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terça-feira, 25 de agosto de 2015

9ª lição do 3º trimestre de 2015: A CORRUPÇÃO DOS ÚLTIMOS DIAS



Texto Base: 2 Timóteo 3:1-4,14-16

 
“Mas estes, como animais irracionais, que seguem a natureza, feitos para serem presos e mortos, blasfemando do que não entendem, perecerão na sua corrupção” (2Pedro 2:12).

 

INTRODUÇÃO

O apóstolo Paulo estava preso num calabouço romano, na sala de espera do martírio. A fornalha da perseguição contra a igreja estava acesa. Paulo dá suas últimas recomendações a Timóteo, um pastor jovem, doente e tímido, sobre como enfrentar vitoriosamente a corrupção dos últimos dias.

Certamente, vivemos os últimos dias da Igreja. São dias difíceis, dias trabalhosos, em que o mundo sofre uma multiplicação do pecado (Mt 24:12) e, como consequência disto, só se vê aumentar o sofrimento do ser humano, a sua progressiva decadência moral e espiritual. Nunca houve, em toda a história da humanidade, uma época semelhante aos dias atuais onde é nítida a ausência de valores, principalmente aqueles que norteiam a dignidade do ser humano: o sentimento, o decoro, a vergonha, a moral, o caráter, o respeito e o temor a Deus, os quais constituem os verdadeiros alicerces para a vida individual e em sociedade.

Entretanto, apesar de toda a corrupção moral e espiritual que incendeia a sociedade atual, ainda se encontra sobre a face da Terra, ainda que não por muito tempo, a Igreja — a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido para anunciar as virtudes de Jesus Cristo (1Pe 2:9). Ela tem enfrentado todas estas circunstâncias e continua a dizer que a única solução, a única esperança para o homem é crer em Jesus como seu único e suficiente Senhor e Salvador.

I. OS TEMPOS TRABALHOSOS

1. Nos últimos dias (Tm 3:1). “Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos”.

O apóstolo Paulo, em sua afirmação a seu filho na fé, Timóteo, já no ocaso da sua vida, quando estava preso em Roma, na sua segunda prisão, faz questão de relembrar que a Igreja passaria por momentos difíceis, que ainda não tinham chegado no tempo do apóstolo, o que nos mostra claramente que Paulo não se referia, em absoluto, ao período de perseguição que se apresentava naquele instante, desencadeada por Nero, a primeira das “dez grandes perseguições” que haveria contra a Igreja durante o Império Romano (os “dez dias” de Ap.2:10). O apóstolo apontava para um período futuro na história da Igreja em que os tempos seriam “trabalhosos”.

Ao que parece estamos vivendo esses “últimos dias” referidos por Paulo, pois analisando com cuidado as suas palavras podemos observar que os “últimos dias” da história da Igreja, aqui na Terra, têm características diferentes dos “tempos trabalhosos” enfrentados por esta mesma Igreja em outros períodos da história, no passado, de forma especial, até o advento do chamado tempo pós-moderno.

Nos “tempos trabalhosos” dos “últimos dias Paulo não se refere a perseguições, mártires, prisões, mas de convulsões internas. Ou seja, convulsões dentro ou no seio da própria igreja local. Esses “tempos trabalhosos” seriam caracterizados por um período de apostasia cada vez mais intenso, bem como de uma crescente corrupção moral.

Em 2Tm 3:1-4, são descritas dezoito características de reprovação que iriam caracterizar uma boa parte das lideranças da “Igreja”para depois afirmar que “... os homens maus e enganadores irão de mau para pior, enganando e sendo enganados”(2Tm 3:13). Assim, olhando para a Bíblia, e olhando para o chamado “mundo evangélico” temos a impressão de estarmos vivendo aqueles “últimos dias” referidos por Paulo.

- Nestes “últimos dias”, o mundo tem menos acesso a Deus, porque o que impede a comunicação entre Deus e os homens é o pecado (Is 59:2) e estes “últimos dias” são dias em que o pecado está aumentando sobremaneira (Mt 24:12). Até mesmo as pessoas que tiveram um contato com o Salvador Jesus, que, uma vez receberam o amor de Deus derramado em seus corações (Rm 5:5), terão este amor esfriado, perderão este sentimento.

- Nestes “últimos dias”, o desamor é uma constante e, em virtude disto, os dias são repletos de violência, pois a vida humana é vilipendiada, já que não há amor a Deus e, consequentemente, não há amor ao próximo. O homem é menosprezado e se desenvolve, entre as pessoas, uma verdadeira “cultura da morte”.

- Nestes “últimos dias”, multiplica-se o pecado e, com ele, multiplicam-se os problemas. Sem dar guarida a Deus e ao seu amor, a humanidade acaba correndo de um lado para outro, como ovelhas desgarradas que não têm pastor (Mt 9:36), sem direção, sem qualquer orientação, o que faz com que surjam inúmeros problemas.

- Nestes “últimos dias”, os homens são amantes de si mesmos, sem amor para com os bons (2Tm 3:2,3). São pessoas que só pensam em si próprios e criam condições múltiplas para se servirem do próximo, aproveitarem-se dele e o explorarem o máximo possível.

- Nestes “últimos dias”, o homem não tem a menor preocupação em prejudicar o outro, desde que isto lhe seja conveniente e contribua para que atinja os seus objetivos, objetivos estes que dizem respeito somente a si próprio. A ganância, o prazer, o bem-estar próprio, a satisfação do seu ego, é só isto que é estimulado, incentivado e almejado pelo homem dos últimos dias. Vivemos dias em que toda a ferocidade humana é revelada ao seu próximo. Por isso, os homens são desobedientes a pais e mães, ingratos, sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, cruéis, obstinados e orgulhosos (2Tm 3:2-4). As pessoas agem em relação às outras como se estas fossem, há muito tempo, suas inimigas. Vivemos a época da insegurança e do medo indiscriminados.

- Nestes “últimos dias”têm surgido no meio do povo de Deus, enganadores, pessoas que, tendo aparência de piedade, negam, com seus atos, a eficácia dela (2Tm 3:5). Os últimos dias, dizem-nos Pedro e Judas (2Pe 3:3 e Judas 18), são dias em que surgem os falsos mestres, que são os condutores de muitos pelo caminho da apostasia, ou seja, do afastamento deliberado da sã doutrina, do desvio espiritual.

Estes últimos dias” são dias em que os cristãos são tratados como mercadorias, em que há a mercantilização da fé, em que muitos se levantam não para servir a Deus, mas para levar os salvos ao seu próprio serviço, num ultraje nunca antes visto em toda a história da humanidade.

- Estes “últimos dias”, são dias de proliferação de falsas doutrinas, de doutrinas de homens e de demônios, de lutas pelo poder eclesiástico, de escândalos, onde há uma amizade com o pecado e com os deleites humanos e total menosprezo à santidade, à pureza e à sinceridade no propósito de adorar o Senhor.

Veja, a seguir, as dezoito características da humanidade durante os “últimos dias”, exaradas em 2Tm 3:1-4. Nós simplesmente as listamos e damos os sinônimos que explicam o significado de cada uma:

a) Amantes de si mesmos: egocêntricos, presunçosos, egoístas.

b) Avarentos: gananciosos.

c) Presunçosos: jactanciosos, cheios de palavras de orgulho.

d) Soberbos: arrogantes, presunçosos, dominadores.

e) Blasfemos: difamadores, profanos, briguentos, insolentes, grosseiros, arrogantes.

f) Desobedientes a pais e mães: rebeldes, insubordinados, descontrolados.

g) Ingratos: mal-agradecidos, não reconhecedores.

h) Profanos: ímpios, irreverentes, contrários às coisas santas.

i) Sem afeto natural: impiedosos, insensíveis, indiferentes.

j) Irreconciliáveis: implacáveis, contendores, briguentos.

k) Caluniadores: propagadores de notícias maliciosas e falsas.

l) Incontinentes: sem domínio próprio, de paixões descontroladas, dissolutos, devassos.

m) cruéis: grosseiros, sem prestígios.

n) Sem amor para com os bons: odeiam pessoas e coisas boas; são avessos a qualquer forma de bondade.

o) Traidores: traiçoeiros, pérfidos.

p) Obstinados: imprudentes, irredutíveis.

q) Orgulhosos: pretensiosos, presunçosos.

r) Mais amigos dos deleites do que amigos de Deus: aqueles que amam os prazeres sensuais, mas não a Deus.

2. Falsa aparência (2Tm 3:5). “Tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te”.

Todos os problemas relatados em 2Tm 3:1-4 não estão descrevendo apenas um mundo ímpio, mas pessoas que se dizem cristãs. As pessoas frequentam a igreja, mas não mudam a vida. Elas fazem profissão e fé no cristianismo, mas suas ações falam mais alto que as palavras. Pelo mau comportamento, elas mostram que vivem uma mentira. Não há uma evidência do poder de Deus em suas vidas. Pode ter havido mudança, mas de fato nunca houve regeneração. O mundo está arruinado porque a espiritualidade está divorciada da vida.

Hernandes Dias Lopes, citando John Stott diz que, na história da humanidade, a religião e a moralidade têm estado mais distantes entre si do que juntas. As próprias Escrituras testificam esse fato de forma inconteste. Os grandes profetas éticos dos séculos VIII e VII a.C. apontaram os pecados de Israel e Judá nesse particular. Amós denunciou o crescimento da religião e da injustiça simultaneamente (Am 2:8). Isaías fez um diagnóstico parecido em Judá (Is 1:14-17).Jesus, em seu tempo, trouxe a lume a hipocrisia dos fariseus (Mt 23:25). Esta mesma falsa aparência ainda grassava entre as pessoas que Paulo está descrevendo em 2Tm 3:5. Evidentemente essas pessoas frequentavam a igreja, cantavam hinos, diziam "amém" às orações e colocavam dinheiro no gazofilácio. Tinham aparência e palavras piedosas, mas eram apenas máscaras, aparência externa sem realidade interna, religião sem moral, fé sem obras. É como se Paulo estivesse descrevendo uma espécie de cristianismo pagão.

Quando olhamos para alguns segmentos da igreja evangélica dos dias hodiernos, constatamos o mesmo problema: crescem em número, mas não em compromisso. Têm carisma, mas não caráter. Mostram números, mas não vida. As pessoas entram para a igreja, mas não são transformadas pelo evangelho. Há iniquidade associada ao ajuntamento solene.

Timóteo é exortado a se afastar de todas essas pessoas – “... destes afasta-te”. Paulo não está ordenando que Timóteo se afaste de todos os pecadores, porque, se assim fosse, precisaria sair do mundo (ler 1Co 5:9-11). Paulo está dizendo que Timóteo não deve ter comunhão com aqueles que se dizem crentes, mas vivem de forma desordenada ou hipócrita.

II. PAULO, UM EXEMPLO DE OBREIRO EM TEMPOS DIFÍCEIS

Tu, porém, tens seguido a minha doutrina, modo de viver, intenção, fé, longanimidade, caridade, paciência” (RC). “Tu, porém, tens seguido, de perto, o meu ensino, procedimento, propósito, fé, longanimidade, amor, perseverança”(AA).

Timóteo conhecia bem estes sete aspectos marcantes que caracterizavam esse servo do Senhor. Ele tinha seguido Paulo de perto e pôde testificar que era fiel a Cristo e à sua Palavra.

1. Um obreiro exemplar (2Tm 3:10). Tu, porém, tens seguido, de perto, o meu ensino...”. O apóstolo Paulo — outrora perseguidor do evangelho e dos seguidores de Cristo, fariseu respeitado, mas ignorante acerca da verdade e defensor ardoroso da Lei de Moisés — tornou-se um dos maiores exemplos de fé, amor e fidelidade ao cristianismo. Seu caráter era demonstrado por sua conduta exemplar. Em evidente contraste à situação daquela época de declínio dos costumes morais, religião inautêntica e propagação de falsas doutrinas, Timóteo é chamado a ser diferente. Timóteo estava rodeado de falsos mestres. Por isso, deveria seguir o exemplo fiel de Paulo.

2. Modo de viver/procedimento. “... modo de viver...”. O modo de viver, ou conduta, de Paulo era irrepreensível; era coerente com a mensagem que ele pregava. Às vezes, de brincadeira, ouvimos alguém dizer: “faça o que eu digo, mas não o que eu faço”. Não era assim com o apóstolo Paulo. Ele pôde apresentar sua vida como modelo de devoção a Cristo e sua causa. Toda a sua vida depois da conversão foi dedicada à tarefa de apresentar aos outros um esboço do que o cristão deve ser. Deus salvou Paulo com a finalidade de mostrar ao mundo, pelo exemplo de sua conversão, que o que fez na vida dele também pode e fará na vida de outros. E nós? Será que estamos servindo de exemplo àqueles que foram salvos pela sua graça? Que assim seja.

Precisamos de líderes que sirvam de modelo para os mais jovens. Precisamos de pessoas que falem a verdade e vivam a Verdade.

3. Propósito (intenção), fé, longanimidade, amor e paciência. “... propósito, fé, longanimidade, amor, perseverança”.

- O propósito de Paulo era se afastar da doutrina do mal e testemunhar o evangelho da graça, ainda que isso lhe custasse a própria vida (At 20:24).

- A fé pode significar a confiança de Paulo no Senhor ou sua fidelidade pessoal. Timóteo o conhecia como alguém completamente dependente do Senhor e ao mesmo tempo honesto e digno de confiança.

- A longanimidade de Paulo foi provada pela sua atitude em relação aos perseguidores e críticos e pelos sofrimentos físicos.

- Quanto ao amor, despojava-se de si mesmo para se dedicar ao Senhor e ao próximo. Quanto menos amado era, mais determinado estava a amar.

- Sua paciência diante das reações hostis sofridas por todos os recantos por onde passava era notória.

- Perseverar quer dizer literalmente “manter-se alegre diante das dificuldades”, eperseverança exige força e coragem.

III. O ENSINO DA PALAVRA DE DEUS EM TEMPOS DIFÍCEIS (2Tm 3:14-17)

14- “Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste e de que foste inteirado, sabendo de quem o tens aprendido”. 15 - “E que, desde a tua meninice, sabes as sagradas letras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus”. 16- “Toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça”, 17 - “para que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente instruído para toda boa obra”.

1. O valor do ensino bíblico. O ensino da Palavra de Deus, na igreja local, é indispensável e de fundamental importância, por isso deve ser contínuo. Depois da evangelização, vem o discipulado dos novos convertidos, mas o discipulado não deve ser visto como apenas algumas lições bíblicas. Ninguém deixa de ser discípulo pela idade ou por tempo de serviço. O discipulado cristão é para toda a vida. Na igreja do primeiro século o exercício deste ministério era contínuo. Diz o texto bíblico: "E todos os dias, no templo e nas casas, não cessavam de ensinar..." (At 5:42). Sem o ensino, os crentes ficam sem o conhecimento indispensável ao seu crescimento na graça e no conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo (cf. 2Pe 3:18).

Paulo não mediu tempo para ensinar os crentes da igreja primitiva. Ele foi um exemplo de dedicação e persistência no ensino das Escrituras. Ele disse: “como nada, que útil seja, deixei de vos anunciar e ensinar publicamente e pelas casas”(At 20:20). Em Trôade, ministrou aos irmãos até altas horas – “No primeiro dia da semana, estando nós reunidos como o fim de partir o pão, Paulo, que devia seguir viagem no dia seguinte, exortava-os e prolongou o discurso até à meia-noite”(At 20:7,8). Nem o incidente que aconteceu com o jovem Êutico lhe arrefeceu o entusiasmo e o ardor doutrinário – “Subindo de novo, partiu o pão, e comeu, e ainda lhes falou largamente até ao romper da alva”(At 20:11). O ardor pelo ensino também aconteceu em Antioquia  - “todo um ano se reuniram naquela igreja e ensinaram muita gente”(At 11:26). Também em Corinto Paulo permaneceu “um ano e seis meses, ensinando entre eles a Palavra de Deus”(At 18:11b).

Pedro também era persistente e insistente no ensino: “Pelo que não deixarei de exortar-vos sempre acerca destas coisas, ainda que bem as saibais e estejais confirmados na presente verdade”(2Pe 1:12). Ele sabia que os crentes aos quais a sua carta foi enviada já possuíam certeza dos ensinos fundamentais, porém dava instrução contínua. Pedro sabia que em breve partiria para a glória(2Pe 1:14), e seu desejo era que, após a sua partida para estar com o Senhor, o ensino bíblico estivesse na mente de todos(2Pe 1:15).

O Israel do Antigo Testamento se apostatou da fé em Deus porque deixou de conhecer a Jeová. Por causa disso o Senhor destruiu Israel espalhando-o por todo o mundo. O Senhor lamentou essa situação: “O meu povo foi destruído, porque lhe faltou o conhecimento”(Oséias 4:6). E conhecimento não se adquire sem um ensino persistente e inspirado pelo Espírito Santo. Vivemos dias em que este ministério nunca foi tão necessário. Quando o ensino não é cuidadoso, paciente e dedicado, há grande prejuízo para as novas gerações.

2. Combatendo o “espírito do Anticristo” com a Palavra de Deus. Apesar de o Anticristo surgir em carne e osso muito em breve, o espírito do Anticristo já está presente na terra, conforme 1João 2:18-19"Filhinhos, é já a última hora; e, como ouvistes que vem o anticristo, também agora muitos se têm feito anticristos, por onde conhecemos que é já a última hora. Saíram de nós, mas não eram de nós; porque, se fossem de nós, ficariam conosco; mas isto é para que se manifestasse que não são todos de nós”.

Em 1João 4:2-4, é confirmado que o espírito do anticristo já está presente hoje, e nos ensina como saber se um espírito é de Deus mesmo ou não: "Nisto conhecereis o Espírito de Deus: Todo o espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus. E todo o espírito que não confessa que Jesus Cristo veio em carne não é de Deus; mas este é o espírito do anticristo, do qual já ouvistes que há de vir, e eis que já está no mundo”.

O espírito Anticristo está presente neste mundo e podemos detectar a sua ação em todas as partes. Todos os seguimentos da sociedade estão batizados neste terrível espírito maligno. Ele está tomando conta de corações em todos os cantos deste mundo, inclusive de muitos que cristãos dizem ser.

Muitas “igrejas” que outrora eram sustentadas por verdades fundamentais das Escrituras, hoje se encontram totalmente rendidas aos ensinos deste espírito enganador. Pouco a pouco, comunidades inteiras vão se rendendo aos encantos do espírito do anticristo. Urge um avivamento!

Observe alguns dos “instrumentos” utilizados por Satanás nestes últimos dias contra o rebanho do Senhor:

a) O relativismo. Segundo o relativismo nada pode ser definitivamente certo, pois, a verdade está sujeita a fatores aleatórios, ou subjetivos. Assim, os princípios éticos e morais variam de lugar para lugar, pois, estão sujeitos às circunstâncias culturais, políticas e históricas. É claro que o relativismo contrasta com as verdades proclamadas pela Bíblia Sagrada. A Bíblia fala de valores absolutos e imutáveis válidos e aplicáveis em qualquer parte da Terra, pois, a doutrina bíblica se apoia em dois princípios: imutabilidade e universalidade. Por estes dois princípios a doutrina não sofre a ação do tempo e nem do espaço. Pelo princípio de imutabilidade é que nós estamos ensinando, hoje, a mesma doutrina bíblica que os apóstolos ensinaram; ela não mudou e nem mudará; ela é verdadeira e absoluta. Pelo Princípio da Universalidade, onde houver um homem, em qualquer lugar da terra, a doutrina bíblica é válida para ele. O que a Bíblia definir como sendo pecado, será pecado em toda a Terra. Assim, os princípios éticos e morais que o relativismo afirma mudar de lugar para lugar, pela Bíblia eles são imutáveis.

b) Leis infames. Os poderes legislativos vêm aprovando leis, de iniciativa do poder executivo, que vão de encontro os princípios morais exarados na Bíblia Sagrada. Isso é uma afronta ao Deus Todo Poderoso. O Brasil tem tomando um rumo perigoso. Os líderes da nação, em seus variados poderes, estão afrontando e escarnecendo da Lei de Deus. Leis infames e injustas que aprovam o que Deus condena estão tendo o apoio até do Judiciário. Leis que criminalizam e preveem a prisão daqueles que usam textos da Bíblia para falar contra o homossexualismo; leis que querem legalizar o uso de drogas e a prática do aborto. Certamente, nuvens negras baixam sobre nosso país. É hora de clamar e orar para que Deus tenha misericórdia de nossa nação.

CONCLUSÃO

Estudamos nesta Aula que o plano do adversário da Igreja é promover movimentos contrários à sã doutrina, de tal forma que a corrupção moral e espiritual encontre espaço no meio da comunidade cristã. Os "tempos trabalhosos" a que Paulo se referiu seriam acentuados nos últimos dias que antecedem a volta de Jesus. Desta feita, a igreja precisa se voltar para a Palavra de Deus, pois ela é o guia seguro para conduzir o crente neste mundo de trevas morais e espirituais.

Fonte: ebdweb

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