NÃO SAIU PARA ESCOLHER ONDE DEVIA SEMEAR, PARA ESTUDAR A QUALIDADE DA TERRA, PARA PRIMEIRO ARRANCAR OS ESPINHOS, REMOVER AS PEDRAS,REVOLVER E REGAR O SOLO ENDURECIDO, NEM PARA MATAR AS AVES QUE PUDESSEM COMER AS SEMENTES, MAS ELE SAIU PARA SEMEAR ONDE HOUVESSE TERRA, NÃO IMPORTANDO SE BOA OU MÁ.
A MISSÃO DO SEMEADOR É SEMEAR, EM TODO O TEMPO E EM TODO O LUGAR.
·        A MISSÃO DO SERVO DE DEUS É PREGAR E ENSINAR A PALAVRA DE DEUS, OU “SEMEAR A SEMENTE”. OS ANJOS NÃO PODEM FAZER ESTE TRABALHO.
·        A MISSÃO DO ESPÍRITO SANTO É A DE, MEDIANTE A PREGAÇÃO E O ENSINO DA PALAVRA, CONVENCER O PECADOR “...DO PECADO, E DA JUSTIÇA, E DO JUÍZO”(JOÃO 16:8), CONDUZINDO-O, DEPOIS, À UMA VIDA DE SANTIFICAÇÃO.
·        A MISSÃO DO SENHOR JESUS É A DE SALVAR O PECADOR ARREPENDIDO, POIS, CONFORME ELE MESMO AFIRMOU, “...O FILHO DO HOMEM VEIO BUSCAR E SALVAR O QUE SE HAVIA PERDIDO”(LC.19:10).  ESTA É A VONTADE DO PAI: “QUE QUER QUE TODOS OS HOMENS SE SALVEM E VENHAM AO CONHECIMENTO DA VERDADE”(1TM.2:4).
ASSIM, O SEMEADOR TEM QUE SE PREOCUPAR, APENAS, EM CUMPRIR A SUA MISSÃO: SEMEAR.
NEM O PREGADOR, NEM O ESPÍRITO SANTO, NEM O SENHOR JESUS E NEM O PAI PODEM OBRIGAR A PESSOA QUE OUVIU A MENSAGEM DA PALAVRA A ACEITAR A SALVAÇÃO NA PESSOA BENDITA DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO.
O CRER NO SENHOR JESUS CRISTO “E SERÁS SALVO”, COMO DISSERAM PAULO E SILAS, AO CARCEREIRO DE FILIPO, É UMA DECISÃO, EXCLUSIVAMENTE, DO HOMEM.
FOI O PRÓPRIO DEUS QUEM LHE DEU ESTA LIBERDADE DE ESCOLHA, CONHECIDA COMO LIVRE ARBÍTRIO. DEUS NÃO VIOLA ESSA LIBERDADE.
O SER HUMANO É LIVRE PARA ACEITAR A SALVAÇÃO E IR PARA O CÉU, COMO TAMBÉM PARA REJEITÁ-LA, E IR PARA O INFERNO.
SABENDO DISTO, O SEMEADOR NÃO PODE DESANIMAR, MAS, AINDA QUE NÃO VEJA A SEMENTE GERMINANDO, DEVE PROSSEGUIR NA SUA MISSÃO, QUE É A DE SEMEAR.
3. O TRABALHO DO SEMEADOR É DIFÍCIL E O RETORNO, EM NÚMEROS, PODE SER PEQUENO.
AO USAR A FIGURA DO SEMEADOR, O SENHOR JESUS DEIXOU CLARO AS DIFICULDADES QUE TERÃO QUE SER ENFRENTADAS POR AQUELES QUE LEVAM A PALAVRA DE DEUS.
TODO AGRICULTOR SABE QUE EXISTE UM TEMPO PARA SEMEAR, E QUANDO CHEGA ESSE TEMPO TEM QUE FAZÊ-LO, CASO CONTRÁRIO, O TEMPO PRÓPRIO PASSA E NÃO HAVERÁ COLHEITA.
ESTÁ ESCRITO: “QUEM OBSERVA O VENTO NUNCA SEMEARÁ, E O QUE OLHA AS NUVENS NUNCA SEGARÁ”(EC.11:4).
O TEMPO DE SEMEAR É HOJE, COM VENTO OU COM NUVENS, CONFORME PAULO INSTRUIU TIMÓTEO:
“CONJURO-TE, POIS, DIANTE DE DEUS E DO SENHOR JESUS CRISTO... QUE PREGUES A PALAVRA, INSTES A TEMPO E FORA DE TEMPO, REDARGUAS, REPREENDAS, EXORTES, COM TODA A LONGANIMIDADE E DOUTRINA”(2TM.4:1,2).
O PROFETA ISAIAS FALOU EM SEMEAR SOBRE AS ÁGUAS, SENDO QUE, NA BÍBLIA, ÁGUAS SIMBOLIZAM DIFICULDADES, LUTAS.
“BEM AVENTURADOS VÓS, QUE SEMEAIS SOBRE TODAS AS ÁGUAS E QUE DAIS LIBERDADE AO PÉ DO BOI E DO JUMENTO”(IS.32:20).
- “TODAS AS ÁGUAS”, PODE SIGNIFICAR SEMEAR EM TODOS OS TIPOS DE TERRENOS: À BEIRA DO CAMINHO, NOS PEDREGAIS, ENTRE ESPINHOS, E ATÉ EM SOLO BOM.
- “LIBERDADE AO PÉ DO BOI E DO JUMENTO”, QUE ERAM E SÃO ANIMAIS DE SERVIÇO, AQUI, PODE SIGNIFICAR DAR CONDIÇÕES FINANCEIRAS, LIBERTANDO OS PÉS DAQUELES QUE SÃO CHAMADOS PARA IR.
“AQUELE QUE LEVA A PRECIOSA SEMENTE, ANDANDO E CHORANDO, VOLTARÁ, SEM DÚVIDA, COM ALEGRIA, TRAZENDO CONSIGO OS SEUS MOLHOS”(SL.126:6).
4. SEMEAR A PRECIOSA SEMENTE ALÉM DE SER DIFÍCIL, A RECOMPENSA EMBORA CERTA, VIRÁ EM TEMPO INCERTO.
A RECOMPENSA DO SEMEADOR É CERTA, CONFORME DECLAROU O SALMISTA: “...VOLTARÁ, SEM DÚVIDA, COM ALEGRIA, TRAZENDO CONSIGO OS SEUS MOLHOS”.
TODAVIA, “VOLTARÁ” É FUTURO, A RECOMPENSA NÃO É IMEDIATA; “TRAZENDO CONSIGO OS SEUS MOLHOS”, SIGNIFICA UMA RECOMPENSA DEPOIS DA COLHEITA.
ISTO PODE SIGNIFICAR QUE MUITOS RECEBERÃO SUA RECOMPENSA DEPOIS DA GRANDE COLHEITA QUE, BIBLICAMENTE, REPRESENTA O ARREBATAMENTO DA IGREJA.
ASSIM, É POSSÍVEL PENSAR QUE MUITOS SEMEADORES SÓ RECEBERÃO SUAS RECOMPENSAS PERANTE O TRIBUNAL DE CRISTO.
SE VOCÊ É UM SEMEADOR, CONSOLE-SE COM ESTAS PALAVRAS, POIS, CONFORME DECLAROU PAULO, “SE ESPERAMOS EM CRISTO SÓ NESTA VIDA, SOMOS OS MAIS MISERÁVEIS DE TODOS OS HOMENS”(1CO.15:19). 
PAULO NADA RECEBEU, ENQUANTO ESTAVA AQUI, PORÉM, POUCO ANTES DE SUA MORTE, AFIRMOU: “COMBATI O BOM COMBATE, ACABEI A CARREIRA, GUARDEI A FÉ. DESDE AGORA, A COROA DA JUSTIÇA ME ESTÁ GUARDADA, A QUAL O SENHOR, JUSTO JUIZ, ME DARÁ NAQUELE DIA...”(2TM.4:7,8).
5. A COLHEITA NÃO É PROPORCIONAL À QUANTIDADE DE SEMENTES SEMEADAS.
AO PROPOR A PARÁBOLA DO SEMEADOR ACREDITAMOS QUE O SENHOR JESUS QUIS MINISTRAR AOS SEUS DISCÍPULOS ESTA IMPORTANTE LIÇÃO: DE QUE O RETORNO DO TRABALHO REALIZADO PODE NÃO SER O QUE O SEMEADOR ESPERA.
DAS QUATRO PARTES DE SEMENTES QUE FORAM SEMEADAS:
·        TRÊS DELAS PERDERAM-SE, NÃO HAVENDO RETORNO.
·        PERDEU-SE 75% DO PLANTIO.
·        APROVEITOU-SE APENAS 25%, SENDO QUE NESTA APRODUÇÃO MÉDIA FOI DE 63,3%.
PORTANTO, NA SEMEADURA DA PALAVRA, OS RESULTADOS SERÃO DETERMINADOS PELO CORAÇÃO DAQUELE QUE OUVE.
LEMBREMOS QUE O NOSSO PAPEL É PREGAR A PALAVRA,PARA QUE AS PESSOAS OUÇAM, CREIAM E SEJAM SALVAS (RM.10:14,15), E O PAPEL DO ESPÍRITO SANTO É CONVENCEROS PECADORES (JOÃO 16:8-11).
NÃO IMPORTA AS CIRCUNSTÂNCIAS ADVERSAS. NÃO DEVEMOS OBSERVAR O VENTO, NEM AS NUVENS, NEM O SOLO (EC.11:4-6). A ORDEM É:
“QUE PREGUES A PALAVRA, INSTES A TEMPO E FORA DE TEMPO, REDARGUAS, REPREENDAS, EXORTES, COM TODA A LONGANIMIDADE E DOUTRINA” (2TM.4:2).
A ORDEM É SEMEAR A PALAVRA SEM GASTAR TEMPO COM OUTRA COISA.
“NINGUÉM QUE MILITA SE EMBARAÇA COM NEGÓCIO DESTA VIDA, A FIM DE AGRADAR ÀQUELE QUE O ALISTOU PARA A GUERRA” (2TM.2:4).
CONCLUSÃO
A PARÁBOLA DO SEMEADOR MOSTRA-NOS QUE, NO REINO DE DEUS, A CARACTERÍSTICA DO BOM SOLO É A PRESENÇA DE FRUTO, É A FRUTIFICAÇÃO, QUE VENCEU OS OBSTÁCULOS AO ENTENDIMENTO DA PALAVRA, A PROVAÇÃO DO DIA DA ADVERSIDADE BEM COMO A SEDUÇÃO DAS COISAS DESTA VIDA.
ESTAMOS CONTINUAMENTE LUTANDO CONTRA ESTES FATORES QUE TÊM APENAS UM OBJETIVO: MATAR-NOS E DESTRUIR-NOS PARA QUE NÃO PRODUZAMOS O FRUTO DO ESPÍRITO.
ENTRETANTO, TEMOS DE SER O BOM SOLO, TEMOS DE RECEBER A PALAVRA DO REINO EM UM SOLO PROPÍCIO E EXCLUSIVO PARA O SEU DESENVOLVIMENTO EM NÓS.
QUE DEUS POSSA NOS ABENÇOAR PARA QUE, EM ASSIM FAZENDO, TENHAMOS COMO, NAQUELE DIA, OUVIRMOS DO SENHOR: “VINDE, BENDITOS DE MEU PAI, POSSUÍ POR HERANÇA O REINO QUE VOS ESTÁ PREPARADO DESDE A FUNDAÇÃO DO MUNDO”(MT.25:34).
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Por: Luciano de Paula Lourenço