Escola Bíblica Dominical
Igreja Evangélica Assembleia de Deus
Rua Fredrico maia - 49
Viçoca - Alagoas
Segundo Trimestre de 2010
I - INTRODUÇÃO:
Desde o ventre materno, Jeremias foi escolhido por Deus para ser profeta. Portanto, o que ele falou, mesmo em desacordo com a vontade do povo, foi a mensagem divina contra a idolatria judaica. Perseguido e preso, persistiu no propósito de combater o erro, a fim de que a nação se arrependesse e fosse salva do cativeiro. O ministério de Jeremias durou cerca de 40 anos e se estendeu pelo reinado dos cinco últimos reis de Judá, quais sejam:
(1) - Josias - O soberano por meio do qual aconteceu o último despertamento espiritual de Judá - II Cr 34 e 35;
(2) - Jeoacaz, também chamado Salum, o qual, após três meses de governo, foi deposto e levado para o Egito - Jr 22:11-12; II Cr 36:1-4;
(3) - Jeoiaquim, também chamado Eliaquim, irmão de Jeoacaz - II Cr 36:4-8 - Rei idólatra e mau, que foi duramente repreendido por Jeremias - II Rs 23:7; Jr 22:13-19;
(4) - Joaquim, também chamado de Conias ou Jeconias - Jr 22:24; 24:1 - reinou por um período de três meses; e
(5) - Zedequias, também chamado de Matanias. Era o tio do rei Joaquim e, portanto, filho do rei Josias - II Rs 24:17 - Foi um rei fraco, vacilante e joguete nas mãos dos políticos de sua época. Não se humilhou perante o profeta Jeremias que lhe falava da parte do Senhor. Por sua desobediência à Palavra de Deus, pagou muito caro - II Cr 36:12; II Rs 25:5-7.
Só nas mãos de Jeová seria possível a um jovem, nascido numa aldeia de um país insignificante na arena política do mundo, chegar a influenciar o destino das nações. Mas foi isto que Deus propôs ao jovem Jeremias. Não é de admirar que sua reação tenha sido: “SOU UM MENINO”.
Deus, entretanto, não precisa tanto de homens experimentados quanto de homens dedicados; o Senhor dá a capacidade e experiência necessárias para que Sua obra seja executada; tudo para Sua honra e glória.
II - A IGREJA E O PODER POLÍTICO NO BRASIL:
- Pelo livro do Profeta Jeremias vemos que não é possível unir a vida política com a religiosa. A maioria dos reis de Judá perseguiu o Profeta Jeremias, não dando ouvidos às advertências de Deus.
- Nos últimos tempos em nosso País, principalmente por ocasião das eleições, podemos ouvir com bastante freqüência e fervor muitos pregadores e líderes evangélicos afirmando que a Igreja deve conquistar o poder político no Brasil e impor sobre a sociedade um governo baseado na Bíblia Sagrada.
- Multiplicam-se as vozes a favor do domínio da Igreja sobre as instituições sociais e políticas da nação. Surgiram há alguns anos as seguintes frases:
- (1) - “O Brasil é do Senhor Jesus! Povo de Deus, declare isso!”
- (2) - “A solução dos problemas do Brasil está na Igreja!”
- (3) - “Chegou a hora de a Igreja ocupar os postos de liderança desta nação!”
- (4) - “O caos social, político e econômico do Brasil é decorrência, numa primeira instância, das maldições espirituais que repousam sobre o nosso país!”
- (5) - “Já somos 35 milhões de evangélico no Brasil e está na hora de assumirmos o governo deste País!”
- No entanto, a situação política, social e econômica do Brasil não é decorrência apenas da situação espiritual. Se assim o fosse, o Japão não seria uma das maiores potências do mundo. Ora, o que predomina lá é o Budismo, o Xintoísmo e o culto aos antepassados. Logo, os problemas do Brasil são bastante complexos e não serão resolvidos apenas com a eleição de alguns evangélicos ou de um Presidente da República cristão.
- Para piorar a situação, podemos constatar, ao longo dos anos, que o envolvimento de muitos evangélicos com a política tem produzido resultados desanimadores, um vexame para a Igreja do Senhor. Muitos evangélicos, depois de eleitos, perceberam que legislar não é a mesma coisa que contar histórias bíblicas ou dar gritos de “glória Deus e aleluia!”
III - BASE BÍBLICA USADA PELOS ADEPTOS DA TEOLOGIA DO DOMÍNIO:
III.1 - Gn 1:26-28
- REFUTAÇÃO - A ordem original que Deus deu ao homem era o domínio sobre o ambiente e não sobre os seus semelhantes;
III.2 - Mt 28:18-20
- REFUTAÇÃO - Fazer discípulos de todas as nações não significa ensinar princípios bíblicos às instituições políticas do mundo.
- De fato, o N.T. usa “nações” para referir-se a entidades políticas (Mc 13:8; At 2:11). Mas também (e com maior frequencia) para grupos de pessoas, especialmente gentios (Mt 6:32; Gl 2:9; Ef 2:11). Além disso, batizam-se e ensinam-se à pessoas e não à instituições civis!
IV - EXEMPLOS BÍBLICOS DA VIDA POLÍTICA EM DESARMONIA COM A RELIGIOSA:
IV.1 - I Sm 13:8-14:
Acumular os atributos dos sacerdotes com os do rei era proibido aos judeus. Saul foi desobediente ao porta-voz de Deus. Ao invés de esperar por Samuel, ofereceu um holocausto para unir o povo e prepará-lo para a guerra. Preferiu adorar a ética situacionista, em vez da ética bíblica e, depois, ofereceu desculpas para sua conduta. Saul tentou se justificar ao invés de confessar seu pecado (Lv 14:19-20).
IV.2 - I Rs 21:17-29; II Rs 1:1-17:
- Em atenção à humildade do terceiro capitão, Elias recebeu ordem do Anjo do Senhor para descer. Mas não recebeu ordem de alterar a mensagem que Deus tinha para aquele rei!
IV.3 - II Cr 26:16-21:
- Homens de firmeza - sua firmeza e sua coragem provinham do hábito de respeitarem mais a Deus do que aos homens. Deus julgou Uzias acometendo-o de lepra por ter usurpado prerrogativas que cabiam aos sacerdotes (Ex 30:1-10).
- Aqueles sacerdotes resistiram ao rei. O rei não podia reger fora do alcance de sua autoridade. A lei considerava todos os leprosos como cerimonialmente imundo, INCLUSIVE O REI.
- Uzias não se separou do pecado e para o Senhor. Por isso, Deus o separou dos amigos, da sua família, do seu trono e do santo Templo, que pertence ao Santo Deus.
IV.4 - Jo 18:28-38:
- Ainda que o reino de Cristo não seja reino político, tem ministros leais. Não sendo deste mundo, sua realidade celestial se demonstra na persuasão do amor e não nas armas. O rei é Cristo que reina pela força da verdade (Sl 91:4; 93:1-2, 5)
IV.5 - Dn 4:17-18, 24-27; 5:1-29:
- Daniel tinha plena consciência da sua alta missão profética. Não era hora de levantar interpretação que agradassem à casa real, nem de considerar a autoridade humana, e, portanto, as honras carnais eram desprezadas, pois bem sabia Daniel de quão pouco valiam. Daniel não poupou a família real.
IV.6 - Ne 6:10-14:
- Semaías alegou ter recebido uma revelação especial sobre um atentado contra a vida de Neemias e sugeriu que o lugar santo no Templo em Jerusalém era o único lugar seguro para Neemias. Tal sugestão, todavia, desmascarou a traição de Semaías, uma vez que somente os sacerdotes podiam entrar no lugar santo (Nm 18:7)
IV.7 - Jo 6:9-15; Mt 4:8-10:
- Jesus não aceitou tornar-se um líder político e ainda resistiu e desprezou a oferta de Satanás, não caindo, portanto, em tentação.
V - SOMOS UM POVO SACERDOTAL E PROFÉTICO:
Jr 1:1 - Sendo de família sacerdotal, ou seja, da Tribo de Levi, descendente de Arão, Jeremias também é sacerdote por hereditariedade, mas Deus lhe deu a missão de PROFETA, isto é, “ALGUÉM QUE FALA”, “UM PORTA-VOZ” da mensagem de Jeová.
II Pe 2:9 - “Mas vós sois… o sacerdócio real… para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou…”
Diante do quadro caótico na política, será que estamos em condições de executarmos um ministério idêntico ao de Jeremias? Ou seja, de exercermos as funções de sacerdotes e de profetas? Meditemos:
V.1 - OS SERVIÇOS DOS SACERDOTES:
(1) - Tomar conta do tabernáculo - Nm 18:1, 5, 7 - Tenhamos zelo pela Casa do Senhor;
(2) - Acender e conservar em ordem as lâmpadas do santuário - Ex 27:20-21; Lv 24:3-4 - Sejamos cheios da Palavra (lâmpada) e da presença de Cristo, a Luz do mundo;
(3) - Conservar sempre aceso o fogo do altar - Lv 6:12-13 - Estejamos sempre na presença de Deus, em santificação;
(4) - Queimar incenso - Ex 30:7-8; Lc 1:9 - Oremos sem cessar;
(5) - Colocar e remover os pães da proposição - Lv 24:5-9 - Tenhamos sempre comunhão uns com os outros;
(6) - Abençoar o povo - Nm 6:23-27 - Na autoridade do nome de Jesus, ministremos as bênçãos celestiais ao povo de Deus;
(7) - Purificar os imundos - Lv 15:30-31 - Oremos para que Deus perdoe nossos pecados;
(8) - Decidir os casos de ciúmes - Nm 5:14-15 - Não fiquemos enciumados por aquele (a) que o Senhor tem usado em Sua obra: Deus usa quem Ele quer, como quer e quando quer;
(9) - Decidir casos de lepra - Lv 13:1-59; 14:34-35 - Não brinquemos com o pecado; onde ele habitar, a santidade será extinta;
(10) - Julgar os casos de controvérsia - Dt 17:8-13; 21:5 - Nossa palavra seja sim, sim e não, não;
(11) - Ensinar a lei - Dt 33:8-10; Ml 2:7 - Estudemos com afinco a Palavra do Senhor, pois não podemos ensinar o que não sabemos;
(12) - Transportar a arca - Js 3:6, 17; 6:12 - Onde pisarmos a planta dos nossos pés, a presença de Deus estará conosco;
(13) - Encorajar o povo a ir à guerra - Dt 20:1-4 - Que os covardes e medrosos voltem para casa;
(14) - Tocar as trombetas em várias ocasiões - Nm 10:1-10; Js 6:3-4 - Não nos calemos diante do pecado; clamemos contra ele, em nome de Jesus;
(15) - Não podiam casar-se com mulheres divorciadas ou impróprias - Lv 21:7 - Não esqueçamos: Deus odeia o repúdio, o divórcio - Ml 2:16;
(16) - Não podiam beber vinho - Lv 10:9; Ez 44:21 - Não vos embriagueis com vinho em que há contendas, mas enchei-vos do Espírito Santo;
(17) - Enquanto estivessem imundos, não podiam realizar qualquer serviço - Lv 22:1-2 cf Nm 19:6-7 - Enquanto estivermos em pecado, estaremos desqualificados para fazermos a obra do Senhor;
(18) - Enquanto estivessem imundos, não podiam comer das coisas santas - Lv 22:3-7 - Enquanto estivermos em pecado, não poderemos manter comunhão com Deus e a Sua Igreja; o pecado faz separação entre nós e Deus.
V.2 - OITO CARACTERÍSTICAS DO PROFETA:
(1) - Tem estreito relacionamento com Deus e se torna confidente do Senhor (Am 3.7).
(2) - Não somente ouve a voz de Deus, como também sente Seu coração (Jr 6.11; 15.16,17; 20.9).
(3) - À semelhança de Deus, o profeta ama profundamente o povo (Ez 18.23). Por isso, suas mensagens são cheias não somente advertências, como também palavras de esperança e consolo.
(4) - O profeta busca o sumo bem do povo, isto é, total confiança em Deus e lealdade a Ele; eis porque advertia contra a confiança na sabedoria, riqueza, poder humanos e nos falsos deuses (Jr 8.9,10; Os 10.13, 14; Am 6.8).
(5) - O profeta tem profunda sensibilidade diante do pecado e do mal (Jr 2.12,13,19; 25.3-7; Am 8.4-7; Mq 3.8).
(6) - O profeta desafia constantemente a santidade superficial e oca do povo, procurando desesperadamente encorajar a obediência sincera às palavras que Deus revelou na Lei - Jr 22:21 cf 29:10;
(7) - O profeta tem uma visão do futuro, revelada em condenação e destruição (Is 63.1-6; Jr 11.22,23; 13.15-21; Ez 14.12-21; Am 5.16-20,27), bem como em restauração e renovação (Is 65.17-66.24; Jr 33; Ez 37).
(8) - Finalmente, o profeta é, via de regra, um homem solitário e triste (Jr 14.17,18; 20.14-18; Am 7.10-13; Jn 3- 4), perseguido pelos falsos profetas que predizem paz, prosperidade e segurança para o povo que se acha em pecado diante de Deus (Jr 15.15; 20.1-6; 26.8-11; Am 5. 10 cf. Mt 23.29-36; At 7.51-53). Ao mesmo tempo, o profeta verdadeiro é reconhecido como homem Deus, não havendo, pois, como ignorar o seu caráter e a sua mensagem.
VI - CONSIDERAÇÕES FINAIS:
Sempre que um cristão tiver a oportunidade de exercer um cargo público (O QUE NÃO É NENHUM PECADO), deve fazê-lo com justiça e com ética cristã, tendo em mente que terá que prestar contas a Deus dos privilégios e responsabilidades que lhe forem atribuídas.
No entanto, a ética cristã na Igreja evangélica brasileira está tão comprometida hoje, que o risco de votar em crente é muito maior do que votar no descrente. Porque, pelo menos, o descrente não trará escândalo para o Evangelho e a Igreja de Deus.
Por isso, é muito difícil um obreiro, o qual tem a chamada divina para o ministério, conciliar a obra de Deus e a política, pois uma é eterna e a outra terrena. Deve, por isso, dedicar-se somente à primeira, da qual dará conta na eternidade.
Um obreiro realmente chamado por Deus e em plena atividade ministerial, não deve jamais trocar sua chamada por qualquer outra coisa. Caso venha fazê-lo, que deixe o exercício do ministério. Além disso, não podemos esquecer que a missão principal da Igreja antes da volta do Senhor é o evangelismo e o discipulado, e não formar cruzadas para tomar o poder ou conquistar o domínio político numa nação ou no mundo.
Finalizando: Uma das perguntas básicas neste assunto é:
- “Lá no Congresso Nacional, nas Assembléias Legislativas e nas Câmaras dos Vereadores tem ministração da Santa Ceia? Tem oração? Tem pregação e estudo da Palavra de Deus? Podemos orar e falarmos em mistérios com Deus?…” -
Não???!!!….
Então, homem e mulher de Deus, em nome de Jesus:
- “… ATENTA PARA O MINISTÉRIO QUE RECEBESTE NO SENHOR, PARA QUE O CUMPRAS” - Cl 4:17
Amém.
segunda-feira, 29 de março de 2010
terça-feira, 23 de março de 2010
13ª Lição: Solenes Advertências Pastorais
Igreja Evangélica Assembleia de Deus
Rua Frederico Maia - 49 - Viçosa - Alagoas
Escola Bíblica Dominical
LIÇÃO 13 SOLENES ADVERTÊNCIAS PASTORAIS
INTRODUÇÃO
Nesta lição, Paulo conclui a sua defesa e a sua autoridade apostólica com importantes advertências a igreja de Corinto. O objetivo de Paulo é de edificação e moralidade na vida daquela comunidade eclesiástica. ” Examinai-vos a vós mesmos, se permaneceis na fé; provai-vos a vós mesmos. Ou não sabeis quanto a vós mesmos, que Jesus Cristo está em vós? Se não é que já estais reprovados.” (II Co 13: 5)
I - PREOCUPAÇÕES PASTORAIS DE PAULO
O apóstolo Paulo tinha algumas preocupações com a igreja de Corinto devido alguns fatores que surgiram no seio da igreja. A preocupação de Paulo era maior para com os coríntios do que para consigo mesmo. Ele já havia expressado esta preocupação quando da possibilidade de que alguns poderiam não ter se arrependido. Ele fez uma série de advertências, dentre elas estão:
1.1- A defesa do seu apostolado- Ele se preocupava com o estado de sua reputação entre os homens, bem como desejava receber confiança e amor da parte deles. Nenhum homem pode recomendar-se a si mesmo; e mesmo que venha a convencer a outros acerca de sua retidão, nem por isso pode sentir-se aprovado. Somente Deus pode outorgar-se a verdadeira aprovação. “Cuidais que ainda nos desculpamos convosco? Falamos em Cristo perante Deus, e tudo isto, ó amados, para vossa edificação.” ( II Co 12:19)
1.2- “…em Cristo…” Em outras palavras, Paulo tinha falado como alguém que se encontra em união vital com o Senhor Jesus .
“Sempre dou graças ao meu Deus por vós pela graça de Deus que vos foi dada em Jesus Cristo.” (I Co 1:4) Esta expressão significa mais do que “como um cristão”, porquanto fala da união vital que identifica um remido com Jesus Cristo.
Aquele vínculo com Cristo impedia Paulo de ser realmente aquilo que seus detratores o acusavam de ser, isto é, “astuto”, “hipócrita” e ” desonesto”.
1.3 - “…perante Deus…” Como quem agia sob a observação dos olhos de Deus, como quem levava em conta a avaliação divina, como quem se sujeitava ao julgamento do Senhor. A Deus é que Paulo se sentia responsável, e não perante os crentes coríntios. Paulo deixa aqui entendido que, na realidade, ele não tinha necessidade de defender-se. A sua vida em Cristo, perante Deus, era a sua real defesa aos homens, para provar qualquer coisa. Não obstante, Paulo apresentara aquela apologia visando o bem dos crentes coríntios, e não a sua própria vantagem ( II Co 2:17; I Co 4:3,4; 1:18,23; 4:2; 5:11;7:12; 11:11,31; Rm1:8; 9:1; Fil 1:8; I Tes. 2:5:10).
1.4- “…Desculpando convosco…” No grego, temos a palavra “apologeomai”, que significa “fazer a defesa”, e não “apresentar desculpas”, que é o sentido da palavra moderna ” apologia”. Na realidade, Paulo não estava falando aqui em pedir desculpas e nem expressava alguma forma de tristeza por causa de alguma ação ou palavra sua. Pelo contrário, Paulo asseverava que não tinha nenhuma necessidade autêntica de defender-se perante os crentes coríntios. No entanto, expusera tal defesa, visando edificação deles (I Co 9:3; Fil 1:7; II Tm 4:16)
TEMAS ENCONTRADOS NA II CARTA DE PAULO AOS CORÍNTIOS
PROVAS Paulo experimentou: sofrimento, perseguição e oposiçãoem seu ministério ( II Tm 3:11;II Co 12:10; I Pe 1:11). Deus é quem nos ajuda nas dificuldades (Rm8:35-37).
DISCIPLINA Paulo defende o seu papel na disciplina da igreja.Imoralidade e falsos ensinos eram combatidos (Hb 12:8). A disciplina na igreja serve de correção, nãode vingança. O amor deve reinar nas nossas
ações de correção (I Tm 5:20).
ESPERANÇA Paulo encorajou os coríntios em meio as lutas. Esperançade um novo corpo glorificado (II Co 10:15;II Co 1:7, Rm
5:2; II Tes1:10).
Receberemos novos corpos. A fidelidade aDeus resultará em triunfo ( II Tes 1:12; I Pe
4:11).
SÃ DOUTRINA Houve desafios da parte dos falsos mestres, porém Paulo sepreocupou com as pessoas em defesa da doutrina (Jo
7:17;II Tm 4:3; Ef.4:14).
Nossa motivação está em ensinar a Palavrade Deus (I Tm 4:13; I Tm 6:2).
II - O PROPÓSITO DA DISCIPLINA DA IGREJA POR PAULO
Paulo tinha um propósito específico para a igreja de Corinto: fortalecer o caráter, consolidar a fé dos coríntios e evitar transtornos entre os crentes daquela época.(Col 2:23, Hb 12:8) A disciplina tem o objetivo de edificar moral e espiritualmente os crentes e não de destruí-las. A exortação mediante o amor fraternal deve permear nesta recomendação pastoral. “Eu de muito boa vontade gastarei, e me deixarei gastar pelas vossas almas, ainda que, amando-vos cada vez mais, seja menos amado”. (II Co 12:19)
2.1 “… Receio que… o meu Deus me humilhe no meio de vós…” Por ocasião de sua segunda visita a Corinto, Paulo fora ultrajado, tendo-se sentido humilhado em face das condições que encontrou naquela comunidade cristã. E agora temia que, na terceira visita que ali planejava fazer, não encontrasse condições melhoradas, tendo de passar novamente pela mesma forma de humilhação, vendo seus filhos espirituais tão vendidos pelo pecado, ao egoísmo e à carnalidade.
Paulo emprega três termos similares e que entrecruzam, a fim de expressar o pecado constante dos crentes coríntios, que eram a prática sexual ilícita, a imoralidade e a falta de arrependimento.
2.2- Promover harmonia e arrependimento - Os coríntios precisavam harmonizar e se arrepender de seus atos pecaminosos ( II Co 7:10; II Tm 2:25; Hb 6:1,6).
2.3 - Fortalecer o caráter dos crentes- Caráter do grego, “Kharackter”, significa marca, sinal de distinção, natureza básica do ser humano que o torna responsável pelos seus atos tanto diante de Deus como diante de seus semelhantes(I Pe 5:10, Rm14:4; Hb 12:17). O caráter moral tem como ressonância elementar a consciência que, com voz secreta que temos na alma, aprova ou nos reprova as ações.
2.4 - Consolidar a fé dos coríntios- Eles precisavam crescer e amadurecer a sua espiritualidade. Paulo desejava que todas as divisões entre eles fossem curadas, que não houvesse entre eles contendas e iras. Era preciso evitar pendências, invejas, detratações, mexericos e outros inimigos da paz. (I Co 1:8; II Co 12:20; Gl 5:21; I Tm 6:4; I Pe 2:1)
2.5 - Orientações paulina sobre a disciplina - Paulo dá orientações a respeito da disciplina de forma exortativa para o bem estar e o crescimento espiritual dos corintios. (II Co 2 :5-10) ” Porque aqueles, na verdade, por um pouco de tempo, nos corrigiam como bem lhes parecia; mas este, para nosso proveito, para sermos participantes da sua santidade”(Hb 12:10). A disciplina na igreja tem o objetivo de buscar restauração na vida do crente.
III - ALGUMAS RECOMENDAÇÕES FINAIS
O apóstolo Paulo encerra sua carta fazendo as últimas recomendações, aconselhando os cristãos daquela época fazerem um auto-exame de suas vidas. O propósito de Paulo nestas recomendações finais era de mostrar que os coríntios podiam reconhecer o relacionamento sincero e a fidelidade dos crentes em Cristo. “Porque nos regozijamos de estar fracos, quando vós estais fortes; e o que desejamos é a vossa perfeição.” (II Co 13:9)
Paulo alegrava-se em estar fraco, se isso significava que os coríntios estão fortes (II Co 12:7-10; Ef. 6:10) Ele já havia dito que a sua meta era edificá-los, construí-los (II Co 10:8). Sua oração era pela perfeição deles, ou seja, que fossem completos pelo treinamento, pela aprendizagem disciplinada (Ef.4:12; Hb 6:1). Deus lhe deu autoridade para edificar os crentes e não para destruí-los ou desanima-los na caminhada.
CONCLUSÃO
Nesta lição aprendemos a preocupação de Paulo com os crentes de Corinto pelas recomendações finais desta epístola, onde o apóstolo, através de advertências da disciplina, maturidade cristã, encorajamento e mudança de comportamento. Paulo gastou o seu tempo para melhor desenvolvimento ministerial. ” Eu de muito boa vontade gastarei, e me deixarei gastar pelas vossas almas, ainda que, amando-vos cada vez mais, seja menos amado.” (II Co 12:15)
Rua Frederico Maia - 49 - Viçosa - Alagoas
Escola Bíblica Dominical
LIÇÃO 13 SOLENES ADVERTÊNCIAS PASTORAIS
INTRODUÇÃO
Nesta lição, Paulo conclui a sua defesa e a sua autoridade apostólica com importantes advertências a igreja de Corinto. O objetivo de Paulo é de edificação e moralidade na vida daquela comunidade eclesiástica. ” Examinai-vos a vós mesmos, se permaneceis na fé; provai-vos a vós mesmos. Ou não sabeis quanto a vós mesmos, que Jesus Cristo está em vós? Se não é que já estais reprovados.” (II Co 13: 5)
I - PREOCUPAÇÕES PASTORAIS DE PAULO
O apóstolo Paulo tinha algumas preocupações com a igreja de Corinto devido alguns fatores que surgiram no seio da igreja. A preocupação de Paulo era maior para com os coríntios do que para consigo mesmo. Ele já havia expressado esta preocupação quando da possibilidade de que alguns poderiam não ter se arrependido. Ele fez uma série de advertências, dentre elas estão:
1.1- A defesa do seu apostolado- Ele se preocupava com o estado de sua reputação entre os homens, bem como desejava receber confiança e amor da parte deles. Nenhum homem pode recomendar-se a si mesmo; e mesmo que venha a convencer a outros acerca de sua retidão, nem por isso pode sentir-se aprovado. Somente Deus pode outorgar-se a verdadeira aprovação. “Cuidais que ainda nos desculpamos convosco? Falamos em Cristo perante Deus, e tudo isto, ó amados, para vossa edificação.” ( II Co 12:19)
1.2- “…em Cristo…” Em outras palavras, Paulo tinha falado como alguém que se encontra em união vital com o Senhor Jesus .
“Sempre dou graças ao meu Deus por vós pela graça de Deus que vos foi dada em Jesus Cristo.” (I Co 1:4) Esta expressão significa mais do que “como um cristão”, porquanto fala da união vital que identifica um remido com Jesus Cristo.
Aquele vínculo com Cristo impedia Paulo de ser realmente aquilo que seus detratores o acusavam de ser, isto é, “astuto”, “hipócrita” e ” desonesto”.
1.3 - “…perante Deus…” Como quem agia sob a observação dos olhos de Deus, como quem levava em conta a avaliação divina, como quem se sujeitava ao julgamento do Senhor. A Deus é que Paulo se sentia responsável, e não perante os crentes coríntios. Paulo deixa aqui entendido que, na realidade, ele não tinha necessidade de defender-se. A sua vida em Cristo, perante Deus, era a sua real defesa aos homens, para provar qualquer coisa. Não obstante, Paulo apresentara aquela apologia visando o bem dos crentes coríntios, e não a sua própria vantagem ( II Co 2:17; I Co 4:3,4; 1:18,23; 4:2; 5:11;7:12; 11:11,31; Rm1:8; 9:1; Fil 1:8; I Tes. 2:5:10).
1.4- “…Desculpando convosco…” No grego, temos a palavra “apologeomai”, que significa “fazer a defesa”, e não “apresentar desculpas”, que é o sentido da palavra moderna ” apologia”. Na realidade, Paulo não estava falando aqui em pedir desculpas e nem expressava alguma forma de tristeza por causa de alguma ação ou palavra sua. Pelo contrário, Paulo asseverava que não tinha nenhuma necessidade autêntica de defender-se perante os crentes coríntios. No entanto, expusera tal defesa, visando edificação deles (I Co 9:3; Fil 1:7; II Tm 4:16)
TEMAS ENCONTRADOS NA II CARTA DE PAULO AOS CORÍNTIOS
PROVAS Paulo experimentou: sofrimento, perseguição e oposiçãoem seu ministério ( II Tm 3:11;II Co 12:10; I Pe 1:11). Deus é quem nos ajuda nas dificuldades (Rm8:35-37).
DISCIPLINA Paulo defende o seu papel na disciplina da igreja.Imoralidade e falsos ensinos eram combatidos (Hb 12:8). A disciplina na igreja serve de correção, nãode vingança. O amor deve reinar nas nossas
ações de correção (I Tm 5:20).
ESPERANÇA Paulo encorajou os coríntios em meio as lutas. Esperançade um novo corpo glorificado (II Co 10:15;II Co 1:7, Rm
5:2; II Tes1:10).
Receberemos novos corpos. A fidelidade aDeus resultará em triunfo ( II Tes 1:12; I Pe
4:11).
SÃ DOUTRINA Houve desafios da parte dos falsos mestres, porém Paulo sepreocupou com as pessoas em defesa da doutrina (Jo
7:17;II Tm 4:3; Ef.4:14).
Nossa motivação está em ensinar a Palavrade Deus (I Tm 4:13; I Tm 6:2).
II - O PROPÓSITO DA DISCIPLINA DA IGREJA POR PAULO
Paulo tinha um propósito específico para a igreja de Corinto: fortalecer o caráter, consolidar a fé dos coríntios e evitar transtornos entre os crentes daquela época.(Col 2:23, Hb 12:8) A disciplina tem o objetivo de edificar moral e espiritualmente os crentes e não de destruí-las. A exortação mediante o amor fraternal deve permear nesta recomendação pastoral. “Eu de muito boa vontade gastarei, e me deixarei gastar pelas vossas almas, ainda que, amando-vos cada vez mais, seja menos amado”. (II Co 12:19)
2.1 “… Receio que… o meu Deus me humilhe no meio de vós…” Por ocasião de sua segunda visita a Corinto, Paulo fora ultrajado, tendo-se sentido humilhado em face das condições que encontrou naquela comunidade cristã. E agora temia que, na terceira visita que ali planejava fazer, não encontrasse condições melhoradas, tendo de passar novamente pela mesma forma de humilhação, vendo seus filhos espirituais tão vendidos pelo pecado, ao egoísmo e à carnalidade.
Paulo emprega três termos similares e que entrecruzam, a fim de expressar o pecado constante dos crentes coríntios, que eram a prática sexual ilícita, a imoralidade e a falta de arrependimento.
2.2- Promover harmonia e arrependimento - Os coríntios precisavam harmonizar e se arrepender de seus atos pecaminosos ( II Co 7:10; II Tm 2:25; Hb 6:1,6).
2.3 - Fortalecer o caráter dos crentes- Caráter do grego, “Kharackter”, significa marca, sinal de distinção, natureza básica do ser humano que o torna responsável pelos seus atos tanto diante de Deus como diante de seus semelhantes(I Pe 5:10, Rm14:4; Hb 12:17). O caráter moral tem como ressonância elementar a consciência que, com voz secreta que temos na alma, aprova ou nos reprova as ações.
2.4 - Consolidar a fé dos coríntios- Eles precisavam crescer e amadurecer a sua espiritualidade. Paulo desejava que todas as divisões entre eles fossem curadas, que não houvesse entre eles contendas e iras. Era preciso evitar pendências, invejas, detratações, mexericos e outros inimigos da paz. (I Co 1:8; II Co 12:20; Gl 5:21; I Tm 6:4; I Pe 2:1)
2.5 - Orientações paulina sobre a disciplina - Paulo dá orientações a respeito da disciplina de forma exortativa para o bem estar e o crescimento espiritual dos corintios. (II Co 2 :5-10) ” Porque aqueles, na verdade, por um pouco de tempo, nos corrigiam como bem lhes parecia; mas este, para nosso proveito, para sermos participantes da sua santidade”(Hb 12:10). A disciplina na igreja tem o objetivo de buscar restauração na vida do crente.
III - ALGUMAS RECOMENDAÇÕES FINAIS
O apóstolo Paulo encerra sua carta fazendo as últimas recomendações, aconselhando os cristãos daquela época fazerem um auto-exame de suas vidas. O propósito de Paulo nestas recomendações finais era de mostrar que os coríntios podiam reconhecer o relacionamento sincero e a fidelidade dos crentes em Cristo. “Porque nos regozijamos de estar fracos, quando vós estais fortes; e o que desejamos é a vossa perfeição.” (II Co 13:9)
Paulo alegrava-se em estar fraco, se isso significava que os coríntios estão fortes (II Co 12:7-10; Ef. 6:10) Ele já havia dito que a sua meta era edificá-los, construí-los (II Co 10:8). Sua oração era pela perfeição deles, ou seja, que fossem completos pelo treinamento, pela aprendizagem disciplinada (Ef.4:12; Hb 6:1). Deus lhe deu autoridade para edificar os crentes e não para destruí-los ou desanima-los na caminhada.
CONCLUSÃO
Nesta lição aprendemos a preocupação de Paulo com os crentes de Corinto pelas recomendações finais desta epístola, onde o apóstolo, através de advertências da disciplina, maturidade cristã, encorajamento e mudança de comportamento. Paulo gastou o seu tempo para melhor desenvolvimento ministerial. ” Eu de muito boa vontade gastarei, e me deixarei gastar pelas vossas almas, ainda que, amando-vos cada vez mais, seja menos amado.” (II Co 12:15)
terça-feira, 16 de março de 2010
12ª Lição: Visões e revelações do Senhor
Escola Bíblica Dominical
Igreja Evangélica Assembleia de Deus
Rua Frederico Maia - 49
Viçosa - Alagoas
Leitura Bíblica em Classe
2 Co 12.1-4,7-10,12
Introdução
I. A glória passageira de sua biografia (vv.11-33)
II. A glória das revelações e visões espirituais (12.1-4)
III. A glória dos sofrimentos por causa de Cristo (12.7-10)
Conclusão
Tema do Subsídio
Perspectivas bíblicas e teológicas para o problema do sofrimento
A Bíblia Sagrada, Palavra de Deus, declara que o sofrimento humano é consequência da queda de Adão. A representação humana, por Adão, no jardim do Éden, trouxe a condenação a todos os homens. Esse ato não surgiu da volição de Deus, mas da vontade humana.
Na Escritura Sacra a questão não é “Se Deus é Justo?”, mas “como podemos (nós os humanos) justificarmos?” A queda foi resultado da rebelião de Adão. O pecado fez o homem cair, denotando as catástrofes de natureza cosmológica (Rm 8.20,22). Logo a natureza do sofrimento humano precisa ser vista sobre o ponto de vista bíblico antropológico, ou seja, as consequências das ações do homem.
O servo sofredor e a expiação de Cristo
O Evangelho de Cristo é integral, tanto corresponde a esfera material (corpo) quanto a esfera imaterial (alma/espírito). Em Isaías 53, é estabelecido o sofrimento do Servo Sofredor como pressuposto para a cura divina na expiação. O evangelista Mateus afirma exatamente o caráter curador físico da expiação. Isso é totalmente relevante porque os ensinos bíblicos da salvação e a natureza humana acham-se interligados, já que o ser humano não é uma associação desorganizada de corpo, alma e espírito. O ser humano é uma unidade e a salvação se aplica a todas as facetas da existência humana. “O Evangelho inteiro para a pessoa inteira” é um tema genuinamente bíblico que precisa ser reiterado a cada dia.
Reflexão:
“Se a raça humana foi criada por Deus para desfrutar integralmente de tudo, e esta era mesmo a sua intenção é razoável deduzir pelas evidências bíblicas que a cura (pelo menos num sentido limitado) faz parte da obra salvífica de Deus em Cristo.”
HORTON, Stanley M., Ed. Teologia Sistemática, uma perspectiva pentecostal. Rio de Janeiro, CPAD, 1996, p. 512.
Problemas Doutrinários sobre o sofrimento e o caráter limitado da restauração humana
A concepção triunfalista da extinção do sofrimento não é amparada pelos pressupostos bíblicos. O desejo de Deus é abençoar a sua criação e jamais amaldiçoá-la (Gn 12.3; Tg 1.17), porém, isso não significa que no tempo presente estamos livres de todo e qualquer tipo de sofrimento.
A conhecida fórmula da fé, baseada nas confissões humanas, tem sido o maior empecilho para compreender e viver de fato as benesses do Evangelho genuíno. Há vários problemas relacionados a esse movimento da fórmula da fé. Para eles é vergonhoso o crente está enfermo, porque há promessa da libertação total do sofrimento físico, riquezas e glórias são o que esperam os crentes. A confissão positiva mascara a realidade óbvia da vida, ou seja, o estabelecimento de um novo pensamento que nega a realidade do mundo físico é uma fuga da realidade.
Todos esses pressupostos são contraditórios aos ensinos das Escrituras. O apóstolo Paulo se refere aos sofrimentos da vida (físicos) que serão completamente removidos na redenção futura desse corpo físico, quando então os crentes a semelhança do Cristo ressuscitado terão seus corpos transformados. Em Romanos 8.18-27 fica explícita a condição presente da vida humana, totalmente envolvida em aflição e gemidos, denotando o caráter limitado da restauração humana no tempo presente, ou seja, a completa restauração do homem ainda estar por vir (Rm 8.18; 1 Co 15.42-47,50-55; 1 Jo 3.2).
Reflexão:
“O erro da teologia da fé é atribuir à cura divina [ou ausência de sofrimento] poderes que somente irão se manifestar nos fins dos tempos” (HORTON, Stanley M., Ed. Teologia Sistemática, uma perspectiva pentecostal. Rio de Janeiro, CPAD, 1996, p. 527).
Paulo e o sofrimento
“Estou crucificado com Cristo; logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim” (Gl 2.19b,20).
Para os cristãos judeus a autoridade apostólica era sinônimo de transportações de experiências espirituais portentosas. Paulo, porém, afirma que estas experiências não são evidência de autoridade apostólica e nem são de proveito para a congregação. Evidentemente, Paulo não nega o valor do dom de revelação dado pelo Espírito Santo (1Co 14.6,26,30), mas ele está lhe dando com os argumentos dos falsos apóstolos e em relação ao apostolado ele afirma que não está abaixo de ninguém, porque a experiência dada pelo Espírito Santo foi tão portentosa que para ele não se envaidecer, como os falsos apóstolos, foi-lhe dado um espinho na carne. A humildade de Paulo é tão clara, que ele narra o acontecimento na terceira pessoa, sendo honesto com a natureza da experiência, ou seja, ele não sabia se a visão fora dada dentro ou fora do corpo, “Deus o sabe” (v.3).
Fraqueza, limitações e sofrimentos eram características presentes na vida de Paulo. Não há certeza o que era o espinho na carne de Paulo, mas o Eterno por vontade soberana decretou a Graça consoladora em sua vida dando refrigério e paz. A expiação de Cristo propicia cura mediante a vontade soberana de Deus, “Paulo, no entanto, não foi curado. Alguns sustentam que Deus responderá a qualquer oração basta que acreditemos. Paulo não carecia de fé, mas não foi curado. Esta e outras passagens do Novo Testamento, como Filipenses 2.25-27, nos lembram que os cristãos podem sofrer em decorrência de uma saúde precária, além de outras dificuldades, sem que isso represente pecado ou falta de fé. Ao permitir os sofrimentos de Paulo, Deus tinha um propósito para sua vida [não se ensoberbecer]. Como é bom estarmos confiantes em duas situações: Quando sofremos, Deus tem em mente uma boa razão. Quando estamos fracos, podemos aguardar até que Deus nos mostre seu poder em, e através de nós”.
RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia, uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. Rio de Janeiro, CPAD, p. 784
Prezado professor, nesta lição enfatize ao seu aluno a importância de reconhecermos que mesmo em meio ao sofrimento podemos ser aprovados por Deus e desfrutar das maiores e mais sublimes experiências espirituais.
Reflexão:
“A garantia de Cristo de que sua graça é suficiente e seu poder se aperfeiçoa na fraqueza nos motiva hoje. Em vez de tentar controlar nosso próprio destino, temos de nos submeter à vontade de Deus. Sempre que nos sentirmos impotentes, [quer física, relacional, financeira ou estruturalmente], podemos dizer: ‘Não se faça a minha vontade, mas a tua’ (Lc 22.42). Então, a medida que obedecemos o Senhor ativamente, poderemos reivindicar sua suficiente graça e experimentar seu poder, que ‘se aperfeiçoa na fraqueza’”.
Igreja Evangélica Assembleia de Deus
Rua Frederico Maia - 49
Viçosa - Alagoas
Leitura Bíblica em Classe
2 Co 12.1-4,7-10,12
Introdução
I. A glória passageira de sua biografia (vv.11-33)
II. A glória das revelações e visões espirituais (12.1-4)
III. A glória dos sofrimentos por causa de Cristo (12.7-10)
Conclusão
Tema do Subsídio
Perspectivas bíblicas e teológicas para o problema do sofrimento
A Bíblia Sagrada, Palavra de Deus, declara que o sofrimento humano é consequência da queda de Adão. A representação humana, por Adão, no jardim do Éden, trouxe a condenação a todos os homens. Esse ato não surgiu da volição de Deus, mas da vontade humana.
Na Escritura Sacra a questão não é “Se Deus é Justo?”, mas “como podemos (nós os humanos) justificarmos?” A queda foi resultado da rebelião de Adão. O pecado fez o homem cair, denotando as catástrofes de natureza cosmológica (Rm 8.20,22). Logo a natureza do sofrimento humano precisa ser vista sobre o ponto de vista bíblico antropológico, ou seja, as consequências das ações do homem.
O servo sofredor e a expiação de Cristo
O Evangelho de Cristo é integral, tanto corresponde a esfera material (corpo) quanto a esfera imaterial (alma/espírito). Em Isaías 53, é estabelecido o sofrimento do Servo Sofredor como pressuposto para a cura divina na expiação. O evangelista Mateus afirma exatamente o caráter curador físico da expiação. Isso é totalmente relevante porque os ensinos bíblicos da salvação e a natureza humana acham-se interligados, já que o ser humano não é uma associação desorganizada de corpo, alma e espírito. O ser humano é uma unidade e a salvação se aplica a todas as facetas da existência humana. “O Evangelho inteiro para a pessoa inteira” é um tema genuinamente bíblico que precisa ser reiterado a cada dia.
Reflexão:
“Se a raça humana foi criada por Deus para desfrutar integralmente de tudo, e esta era mesmo a sua intenção é razoável deduzir pelas evidências bíblicas que a cura (pelo menos num sentido limitado) faz parte da obra salvífica de Deus em Cristo.”
HORTON, Stanley M., Ed. Teologia Sistemática, uma perspectiva pentecostal. Rio de Janeiro, CPAD, 1996, p. 512.
Problemas Doutrinários sobre o sofrimento e o caráter limitado da restauração humana
A concepção triunfalista da extinção do sofrimento não é amparada pelos pressupostos bíblicos. O desejo de Deus é abençoar a sua criação e jamais amaldiçoá-la (Gn 12.3; Tg 1.17), porém, isso não significa que no tempo presente estamos livres de todo e qualquer tipo de sofrimento.
A conhecida fórmula da fé, baseada nas confissões humanas, tem sido o maior empecilho para compreender e viver de fato as benesses do Evangelho genuíno. Há vários problemas relacionados a esse movimento da fórmula da fé. Para eles é vergonhoso o crente está enfermo, porque há promessa da libertação total do sofrimento físico, riquezas e glórias são o que esperam os crentes. A confissão positiva mascara a realidade óbvia da vida, ou seja, o estabelecimento de um novo pensamento que nega a realidade do mundo físico é uma fuga da realidade.
Todos esses pressupostos são contraditórios aos ensinos das Escrituras. O apóstolo Paulo se refere aos sofrimentos da vida (físicos) que serão completamente removidos na redenção futura desse corpo físico, quando então os crentes a semelhança do Cristo ressuscitado terão seus corpos transformados. Em Romanos 8.18-27 fica explícita a condição presente da vida humana, totalmente envolvida em aflição e gemidos, denotando o caráter limitado da restauração humana no tempo presente, ou seja, a completa restauração do homem ainda estar por vir (Rm 8.18; 1 Co 15.42-47,50-55; 1 Jo 3.2).
Reflexão:
“O erro da teologia da fé é atribuir à cura divina [ou ausência de sofrimento] poderes que somente irão se manifestar nos fins dos tempos” (HORTON, Stanley M., Ed. Teologia Sistemática, uma perspectiva pentecostal. Rio de Janeiro, CPAD, 1996, p. 527).
Paulo e o sofrimento
“Estou crucificado com Cristo; logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim” (Gl 2.19b,20).
Para os cristãos judeus a autoridade apostólica era sinônimo de transportações de experiências espirituais portentosas. Paulo, porém, afirma que estas experiências não são evidência de autoridade apostólica e nem são de proveito para a congregação. Evidentemente, Paulo não nega o valor do dom de revelação dado pelo Espírito Santo (1Co 14.6,26,30), mas ele está lhe dando com os argumentos dos falsos apóstolos e em relação ao apostolado ele afirma que não está abaixo de ninguém, porque a experiência dada pelo Espírito Santo foi tão portentosa que para ele não se envaidecer, como os falsos apóstolos, foi-lhe dado um espinho na carne. A humildade de Paulo é tão clara, que ele narra o acontecimento na terceira pessoa, sendo honesto com a natureza da experiência, ou seja, ele não sabia se a visão fora dada dentro ou fora do corpo, “Deus o sabe” (v.3).
Fraqueza, limitações e sofrimentos eram características presentes na vida de Paulo. Não há certeza o que era o espinho na carne de Paulo, mas o Eterno por vontade soberana decretou a Graça consoladora em sua vida dando refrigério e paz. A expiação de Cristo propicia cura mediante a vontade soberana de Deus, “Paulo, no entanto, não foi curado. Alguns sustentam que Deus responderá a qualquer oração basta que acreditemos. Paulo não carecia de fé, mas não foi curado. Esta e outras passagens do Novo Testamento, como Filipenses 2.25-27, nos lembram que os cristãos podem sofrer em decorrência de uma saúde precária, além de outras dificuldades, sem que isso represente pecado ou falta de fé. Ao permitir os sofrimentos de Paulo, Deus tinha um propósito para sua vida [não se ensoberbecer]. Como é bom estarmos confiantes em duas situações: Quando sofremos, Deus tem em mente uma boa razão. Quando estamos fracos, podemos aguardar até que Deus nos mostre seu poder em, e através de nós”.
RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia, uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. Rio de Janeiro, CPAD, p. 784
Prezado professor, nesta lição enfatize ao seu aluno a importância de reconhecermos que mesmo em meio ao sofrimento podemos ser aprovados por Deus e desfrutar das maiores e mais sublimes experiências espirituais.
Reflexão:
“A garantia de Cristo de que sua graça é suficiente e seu poder se aperfeiçoa na fraqueza nos motiva hoje. Em vez de tentar controlar nosso próprio destino, temos de nos submeter à vontade de Deus. Sempre que nos sentirmos impotentes, [quer física, relacional, financeira ou estruturalmente], podemos dizer: ‘Não se faça a minha vontade, mas a tua’ (Lc 22.42). Então, a medida que obedecemos o Senhor ativamente, poderemos reivindicar sua suficiente graça e experimentar seu poder, que ‘se aperfeiçoa na fraqueza’”.
segunda-feira, 8 de março de 2010
11ª Lição; Características de Autêntico Líder
Esola Bíblica Dominical
Igreja Evangélica Assembleia de Deus
Rua Frederico Maia - 49
Viçosa - Alagoas
LIÇÃO 11 - DIA 14/03/2010
TÍTULO: “CARACTERÍSTICAS DE UM AUTÊNTICO LÍDER”
TEXTO ÁUREO - II Cor 11:2
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: II Cor 10:12-16; 11:2-3, 4-5
1-INTRODUÇÃO:
A liderança exige seguidores de confiança. A fé, no bom juízo e visão do cabeça de uma organização, durará somente enquanto o líder estiver dando à seus seguidores razões para nele confiar. A confiança tem suas raízes no caráter. É por isso que o caráter é central na liderança efetiva e autêntica. Os líderes autênticos que apresentam os mais nobres traços de caráter não precisam se manter no poder por força bruta ou engano.
II - TRAÇOS DO CARÁTER NO QUE DIZ RESPEITO A UM LÍDER AUTÊNTICO:
Inicialmente, vejamos os significados das palavras CARÁTER e COMPORTAMENTO:
CARÁTER = DISTINTIVO; MARCA. Às vezes, é entendido como a própria personalidade, o conjunto das qualidades (boas ou más) de um indivíduo. Vejamos no caso do cristão (I Pe 2:11-17 cf Mt 5:16).
COMPORTAMENTO - É o conjunto de ações que identifica o homem com a vontade de Deus e o faz ser reconhecido como uma pessoa que traz benefícios ao seu próximo (I Cor 10:31-33; Cl 3:12-17).
Posto isto, meditemos em algumas das características de um autêntico líder:
(1) - SANTIDADE:
Lv 11.44; 19.2 - O alicerce da santidade do líder está no caráter do Deus que ele está representando. Se a descrição “homem de Deus” falha em representar a pessoa em comando, a organização cristã que ele lidera se sentirá mais livre para andar nas trevas.
Is 6:1-5 - É improvável que Isaías usara uma linguagem mais violenta, impura ou blasfema do que seus contemporâneos. Porém, um sentimento de culpa tomou conta dele no ambiente santo que enchera o templo. Deus preparou Isaías para liderar, fazendo-o completamente miserável diante de sua natureza pecaminosa.
I Pe 2:12 - A santidade, do ponto de vista humano, coincide com boa reputação. A importância da boa reputação de um líder é algo de conhecimento geral. Confiança é algo tão crucial, especialmente na liderança, que uma reputação manchada criará sérios problemas. Os apóstolos alistaram uma boa reputação como a primeira exigência para aqueles que haveriam de ocupar a função de liderança - At 6.3 cf I Tm 3:2; Tt 1:6 cf At 20.17-35.
O líder autêntico precisa ser sensível ao pecado que outros possivelmente consideram aceitável, posto que o comportamento não apropriado para um líder torna a nova natureza dos filhos da luz em uma farsa (Ef 5.8).
(2) - CHEIO DO ESPÍRITO SANTO:
At 6:3 - Este foi o segundo traço de caráter que os apóstolos solicitaram dos líderes que cuidavam da distribuição diária.
Há alguma controvérsia com relação ao significado dessa frase: “Cheio do Espírito Santo”. Mas é razoavelmente claro que significa três coisas:
(A) - O LÍDER TORNOU-SE CORAJOSO E VALENTE - At 2 cf 4:8, 31; 7:54-60 - Liderança e um “espírito de medo” não se casam; timidez em um líder não é um sinal saudável - II Tm 1.7.
(B) - O LÍDER TORNOU-SE ZELOSO E COM PODER EVANGELÍSTICO - At 8:6-7 - Filipe proclamava o nome Cristo com unção; demônios eram expulsos e milagres de curas eram realizados.
Atualmente, não precisamos exigir dos líderes que realizem milagres, mas que tenham zelo por Deus, que é evidência clara da presença do Espírito.
(C) - O LÍDER NÃO ESTÁ SOZINHO; TEM UM “ASSISTENTE DIVINO” - At 8:26-31; 13:7-10 - Sem o Espírito, será que Filipe deixaria o ministério frutífero em Samaria e viajaria à Gaza para falar de Cristo a uma só pessoa?! Ou será que Paulo teria exercido a coragem e o entendimento de desafiar Elimas para que o procônsul cresse no Senhor? Permanece de importância máxima que o líder saiba a mente do Senhor, antes de tomar decisões que afetem sua vida e a de outras pessoas.
(3) - SABEDORIA:
At 6:1 - Os apóstolos reconheceram a importância de manter o amor mútuo e a unidade na Igreja. Consequentemente, eles formaram a base para um segundo nível de liderança: a “diaconia”. A sabedoria é a chave virtuosa entre as qualidades que os sete homens precisavam.
Sabedoria significa mais do que mera inteligência. Enquanto esta refere-se à habilidade de resolver problemas de forma correta pelo uso da razão e experiência, aquela refere-se à inteligência divina.
Isso explica a descrição de “sabedoria” que Tiago chama de terrena e natural - Tg 3.15 - que produz um “sentimento faccioso”, o qual normalmente cria “inveja amargurada”.
Tg 3.17 cf I Cor 1:19-25 - A sabedoria lá do alto, por outro lado,…
(1) - é “pura”, livre de contaminação facciosa;
(2) - produz paz, em vez de contenda e disputa;
(3) - é “gentil”, ou seja, preocupada com o sentimento dos outros;
(4) - é “razoável”, disposta a ceder e a negociar.
(5) - é “plena de misericórdia”, mostrando seu amor a outros.
(6) - “Bons frutos” caracterizam o resultado dessa sabedoria em ação.
Enfim, sabedoria significa prontidão e perseverança, além da ausência de hipocrisia. Onde a “sabedoria” é usada, ações generosas e boas serão certamente encontradas.
Um líder autêntico certamente demonstrará a sabedoria lá do alto, concedida pelo Espírito Santo de Deus àqueles que a buscam para si.
(4) - FÉ:
At 6:5 - A “fé” não é alistada entre as qualidades daqueles que cuidariam do fundo de distribuição das viúvas. Porém, Estêvão é descrito como um “homem cheio de fé”.
At 7 - A fé de Estêvão excedera na forma que interpretou a história da salvação de Israel. Cada evento é entendido à luz da intervenção e do soberano controle do Senhor sobre os eventos passados; ele pode ver a glória de Deus independentemente dos planos assassinos dos judeus. Ele também pode ver Jesus assentado à direita de Deus e ter certeza que derrotas na Terra são vitórias no Céu.
II Cor 1:8-9 - Paulo também não interpreta os eventos recentes em sua vida como marcas dos golpes vencedores do diabo. O apóstolo via a realidade pela lente da fé.
Hb 11:6 - Deus nunca pode agradar-se de um líder que exerce autoridade em Seu Reino que não seja um homem de fé.
(5) - AMOR:
Lc 9:23-24 - O “salvar a vida” por meio de “perdê-la” por Cristo e pelos necessitados não é mais algo popular, embora seja o ponto central daquilo que Jesus exige de Seus seguidores. O amor é mais importante no Novo Testamento do que os dons espirituais ou o conhecimento - I Cor 8:1; 13.
Uma liderança sem amor é como um corpo sem o coração: Morta e sem sentido; ela promove vaidade, em vez de maturidade cristã - II Cor 5.14.
(6) - SERVILISMO:
At 6:2 - Lembremos que para liberar os apóstolos para exercerem somente o trabalho espiritual, direcionou-se a busca por homens para “servirem às mesas”.
Um termo que Paulo usa constantemente para descrever sua própria função é “diácono” (servo). Em suas cartas, nenhum de seus companheiros é chamado de profeta, professor ou pastor, muito menos, ancião ou bispo.
I Cor 3.5, 9; 16:15-16; II Cor 6.1, 4 - As designações mais usadas são: “cooperador”, “irmão”, “servo” e “apóstolo”. Paulo usa diáconos (servos) em próxima relação à “obreiros” e “ministros”. Paulo usa o termo “ministro (servo)” para enfatizar essa atitude humilde (I Cor 4:1). Desta forma, os obreiros e os ministros são aqueles que tem se dedicado ao serviço dos santos.
Ef 4:11-12 - Os dons de apostolado, profecia, evangelista, pastor e mestre são distribuídos para a promoção e o treinamento de cristãos para o trabalho do ministério. Isso significa que nenhuma função na Igreja deve ser exercida sem um “espírito de serventia”.
Esse é o tipo de liderança que precisamos hoje mais do que nunca: Um líder-servidor!
III - CONSIDERAÇÕES FINAIS:
Apc 2:5 - Os efésios perderam seu primeiro amor devido à liderança defeituosa;
Apc 3:1-3 - O estado moribundo da Igreja de Sardes foi a conseqüência da liderança pobre;
Apc 3:13-20 - A condição morna da Igreja de Laodicéia foi o efeito natural de líderes orgulhosos e auto-suficientes que contagiaram a Igreja com o vírus mortal do mundanismo
O caráter carnal da igreja de Corinto pode ser facilmente explicado pelo orgulho dos líderes da Igreja que substituíram Paulo, um servo humilde do Senhor. Seu exemplo e alertas foram insuficientes para implantar naquele lugar um espírito servil.
Assim, nenhuma virtude bíblica deve ser premiada mais em um líder autêntico do que a vida santa, a sabedoria com discernimento, a plenitude do Espírito, o amor e um senso de servilidade equilibrado. Deus usa homens com esses perfis. Igrejas e organizações que notam que essas qualidades estão em falta em seu meio, necessitam clamar ao Senhor por avivamento.
Igreja Evangélica Assembleia de Deus
Rua Frederico Maia - 49
Viçosa - Alagoas
LIÇÃO 11 - DIA 14/03/2010
TÍTULO: “CARACTERÍSTICAS DE UM AUTÊNTICO LÍDER”
TEXTO ÁUREO - II Cor 11:2
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE: II Cor 10:12-16; 11:2-3, 4-5
1-INTRODUÇÃO:
A liderança exige seguidores de confiança. A fé, no bom juízo e visão do cabeça de uma organização, durará somente enquanto o líder estiver dando à seus seguidores razões para nele confiar. A confiança tem suas raízes no caráter. É por isso que o caráter é central na liderança efetiva e autêntica. Os líderes autênticos que apresentam os mais nobres traços de caráter não precisam se manter no poder por força bruta ou engano.
II - TRAÇOS DO CARÁTER NO QUE DIZ RESPEITO A UM LÍDER AUTÊNTICO:
Inicialmente, vejamos os significados das palavras CARÁTER e COMPORTAMENTO:
CARÁTER = DISTINTIVO; MARCA. Às vezes, é entendido como a própria personalidade, o conjunto das qualidades (boas ou más) de um indivíduo. Vejamos no caso do cristão (I Pe 2:11-17 cf Mt 5:16).
COMPORTAMENTO - É o conjunto de ações que identifica o homem com a vontade de Deus e o faz ser reconhecido como uma pessoa que traz benefícios ao seu próximo (I Cor 10:31-33; Cl 3:12-17).
Posto isto, meditemos em algumas das características de um autêntico líder:
(1) - SANTIDADE:
Lv 11.44; 19.2 - O alicerce da santidade do líder está no caráter do Deus que ele está representando. Se a descrição “homem de Deus” falha em representar a pessoa em comando, a organização cristã que ele lidera se sentirá mais livre para andar nas trevas.
Is 6:1-5 - É improvável que Isaías usara uma linguagem mais violenta, impura ou blasfema do que seus contemporâneos. Porém, um sentimento de culpa tomou conta dele no ambiente santo que enchera o templo. Deus preparou Isaías para liderar, fazendo-o completamente miserável diante de sua natureza pecaminosa.
I Pe 2:12 - A santidade, do ponto de vista humano, coincide com boa reputação. A importância da boa reputação de um líder é algo de conhecimento geral. Confiança é algo tão crucial, especialmente na liderança, que uma reputação manchada criará sérios problemas. Os apóstolos alistaram uma boa reputação como a primeira exigência para aqueles que haveriam de ocupar a função de liderança - At 6.3 cf I Tm 3:2; Tt 1:6 cf At 20.17-35.
O líder autêntico precisa ser sensível ao pecado que outros possivelmente consideram aceitável, posto que o comportamento não apropriado para um líder torna a nova natureza dos filhos da luz em uma farsa (Ef 5.8).
(2) - CHEIO DO ESPÍRITO SANTO:
At 6:3 - Este foi o segundo traço de caráter que os apóstolos solicitaram dos líderes que cuidavam da distribuição diária.
Há alguma controvérsia com relação ao significado dessa frase: “Cheio do Espírito Santo”. Mas é razoavelmente claro que significa três coisas:
(A) - O LÍDER TORNOU-SE CORAJOSO E VALENTE - At 2 cf 4:8, 31; 7:54-60 - Liderança e um “espírito de medo” não se casam; timidez em um líder não é um sinal saudável - II Tm 1.7.
(B) - O LÍDER TORNOU-SE ZELOSO E COM PODER EVANGELÍSTICO - At 8:6-7 - Filipe proclamava o nome Cristo com unção; demônios eram expulsos e milagres de curas eram realizados.
Atualmente, não precisamos exigir dos líderes que realizem milagres, mas que tenham zelo por Deus, que é evidência clara da presença do Espírito.
(C) - O LÍDER NÃO ESTÁ SOZINHO; TEM UM “ASSISTENTE DIVINO” - At 8:26-31; 13:7-10 - Sem o Espírito, será que Filipe deixaria o ministério frutífero em Samaria e viajaria à Gaza para falar de Cristo a uma só pessoa?! Ou será que Paulo teria exercido a coragem e o entendimento de desafiar Elimas para que o procônsul cresse no Senhor? Permanece de importância máxima que o líder saiba a mente do Senhor, antes de tomar decisões que afetem sua vida e a de outras pessoas.
(3) - SABEDORIA:
At 6:1 - Os apóstolos reconheceram a importância de manter o amor mútuo e a unidade na Igreja. Consequentemente, eles formaram a base para um segundo nível de liderança: a “diaconia”. A sabedoria é a chave virtuosa entre as qualidades que os sete homens precisavam.
Sabedoria significa mais do que mera inteligência. Enquanto esta refere-se à habilidade de resolver problemas de forma correta pelo uso da razão e experiência, aquela refere-se à inteligência divina.
Isso explica a descrição de “sabedoria” que Tiago chama de terrena e natural - Tg 3.15 - que produz um “sentimento faccioso”, o qual normalmente cria “inveja amargurada”.
Tg 3.17 cf I Cor 1:19-25 - A sabedoria lá do alto, por outro lado,…
(1) - é “pura”, livre de contaminação facciosa;
(2) - produz paz, em vez de contenda e disputa;
(3) - é “gentil”, ou seja, preocupada com o sentimento dos outros;
(4) - é “razoável”, disposta a ceder e a negociar.
(5) - é “plena de misericórdia”, mostrando seu amor a outros.
(6) - “Bons frutos” caracterizam o resultado dessa sabedoria em ação.
Enfim, sabedoria significa prontidão e perseverança, além da ausência de hipocrisia. Onde a “sabedoria” é usada, ações generosas e boas serão certamente encontradas.
Um líder autêntico certamente demonstrará a sabedoria lá do alto, concedida pelo Espírito Santo de Deus àqueles que a buscam para si.
(4) - FÉ:
At 6:5 - A “fé” não é alistada entre as qualidades daqueles que cuidariam do fundo de distribuição das viúvas. Porém, Estêvão é descrito como um “homem cheio de fé”.
At 7 - A fé de Estêvão excedera na forma que interpretou a história da salvação de Israel. Cada evento é entendido à luz da intervenção e do soberano controle do Senhor sobre os eventos passados; ele pode ver a glória de Deus independentemente dos planos assassinos dos judeus. Ele também pode ver Jesus assentado à direita de Deus e ter certeza que derrotas na Terra são vitórias no Céu.
II Cor 1:8-9 - Paulo também não interpreta os eventos recentes em sua vida como marcas dos golpes vencedores do diabo. O apóstolo via a realidade pela lente da fé.
Hb 11:6 - Deus nunca pode agradar-se de um líder que exerce autoridade em Seu Reino que não seja um homem de fé.
(5) - AMOR:
Lc 9:23-24 - O “salvar a vida” por meio de “perdê-la” por Cristo e pelos necessitados não é mais algo popular, embora seja o ponto central daquilo que Jesus exige de Seus seguidores. O amor é mais importante no Novo Testamento do que os dons espirituais ou o conhecimento - I Cor 8:1; 13.
Uma liderança sem amor é como um corpo sem o coração: Morta e sem sentido; ela promove vaidade, em vez de maturidade cristã - II Cor 5.14.
(6) - SERVILISMO:
At 6:2 - Lembremos que para liberar os apóstolos para exercerem somente o trabalho espiritual, direcionou-se a busca por homens para “servirem às mesas”.
Um termo que Paulo usa constantemente para descrever sua própria função é “diácono” (servo). Em suas cartas, nenhum de seus companheiros é chamado de profeta, professor ou pastor, muito menos, ancião ou bispo.
I Cor 3.5, 9; 16:15-16; II Cor 6.1, 4 - As designações mais usadas são: “cooperador”, “irmão”, “servo” e “apóstolo”. Paulo usa diáconos (servos) em próxima relação à “obreiros” e “ministros”. Paulo usa o termo “ministro (servo)” para enfatizar essa atitude humilde (I Cor 4:1). Desta forma, os obreiros e os ministros são aqueles que tem se dedicado ao serviço dos santos.
Ef 4:11-12 - Os dons de apostolado, profecia, evangelista, pastor e mestre são distribuídos para a promoção e o treinamento de cristãos para o trabalho do ministério. Isso significa que nenhuma função na Igreja deve ser exercida sem um “espírito de serventia”.
Esse é o tipo de liderança que precisamos hoje mais do que nunca: Um líder-servidor!
III - CONSIDERAÇÕES FINAIS:
Apc 2:5 - Os efésios perderam seu primeiro amor devido à liderança defeituosa;
Apc 3:1-3 - O estado moribundo da Igreja de Sardes foi a conseqüência da liderança pobre;
Apc 3:13-20 - A condição morna da Igreja de Laodicéia foi o efeito natural de líderes orgulhosos e auto-suficientes que contagiaram a Igreja com o vírus mortal do mundanismo
O caráter carnal da igreja de Corinto pode ser facilmente explicado pelo orgulho dos líderes da Igreja que substituíram Paulo, um servo humilde do Senhor. Seu exemplo e alertas foram insuficientes para implantar naquele lugar um espírito servil.
Assim, nenhuma virtude bíblica deve ser premiada mais em um líder autêntico do que a vida santa, a sabedoria com discernimento, a plenitude do Espírito, o amor e um senso de servilidade equilibrado. Deus usa homens com esses perfis. Igrejas e organizações que notam que essas qualidades estão em falta em seu meio, necessitam clamar ao Senhor por avivamento.
terça-feira, 2 de março de 2010
10ª Lição; A defesa da Autoridade Apostólica de Paulo
Escola Bíblica Dominical
Igreja Evangélica Assembleia de Deus
Rua Frederico Maia - 49
Viçosa - Alagoas
LIÇÃO 10 A DEFESA DA AUTORIDADE APOSTÓLICA DE PAULO
INTRODUÇÃO
Durante este trimestre estamos estudando as motivações que levaram o apóstolo Paulo a escrever sua segunda epístola, destinada aos crentes da cidade de Corinto. Sendo assim, na primeira lição estudamos a defesa do apostolado de Paulo. Nesta décima lição, estudaremos o texto de (II Co 10.1-8,17-18), onde o apostolo traz à tona uma defesa da sua autoridade apostólica.
I - PAULO RESPONDE AOS SEUS ADVERSÁRIOS
Embora fosse evidente que a maioria dos crentes corintios davam total apoio ao apóstolo Paulo, também é notório que uma pequena minoria ainda mostrava muita resistência em reconhecer sua autoridade apostólica; sendo assim, Paulo inicia o capítulo 10 da epístola em apreço, com uma mudança radical de tonalidade; pois, vimos nos capítulos iniciais um tom de alívio, conforto e confiança em Deus; agora, Paulo usa de um tom severo, que soa como um suave ataque a alguns judaizantes, que se infiltraram na igreja e agora influenciavam a congregação.
1.1 Uma resposta à altura. “Além disto, eu, Paulo, vos rogo, pela mansidão e benignidade de Cristo.” ( II Co 10. 1 a ). Paulo, com muita habilidade faz um apelo aos irmãos corintios, buscando recorrer a sentimentos nobres que existiam em Cristo (MANSIDÃO E BENIGNIDADE).
Mansidão: no original grego é “PRAUTES”, que significa “gentileza”, “suavidade”, “humildade”, “consideração”, qualidade que caracterizava a pessoa de Cristo. Esta qualidade aparece na lista dos diversos aspectos do fruto do Espirito. (Gl 5. 22, 23).
Benignidade: no grego, é “EPIEIKIA”, que quer dizer”condescendência”, “cessão”. Paulo menciona essas qualidades de Cristo como aquelas que o crente também deve possuir, e que ele mesmo, possuía.
1.2 Uma resposta direta. “Rogo-vos, pois, que, quando estiver presente, não me veja obrigado a usar com confiança da ousadia que espero ter com alguns”. ( II Co 10. 2 a). Paulo era capaz de usar de firmeza se isso se tornasse necessário, a despeito de suas tendências naturais para as maneiras humildes. Contudo, preferia não agir assim; pelo que também implorou aos crentes coríntios que modificassem suas maneiras e atitudes para com ele. Acerca desse assunto, ele também escreve aos efésios, dizendo: ” Rogo-vos, pois, eu, o preso do Senhor, que andeis como é digno da vocação com que fostes chamados, Com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor, Procurando guardar a unidade do Espírito pelo vínculo da paz.”. (Ef 4. 1-3).
1.3 Uma resposta divina. “ Porque, andando na carne, não militamos segundo a carne.” ( II Co 10. 3). Mesmo estando na condição de homem mortal e sujeito as limitações terrenas, Paulo insistia no fato de estar combatendo o bom combate da fé, fazendo oposição aos inimigos certos, dando sim, apoio as causas certas e buscando obter sua vitoria em Deus. “Mas graças a Deus que nos dá a vitória por nosso Senhor Jesus Cristo.” ( I Co 15. 57).
II - INIMIGOS E ARMAS ESPIRITUAIS DO APOSTOLADO
Assim como Paulo, somos seres humanos frágeis, mas não é por esta causa que devemos usar planos e métodos terrenos para ganhar nossas batalhas. Paulo nos assegura que as poderosas armas de Deus estão disponíveis a nós quando lutamos contra as “fortalezas” do Diabo. “No demais, irmãos meus, fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder. Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo” (Ef 6. 10-11). Nesta batalha, o cristão deve sempre escolher o método de Deus, prescritos nas sagradas escrituras. “Ninguém que milita se embaraça com negócios desta vida, a fim de agradar àquele que o alistou para a guerra. E, se alguém também milita, não é coroado se não militar legitimamente” Tm 2. 4-5).
Vejamos algumas características dos inimigos de Paulo.
2.1.1 Inimigos inesperados.
Havia, de certa forma, uma decepção por parte do apóstolo Paulo, no tocante as notícias que ele recebera da situação em que se encontrava a igreja em Corinto. “Porventura começamos outra vez a louvar-nos a nós mesmos? Ou necessitamos, como alguns, de cartas de recomendação para vós, ou de recomendação de vós?” . ( II Co 3. 1 ).
O apostolo jamais esperava que uma igreja que ele mesmo fundara, estivesse embriagada com argumentos de alguns judaizantes que se opunham ao seu apostolado; e o que era pior, alguns crentes coríntios, já se encontravam convencidos de que Paulo, embora ousado e corajoso em suas cartas, não dispunha de nenhuma autoridade apostólica.
2.1.2 Inimigos astuciosos.
Estes inimigos eram judeus cristãos, que astuciosamente se apresentavam como apóstolos de Cristo, e usavam de um discurso eloqüente e com muitas demostrações de autoridade, pregando assim, um evangelho diferente daquele pregado pelo apóstolo. (Co 1. 19a). “Porque o Filho de Deus, Jesus Cristo, que entre vós foi pregado por nós, isto é, por mim.” Sendo assim eles usavam palavras persuasiva no seu discurso, tentando tornar o “cristianismo” numa forma de “judaísmo”; Também é provável que faziam Moisés mais importante que Jesus.
2.2 As armas espirituais do apóstolo.
A fim de comprovar que não está empenhado numa guerra “segundo a carne”, Paulo se expressa da seguinte maneira: “Porque as armas da nossa milícia não são carnais, e, sim, poderosas em Deus, para destruir fortalezas”. (II Co 10. 4a). Nesta passagem, Paulo não identifica suas armas; todavia, podemos entender, mediante outras declarações do apóstolo, que tais armas consistiam da proclamação do evangelho, mediante a qual o poder divino é liberado. “Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê; primeiro do judeu, e também do grego”. (Rm 1. 16). “Porque Cristo enviou-me, não para batizar, mas para evangelizar; não em sabedoria de palavras, para que a cruz de Cristo se não faça vã”. “Mas para os que são chamados, tanto judeus como gregos, lhes pregamos a Cristo, poder de Deus, e sabedoria de Deus”. ” Porque a loucura de Deus é mais sábia do que os homens; e a fraqueza de Deus é mais forte do que os homens”. ( I Co 1. 17, 24,25 ).
III - A PERSPECTIVA DE PAULO SOBRE AUTORIDADE
No dicionário Aurélio da língua portuguesa, a palavra “perspectiva”, significa: “aspecto sob o qual uma coisa se apresenta”; “ponto de vista”.
Sendo assim, vejamos, sob qual ponto de vista o apóstolo trabalhava seu entendimento daquilo que vinha a ser “autoridade”.
3.1 Uma perspectiva totalmente espiritual.
Havia uma firme convicção em Paulo, naquilo que se referia ao campo de batalha. O apóstolo sabia que embora “aparentemente” estivesse enfrentado seres humanos, a verdadeira guerra estava sendo travada na esfera espiritual; vejamos o que ele diz neste texto. “Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais.” ( Ef 6 .12 ). Sendo assim, podemos então entender juntamente com Paulo que o motivo de suas armas serem poderosas em Deus era justamente pelo fato de que estavam destinadas à destruição das fortalezas, dos conselhos e de toda altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus.
IV - CONVICÇÃO DA AUTORIDADE APOSTÓLICA DE PAULO
Seria muito comum, se o apóstolo diante de tais acusações e calunias não encontrasse mais forças para continuar empenhado na causa do Senhor. Porém ardia no coração de Paulo, a certeza de que mesmo não fazendo parte inicialmente dos doze apóstolos, sua chamada ministerial não provinha da vontade do homem e sim única e exclusiva de Deus.
Vejamos algumas de suas declarações: “Paulo, servo de Jesus Cristo, chamado para apóstolo, separado para o evangelho de Deus”. ( Rm 1. 1). ” Paulo, apóstolo de Jesus Cristo, pela vontade de Deus”. ( II Co 1. 1a ) . “Paulo, apóstolo, não da parte dos homens, nem por homem algum, mas por Jesus Cristo, e por Deus Pai, que o ressuscitou dentre os mortos”. ( Gl 1. 1).
CONCLUSÃO
“A melhor defesa é sempre um bom ataque”. Mesmo sabendo que poderia recorrer a meios legais, em busca da defesa de sua autoridade apostólica, Paulo usa de uma estrategia totalmente audaciosa, ele recorre a uma forte arma; seu testemunho de vida, não existiria nada, nem ninguém que pudesse se opor ao histórico desse homem de Deus.
“Porventura começamos outra vez a louvar-nos a nós mesmos? Ou necessitamos, como alguns, de cartas de recomendação para vós, ou de recomendação de vós? Vós sois a nossa carta, escrita em nossos corações, conhecida e lida por todos os homens”. ( II Co 3.1-2).
Igreja Evangélica Assembleia de Deus
Rua Frederico Maia - 49
Viçosa - Alagoas
LIÇÃO 10 A DEFESA DA AUTORIDADE APOSTÓLICA DE PAULO
INTRODUÇÃO
Durante este trimestre estamos estudando as motivações que levaram o apóstolo Paulo a escrever sua segunda epístola, destinada aos crentes da cidade de Corinto. Sendo assim, na primeira lição estudamos a defesa do apostolado de Paulo. Nesta décima lição, estudaremos o texto de (II Co 10.1-8,17-18), onde o apostolo traz à tona uma defesa da sua autoridade apostólica.
I - PAULO RESPONDE AOS SEUS ADVERSÁRIOS
Embora fosse evidente que a maioria dos crentes corintios davam total apoio ao apóstolo Paulo, também é notório que uma pequena minoria ainda mostrava muita resistência em reconhecer sua autoridade apostólica; sendo assim, Paulo inicia o capítulo 10 da epístola em apreço, com uma mudança radical de tonalidade; pois, vimos nos capítulos iniciais um tom de alívio, conforto e confiança em Deus; agora, Paulo usa de um tom severo, que soa como um suave ataque a alguns judaizantes, que se infiltraram na igreja e agora influenciavam a congregação.
1.1 Uma resposta à altura. “Além disto, eu, Paulo, vos rogo, pela mansidão e benignidade de Cristo.” ( II Co 10. 1 a ). Paulo, com muita habilidade faz um apelo aos irmãos corintios, buscando recorrer a sentimentos nobres que existiam em Cristo (MANSIDÃO E BENIGNIDADE).
Mansidão: no original grego é “PRAUTES”, que significa “gentileza”, “suavidade”, “humildade”, “consideração”, qualidade que caracterizava a pessoa de Cristo. Esta qualidade aparece na lista dos diversos aspectos do fruto do Espirito. (Gl 5. 22, 23).
Benignidade: no grego, é “EPIEIKIA”, que quer dizer”condescendência”, “cessão”. Paulo menciona essas qualidades de Cristo como aquelas que o crente também deve possuir, e que ele mesmo, possuía.
1.2 Uma resposta direta. “Rogo-vos, pois, que, quando estiver presente, não me veja obrigado a usar com confiança da ousadia que espero ter com alguns”. ( II Co 10. 2 a). Paulo era capaz de usar de firmeza se isso se tornasse necessário, a despeito de suas tendências naturais para as maneiras humildes. Contudo, preferia não agir assim; pelo que também implorou aos crentes coríntios que modificassem suas maneiras e atitudes para com ele. Acerca desse assunto, ele também escreve aos efésios, dizendo: ” Rogo-vos, pois, eu, o preso do Senhor, que andeis como é digno da vocação com que fostes chamados, Com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor, Procurando guardar a unidade do Espírito pelo vínculo da paz.”. (Ef 4. 1-3).
1.3 Uma resposta divina. “ Porque, andando na carne, não militamos segundo a carne.” ( II Co 10. 3). Mesmo estando na condição de homem mortal e sujeito as limitações terrenas, Paulo insistia no fato de estar combatendo o bom combate da fé, fazendo oposição aos inimigos certos, dando sim, apoio as causas certas e buscando obter sua vitoria em Deus. “Mas graças a Deus que nos dá a vitória por nosso Senhor Jesus Cristo.” ( I Co 15. 57).
II - INIMIGOS E ARMAS ESPIRITUAIS DO APOSTOLADO
Assim como Paulo, somos seres humanos frágeis, mas não é por esta causa que devemos usar planos e métodos terrenos para ganhar nossas batalhas. Paulo nos assegura que as poderosas armas de Deus estão disponíveis a nós quando lutamos contra as “fortalezas” do Diabo. “No demais, irmãos meus, fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder. Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo” (Ef 6. 10-11). Nesta batalha, o cristão deve sempre escolher o método de Deus, prescritos nas sagradas escrituras. “Ninguém que milita se embaraça com negócios desta vida, a fim de agradar àquele que o alistou para a guerra. E, se alguém também milita, não é coroado se não militar legitimamente” Tm 2. 4-5).
Vejamos algumas características dos inimigos de Paulo.
2.1.1 Inimigos inesperados.
Havia, de certa forma, uma decepção por parte do apóstolo Paulo, no tocante as notícias que ele recebera da situação em que se encontrava a igreja em Corinto. “Porventura começamos outra vez a louvar-nos a nós mesmos? Ou necessitamos, como alguns, de cartas de recomendação para vós, ou de recomendação de vós?” . ( II Co 3. 1 ).
O apostolo jamais esperava que uma igreja que ele mesmo fundara, estivesse embriagada com argumentos de alguns judaizantes que se opunham ao seu apostolado; e o que era pior, alguns crentes coríntios, já se encontravam convencidos de que Paulo, embora ousado e corajoso em suas cartas, não dispunha de nenhuma autoridade apostólica.
2.1.2 Inimigos astuciosos.
Estes inimigos eram judeus cristãos, que astuciosamente se apresentavam como apóstolos de Cristo, e usavam de um discurso eloqüente e com muitas demostrações de autoridade, pregando assim, um evangelho diferente daquele pregado pelo apóstolo. (Co 1. 19a). “Porque o Filho de Deus, Jesus Cristo, que entre vós foi pregado por nós, isto é, por mim.” Sendo assim eles usavam palavras persuasiva no seu discurso, tentando tornar o “cristianismo” numa forma de “judaísmo”; Também é provável que faziam Moisés mais importante que Jesus.
2.2 As armas espirituais do apóstolo.
A fim de comprovar que não está empenhado numa guerra “segundo a carne”, Paulo se expressa da seguinte maneira: “Porque as armas da nossa milícia não são carnais, e, sim, poderosas em Deus, para destruir fortalezas”. (II Co 10. 4a). Nesta passagem, Paulo não identifica suas armas; todavia, podemos entender, mediante outras declarações do apóstolo, que tais armas consistiam da proclamação do evangelho, mediante a qual o poder divino é liberado. “Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê; primeiro do judeu, e também do grego”. (Rm 1. 16). “Porque Cristo enviou-me, não para batizar, mas para evangelizar; não em sabedoria de palavras, para que a cruz de Cristo se não faça vã”. “Mas para os que são chamados, tanto judeus como gregos, lhes pregamos a Cristo, poder de Deus, e sabedoria de Deus”. ” Porque a loucura de Deus é mais sábia do que os homens; e a fraqueza de Deus é mais forte do que os homens”. ( I Co 1. 17, 24,25 ).
III - A PERSPECTIVA DE PAULO SOBRE AUTORIDADE
No dicionário Aurélio da língua portuguesa, a palavra “perspectiva”, significa: “aspecto sob o qual uma coisa se apresenta”; “ponto de vista”.
Sendo assim, vejamos, sob qual ponto de vista o apóstolo trabalhava seu entendimento daquilo que vinha a ser “autoridade”.
3.1 Uma perspectiva totalmente espiritual.
Havia uma firme convicção em Paulo, naquilo que se referia ao campo de batalha. O apóstolo sabia que embora “aparentemente” estivesse enfrentado seres humanos, a verdadeira guerra estava sendo travada na esfera espiritual; vejamos o que ele diz neste texto. “Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais.” ( Ef 6 .12 ). Sendo assim, podemos então entender juntamente com Paulo que o motivo de suas armas serem poderosas em Deus era justamente pelo fato de que estavam destinadas à destruição das fortalezas, dos conselhos e de toda altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus.
IV - CONVICÇÃO DA AUTORIDADE APOSTÓLICA DE PAULO
Seria muito comum, se o apóstolo diante de tais acusações e calunias não encontrasse mais forças para continuar empenhado na causa do Senhor. Porém ardia no coração de Paulo, a certeza de que mesmo não fazendo parte inicialmente dos doze apóstolos, sua chamada ministerial não provinha da vontade do homem e sim única e exclusiva de Deus.
Vejamos algumas de suas declarações: “Paulo, servo de Jesus Cristo, chamado para apóstolo, separado para o evangelho de Deus”. ( Rm 1. 1). ” Paulo, apóstolo de Jesus Cristo, pela vontade de Deus”. ( II Co 1. 1a ) . “Paulo, apóstolo, não da parte dos homens, nem por homem algum, mas por Jesus Cristo, e por Deus Pai, que o ressuscitou dentre os mortos”. ( Gl 1. 1).
CONCLUSÃO
“A melhor defesa é sempre um bom ataque”. Mesmo sabendo que poderia recorrer a meios legais, em busca da defesa de sua autoridade apostólica, Paulo usa de uma estrategia totalmente audaciosa, ele recorre a uma forte arma; seu testemunho de vida, não existiria nada, nem ninguém que pudesse se opor ao histórico desse homem de Deus.
“Porventura começamos outra vez a louvar-nos a nós mesmos? Ou necessitamos, como alguns, de cartas de recomendação para vós, ou de recomendação de vós? Vós sois a nossa carta, escrita em nossos corações, conhecida e lida por todos os homens”. ( II Co 3.1-2).
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