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sexta-feira, 21 de junho de 2024

12ª lição do 2º trimestre de 2024: A BENDITA ESPERANÇA: A MARCA DO CRISTÃO.




        

 2° trimestre de 2024

A BENDITA ESPERANÇA: A MARCA DO CRISTÃO

SUBSÍDIO PARA A LIÇÃO 12

Texto Base: Romanos 8:18-25

“Aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande Deus e nosso Senhor Jesus Cristo” (Tito 2:13).

Romanos 8:

18.Porque para mim tenho por certo que as aflições deste tempo presente não são para comparar com a glória que em nós há de ser revelada.

19.Porque a ardente expectação da criatura espera a manifestação dos filhos de Deus.

20.Porque a criação ficou sujeita à vaidade, não por sua vontade, mas por causa do que a sujeitou,

21.na esperança de que também a mesma criatura será libertada da servidão da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus.

22.Porque sabemos que toda a criação geme e está juntamente com dores de parto até agora.

23.E não só ela, mas nós mesmos, que temos as primícias do Espírito, também gememos em nós mesmos, esperando a adoção, a saber, a redenção do nosso corpo.

24.Porque, em esperança, somos salvos. Ora, a esperança que se vê não é esperança; porque o que alguém vê, como o esperará?

25.Mas, se esperamos o que não vemos, com paciência o esperamos.

INTRODUÇÃO

A Esperança Cristã é o alicerce que sustenta a jornada de fé do crente, impulsionando-o a persistir na trajetória delineada por nosso Salvador. Ela não apenas direciona nosso olhar para um futuro onde a promessa divina se concretizará, mas também nos convida a uma vigilância constante, evitando sermos surpreendidos. Além disso, oferece-nos um refúgio de alegria e consolo frente às adversidades deste mundo. Como uma âncora para a alma, conforme expresso em Hebreus 6:19, a esperança cristã nos proporciona estabilidade e segurança mesmo diante das incertezas mais desafiadoras. Desde o momento em que o crente nasce de novo, é chamado a viver uma vida permeada pela esperança. Essa esperança cristã encontra seu fundamento na ressurreição do Senhor Jesus, como destacado em 1Pedro 1:3,21. Nesta lição, exploraremos esses temas, analisando o quanto é importante "a Bendita Esperança: a Marca do Cristão".

I. PARA ONDE APONTA A ESPERANÇA DO CRISTÃO?

1. A Esperança cristã

De acordo com o Novo Testamento, a “esperança” é uma expectativa favorável e confiante que se fundamenta ao que não se vê, ao futuro (Rm.8:24,25). À luz das Escrituras, a Esperança do cristão aponta para diversas direções que revelam a riqueza e a amplitude dessa realidade espiritual.

a)   Para a glória futura em Cristo. Paulo enfatiza que a esperança do cristão está firmemente estabelecida em Cristo, sendo Ele a esperança da glória (Colossenses 1:27). Essa esperança transcende as circunstâncias terrenas e direciona o olhar do crente para a promessa da vida eterna em comunhão com Deus.

b)   Para a redenção final. A esperança cristã também se estende à expectativa da redenção final do corpo e da criação. Paulo descreve essa realidade em Romanos 8:23-25, onde os crentes aguardam a adoção como filhos de Deus e a redenção do corpo. Essa esperança é uma âncora diante das tribulações presentes, pois aponta para a restauração completa que está por vir.

c)   Para a volta de Cristo. A esperança do cristão está intrinsecamente ligada à segunda vinda de Cristo. Tito 2:13 nos exorta a aguardar a bendita esperança e a manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador Jesus Cristo. Esta esperança nos motiva a viver de forma piedosa e vigilante, esperando o retorno glorioso de nosso Senhor. É a mais sublime esperança!

d)   Para a herança incorruptível. Pedro nos lembra em 1Pedro 1:3-5 que, pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos, fomos regenerados para uma esperança viva, para uma herança incorruptível, incontaminável e que não se desvanece, reservada nos céus para nós. Essa esperança nos sustenta em meio às provações, lembrando-nos da recompensa eterna que aguarda os fiéis.

Portanto, a esperança do cristão não é apenas uma expectativa vaga, mas uma confiança sólida e fundamentada nas promessas de Deus reveladas em Cristo Jesus, que nos orienta para a glória futura, a redenção final, a volta do Senhor e a herança eterna.

2. A Esperança nas cartas do apóstolo Paulo

A Esperança é de fato um tema recorrente e central nas cartas do apóstolo Paulo, refletindo a importância e a profundidade dessa virtude na vida do crente. Veja os comentários de alguns textos pertinentes, destacando a relevância da esperança em cada contexto:

a)   Atos 23:6. Neste contexto, Paulo menciona sua crença na ressurreição dos mortos, destacando sua esperança na vida futura em Cristo. Essa esperança na ressurreição é fundamental para a fé cristã, pois nos dá a certeza de que a morte não é o fim e de que há uma vida eterna preparada para os que creem.

b)   1Tessalonicenses 4:13,14. Paulo aborda aqui a esperança dos cristãos em relação àqueles que morreram em Cristo, assegurando-lhes que, assim como Jesus ressuscitou, Deus também trará consigo os que dormem em Jesus. Essa esperança da ressurreição dos mortos em Cristo traz consolo e encorajamento aos crentes diante da morte.

c)   Atos 26:6,7. Paulo menciona sua esperança no cumprimento das promessas feitas por Deus aos pais, revelando sua confiança na fidelidade de Deus em cumprir o que foi prometido. Essa esperança no cumprimento das promessas divinas fortalece a fé dos crentes, lembrando-os da soberania e da fidelidade de Deus ao longo da história.

d)   Gálatas 5:5. Aqui, Paulo fala da esperança da justiça pela fé, mostrando que os cristãos aguardam pela realização plena da justiça prometida por Deus. Essa esperança na justiça futura é uma motivação para perseverar na fé e na prática da justiça no presente.

e)   Colossenses 1:5. A esperança do Evangelho mencionada por Paulo é a confiança na salvação e na vida eterna por meio de Jesus Cristo. Essa esperança está centralizada na mensagem do Evangelho e na obra redentora de Cristo, que oferece perdão e reconciliação com Deus.

f)    1Tessalonicenses 5:8. Aqui, Paulo fala da esperança do arrebatamento da Igreja, destacando a importância da vigilância e da preparação dos crentes para o retorno de Cristo. Essa esperança na segunda vinda de Cristo motiva os crentes a viverem de forma santa e dedicada ao Senhor.

g)   Efésios 1:18. Paulo expressa sua esperança na vocação dos santos, indicando a confiança na realização do propósito de Deus para a Igreja. Essa esperança na vocação divina encoraja os crentes a viverem em conformidade com o chamado de Deus em suas vidas.

h)   Tito 1:2; 3:7. Nestes versículos, Paulo menciona a esperança da vida eterna, ressaltando a certeza da salvação e da herança celestial reservada aos crentes. Essa esperança na vida eterna é uma fonte de consolo e segurança para os cristãos, sustentando-os em meio às dificuldades e provações desta vida.

i)    Tito 2:13. Por fim, Paulo fala da esperança do aparecimento da glória de Deus e do Senhor Jesus Cristo, destacando a expectativa dos crentes pela segunda vinda de Cristo e pela revelação da glória divina. Essa esperança na manifestação da glória de Deus é a consumação de todas as outras esperanças cristãs, representando o cumprimento final do plano de Deus para a redenção da humanidade e a restauração de todas as coisas.

Em resumo, a Esperança nas cartas de Paulo é apresentada como uma virtude fundamental da vida cristã, baseada na confiança nas promessas de Deus, na obra redentora de Cristo e na certeza da vida eterna. Essa Esperança orienta e fortalece os crentes em sua jornada de fé, dando-lhes ânimo e firmeza diante das adversidades e incertezas da vida presente.

3. Deus: o autor da nossa esperança

A Esperança cristã é intrinsecamente ligada à obra redentora de Cristo e à atuação soberana de Deus na vida dos crentes. Esta Esperança não é meramente uma expectativa humana, mas uma realidade espiritual concedida por Deus através do novo nascimento em Cristo (1Pedro 1:23). É uma obra sobrenatural realizada por Deus na vida daqueles que creem em Jesus Cristo como Salvador.

Paulo expressa que Deus é o autor da esperança do crente (Romanos 15:13), preenchendo-os de toda a alegria e paz no crer, para que transbordem de esperança pelo poder do Espírito Santo. Essa esperança não é meramente um sentimento humano, mas uma dádiva divina que capacita os crentes a perseverarem e a encontrarem consolo e força em meio às dificuldades.

A Esperança cristã capacita os crentes a suportarem perseverantemente todas as adversidades e perseguições que enfrentam ao longo da jornada da fé (Hebreus 10:32-36). Mesmo diante das tribulações, a esperança na promessa da vida eterna com Deus fortalece os crentes a permanecerem firmes na sua fé.

Ao longo da história, a Igreja de Cristo enfrentou perseguições cruéis e diversos desafios, porém, a esperança na vida eterna com Deus tem sido uma fonte de fortalecimento e perseverança para os crentes (Atos 20:24). Esta esperança é inabalável, pois está fundamentada na fidelidade e no poder de Deus.

Assim, podemos concluir que a esperança cristã é uma realidade espiritual concedida por Deus aos crentes através do novo nascimento em Cristo, capacitando-os a perseverarem e a encontrarem consolo e força em meio às adversidades da vida. Essa esperança é uma dádiva divina que sustenta os crentes em todas as circunstâncias, pois está firmemente fundamentada na promessa da vida eterna com Deus.

II. A PERSPECTIVA ESCATOLÓGICA DA ESPERANÇA CRISTÃ

1. A Bíblia focaliza o futuro

A Bíblia, de fato, oferece uma perspectiva abrangente sobre o futuro, desde o início da história da Criação até o cumprimento final das promessas divinas. O livro de Gênesis nos revela a origem do mundo e da humanidade, mas também antecipa a promessa da redenção que seria realizada por meio de Cristo.

a)   Origem e queda da humanidade (Gênesis - capítulos 1-3). Os primeiros capítulos de Gênesis narram a criação do mundo e da humanidade por Deus, bem como a queda da humanidade no pecado. No entanto, mesmo após a queda, Deus oferece a promessa da redenção, como visto na profecia sobre o descendente da mulher que esmagaria a cabeça da serpente (Gênesis 3:15).

b)   Promessa de redenção em Cristo (Efésios 1:10). O apóstolo Paulo, em Efésios 1:10, revela que a morte de Jesus Cristo tem uma abrangência cósmica, reconciliando todas as coisas consigo mesmo, tanto as que estão nos céus quanto as que estão na terra. Isso aponta para a restauração e a reconciliação final de todas as coisas em Cristo, conforme prometido desde os primórdios da história humana.

c)   Cumprimento da promessa em Cristo (Apocalipse 12:9). O livro do Apocalipse retrata a batalha entre Deus e Satanás, culminando na vitória final de Cristo sobre Satanás e a restauração final da criação. Apocalipse 12:9 destaca que Satanás, o grande adversário, será derrotado pela obra redentora de Cristo, cumprindo assim a promessa feita no Éden.

Portanto, a Bíblia não apenas registra o passado e o presente, mas também focaliza o futuro, revelando a promessa de redenção em Cristo desde os primórdios da história humana até o cumprimento final das promessas divinas. Essa narrativa oferece esperança e confiança aos crentes, pois aponta para a restauração completa e a reconciliação de todas as coisas em Cristo Jesus.

2. A esperança no porvir traz consolo e alegria ao crente

A esperança no porvir é uma fonte de consolo e alegria para o crente, conforme a Palavra de Deus revela em várias passagens. Paulo afirma que as Escrituras foram escritas para o nosso ensino, a fim de que, pela paciência e pela consolação proveniente das Escrituras, tenhamos esperança (Romanos 15:4). As promessas contidas na Palavra de Deus são uma fonte constante de consolo para os crentes, fortalecendo-os diante das tribulações presentes e renovando sua esperança no porvir.

Paulo também nos lembra que as aflições do presente não podem ser comparadas com a glória que há de ser revelada em nós (Romanos 8:18). A esperança na vida eterna com Cristo traz uma alegria profunda e duradoura, que transcende as circunstâncias adversas deste mundo. Essa esperança nos capacita a suportar as dificuldades com paciência e fé, sabendo que o que nos aguarda na eternidade é incomparavelmente glorioso.

O Salmo 46 nos lembra que Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na hora da angústia (Salmos 46:1-3). Essa confiança na soberania de Deus traz consolo e segurança ao coração do crente, pois sabemos que Ele governa sobre todas as coisas e age em favor do Seu povo, mesmo diante das incertezas e desafios do futuro.

Portanto, a esperança no porvir é uma fonte de consolo e alegria para o crente, sustentada pelas promessas das Escrituras e pela confiança na soberania de Deus. Essa esperança nos capacita a enfrentar as dificuldades da vida com fé e confiança, sabendo que o que nos aguarda na eternidade é glorioso e incomparável.

3. Por que uma doutrina da esperança?

A necessidade de uma doutrina da esperança é fundamentada nas promessas divinas registradas na Escritura Sagrada. Conforme expresso em 1Tessalonicenses 4:13-18, os crentes confiam na promessa da ressurreição dos que morreram em Cristo e na transformação dos vivos por ocasião da Sua volta. Esta promessa gloriosa inclui o privilégio de reinar com Cristo. Enquanto aguardamos o cumprimento dessas promessas, vivemos na esperança, confiando na fidelidade daquele que as fez, como afirmado em Hebreus 10:23. Assim, a doutrina da esperança nos fortalece e nos sustenta, impulsionando-nos a perseverar na fé, na expectativa de que em breve tudo se cumprirá, pois o nosso Deus é fiel para cumprir suas promessas.

III. A ESPERANÇA CRISTÃ COMO ÂNCORA DA ALMA

1. Nossa esperança como âncora

A analogia da âncora é frequentemente utilizada para descrever a esperança do crente, representando sua função de estabilidade e segurança na dele. Como descrito em Hebreus 6:18,19, a esperança cristã é comparada a uma âncora da alma, segura e firme, que nos mantém ancorados durante nossa jornada com Cristo. Assim como uma âncora mantém um navio parado no mar agitado, nossa esperança em Deus é o que nos sustenta e nos estabiliza em meio às tempestades e incertezas da vida. Essa esperança nos dá confiança e firmeza, pois sabemos que Deus é fiel em cumprir suas promessas e nos guiará através de todas as tempestades e adversidades.

2. Por que a Esperança do crente é a melhor?

A Esperança do crente em Cristo é incomparável porque é fundamentada na promessa divina e na obra redentora de Jesus. Conforme afirmado pelo apóstolo Paulo em Efésios 2:12, sem Cristo não há esperança verdadeira para o ser humano. Qualquer esperança que não esteja enraizada em Cristo é vã e destituída de significado.

Enquanto há diversas formas de esperança presentes na cultura humana, como aquelas baseadas em religiões, astrologia, ou políticas revolucionárias, todas elas são transitórias e insuficientes. A Esperança em Cristo, no entanto, é segura, consoladora e possui propósito (Colossenses 1:27).

Por meio da fé em Cristo, os crentes têm a garantia da salvação e da vida eterna, uma esperança que não decepciona e que transcende as circunstâncias terrenas (Romanos 5:5). Essa esperança é uma fonte de consolo, fortaleza e alegria, mesmo em meio às tribulações da vida, pois está fundamentada na fidelidade e no amor de Deus revelados em Cristo Jesus. Assim, a esperança do crente em Cristo é verdadeiramente a melhor, pois é eterna, segura e plenamente satisfatória. Glórias a Deus por esta maravilhosa Esperança!

3. Mantendo firme a Esperança

Manter firme a Esperança é uma parte essencial da jornada cristã, especialmente diante das incertezas e desafios da vida. Essa prática é fundamentada na confiança nas promessas de Deus e na certeza da esperança que temos em Cristo Jesus. Aqui estão alguns aspectos importantes sobre como manter firme essa esperança:

a)   Fé na promessa da Segunda Vinda de Cristo. A Esperança cristã está profundamente ligada à promessa da Segunda Vinda de Cristo. Os cristãos aguardam com expectativa o retorno glorioso do Senhor, sabendo que Ele cumprirá Suas promessas e estabelecerá Seu reino eterno (Tito 2:13; Apocalipse 22:20). Naqueles dias, os discípulos de Cristo entendiam que a sua vinda seria de maneira iminente, isto é, poderia acontecer a qualquer momento (Mateus 25:1-13). Semelhantemente, devemos estar em prontidão, aguardando o dia em que o nosso Senhor arrebatará a sua Igreja. Não sabemos o dia nem a hora que o Senhor virá, mas a nossa parte é manter a nossa esperança viva e firme (Lucas 18:8).

b)   Perseverança na fé. Manter firme a Esperança envolve perseverar na fé, mesmo diante das dificuldades e tribulações. A fé nos capacita a enfrentar os desafios da vida com confiança, sabendo que nossa esperança está firmemente ancorada em Deus (Hebreus 10:23).

c)   Vigilância espiritual. Jesus frequentemente exortou Seus discípulos a estarem vigilantes e preparados para Sua volta. Manter firme a esperança requer uma vigilância espiritual constante, estando atentos aos sinais dos tempos e vivendo de acordo com os princípios do Reino de Deus (Mateus 24:42-44).

d)   Cultivar uma vida de santidade. A Esperança cristã está intrinsecamente ligada a uma vida de santidade e consagração a Deus. Aqueles que têm esperança em Cristo são chamados a viver de maneira digna do Evangelho, buscando a santificação em todas as áreas de suas vidas (1Tessalonicenses 4:7).

e)   Comunhão com os outros irmãos. Manter firme a Esperança é fortalecido pela comunhão com outros crentes. Ao nos reunirmos regularmente com a família da fé, encorajamos e fortalecemos uns aos outros na esperança que temos em Cristo (Hebreus 10:25).

f)    Nutrir a esperança através da Palavra de Deus e da oração.


 A Esperança é alimentada pela Palavra de Deus e pela comunhão com Ele através da oração. Ao mergulharmos nas Escrituras e buscar uma comunhão íntima com Deus, encontramos renovação e fortalecimento para manter firme nossa esperança, mesmo nos momentos mais difíceis (Romanos 15:4; Filipenses 4:6,7).

Em resumo, manter firme a Esperança é uma prática vital para o crente, que envolve fé na promessa da Segunda Vinda de Cristo, perseverança na fé, vigilância espiritual, uma vida de santidade, comunhão com outros crentes e nutrição da esperança através da Palavra de Deus e da oração. Ao praticarmos esses princípios, encontramos fortaleza, consolo e alegria na esperança que temos em Cristo Jesus.

CONCLUSÃO

Diante das inevitáveis lutas, dissabores e provações que a vida nos apresenta, o cristão encontra sua força e sustento na Esperança verdadeira que é Cristo Jesus, nosso Senhor. Firmando-nos nessa Esperança, podemos enfrentar todas as adversidades sem temor, sem perder a fé e com a certeza de que não estamos sozinhos. A história do Cristianismo é testemunha do crescimento e prosperidade da fé cristã, impulsionada pela compreensão de que esta vida terrena é apenas uma parte transitória de um plano muito maior: a eternidade com Cristo. Portanto, que possamos manter firmemente a confissão da nossa Esperança, pois aquele que prometeu é fiel e cumprirá todas as Suas promessas (Hebreus 10:23). Que essa bendita Esperança continue a ser a marca distintiva do cristão, guiando-nos através de todas as circunstâncias da vida e nos conduzindo à plenitude da comunhão eterna com nosso Salvador.

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Fonte:
Luciano de Paula Lourenço – EBD/IEADTC

sexta-feira, 19 de janeiro de 2024

SUPERINTENDÊNCIA DA IGREJA ASSEMBLEIA DE DEUS EM VIÇOSA ALAGOAS REALIZA REUNIÃO TRIMESTRAL.

Nesta quinta-feira 18, sob o tema: COMO MELHORAR A ESCOLA DOMINICAL, a superintendência da Escola Bíblica Dominical da Igreja Assembleia de Deus em Viçosa Alagoas sob a liderança do Pastor João Pedro de Lima realizou uma reunião com o corpo docente tendo como objetivo avaliar e propor metas e estratégias para o ano de 2024. A reunião foi realizada no ambiente agradável da Lanchonete Elshaday.  

Com base no texto bíblico extraído do Livro de Êxodo 18: 14,22, o superintende fez saber que Moisés foi feliz em atender as orientações do seu sogro no sentido de levantar homens para compartilhar a árdua tarefa que estava sobre seus ombros. Ao ouvir os conselhos de seu sogro, Moisés obteve alívio ao tempo em que os resultados foram positivos visto que foram compartilhados. “Para que um trabalho possa alcançar êxito, faz-se necessário que todas as atribuições propostas sejam compartilhadas com toda equipe” – enfatizou o superintendente.  Baseado no tema proposto da reunião, como melhorar a escola dominical, foram abordados e discutidos assuntos relevantes tais como:  avaliação da superintendência, da secretaria; do corpo docente, do nível de aprendizagem do aluno, da dinâmica em sala de aula  (A EBD é 100% espiritual e 100% metódica e pedagógica), campanha para crescimento entre outros.

        Objetivando desenvolver um trabalho compartilhado foi possível ouvir vários professores com avaliações e sugestões visando assim o crescimento da escola bíblica na Igreja de Cristo nessa cidade. Para a secretária Graça Brandão a reunião nos proporcionou um momento abençoado e proveitoso. Avaliando a reunião, a professora Viviane Dias descreveu como um momento de gratidão em fazer parte desse grande projeto da EBD. O segundo secretário Adelino Martins declarou: Estou a pouco tempo fazendo parte dessa equipe da EBD, ainda tenho muito pra ver, aprender e melhorar. Mas do pouco tempo que tenho “experienciado” aqui, senti o quanto a superintendência é aberta a ouvir opiniões e discutir ideias. E isso é louvável – Destacou.

        Ao término o superintendente expressou gratidão a todos que tem dado o melhor em prol do crescimento da escola bíblica bem como expressiva contribuição na reunião.

Por Efigênio Hortêncio





terça-feira, 5 de setembro de 2023

11ª lição do 3º trimestre de 2023: CULTIVANDO A CONVICÇÃO CRISTÃ

 


Texto Base: 1Tessalonicenses 2:1-12

“Porque a nossa exortação não foi com engano, nem com imundícia, nem com fraudulência” (1Ts.2:3).

1Tessalonicenses 2:

1.Porque vós mesmas, irmãos, bem sabeis que a nossa entrada para convosco não foi vã;  

2.mas, havendo primeiro padecido e sido agravados em Filipos, como sabeis, tornamo-nos ousados em nosso Deus, para vos falar o evangelho de Deus com grande combate. 

3.Porque a nossa exortação não foi com engano, nem com imundícia, nem com fraudulência; 

4.mas, como fomos aprovados de Deus para que o evangelho nos fosse confiado, assim falamos, não como para agradar aos homens, mas a Deus, que prova o nosso coração. 

5.Porque, como bem sabeis, nunca usamos de palavras lisonjeiras, nem houve um pretexto de avareza; Deus é testemunha. 

6.E não buscamos glória dos homens, nem de vós, nem de outros, ainda que podíamos, como apóstolos de Cristo, ser-vos pesados; 

7.antes, fomos brandos entre vós, como a ama que cria seus filhos. 

8.Assim nós, sendo-vos tão afeiçoados, de boa vontade quiséramos comunicar-vos, não somente o evangelho de Deus, mas ainda a nossa própria alma; porquanto nos éreis muito queridos. 

9.Porque bem vos lembrais, irmãos, do nosso trabalho e fadiga; pois, trabalhando noite e dia, para não sermos pesados a nenhum de vós, vos pregamos o evangelho de Deus. 

10.Vós e Deus sois testemunhas de quão santa, justa e irrepreensivelmente nos houvemos para convosco, os que crestes. 

11.Assim como bem sabeis de que modo vos exortávamos e consolávamos, a cada um de vós, como o pai a seus filhos, 

12.para que vos conduzísseis dignamente para com Deus, que vos chama para o seu reino e glória.

INTRODUÇÃO

Nesta Lição trataremos da convicção cristã. Convicção é a ação de convencer, isto é, ter uma ideia ou opinião sobre algo de modo pertinaz, crendo absolutamente naquilo que acredita e transmitindo isso para as outras pessoas. Ter convicção é o mesmo que ter a firme certeza sobre algo em que acredita, sendo esta segurança oriunda a partir de motivos ou provas de natureza particular. A origem da palavra "convicção" está no latim convictio, que significa "prova" ou "refutação". Este termo, por sua vez, deriva de convincere, que quer dizer "vencer" ou "superar decisivamente". Nesta Lição, veremos que todo crente em Jesus Cristo precisa cultivar uma profunda convicção espiritual, moral e social a fim de ser capaz de dar um verdadeiro testemunho neste mundo mergulhado em trevas. 

I. CONVICÇÃO ESPIRITUAL

1. Poder do Espírito Santo

Na Segunda Viagem Missionária de Paulo (49-52 d.C.), por orientação divina, o evangelho de Cristo foi proclamado na Europa. Após ter sido impedido pelo Espírito Santo de anunciar a Palavra na Ásia e na Bitínia (Atos 16:6,7), o apóstolo teve uma visão em que um homem lhe dizia: “Passa à Macedônia e ajuda-nos!” (Atos 16:9). A partir dessa revelação a mensagem da cruz foi anunciada em Filipos e depois em Tessalônica (Atos 16:10-12; 17:1). Paulo afirma que o evangelho chegou nesta região “não tão somente em palavra, mas, sobretudo, em poder, no Espírito Santo e em plena convicção...”(1Ts.1:5-ARA). Veja que Paulo afirma que o evangelho chegou nesta região de três formas gloriosas:

a) Em palavras. O apóstolo usou métodos inteligentes de abordagens para apresentar Jesus por meio das Escrituras. Ele arrazoou, expôs, demonstrou e anunciou (Atos 17:2,3).Todos esses métodos foram endereçados ao entendimento dos tessalonicenses. Porém, Paulo não dependeu de sua própria habilidade, eloquência e sabedoria. A pregação dele não foi meramente uma declaração, uma retórica vazia e sem coração. A pregação de Paulo não era um simples discurso. O evangelho não consiste em meras palavras. O pr. Hernandes Dias Lopes afirma que “Paulo pregava aos ouvidos e aos olhos. Ele falava e demonstrava. Ele tinha palavra e poder”.

b) Em poder, no Espírito Santo. A palavra utilizada por Paulo para “poder”, “dynamis”, é usada geralmente para denotar a energia divina. Pregar em poder, portanto, significa pregar na força e energia do próprio Deus. O evangelho não consiste de meras palavras. Palavras humanas seriam inúteis se a mensagem não fosse dada em poder. O evangelho é o poder de Deus que trabalha no coração do ser humano. Havia dinamite (dynamis) espiritual na mensagem de Paulo, explosivo suficiente para demolir os ídolos (1Ts.1:9).

Paulo estava convencido de que nenhum método era por si suficiente para alcançar os corações. Ele dependia totalmente do poder do Espírito Santo em sua pregação. Paulo não colocava o uso da razão como algo contrário à ação do Espírito; ele usava os melhores métodos e se esmerava na preparação da mensagem, mas confiava totalmente no poder do Espírito para aplicar a mensagem. Martyn Lloyd-Jones disse “que se não houver poder, também não haverá pregação. A verdadeira pregação, afinal de contas, consiste na atuação de Deus. A pregação é lógica pegando fogo. É teologia em chamas. Pregação é teologia que extravasa de um homem que está em chamas”.

c) Em convicção. Paulo tinha plena convicção do poder da mensagem que anunciava. Martyn Lloyd-Jones corrobora que “Paulo sabia que algo estava acontecendo, e tinha consciência disso. Ninguém pode ser cheio do Espírito Santo sem saber o que está acontecendo. Esse enchimento do Espírito Santo propicia clareza de pensamento, clareza e facilidade de expressão, um profundo senso de autoridade e confiança na pregação, além da certeza de um poder vindo do Alto, que se manifesta ardentemente por todo o nosso ser, com um senso indescritível de alegria. Nada provém de nosso próprio esforço; somos um mero instrumento, um canal, um veículo; o Espírito nos usa e contemplamos tudo com grande júbilo e admiração”.

O pr. Hernandes Dias Lopes, citando William Hendriksen, diz que “a convicção é um efeito imediato da presença e do poder do Espírito Santo nos corações dos embaixadores. A referência aqui é a plena convicção dos missionários à medida que pregavam a Palavra”. Como afirma o pr. Douglas Baptista, na ausência de convicção espiritual, a Palavra de Deus é reduzida a mero intelectualismo humano e seu resultado é ineficaz na transformação de vidas (Mt.7:29; 1Co.2:1-5).

2. Confiança em Deus

Antes de pregar em Tessalônica, Paulo pregou em Filipos, por ocasião de sua Segunda Viagem Missionária. Em Filipos foi espancado com varas e ultrajado. Diz o texto sagrado: “uma multidão revoltada se juntou contra Paulo e Silas, e os magistrados ordenaram que os dois fossem despidos e açoitados com varas. Depois de serem severamente açoitados, foram lançados na prisão. O carcereiro recebeu ordens para não os deixar escapar, por isso os colocou no cárcere interno, prendendo-lhes os pés no tronco” (Atos 16:22-24).

Apesar dessa severa provação, não esmoreceram, mas, impelidos pelo Espírito, vieram à Tessalônica e pregaram o evangelho com confiança em Deus. Na cidade, em meio às suas lutas, e com ousadia e confiança, anunciaram a Cristo. Apesar da severa oposição, Paulo diz que a sua fé não estava abalada: “Sabem como fomos maltratados e quanto sofremos em Filipos, antes de chegarmos aí. E, no entanto, com confiança em nosso Deus, anunciamos a vocês as boas-novas de Deus, apesar de grande oposição” (1Ts.2:2). Muitos poderiam tirar férias ou dar um tempo no ministério depois de tão violenta perseguição, mas Paulo se dispôs a pregar a Palavra de Deus ousadamente em Tessalônica.

Todavia, o Ministério de pregação em Tessalônica foi também em meio a uma luta agônica. Os críticos de Paulo queriam desacreditar sua pessoa, assacando contra ele pesadas e levianas acusações. Havia quem dizia em Tessalônica que Paulo tinha ficha policial e que não era mais que um delinquente que estava fugindo da justiça, e que obviamente não se poderia dar ouvidos a um homem dessa índole. Porém, assim como as trevas não podem prevalecer contra a luz e a mentira não pode triunfar sobre a verdade, as acusações mentirosas dos inimigos não puderam destruir a reputação do apóstolo de Cristo. Como afirma o pr. Douglas Baptista, “nessa perspectiva, somos encorajados a não desfalecer na pregação do Evangelho, mas confiados em Deus, jamais recuar, mesmo diante das ameaças de prisão ou de morte.

3. Fidelidade na pregação

Deus confiou a Paulo a pregação do evangelho. Foi fiel e aprovado por Deus (1Ts.2:4). Paulo tinha não apenas a revelação, mas também aprovação. Foi aprovado porque ele pregava para agradar a Deus e não a homens. Ele não pregava o que o povo queria ouvir, mas o que o povo precisava ouvir. Ele não pregava para entreter os bodes, mas para alimentar as ovelhas. A pregação da verdade não é popular, mas é vital para a salvação.

Paulo assegura que o Evangelho anunciado em Tessalônica “não foi com engano, nem com imundícia, nem com fraudulência” (1Ts.2:3a). Ele possuía o conteúdo glorioso do evangelho de Deus e uma vida reta diante do Senhor. Sua pregação era respaldada pela sua vida, e seu ministério foi plantado no solo fértil de uma vida piedosa. Vida com Deus precede ministério para Deus. A vida é a base do ministério e precede ao ministério. A maior prioridade do obreiro não é fazer a obra de Deus, mas ter comunhão com o Deus da obra (Mc.3:14). Vida com Deus é a base do trabalho para Deus. Na verdade, Deus está mais interessado em quem nós somos do que no que nós fazemos. Por isso, “devemos viver de uma maneira que traga atenção positiva e a honra a Deus. Devemos sempre examinar a nós mesmos, para assegurar que as nossas vidas sejam dignas de nos identificar com Cristo, representar o seu caráter e transmitir a sua mensagem a outras pessoas. Só seremos capazes de fazer isto, confiando na graça e no poder de Deus” (Bíblia de Estudo Pentecostal).

II. CONVICÇÃO MORAL

1. Retidão nas ações

A conduta de retidão nas ações é uma virtude do crente regenerado. Disse o apóstolo Paulo aos crentes de Colossos: “Tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo o coração, como para o Senhor e não para homens” (Col.3:23). Todo o trabalho é digno se o fizermos de forma honesta, com retidão, e todo o trabalho é espiritual se o fazemos para o Senhor.

A retidão nas ações de uma pessoa é um sinal clarividente que ela é convertida, pois a conversão, como ensina o pr. Douglas Baptista, opera a transformação moral na vida do crente salvo (2Co.5:17). Paulo foi um obreiro irrepreensível diante das pessoas. Escrevendo aos crentes de Tessalônica, ele reivindica a retidão das próprias ações ao afirmar: “A verdade é que nunca usamos de linguagem de bajulação, como sabeis, nem de intuitos gananciosos. Deus é testemunha” (1Tess.2:5). Aqui, ele menciona dois fatores da sua irrepreensibilidade:

a)    Ele não era um bajulador (1Ts.2:5a). A palavra “bajulação” usada por Paulo descreve a adulação que pretende ganhar algo, a lisonja por motivos de lucros. É o engano mediante a eloquência, para ganhar os corações das pessoas a fim de explorá-las. O bajulador é aquele que fala uma coisa e sente outra. Ele tem a voz macia como a manteiga e o coração duro como uma pedra. Ele tem palavras aveludadas e uma motivação ferina como uma espada. Havia plena sintonia entre o que Paulo falava e o que ele sentia. Paulo apresenta seu testemunho diante de todos: “[...] como sabeis (1Ts.1:5; 2:1,5,11; 3:3,4; 4:2; 5:2). E também dá seu testemunho diante de Deus: “Deus é testemunha” (1Ts.2:5). Somente o falso cristão é que busca poder e influência por meio da bajulação mentirosa (Rm.16:18).

b)   Ele não era mercenário (1Ts.2:5b).  Paulo não pregava para arrancar o dinheiro das pessoas, mas para arrancar-lhes do peito o coração de pedra, a fim de receberem um coração de carne. Paulo não buscava lucro, mas salvação. Sua recompensa não era dinheiro, mas vidas salvas. Os motivos de Paulo em fazer a obra de Deus eram puros. Ele não fazia do ministério uma plataforma para se enriquecer. Ele não estava atrás do dinheiro das pessoas, mas ansiava pela salvação delas.

Além destes fatores, a Bíblia orienta a deixar a mentira e falar a verdade (Ef.4:25), deixar o furto e ser honesto (Ef.4:28), não pronunciar palavras torpes e dizer apenas o que edifica (Ef.4:29).

2. Reputação ilibada

"Reputação ilibada" é uma expressão que se refere a uma reputação impecável, imaculada ou irrepreensível. Ela indica que uma pessoa ou entidade possui um histórico livre de qualquer tipo de mancha, má conduta, escândalo, atividade criminosa ou desonestidade. Ter uma reputação ilibada implica em ser reconhecido(a) como alguém que age de forma ética, honesta e respeitável em todos os aspectos de sua vida pessoal e profissional.

Com relação ao apóstolo Paulo, ele avalia sua reputação com esta frase: “Também jamais andamos buscando glória de homens, nem de vós, nem de outros” (1Tes.2:6). Paulo não pregava para alcançar glória e prestígio humano, não andava atrás de lisonjas humanas. Ele não buscava prestígio pessoal nem glória de pessoas. Ele não dependia desse reprovável expediente, pois sabia quem era e o que devia fazer. Ele não precisava bajular nem receber bajulação. Sua realização pessoal não procedia da opinião das pessoas, mas da aprovação de Deus. É digno observar que em 1Tessalonicenses 1:5, Paulo não disse: “Eu cheguei até vós”, mas disse: “o nosso evangelho chegou até vós”. O foco não estava no homem, mas no evangelho. O culto à personalidade é um pecado. Toda a glória que não é dada a Deus é vanglória, é glória vazia. Aos coríntios, escreveu que o crente deve gloriar-se no Senhor e não em si próprio (1Co.1:29-31). A conclusão é clara: os que aspiram fama e prestígio caem em tentação e maculam o Evangelho. Nosso viver deve glorificar a Deus. A Ele seja a glória, na igreja e em Cristo Jesus, para sempre! (Ef.3:21).

3. Vida irrepreensível

O adjetivo “irrepreensível” é frequentemente usado para descrever indivíduos que são admirados por sua integridade e caráter exemplar, que seguem uma conduta ética consistente e que evitam qualquer tipo de comportamento prejudicial ou inadequado. Assim como no caso da "reputação ilibada", ter uma "vida irrepreensível" é considerado um atributo altamente valorizado, especialmente em contextos nos quais a confiança, a responsabilidade e a ética são fundamentais, como em liderança, cargos públicos ou atividades que envolvam relações de confiança e responsabilidade.

Uma "vida irrepreensível" refere-se a um estilo de vida ou conduta que é considerado sem falhas morais, éticas ou comportamentais. Significa viver de acordo com padrões elevados de moralidade, ética e integridade, evitando ações que possam ser julgadas como erradas, questionáveis ou condenáveis pela sociedade, pela lei ou por princípios pessoais.

Uma pessoa que leva uma vida irrepreensível geralmente é vista como alguém que age de maneira justa, honesta e respeitosa em todas as áreas de sua vida, seja em relacionamentos pessoais, profissionais ou comunitários. Nesse contexto, o apóstolo Paulo invoca a Deus e a igreja em Tessalônica como testemunhas de sua postura “santa, justa e irrepreensível” (1Ts.2:10). Como bem afirma o pr. Douglas, “essas designações implicam obediência nas questões morais, atitude de retidão exemplar e conduta sem motivo algum de reprovação (1Co.9:16-23); denotam o padrão de comportamento para com Deus, para com os homens e para consigo mesmo (1Co.9:27)”.

Paulo viveu de forma irrepreensível (1Tess.2:10). A palavra “irrepreensível” tem a ver com o reflexo público da vida. Isso fala de uma relação correta com os outros. Os inimigos de Paulo podiam odiá-lo, acusá-lo, e até assacar contra ele pesadas e levianas acusações, mas não podiam encontrar nada para envergonhá-lo. Paulo era um obreiro irrepreensível. Ciente da influência que sua vida exercia sobre os fiéis, o apóstolo diz: “para vos dar em nós mesmos exemplo, para nos imitardes” (2Ts.3:9). Assim, o grau de comprometimento adotado pelo crente com os valores do Reino é o reflexo do nível de sua comunhão com Deus (1Co.10:32).

III. CONVICÇÃO SOCIAL

1. Bem-estar comum

O papel da igreja é o de proclamar o Evangelho (Mt.28:19) e aliviar o sofrimento promovendo o bem-estar social entre os irmãos (Tg.2:15-17). Paulo teve essa preocupação em seu ministério. Veja o que ele disse à Igreja de Tessalônica:

“Embora, como apóstolos de Cristo, pudéssemos ter sido um peso, tornamo-nos bondosos entre vocês, como uma mãe que cuida dos próprios filhos. Sentindo, assim, tanta afeição por vocês, decidimos dar-lhes não somente o evangelho de Deus, mas também a nossa própria vida, porque vocês se tornaram muito amados por nós” (1Tes.2:7,8).

Paulo foi como uma mãe para os crentes de Tessalônica. Uma mãe é aquela que quando tem apenas um pão para repartir fala para o filho que não está com fome. Uma mãe se dispõe a renunciar aos seus direitos a favor dos filhos. De modo semelhante, Paulo tinha o direito de exigir dos tessalonicenses o seu sustento, mas ele abnegada e voluntariamente abriu mão desses direitos para suprir as necessidades dos tessalonicenses como uma mãe carinhosa que acaricia os próprios filhos. Paulo não era um mercenário, mas um pastor. Ele não apascentava a si mesmo, mas o rebanho de Deus. Ele colocava a necessidade dos outros acima das suas necessidades.

Como uma mãe, Paulo cuidou dos seus filhos espirituais com sacrifício cabal (1Tes.2:8). Ele estava pronto a dar a própria vida pelos crentes de Tessalônica. O pastor verdadeiro, aquele que imita o supremo Pastor, dá a vida pelas suas ovelhas (João 10:11); ele não vive para explorá-las, mas para servi-las; seu ministério é de doação e não de exploração. Seu sacrifício é cabal, igual a uma mãe que está pronta a dar sua própria vida para proteger o filho; seu amor é sacrificial. Foi esse fato que permitiu ao rei Salomão descobrir qual mulher era a mãe verdadeira da criança sobrevivente (1Rs.3:16-28).

O procedimento de Paulo também se equipara ao procedimento de um pai amoroso que se interessa pelos problemas dos filhos (1Ts.2:11b). Era assim que Paulo encorajava, confortava e servia de exemplo à igreja (1Ts.2:11a). Um pai não deve apenas sustentar a família com trabalho e ensinar-lhe com exemplo, mas também deve ter tempo para conversar com os membros da família. Paulo sabia da importância de ensinar os novos crentes.

Paulo não era um pregador estrela que só gostava do glamour da multidão. Ele passava tempo com cada pessoa. Ele era um pai para quem cada filho tinha um valor singular e por quem estava pronto a dar sua própria vida. O propósito de Paulo ao ensinar os seus filhos na fé era que eles vivessem de modo digno diante de Deus. O alvo de Paulo era levar os crentes à maturidade espiritual; os tessalonicenses deveriam atingir a plenitude da estatura de Cristo.

Assim como fez Paulo, a Igreja de hoje deve agir na busca da maturidade cristã e espiritual, jamais olvidando o bem-estar comum das pessoas, quer seja crente ou descrente. Como diz o pr. Douglas, a dedicação exclusiva de uma parte em detrimento da outra não retrata o Evangelho de Cristo (Tg.4:17).

2. Dedicação altruísta

Altruísmo é um tipo de comportamento em que as ações voluntárias de um individuo beneficiam outros. No sentido comum do termo, é, muitas vezes, percebida como sinônimo de solidariedade. O apóstolo Paulo foi um dedicado altruísta que visava somente o bem das pessoas. Ele não mediu esforços para que o Evangelho de Cristo fosse propagado, pois visava que as pessoas saíssem das trevas da incredulidade, e viessem à luz de Cristo e fossem salvas (Atos 20:24).

Pela dedicação altruísta e exclusiva na evangelização, no discipulado e no pastoreado, Paulo tinha o direito de ser sustentado pela Igreja, mas ele decidiu nada receber (cf.1Ts.2:7). Desta feita, para prover o seu sustento, Paulo valeu-se de seu ofício de fabricante de tendas (Atos 18:3). Acerca disso, recordava aos irmãos do seu labor e fadiga; e de como, noite e dia laborava para não viver à custa de nenhum dos irmãos (1Ts.2:9). Para não se tornar um fardo para a igreja, ele se desgastou numa atividade laboral extenuante.

Embora a igreja de Filipos tenha enviado duas vezes dinheiro para ajudá-lo em Tessalônica (cf.Fp.4:15,16), embora fosse seu direito exigir sustento da igreja (1Ts.2:7), Paulo decidiu trabalhar para se sustentar (2Ts.3:6-12). Ninguém podia acusá-lo de ganância financeira (Atos 20:31; 2Co.12:14). Mesmo tendo o direito legitimo de exigir seu sustento (1Co.9:14; 1Tm.5:18), não dependia dele para fazer a obra de Deus. Paulo não usou dessa justa prerrogativa, porque conhecia a extrema pobreza da igreja de seu tempo (2Co.8:1,2); suportou as restrições financeiras para não criar obstáculo ao Evangelho (1Co.9:11,12), e que tudo fez para ganhar o maior número possível de pessoas para Cristo (1Co.9:19). Paulo não estava no ministério por causa de dinheiro. Sua motivação nunca foi o dinheiro, mas a glória de Deus, a salvação dos perdidos e a edificação da Igreja do Senhor Jesus.

Aprendemos com Paulo que o amor sacrificial, o trabalho voluntário e despreendido são essenciais para o crescimento do Reino de Cristo, e devem fazer parte de uma profunda convicção cristã como contraponto claro ao “espírito da Babilônia” que é o oposto do altruísmo cristão.

CONCLUSÃO

Sendo o apóstolo Paulo um paradigma à nossa maturidade cristã, moral e espiritual, concluímos esta Lição enfatizando a necessidade de cada crente manter firme a sua convicção cristã em defesa dos interesses do Reino de Deus na Terra. É imperioso que busquemos ter uma convicção espiritual resultante do poder do Espírito Santo (1Ts.2:4), uma convicção moral como reflexo do temor que temos a Deus (1Ts.2:5) e uma convicção social que deve ser demonstrada pela abnegação em servir (1Ts.2:9).

Fonte: http://luloure.blogspot.com/2023/09/cultivando-conviccao-crista.html