Igreja Evangélica Assenbleia de Deus
Rua Frederico Maia - 49
Viçosa - AL.
8ª Lição:O poder da verdadeira Profecia
TEXTO ÁUREO
“À lei e ao testemunho! Se eles não falarem segundo esta palavra, nunca verão a alva (ou: não haverá manhã para eles)” (Is 8.20).
- Isaías faz um convite para que os homens provem todas as coisas por meio da Palavra revelada de Deus. Qualquer coisa contrária à revelação escrita de Deus provém dos demônios, e não do Espírito Santo. A Palavra escrita de Deus é a verdadeira luz e aqueles que desejam a luz e a verdade irão segui-la e rejeitar todas as coisas contrárias a ela. Eis o convite aos profetas da atualidade!
VERDADE PRÁTICA
Os dons espirituais não se destinam à autopromoção; são concedidos por Deus à Igreja, visando a edificação dos santos e a divulgação sobrenatural do Evangelho de Cristo.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Jeremias 28.5-12,16,17
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
- Compreender qual é a função e a relevância do profeta de acordo com as Escrituras;
- Saber que os falsos profetas sempre vão se opor aos profetas do Senhor, e
- Conscientizar-se de que, nos últimos dias, aparecerão muitos falsos profetas que, se possível, enganarão até os escolhidos.
PALAVRA CHAVE
Profeta
Pessoa devidamente vocacionada e autorizada por Deus para falar por Ele e em lugar de dEle.
COMENTÁRIO
(I. INTRODUÇÃO)
Nesta lição, estudaremos a respeito da luta de Jeremias contra os falsos profetas, em especial Hananias. Os pseudoprofetas trabalhavam em benefício próprio. Tinham uma boa posição financeira, política e social e entregavam mensagens falsas, levando o povo de Deus a tropeçar. Eles eram bem populares, pois proclamavam somente o que as pessoas queriam ouvir. Aqueles que deveriam falar em nome de Deus, infelizmente, haviam se tornado um obstáculo para que o povo abandonasse o erro.”"…nada há que seja novo debaixo do sol” (Ec 1.9). Já na época de Jeremias havia profetas pouco sóbrios, irrealistas e falsos, que desencaminhavam o povo com profecias enganosas. Mesmo quando as nuvens da tempestade do juízo se ajuntavam mais densas do que nunca sobre Jerusalém, eles acalmavam o povo. Suas declarações eram muito positivas e soavam edificantes, até mesmo encorajadoras aos ouvidos das pessoas. Eles prometiam muito, inclusive a vitória. Em comparação, os ouvintes recebiam as mensagens de Jeremias como destrutivas, austeras e deprimentes, e só percebiam nelas a perspectiva do juízo. Tratava-se da justiça de Deus e da injustiça do povo, da sua falta de arrependimento e conversão. Como Jeremias deve ter se sentido diante deles?“Temos tido tanto medo de desprezar as profecias que nos esquecemos de julgá-las..” John Bevere REFLEXÃO
(II. DESENVOLVIMENTO)
I. O QUE É O PROFETA
1. Definição. O termo hebraico nãbi representa profeta, quer verdadeiro ou falso (Dt 13.1-5). Há ainda, no hebraico, dois outros termos para profeta: rõ’eh e hõzeh, ambos significando vidente. No grego, “prophetes“, significa “aquele que fala antecipadamente ou abertamente“, é uma denominação que se dá ao fenômeno pelo qual em algumas religiões, a revelação de uma divindade ou de seus ensinamentos quanto ao passado, presente ou futuro, é atribuída à palavra falada ou escrita de um ou mais indivíduos tidos como “profetas”, “iluminados” ou “inspirados”. Profeta é quem, inspirado pela divindade ou convencido de estar possuído por uma entidade espiritual superior, fala em nome da mesma e transmite sua mensagem. Assim, a figura do profeta perde seu significado essencial quando é reduzida ao poder de predizer o futuro, o que não constitui mais do que um elemento acessório de sua missão. Desde suas origens, a autoridade do profeta adquire teor ao mesmo tempo religioso, político e moral.
2. A função do profeta. Os verdadeiros profetas eram porta-vozes de YAWEH. Muito mais do que predizer as coisas, a função precípua do profeta consistia em convocar o povo ao arrependimento. “Porque os lábios do sacerdote devem guardar o conhecimento, e da sua boca devem os homens procurar a instrução, porque ele é mensageiro do SENHOR dos Exércitos.” (Ml 2.7-ARA). “apegado à palavra fiel, que é segundo a doutrina, de modo que tenha poder tanto para exortar pelo reto ensino como para convencer os que o contradizem” (Tt 1.9-ARA). Julgamos ser a mesma função hoje outorgada aos pastores, sendo assim, não é seu papel entreter ninguém, não é criar programações para segurar os jovens na Igreja. É sua função “ficar na brecha”! O Dicionário VINE assim explica a função do profeta: “[…]Então, disse o SENHOR a Moisés: Vê que te constituí como Deus sobre Faraó, e Arão, teu irmão, será teu profeta.” (Ex 7.1-ARA). O plano de fundo desta declaração é Ex 4.10-16, onde Moisés discutiu a sua inabilidade de falar com clareza. Por conseguinte, ele não poderia comparecer diante de Faraó como porta-voz de Deus. Deus prometeu designar Arão para ser o locutor: “Ele falará por ti ao povo; ele te será por boca, e tu lhe serás por Deus” (Ex 4.16-ARA)… Está claro que a palavra ‘profeta’ é igual àquele que fala por outra pessoa ou é a sua boca” (Dicionário VINE, CPAD 2002, pág 248). “[…] Em Deuteronômio 18 fica claro que o profeta é sempre chamado por Deus (v.18), tem a autoridade de Deus (v.19) e o que ele diz será provado verdadeiro (v.22). O profeta era então conhecido como servo de Deus (2 Rs 17.13,23; Jr 7.25). O profeta sempre defendia os padrões de Deus e chamava o povo para Ele (Dt 13), era isso que distinguia o profeta verdadeiro do falso (por exemplo, 1 Rs 13.18-22; Jr 28). Os profetas não eram simplesmente indivíduos perceptivos no sentido político ou social. Eram pessoas que, pela revelação de Deus, tinham conhecimento da importância dos eventos e das necessidades do povo comum. Em seu trabalho eles falavam de acontecimentos futuros, de modo a advertir sobre as conseqüências dos atos presentes (ver Am 1.2), e no geral falavam contra a sociedade em que viviam. […] Havia muito mais profetas do que aqueles que conhecemos pelas profecias registradas ou eventos históricos” (GOWER, Ralph Usos e Costumes dos Tempos Bíblicos. Rio de Janeiro, CPAD, 2002, pp.367-369).
3. A prova de autenticidade do profeta. “levantar-se-ão muitos falsos profetas e enganarão a muitos” (MT 24.11-ARA); “O profeta que profetizar paz, só ao cumprir-se a sua palavra, será conhecido como profeta, de fato, enviado do SENHOR” (Jr 28.9-ARA). Temos de julgar as profecias e discernir os espíritos (1Co 12.20; 14.29; 1Jo 4.1). É função do profeta proclamar os oráculos de Deus, a fim de conduzir o povo à obediência das leis de Deus. SINOPSE DO TÓPICO (1)
II. O FALSO PROFETA HANANIAS ENTRA EM CENA
1. Quem era Hananias. A única coisa que se sabe é que era ele filho de Azur. Ele era do tipo que impressionava. Falava como profeta, tinha discurso de profeta e como profeta, vestia-se. Aliás, era mais dramático que os profetas de Deus. Além disso, só falava o que o povo queria ouvir. Vinha ele pregando a paz e determinando a prosperidade. Positivamente, tudo confirmava.
2. As palavras de Hananias. Naqueles dias, o poderoso rei da Babilônia tinha levado muitos cidadãos do povo de Deus cativos para a Babilônia. Em suas pregações, o profeta Jeremias tinha deixado bem claro que isso aconteceu em decorrência dos pecados do povo de Deus. Eles pecaram tanto, que o próprio YAWEH entregou uma parte de seu povo para ser levada cativa para um país distante. Outra parte ficava para trás, em Judá. Então, a nação estava dividida: uma parte da população foi deportada, e outra parte ficou para trás. Era uma época de grandes tensões e incertezas. O país estava quebrado, arruinado. A economia estava parada. Naquela situação tão lamentável, Jeremias pregou a Palavra de YAWEH, e anunciou que o povo de Israel, como também os povos vizinhos (que tentavam fazer uma aliança contra o rei da Babilônia), ficariam debaixo do jugo do rei da Babilônia. Ou seja, Jeremias deixou bem claro que, por enquanto, nada mudaria. Esta pregação que Jeremias fez, em nome de YAWEH, deixou o povo como também os líderes espirituais do povo revoltados! Jeremias teve a ousadia de pregar uma mensagem ruim numa época ruim. Ele falou em pecado e castigo, como se a miséria enfrentada pelo povo não fosse suficiente. Todo o mundo ficou irritado com Jeremias. Todo o povo se ajuntou contra ele (Jr 26.9). Os líderes espirituais até queriam tirar-lhe a vida (Jr 26.16). Neste contexto, o falso profeta Hananias apresentava uma “mensagem maravilhosa” e tinha a ousadia, e até mesmo a insolência, de proclamá-la abertamente: “No mesmo ano, no princípio do reinado de Zedequias, rei de Judá, isto é, no ano quarto, no quinto mês, Hananias, filho de Azur e profeta de Gibeão, me falou na Casa do Senhor, na presença dos sacerdotes e de todo o povo, dizendo: Assim fala o Senhor dos Exércitos, o Deus de Israel, dizendo: Quebrei o jugo do rei da Babilônia. Dentro de dois anos, eu tornarei a trazer a este lugar todos os utensílios da Casa do Senhor, que daqui tomou Nabucodonosor, rei da Babilônia, levando-os para a Babilônia. Também a Jeconias, filho de Jeoaquim, rei de Judá, e a todos os exilados de Judá, que entraram na Babilônia, eu tornarei a trazer a este lugar, diz o Senhor; porque quebrei o jugo do rei da Babilônia” (Jr 28.1-4). A isso Jeremias respondeu: “Disse, pois, Jeremias, o profeta: Amém! Assim faça o Senhor; confirme o Senhor as tuas palavras, com que profetizaste, e torne ele a trazer da Babilônia a este lugar os utensílios da Casa do Senhor e todos os exilados. (…) O profeta que profetizar paz, só ao cumprir-se a sua palavra, será conhecido como profeta, de fato, enviado do Senhor” (vv. 6,9). Hananias não ficou nem um pouco impressionado, mas fez o seguinte: “Então, o profeta Hananias tomou os canzis do pescoço de Jeremias, o profeta, e os quebrou; e falou na presença de todo o povo: Assim diz o Senhor: Deste modo, dentro de dois anos, quebrarei o jugo de Nabucodonosor, rei da Babilônia, de sobre o pescoço de todas as nações. E Jeremias, o profeta, se foi, tomando o seu caminho” (vv. 10-11). Para Jeremias a única opção era o afastamento. Mas o Senhor orientou-o para que voltasse até Hananias e lhe dissesse, entre outras coisas: “… O Senhor não te enviou, mas tu fizeste que este povo confiasse em mentiras. Pelo que assim diz o Senhor: Eis que te lançarei de sobre a face da terra; morrerás este ano, porque pregaste rebeldia contra o Senhor. Morreu, pois, o profeta Hananias, no mesmo ano…” (vv. 15-17). Todas as profecias mentirosas de Hananias foram soterradas pela areia da fantasia, pois Jerusalém foi definitivamente conquistada e todos os utensílios foram retirados do templo.
3. O castigo de Hananias. Por sua pregação e atos, Hananias colocou-se como inimigo pessoal de Jeremias e, portanto, de Deus. Ele foi rebelde e ensinou os outros a se rebelarem. Deus, então, separou-o para um julgamento especial e condenou-o à morte iminente. Hananias morreu naquele mesmo ano, e as invasões babilônicas assolariam Jerusalém. O juízo de Deus virá sobre os profetas que, sem temor nem tremor, brincam com o nome de Deus, zombando-lhe da santidade. SINOPSE DO TÓPICO (2)
III. CUIDADO COM OS FALSOS PROFETAS
“Acautelai-vos”, exortou-nos Jesus. Este imperativo é um alerta para o crente prestar atenção, cuidar-se, guardar-se, acautelar-se. Temos assistido um constante desvirtuamento do conteúdo doutrinário da pregação. Há um frenesi por ‘revelações’, ‘profecias’, ‘unções especiais’, ‘oração no monte’, ‘poder’, ‘cair no espírito’, etc. Nosso povo já não sabe distinguir misticismo herético de verdadeira espiritualidade. Encontramos no livro de Jeremias um retrato dos falsos profetas, que se alastravam como uma praga em Israel. O mesmo retrato também pode ser aplicado aos falsos mestres da atualidade, os quais têm sido levantados para enganar a Igreja. Precisamos tomar cuidado, pois nem sempre é fácil identificá-los. Venda de potes com água do Rio Jordão, onde Jesus foi batizado; pedras que seriam do Templo onde Jesus pregava; areia de Jerusalém, onde o Mestre caminhava; azeites de Israel; toalhinhas ungidas; rosas, sal grosso, fogueiras santas; correntes; quebra de maldições; sessão do descarrego… No que têm transformado a igreja pentecostal? Jeremias falava a verdade, porém era impopular. Hananias falava mentiras, mas produzia falsas esperanças e conforto para o povo. Com mensagens de auto-ajuda, bem-estar e riqueza, falam apenas o que as pessoas querem ouvir, mesmo quando não estão em perfeita comunhão com o Senhor. Alerta-nos o Senhor Jesus que, nos últimos dias, aparecerão muitos falsos profetas que, se possível, enganarão até mesmos os escolhidos (Mt 24.11).
1. A procedência do profeta. De onde vem o pregador, o avivalista, o conferencista e o profeta? É ligado a alguma igreja, pastor? Preparando este comentário, descobri um site que se parece mais com uma ‘central de pregadores‘ que oferece uma “ferramenta poderosa do Senhor para abençoar igrejas e crentes, organizados em ‘pregadores’ homens, mulheres e mirins!” Onde é que isto vai parar?
2. A qualidade da mensagem. Vitória, vitória, vitória… é a mensagem do momento! Esqueceram que a Bíblia tem assuntos como Trindade, regeneração, justificação pela fé, fruto do Espírito, mordomia cristã, sofrimentos dos justos, vida devocional, dons espirituais, vinda de Cristo, ressurreição dos santos e de Cristo, etc. A mensagem dos profetas normalmente continha advertências aos que colocavam sua confiança em outras coisas e não em Deus, tais como na sabedoria humana (Jr 8: 8, 9; 9: 23, 24); na riqueza (Jr 8: 10); na autoconfiança (Os 10: 12,13); no poder opressor; em outros deuses. Constantemente o profeta desafiava a falsa santidade do povo judeu e tentava desesperadamente encorajar sincera obediência à Lei. A igreja tem que ser aquela estalagem no deserto, lugar de descanso, não por vanglória, cobiça ou coisa parecida, mas simplesmente por amor. Sem amor, as pessoas se corrompem, sem amor, líderes enriquecem no poder. É ilícito um pastor/pregador/evangelista enriquecer com a pregação do evangelho, porque o evangelho ensina exatamente a renúncia, inclusive material. O reino de Deus não coaduna riquezas materiais com ministério pastoral. O pastor deve ser conhecido e reconhecido pela sua simplicidade de vida, pelo amor ao próximo, por sua paixão em anunciar o evangelho, e não pelo tamanho de sua igreja, pelo tamanho da platéia, pelos anéis, títulos, fama ou pela quantidade de letras que aparecem antes do seu nome. O pastor que ensina qualquer forma de prosperidade financeira e material como sinônimo de benção não passa de lobo e sua mensagem é mentirosa. Nossa igreja ainda tem líderes parecidos com Cristo, que têm a mente de Cristo e que anseiam em levar as ovelhas que o Pai lhes confiou aos pastos verdejantes e às fontes de água viva.
3. A pretensão do profeta. À semelhança de Hananias, profeta da prosperidade, certos pregadores apregoam a teologia da prosperidade enquanto o Espírito Santo procura convencer o mundo do pecado, da justiça e do juízo (Jo 16.8). Este câncer é milenar. O ‘profeta chorão’ argumentou, intercedeu, teologou, tudo para convencer os reis e o povo de Israel do perigo que estava para acontecer. Enquanto isso, o profeta da prosperidade Hananias, no mesmo lugar e para o mesmo público ávido por uma mensagem de ‘poder e unção’, profetizava “prosperidade” (Jr 28.9, NVI), ou “paz” (NTLH e ARA), ou “felicidade” (Bíblia de Jerusalém). Hananias recorre à demagogia, procurando dizer o que os ouvintes ‘queriam’ ouvir e não aquilo que ‘precisavam’ ouvir. Precisamos julgar as profecias e discernir os espíritos, a fim de não sermos enganados pelos falsos profetas. SINOPSE DO TÓPICO (3)
(III. CONCLUSÃO)
Jeremias não é o único profeta impopular da história de Israel. Todo verdadeiro profeta, por uma questão de compromisso, quase sempre diz o que não agrada. Mas sempre diz a verdade! Existem falsos profetas, bem como profetas verdadeiros, precisamos distinguir entre eles. Não é por milagres e curas, o adversário também pode realizar milagres. A questão é: qual é a fonte da inspiração do profeta. Devemos confrontar a profecia com os princípios bíblicos, se houver divergência, a profecia é falsa. “Conheçamos, {e} prossigamos em conhecer ao Senhor: como a alva será a sua saída: e ele a nós virá como a chuva, como chuva serôdia que rega a terra.” (Os 6.3-ARC).
APLICAÇÃO PESSOAL
Os profetas eram homens totalmente dedicados a Deus. Detestavam o meio compromisso, a entrega parcial a Deus. A fidelidade ao Senhor deveria ser total. Isso implicava em esforçar-se para levar o povo a uma completa submissão a Deus. Os profetas não aceitavam uma sociedade injusta, mas lutavam pela manutenção dos princípios do pacto do Sinai e por eles davam a vida. Condenavam especialmente a opressão social, ou seja, não admitiam que os mais ricos explorassem os que nada tinham (Am 4.1). Também pregavam contra a bajulação aos abastados, usada para conseguir qualquer favor (Am 6.1). Por esses posicionamentos, vemos que o povo de Deus tinha e tem de ser comprometido com o seu Deus e não com o homem. A mensagem profética é muito atual; O que poderia parecer mero descuido da Lei para o homem comum, era visto como um horrendo desastre pelo profeta, tal sua sensibilidade diante do pecado (Jr 2.12, 13, 19). O profeta não somente ouvia a voz de Deus como sentia seu coração (Jr 6.11; 20.9). Tal sentimento era conseqüência de um estreito relacionamento com Deus (Am 3.7); assim, compreendia melhor do que ninguém os propósitos de Deus para o povo com quem tinha um pacto. Eram pessoas que, pela revelação de Deus, tinham conhecimento da importância dos eventos e das necessidades do povo comum. Em seu trabalho eles falavam de acontecimentos futuros, de modo a advertir sobre as conseqüências dos atos presentes (ver Am 1.2), e no geral falavam contra a sociedade em que viviam. Os pseudoprofetas trabalhavam em benefício próprio. Tinham uma boa posição financeira, política e social e entregavam mensagens falsas, levando o povo de Deus a tropeçar. Eles eram bem populares, pois proclamavam somente o que as pessoas queriam ouvir. Aqueles que deveriam falar em nome de Deus, infelizmente, haviam se tornado um obstáculo para que o povo abandonasse o erro.”"…Nada há que seja novo debaixo do sol” (Ec 1.9). Homens de Deus sempre foram usados, no decorrer da história do Cristianismo, para renovar e avivar a obra do Senhor. O movimento pentecostal da Rua Azuza, foi um marco no mundo espiritual das igrejas e continua a avivar a Igreja ainda hoje. Não esqueçamos de que Deus é o mesmo de ontem, hoje e anseia derramar mais do Seu Espírito sobre todos os seus filho.
terça-feira, 18 de maio de 2010
quinta-feira, 13 de maio de 2010
7ª LIÇÃO: O CUIDADO COM AS OVELHAS
Igreja Evangélica Assembleia de Deus
Rua Frederico Maia - Viçosa Alagoas
7ªLIÇÃO: O CUIDADO COM AS OVELHAS
INTRODUÇÃO
O profeta Jeremias chamou os líderes de Israel de “pastores” em virtude dos mesmos terem a função de guiar e cuidar do povo Deus, que é chamado de rebanho do Senhor. Infelizmente, a liderança em Israel estava vivendo em grande corrupção; por isso, o povo não foi conduzido “às águas calmas e tranqüilas” como diz o rei Davi no Salmo 23; mas foram levados à idolatria e a outros graves pecados que acarretaram terríveis conseqüências. É por isso que o Senhor Deus, o Verdadeiro Pastor de Israel, repreende veementemente através de Jeremias os líderes daquela época que encaminharam o povo a toda sorte de pecado.
I - O QUE É UM PASTOR
O termo vem da palavra hebraica, raah que figura por setenta e sete vezes no Antigo Testamento, onde tem o sentido de “pastor” (Gn 49:24; Êx. 2:17,17; Nm 27:17; Sl 23:1; Is 13:20; 31:4; 40:11; Jr 6:3; Ez 34:2-10;Am 1:2; Zc 10:2,3). No Novo Testamento, a palavra grega para pastor é “poimén” vocábulo que ocorre dezoito vezes: Mt. 9:36; 25:32; Mc 6:34; 14:27; Lc 2:8,15,18,20; Jo 10:2,11,12,14,16; Ef. 4:11; Hb 13:20; 1 Pe 2:25). No sentido literal, um “pastor” é alguém que cuida do rebanho de ovelhas. Juntamente com a profissão de agricultor, é a mais antiga profissão do mundo. Os pastores eram conhecidos como profissionais que alimentavam e protegiam os rebanhos (Jr 31:10; Ez 34:2), que procuravam as ovelhas perdidas (Ez 34:12) e que livravam de animais ferozes as ovelhas que estivessem sendo atacadas (Am 3:12). No Antigo Testamento a figura do pastor é bem presente, pois boa parte dos principais líderes de Israel eram pastores:Abraão, Isaque, Jacó (Gn 13:7; 26:20; 30:36; 37:22); Moisés (Ex 3:1), Davi (1 Sm 16:11). Parece que a profissão de pastor era uma excelente preparação para ser um dos líderes de Israel (Am 1:1). Com base nessa idéia de que o pastor é o líder do rebanho, surgiu o conceito de Deus como o Pastor de Israel. Jacó se dirigiu a Deus dessa forma nos dias que antecederam sua morte (Gn 48:15). Davi chamou a Deus de seu Pastor (Sl 23) e Asafe também o fez (Sl 80:1).
II - OS PASTORES DE ISRAEL
2.1. No A.T. - Os líderes de Israel no Antigo Testamento (composto por Reis, Sacerdotes e Profetas), especificamente nos dias do Profeta Jeremias, foram chamados de pastores. “…contra os pastores que apascentam o meu povo…” (Jr 23.2). Observe que o termo “apascentam” usado neste versículo mostra claramente que eles estavam em pleno exercício de suas funções a eles delegadas.
Só que a prática de cada um deles eram totalmente contrárias a vontade de Deus em relação ao rebanho. Vejamos a atuação de cada um desses grupos que foram denominados pastores:
Os Reis - A justiça não era mais prática da monarquia; em seu lugar estava a violência, a injustiça, a extorsão e a opressão; isso fica nítido quando Deus declara através de Jeremias: “Assim diz o Senhor: Exercei o juízo e a justiça, e livrai o espoliado da mão do opressor; e não oprimais ao estrangeiro, nem ao órfão, nem à viúva; não façais violência, nem derrameis sangue inocente neste lugar” (Jr. 22.3). Logo após, impõe uma condição ao Rei de Judá: “…se deveras cumprirdes esta palavra..” (Jr.22.3). Caso ele não ouvisse a voz do Senhor o palácio real se tornaria uma assolação. “… que esta casa se tornará em assolação” (Jr.22.4).
Os Sacerdotes - foram coniventes com as práticas idólatras do povo, não ensinaram a lei de Deus, antes usaram de falsidade vivendo de forma dúbia. “Porque desde o menor deles até ao maior, cada um se dá à avareza; e desde o profeta até ao sacerdote, cada um usa de falsidade.” (Jr 6.13). O exercício das ministrações dos sacrifícios e ofertas tornaram-se meros rituais vazios e sem significado espiritual para o povo.
Os profetas - Estes que tinham por função primeira ser porta-voz de Deus tornaram-se adeptos de Baal: “…e os profetas profetizavam por Baal, e andaram após o que é de nenhum proveito…” (Jr 2.8). Ludibriam o rebanho do Senhor com a falsa promessa de que o Templo os protegeriam independentes de suas ações. A situação deles era tão pecaminosa que Deus os chamou de moradores de Sodoma e Gomorra (Jr 23.14).
Os Pastores de Israel que Deus levantou para guiar e apascentar o seu povo deveriam fazer parte do governo teocrático (Deus liderando por meio dos seus escolhidos). No entanto, rebelaram-se contra o Senhor da pior forma, além de pecar, induziram ao erro e destruíram o rebanho do Senhor. “Ai dos pastores que destroem e dispersam as ovelhas do meu pasto, diz o Senhor” (Jr 23.1). Nos versículos posteriores, o verdadeiro Pastor, se apresenta para trazer de volta as suas ovelhas que foram dispersas por aqueles que deveriam zelar pelo rebanho.
Não obstante a omissão e desleixo dos líderes de Israel, o profeta se refere ao Senhor como o pastor que protege seu rebanho (Jr 31:10), o profeta Isaías o descreve como o pastor que alimenta o povo de Israel ( Is 40:11) e Ezequiel descreve-o como o pastor que busca pelas ovelhas de seu rebanho (Ez 34:12).
2.2.No N.T. - Seguindo o contexto judaico, os escritores do Novo Testamento descrevem como o Senhor Jesus como um Pastor. Assim, Jesus é bom pastor porque deu sua vida por suas ovelhas (Jo 10:2,11,14,16), e como todo bom pastor Ele separa as suas ovelhas dos bodes, assim como faz o pastor (Mt 25:32); e ele sofreu por suas ovelhas como faz um bom pastor (Mt 26:31).
Entretanto em termos eclesiásticos, o pastor é o supervisor do rebanho. Sua principal função é administrar a Igreja de Cristo (1 Pe 5:1-8), cuidando do rebanho (Hb 13:7), sendo o principal exemplo para as ovelhas que recebeu do Senhor, nosso Sumo Pastor (Hb 13:17). Deve ser irrepreensível, governar bem a sua casa, um homem que vive uma vida de santidade e que dá sua vida pelas ovelhas ( Ver epístolas pastorais I e II Tm e Tito).
III - ISRAEL FOI DESTRUÍDO POR LHE FALTAR VEDADEIROS PASTORES
Os Pastores tinham um papel vital para guiar a nação em direção a Deus; caso contrário, os desvios e erros dos sacerdotes seriam copiados pelo povo. Por essa razão é que o Senhor se importava tanto com a liderança do seu povo. A cobrança e as exigências para com os líderes do povo eram muito grandes.
Como os pastores da época do profeta Jeremias se desviaram e cometeram várias levianidades, o povo seguiu seus seus maus exemplos: “Os profetas profetizam falsamente, e os sacerdotes dominam pelas mãos deles, e o meu povo assim o deseja; mas que fareis ao fim disto?” (Jr 5.31). Todas as classes designadas por Deus em Israel para estarem à frente do povo haviam se desviados. A responsabilidade maior eram desses pastores, o juízo para esses eram certos. Assim, Israel foi destruído porque lhes faltou os verdadeiros pastores que ouvissem a voz de Deus e ensinassem a justiça aos filhos de Israel.
A misericórdia de Deus é tão grande que ele promete resgatar as ovelhas que foram dispersas: “E eu mesmo recolherei o restante das minhas ovelhas, de todas as terras para onde as tiver afugentado, e as farei voltar aos seus apriscos; e frutificarão, e se multiplicarão.” (Jr. 23.3). Aqui está o verdadeiro Pastor de Israel, mostrando que ele não desiste de suas ovelhas, pois o verdadeiro pastor :
a - Instrui as suas ovelhas com a sua palavra e o seu exemplo, e as guia (Jo 10:7);
b - Vive bem familiarizado com as suas ovelhas, e elas o conhecem bem , o que indica comunhão e comunicação (Jo 10:3,4);
c - Guia o rebanho tanto nesta vida como em direção a vida eterna (Jo 10:4,10,17 e 28).
d - É o exemplo moral das ovelhas e vai adiante dela (Jo 10:4).
e - É inteiramente devotado ao seu rebanho e dá a própria vida pelas suas ovelhas (Jo 10:11).
f - Garante a segurança do rebanho, tanto agora como para toda eternidade, mediante a autoridade que lhe foi conferida pelo Pai com quem Cristo tem perfeita união, tanto no tocante à sua natureza quanto no que diz respeito aos seus desígnios (Jo 10:27-30).
IV - OS DEVERES DAS OVELHAS.
As ovelhas possuem características que nos servem de exemplo: são mansas e vivem em grupos. Isso nos fala de paz com Deus e consigo mesmo e de união entre os irmãos. Também tem privilégios, como por exemplo: elas não constroem o próprio aprisco, esta função cabe ao pastor; o rumo certo ao local com pastagens e águas e a proteção contra os perigos diurno como noturno é de responsabilidade de seu dono. O Senhor Deus, o nosso Sumo Pastor, é quem criou a igreja, nos dá a direção certa para uma vida consagrada a Ele e é Ele quem nos guarda de todos os males. Todavia, as ovelhas também tem deveres com o seu Pastor e são justamente esses deveres que identificam se a natureza é de ovelha.
Uma verdade marcante é que a ovelha conhece a voz de seu Pastor. Jesus disse: “…e elas ouvirão a minha voz…” (Jo 10.16).
A palavra “ouvir”, neste texto, não quer dizer um simples escutar, mas obediência naquilo que a voz do pastor transmite. Assim, fica evidente que o primeiro dever da legítima ovelha é: obedecer. A Bíblia nos declara: “Obedecei a vossos pastores e sujeitai-vos a eles; porque velam por vossa alma, como aqueles que hão de dar conta delas…” (Hb 13.17). O sentido da palavra obediência, desprendido desses textos, mostra se a nossa natureza é mesmo de ovelha e se pertencemos ao aprisco do Sumo Pastor. (1Pe 5. 1 - 4).
Outro dever é honrar os Pastores: “Lembrai-vos dos vossos pastores, que vos falaram a palavra de Deus, a fé dos quais imitai, atentando para a sua maneira de viver.” (Hb 13.7). Honrar é considerar em alta estima os fiéis servos do Senhor a quem Deus confiou esta tão grande responsabilidade. Quando se honra os pastores está também honrando a Deus que os chamou para essa função.
CONCLUSÃO
Os Pastores da época do profeta Jeremias, falharam porque não se deixaram apascentar pelo Verdadeiro Pastor de Israel. Antes, apascentaram a si mesmo, e dessa forma dispersaram as ovelhas do Senhor e destruíram o rebanho que não lhes pertenciam. A conseqüência disso foi o castigo decretado sobre a nação Israelense. Diante do juízo iminente sobre o povo, o amor do Sumo Pastor é revelado quando ele promete resgatar as ovelhas dispersas e levantar pastores comprometidos com Deus e o rebanho. “E levantarei sobre elas pastores que as apascentem, e nunca mais temerão, nem se assombrarão, e nem uma delas faltará, diz o Senhor” (Jr.23.4).
Rua Frederico Maia - Viçosa Alagoas
7ªLIÇÃO: O CUIDADO COM AS OVELHAS
INTRODUÇÃO
O profeta Jeremias chamou os líderes de Israel de “pastores” em virtude dos mesmos terem a função de guiar e cuidar do povo Deus, que é chamado de rebanho do Senhor. Infelizmente, a liderança em Israel estava vivendo em grande corrupção; por isso, o povo não foi conduzido “às águas calmas e tranqüilas” como diz o rei Davi no Salmo 23; mas foram levados à idolatria e a outros graves pecados que acarretaram terríveis conseqüências. É por isso que o Senhor Deus, o Verdadeiro Pastor de Israel, repreende veementemente através de Jeremias os líderes daquela época que encaminharam o povo a toda sorte de pecado.
I - O QUE É UM PASTOR
O termo vem da palavra hebraica, raah que figura por setenta e sete vezes no Antigo Testamento, onde tem o sentido de “pastor” (Gn 49:24; Êx. 2:17,17; Nm 27:17; Sl 23:1; Is 13:20; 31:4; 40:11; Jr 6:3; Ez 34:2-10;Am 1:2; Zc 10:2,3). No Novo Testamento, a palavra grega para pastor é “poimén” vocábulo que ocorre dezoito vezes: Mt. 9:36; 25:32; Mc 6:34; 14:27; Lc 2:8,15,18,20; Jo 10:2,11,12,14,16; Ef. 4:11; Hb 13:20; 1 Pe 2:25). No sentido literal, um “pastor” é alguém que cuida do rebanho de ovelhas. Juntamente com a profissão de agricultor, é a mais antiga profissão do mundo. Os pastores eram conhecidos como profissionais que alimentavam e protegiam os rebanhos (Jr 31:10; Ez 34:2), que procuravam as ovelhas perdidas (Ez 34:12) e que livravam de animais ferozes as ovelhas que estivessem sendo atacadas (Am 3:12). No Antigo Testamento a figura do pastor é bem presente, pois boa parte dos principais líderes de Israel eram pastores:Abraão, Isaque, Jacó (Gn 13:7; 26:20; 30:36; 37:22); Moisés (Ex 3:1), Davi (1 Sm 16:11). Parece que a profissão de pastor era uma excelente preparação para ser um dos líderes de Israel (Am 1:1). Com base nessa idéia de que o pastor é o líder do rebanho, surgiu o conceito de Deus como o Pastor de Israel. Jacó se dirigiu a Deus dessa forma nos dias que antecederam sua morte (Gn 48:15). Davi chamou a Deus de seu Pastor (Sl 23) e Asafe também o fez (Sl 80:1).
II - OS PASTORES DE ISRAEL
2.1. No A.T. - Os líderes de Israel no Antigo Testamento (composto por Reis, Sacerdotes e Profetas), especificamente nos dias do Profeta Jeremias, foram chamados de pastores. “…contra os pastores que apascentam o meu povo…” (Jr 23.2). Observe que o termo “apascentam” usado neste versículo mostra claramente que eles estavam em pleno exercício de suas funções a eles delegadas.
Só que a prática de cada um deles eram totalmente contrárias a vontade de Deus em relação ao rebanho. Vejamos a atuação de cada um desses grupos que foram denominados pastores:
Os Reis - A justiça não era mais prática da monarquia; em seu lugar estava a violência, a injustiça, a extorsão e a opressão; isso fica nítido quando Deus declara através de Jeremias: “Assim diz o Senhor: Exercei o juízo e a justiça, e livrai o espoliado da mão do opressor; e não oprimais ao estrangeiro, nem ao órfão, nem à viúva; não façais violência, nem derrameis sangue inocente neste lugar” (Jr. 22.3). Logo após, impõe uma condição ao Rei de Judá: “…se deveras cumprirdes esta palavra..” (Jr.22.3). Caso ele não ouvisse a voz do Senhor o palácio real se tornaria uma assolação. “… que esta casa se tornará em assolação” (Jr.22.4).
Os Sacerdotes - foram coniventes com as práticas idólatras do povo, não ensinaram a lei de Deus, antes usaram de falsidade vivendo de forma dúbia. “Porque desde o menor deles até ao maior, cada um se dá à avareza; e desde o profeta até ao sacerdote, cada um usa de falsidade.” (Jr 6.13). O exercício das ministrações dos sacrifícios e ofertas tornaram-se meros rituais vazios e sem significado espiritual para o povo.
Os profetas - Estes que tinham por função primeira ser porta-voz de Deus tornaram-se adeptos de Baal: “…e os profetas profetizavam por Baal, e andaram após o que é de nenhum proveito…” (Jr 2.8). Ludibriam o rebanho do Senhor com a falsa promessa de que o Templo os protegeriam independentes de suas ações. A situação deles era tão pecaminosa que Deus os chamou de moradores de Sodoma e Gomorra (Jr 23.14).
Os Pastores de Israel que Deus levantou para guiar e apascentar o seu povo deveriam fazer parte do governo teocrático (Deus liderando por meio dos seus escolhidos). No entanto, rebelaram-se contra o Senhor da pior forma, além de pecar, induziram ao erro e destruíram o rebanho do Senhor. “Ai dos pastores que destroem e dispersam as ovelhas do meu pasto, diz o Senhor” (Jr 23.1). Nos versículos posteriores, o verdadeiro Pastor, se apresenta para trazer de volta as suas ovelhas que foram dispersas por aqueles que deveriam zelar pelo rebanho.
Não obstante a omissão e desleixo dos líderes de Israel, o profeta se refere ao Senhor como o pastor que protege seu rebanho (Jr 31:10), o profeta Isaías o descreve como o pastor que alimenta o povo de Israel ( Is 40:11) e Ezequiel descreve-o como o pastor que busca pelas ovelhas de seu rebanho (Ez 34:12).
2.2.No N.T. - Seguindo o contexto judaico, os escritores do Novo Testamento descrevem como o Senhor Jesus como um Pastor. Assim, Jesus é bom pastor porque deu sua vida por suas ovelhas (Jo 10:2,11,14,16), e como todo bom pastor Ele separa as suas ovelhas dos bodes, assim como faz o pastor (Mt 25:32); e ele sofreu por suas ovelhas como faz um bom pastor (Mt 26:31).
Entretanto em termos eclesiásticos, o pastor é o supervisor do rebanho. Sua principal função é administrar a Igreja de Cristo (1 Pe 5:1-8), cuidando do rebanho (Hb 13:7), sendo o principal exemplo para as ovelhas que recebeu do Senhor, nosso Sumo Pastor (Hb 13:17). Deve ser irrepreensível, governar bem a sua casa, um homem que vive uma vida de santidade e que dá sua vida pelas ovelhas ( Ver epístolas pastorais I e II Tm e Tito).
III - ISRAEL FOI DESTRUÍDO POR LHE FALTAR VEDADEIROS PASTORES
Os Pastores tinham um papel vital para guiar a nação em direção a Deus; caso contrário, os desvios e erros dos sacerdotes seriam copiados pelo povo. Por essa razão é que o Senhor se importava tanto com a liderança do seu povo. A cobrança e as exigências para com os líderes do povo eram muito grandes.
Como os pastores da época do profeta Jeremias se desviaram e cometeram várias levianidades, o povo seguiu seus seus maus exemplos: “Os profetas profetizam falsamente, e os sacerdotes dominam pelas mãos deles, e o meu povo assim o deseja; mas que fareis ao fim disto?” (Jr 5.31). Todas as classes designadas por Deus em Israel para estarem à frente do povo haviam se desviados. A responsabilidade maior eram desses pastores, o juízo para esses eram certos. Assim, Israel foi destruído porque lhes faltou os verdadeiros pastores que ouvissem a voz de Deus e ensinassem a justiça aos filhos de Israel.
A misericórdia de Deus é tão grande que ele promete resgatar as ovelhas que foram dispersas: “E eu mesmo recolherei o restante das minhas ovelhas, de todas as terras para onde as tiver afugentado, e as farei voltar aos seus apriscos; e frutificarão, e se multiplicarão.” (Jr. 23.3). Aqui está o verdadeiro Pastor de Israel, mostrando que ele não desiste de suas ovelhas, pois o verdadeiro pastor :
a - Instrui as suas ovelhas com a sua palavra e o seu exemplo, e as guia (Jo 10:7);
b - Vive bem familiarizado com as suas ovelhas, e elas o conhecem bem , o que indica comunhão e comunicação (Jo 10:3,4);
c - Guia o rebanho tanto nesta vida como em direção a vida eterna (Jo 10:4,10,17 e 28).
d - É o exemplo moral das ovelhas e vai adiante dela (Jo 10:4).
e - É inteiramente devotado ao seu rebanho e dá a própria vida pelas suas ovelhas (Jo 10:11).
f - Garante a segurança do rebanho, tanto agora como para toda eternidade, mediante a autoridade que lhe foi conferida pelo Pai com quem Cristo tem perfeita união, tanto no tocante à sua natureza quanto no que diz respeito aos seus desígnios (Jo 10:27-30).
IV - OS DEVERES DAS OVELHAS.
As ovelhas possuem características que nos servem de exemplo: são mansas e vivem em grupos. Isso nos fala de paz com Deus e consigo mesmo e de união entre os irmãos. Também tem privilégios, como por exemplo: elas não constroem o próprio aprisco, esta função cabe ao pastor; o rumo certo ao local com pastagens e águas e a proteção contra os perigos diurno como noturno é de responsabilidade de seu dono. O Senhor Deus, o nosso Sumo Pastor, é quem criou a igreja, nos dá a direção certa para uma vida consagrada a Ele e é Ele quem nos guarda de todos os males. Todavia, as ovelhas também tem deveres com o seu Pastor e são justamente esses deveres que identificam se a natureza é de ovelha.
Uma verdade marcante é que a ovelha conhece a voz de seu Pastor. Jesus disse: “…e elas ouvirão a minha voz…” (Jo 10.16).
A palavra “ouvir”, neste texto, não quer dizer um simples escutar, mas obediência naquilo que a voz do pastor transmite. Assim, fica evidente que o primeiro dever da legítima ovelha é: obedecer. A Bíblia nos declara: “Obedecei a vossos pastores e sujeitai-vos a eles; porque velam por vossa alma, como aqueles que hão de dar conta delas…” (Hb 13.17). O sentido da palavra obediência, desprendido desses textos, mostra se a nossa natureza é mesmo de ovelha e se pertencemos ao aprisco do Sumo Pastor. (1Pe 5. 1 - 4).
Outro dever é honrar os Pastores: “Lembrai-vos dos vossos pastores, que vos falaram a palavra de Deus, a fé dos quais imitai, atentando para a sua maneira de viver.” (Hb 13.7). Honrar é considerar em alta estima os fiéis servos do Senhor a quem Deus confiou esta tão grande responsabilidade. Quando se honra os pastores está também honrando a Deus que os chamou para essa função.
CONCLUSÃO
Os Pastores da época do profeta Jeremias, falharam porque não se deixaram apascentar pelo Verdadeiro Pastor de Israel. Antes, apascentaram a si mesmo, e dessa forma dispersaram as ovelhas do Senhor e destruíram o rebanho que não lhes pertenciam. A conseqüência disso foi o castigo decretado sobre a nação Israelense. Diante do juízo iminente sobre o povo, o amor do Sumo Pastor é revelado quando ele promete resgatar as ovelhas dispersas e levantar pastores comprometidos com Deus e o rebanho. “E levantarei sobre elas pastores que as apascentem, e nunca mais temerão, nem se assombrarão, e nem uma delas faltará, diz o Senhor” (Jr.23.4).
Assinar:
Postagens (Atom)