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terça-feira, 31 de janeiro de 2012

A PROSPERIDADE DOS BEM AVENTURADOS


INTRODUÇÃO
O movimento da Teologia da "prosperidae", foge dos textos bíblicos que tratam a respeito do sofrimento. As bem-aventuranças, apresentadas por Jesus no Sermão do Monte, são desconsideradas. Na lição de hoje, aprenderemos que existe prosperidade para os bem-aventurados, e esses, diferentemente do que defendem o pseudopentecostalismo, tem como marca o sofrimento. Mesmo em meio ao sofrimento, por amor a Cristo, esses são considerados - makarios em grego - isto é, mais do que felizes.

1. BEM-AVENTURADOS OS POBRES, OS QUE CHORAM E OS MANSOS
A pobreza espiritual é o reconhecimento da nossa necessidade de Deus, de que somos pecadores, carentes do Seu perdão. Como bem explicitou Calvino: “só aquele que, em si mesmo, foi reduzido a nada, e repousa na misericórdia de Deus, é pobre de espírito”. O reino de Deus é concedido àqueles que percebam sua carência de Deus, os pecadores, nos tempos de Jesus, concretizados, por exemplo, nos publicanos e prostitutas (Mt. 21.21). Os fariseus, alicerçados em sua vã religiosidade, deixaram de atentar para essa sublime verdade (Mt. 23.23-26). Os que choram também são bem-aventurados, Jesus é um grande exemplo nesse sentido, pois Ele mesmo chorou a miséria dos homens (Jo 11.35; Mt. 23.37; Hb. 5.7). Somente aqueles que choram pelos seus pecados podem receber o Consolador, pois esses, ao final, terão suas lágrimas enxugadas por Deus (Ap. 7.17). Os mansos - praus em grego - seguem o modelo que é Cristo, em Sua mansidão (Mt. 11.29). Dr. Lloyd Jones explica essa bem-aventurança com a seguinte declaração: “a mansidão é, em essência, a verdadeira visão que temos de nós mesmos, e que se expressa na atitude e na conduta para com os outros”. A promessa de Jesus aos mansos é que eles herdarão a terra, que ecoa as palavras do Salmo 37, para não nos indignarmos por causa dos malfeitores, e a mantermos nossa esperança no Senhor.

2. OS QUE TÊM FOME E SEDE DE JUSTIÇA, OS MISERICORDIOSOS
Maria, em seu Magnificat, declara que Deus encheu de bens os famintos e despediu vazios os ricos (Lc. 1.53). De fato, os que têm fome e sede de Deus, e de justiça, é que serão fartos. A ambição desses não é material, como tanto se propaga atualmente, mas espiritual. Essa fome e sede de justiça não serão cumpridas enquanto estivermos aqui na terra. No mundo impera a maldade e o engano, as pessoas fazem de tudo para tirar vantagem. O rico prospera e ostenta o produto das suas aquisições, muitas vezes adquiridas ilicitamente. Enquanto que o pobre é injustiçado, trabalha por um salário de fome, e é constantemente oprimido. Mas bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, pois eles, no céu, jamais terão fome e nunca mais terão sede (Ap. 7.16,17). Os misericordiosos - eleos em grego - também são bem-aventurados, pois demonstram compaixão pelas pessoas que passam necessidade. Existe uma diferença marcante entre graça (charis) e misericórdia (eleos). A primeira é resultante do favor imerecido, em relação ao pecado, enquanto que essa última é uma demonstração de alívio diante da dor, da miséria e do desespero. O mundo desconhece tanto a graça quanto a misericórdia, pois trata as pessoas com crueldade, foge da dor e do sofrimento dos homens. A cultura da vingança e da competitividade se consolidou no contexto de uma sociedade insensível à mensagem de Deus. Agir com misericórdia é está disposto a perdoar, conforme instruiu Jesus na parábola do credor incompassivo (Mt. 18.21-35).

3. OS LIMPOS DE CORAÇÃO, OS PACIFICADORES E OS PERSEGUIDOS
Bem-aventurados são os limpos de coração, aqueles que oram, com Davi: “cria em mim, ó Deus, um coração puro, e renova dentro em mim um espírito inabalável” (Sl. 51.6). A pureza que agrada a Deus vem de dentro para fora, parte do interior do ser, não do exterior, como defendiam os fariseus (Lc. 11.39; Mt. 23.25-28). Umas das marcas dos limpos de coração é sinceridade, são pessoas que não entregam a alma à falsidade (Sl. 24.4). A motivação das suas atitudes é produto da honestidade. Os limpos de coração não vivem das aparências, do marketing pessoal em detrimento da sinceridade do coração. Somente os limpos de coração, os que são sinceros diante de Deus, que não vivem de máscaras, verão a Deus. Aqueles que assim vivem são pacificadores, por isso são bem-aventurados, pois não vivem dissimuladamente, antes agem com vistas a construir relacionamentos sólidos, sem que esses estejam baseados na pressão. Os cristãos não foram chamados por Cristo para viverem em conflito, mas em paz (I Co. 7.15; I Pe. 3.11; Hb. 12.14; Rm. 12.18). Os que são pacificadores são bem-aventurados porque foram agraciados com a paz de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo (Cl. 1.10; Ef. 2.15). Aqueles que vivem a partir desses princípios sofrerão perseguição, mesmo assim, devem se considerar mais do que felizes (Mt. 5.12). A promessa para os que suportam as perseguições é a “o galardão nos céus”. Os profetas, por denunciarem o pecado, foram perseguidos, aqueles que fazem o mesmo atualmente, participam dessa sucessão (At. 5.41).

CONCLUSÃO
Lutero incluiu o sofrimento no rol das características de uma verdadeira igreja. Do mesmo modo, podemos afirmar que uma igreja verdadeiramente próspera passa por sofrimento. Paradoxalmente, há movimentos cujo slogan é: “pare de sofrer”. Uma igreja que não sofre não pode se considerar igreja, pois conforme revelou Paulo ao jovem pastor Timóteo, todos aqueles que seguem piedosamente a Cristo padecerão perseguição (II Tm. 3.12

Fonte: ebdweb

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

CANTORA DIZ QUE AUTORES DA BÍBLIA ESTAVAM EMBRIAGADOS


Polonesa foi condenada a pagar uma multa de 1.450 dólares após declaração
A cantora Dorota Rabczewska, uma das mais famosas estrelas da música pop da Polônia, foi condenada a pagar uma multa de 1450 dólares após afirmar que os autores da Bíblia estavam bêbados e chapados ao escreverem o livro sagrado do cristianismo.
Doda, que é como a cantora é conhecida, fez a polêmica declaração em uma entrevista ao jornal Gazeta Dziennik Prawna, quando disse também que “mais pessoas acreditam em dinossauros do que na Bíblia,” e que “é difícil acreditar em algo escrito por alguém que estava embriagado com vinho e fumando maconha”.
As afirmações da cantora causaram revolta nos grupos católicos do país, que a processaram por causa das declarações. Ryszard Nowak, presidente da Comissão de Defesa, entidade que afirma lutar contra as seitas no país, foi quem abriu o processo contra a cantora.
Nowak já processou também o ex-noivo de Doda, o músico Adam Darki, que rasgou um exemplar da Bíblia durante um show em setembro de 2007 e disse que a Igreja Católica era “o culto aos maiores assassinos do planeta”.
Os processos têm como base o Código Penal da Polônia que defende os religiosos em um artigo que diz: “Aquele que ofende os sentimentos religiosos de outras pessoas, por ultrajar em público um objeto de adoração ou no espaço de execução pública dos ritos religiosos, estará sujeita a multa, restrição de liberdade ou prisão por dois anos”.
A defesa da cantora tentou invalidar o processo sob alegação de que a mesma teria direito a liberdade de expressão. Doda chegou ainda a se desculpar, dizendo que não tinha intenção de ofender ninguém e tentou explicar que falou sobre maconha por ser algo “usado para curar”, porque durante os tempos bíblicos não existia aspirina e que o álcool a que se referiu era o “vinho sacramental”.
A argumentação de Doda e sua defesa não foi aceita pelo Tribunal de Varsóvia, que a condenou por ter ofendido “os sentimentos religiosos de milhões de pessoas, incluindo judeus, evangélicos, católicos e todos os que creem na Bíblia”. A cantora foi liberada após pagar a multa de 1.450 dólares.


CARGO PARA PASTOR TEM ANÚNCIO EM JORNAL




“ A Igreja Global do Poder de Deus” colocou um anúncio nos classificados do jornal Gazeta do Povo, de Curitiba (PR) na sexta-feira (27), oferecendo uma vaga de emprego para pastor. O texto do anúncio pedia ainda que o candidato fosse originário da Igreja Universal ou da Igreja Mundial.

“Precisa-se de pastor para evangelizar que seja originário da Mundial ou Universal – tratar com Bispo Antônio José pelo telefone 41 7XXX-XXXX”, esse era o texto do anúncio que colocava a vaga de pastor na seção de serviços do jornal, como se fosse um anúncio para uma vaga de emprego comum.

Esse anúncio gerou diversas discussões na internet questionando a validade de se oferecer um cargo ministerial como vaga de emprego. Um artigo no The Christian Post falou do caso como mercantilização da fé: “A impressão é que a mercantilização parece ter chegado a tal ponto que a função do ministério já não é considerada como vocação, ou chamado de Deus, mas como uma ocupação devidamente remunerada”.

Ao ler o anúncio o radialista Luiz Carlos Martins ligou ao vivo durante seu programa na Rádio Banda B e conversou com o bispo que oferecia a vaga. Durante a conversa o bispo explicou que a igreja tem sede em Ponta Grossa e estaria “abrindo uma na região metropolitana”, por isso estava pedindo pastor.

Sem detalhar valores o bispo explicou também que a remuneração seria diferente dependendo do estado civil do candidato e que a igreja bancaria também outras despesas, como aluguel, se fosse necessário.

Quando perguntado sobre em qual cidade seria aberta a nova igreja o bispo informou que seria em São José dos Pinhais. O radialista comentou a resposta perguntando: “É bom, porque é uma cidade rica não é?”, ao que o bispo respondeu: “Exatamente”.

Fonte: Gospel+





terça-feira, 24 de janeiro de 2012

AS BÊNÇÃOS DE ISRAEL E O QUE CABE À IGREJA


INTRODUÇÃO

Na Palavra de Deus encontramos muitas preciosas e incondicionais promessas para toda a humanidade, como por exemplo, “sementeira e sega, e frio e calor, e verão e inverno, e dia e noite”, enquanto a Terra durar e sem cessar(Gn 8:22). Todavia, algumas bênçãos e promessas são especificas para Israel e outras são para a Igreja. Entendemos que não é fácil distinguir que tipo de bênçãos foi destinado apenas para Israel, e quais bênçãos podem ser estendidas para a Igreja, hoje composta majoritariamente por gentios (não judeus). É um tema que precisa ser abordado com cuidado, pois, em nossos dias, é comum que algumas pessoas desavisadas tomem um verso bíblico em particular, e de forma bem isolada, e entendam que o conteúdo dele é para si. Falta equilíbrio de muitos pregadores que sobem nos púlpitos e despejam nos auditórios o resultado de interpretações equivocadas, dando um sentido às Escrituras Sagradas que o próprio Deus não tinha intenção de transmitir. Hoje, a maior bênção que uma pessoa pode experimentar é quando ela, pela fé, entrega a sua vida a Jesus e recebe o perdão dos seus pecados por intermédio do sangue do Cordeiro Imaculado.

I. PROMESSAS DE BÊNÇÃOS MATERIAIS PARA ISRAEL - Dt 28:8,11,12

1. Condição “sine qua non”: a obediência. O Senhor fez promessas de bênçãos materiais aos israelitas, para que eles pudessem se manter como nação independente das demais e com condições de levá-las a servir a Deus. Porém, nem tudo o que foi prometido por Deus a Israel era unilateral. Na verdade, a maioria das promessas dependia de uma obediência a Deus e temor para com Sua Palavra. Sem esses elementos, muitas das bênçãos não seriam derramadas. Eram bênçãos condicionadas, ou seja, dependiam de atitudes humanas para receberem a retribuição divina.

Em havendo obediência ao Senhor, Deus prometia a Israel a manutenção de seu sustento, as condições para que pudesse, do fruto da terra, obter a sua sobrevivência, para que, tendo com que comer, beber e vestir, pudesse exercer o seu papel de “reino sacerdotal e povo santo”. Já no capítulo 11 do livro de Deuteronômio, vemos que o Senhor traz os benefícios da obediência, a começar pela chuva a seu tempo, a temporã e a serôdia, para que pudessem ser recolhidos o grão, o mosto e o azeite (Dt 11:14). Deus prometia chuvas no tempo certo não com o objetivo de que Israel tivesse “fartura desmedida” como pagamento de sua obediência, mas lhes dar condição para que, tendo com que comer, beber e vestir, não depender das demais nações e, assim, em independência, poder cumprir o propósito estabelecido para que servisse a Deus e fosse um veículo de aproximação entre Deus e os demais povos. Também, o Senhor prometeu erva no campo para que o gado pudesse se alimentar (Dt 11:15) e, desta maneira, servir não só de alimento para o povo, mas também para que os sacrifícios exigidos pela lei pudessem ser feitos.

Ao mesmo tempo em que o Senhor prometia bênçãos materiais para Israel, não deixou de alertar os israelitas para que seus corações não se deixassem enganar pela prosperidade material e, com isso, se desviassem dos caminhos do Senhor, pois, se isto acontecesse, se o povo deixasse de servir a Deus por causa das bênçãos dadas por Deus, tais bênçãos desapareceriam, com o fechamento dos céus, a falta de água e o consequente perecimento por falta de condições de sobrevivência (Dt 11:16,17).

2. Objetivo das bênçãos materiais para Israel:

a) Cumprir o propósito de Deus, que era o de Israel ser uma referencia entre as nações para que elas se voltassem ao Senhor (Dt 28:1). A “exaltação sobre todas as nações da Terra” prometida pelo Senhor a Israel se obedecesse aos Seus mandamentos, não era o de fazer de Israel uma “potência política-econômica”, um “império”, mas, sim, de uma nação diferente das demais, com plenas condições de autossustento e que se distinguisse das outras pela sua maneira de viver, pela sua adoração a Deus.

É precisamente o que se requer da Igreja em nossos dias. Diante dos sistemas do mundo, ela deve ter uma maneira de viver distinta que faça com que os homens venham a nos perguntar a razão da esperança que há em nós (1Pe 3:15), algo que advém da nossa santidade, daquilo que somos, não daquilo que porventura tenhamos.

Os “teólogos da prosperidade”, entretanto, desvirtuam esta realidade bíblica, defendendo uma “exaltação” que é antibíblica e satânica. O salvo por Cristo Jesus não precisa ser um “milionário” para mostrar ao mundo que serve a Cristo, que é salvo e que vai para o Céu. Não é através de uma “ostentação de riqueza” que iremos mostrar que servimos a Deus. Pelo contrário, a “ostentação de riquezas” nada mais é que a “soberba da vida”, um dos elementos que caracteriza o mundo sem Deus e sem salvação (1Joao 2:16).

b) Dar condições para que o papel espiritual de Israel fosse cumprido. Os frutos materiais da obediência ao Senhor não visavam, em absoluto, uma vida regalada, uma vida voltada para os prazeres deste mundo, mas tão somente a criação de meios para que Israel se dedicasse a servir a Deus diante das demais nações.

A ganância desmedida estimulada pelos agentes da “teologia da prosperidade” não tem qualquer respaldo bíblico, nem mesmo no capítulo 28 do livro de Deuteronômio. Quem põe sua esperança e confiança no dinheiro, jamais se satisfará e tudo isto, diz Salomão, é vaidade (Ec 5:10). Fujamos, pois, desta pregação do deus Mamom, pois quem serve ao dinheiro, jamais servirá ao Senhor (Mt 6:24).

c) Criar condições para que Israel fosse “povo santo“(Dt 28:9). Através das bênçãos materiais (Dt 28:8,11,12), o Senhor tinha por propósito confirmar a Israel como “povo santo”, para mostrar às demais nações que era “o povo chamado pelo nome do Senhor” (Dt 28:10) e, por este motivo, os povos teriam temor de Israel, expressão que não significava apenas “medo”, mas, muito mais do que isto, respeito e consideração, atitudes que fariam com que os povos se interessassem em saber porque Israel era assim e, deste modo, pelo testemunho apresentado pelos israelitas, pudessem se aproximar do Senhor. Desta feita, os bens materiais jamais poderiam ser utilizados para a prática do pecado.

Os “teólogos da prosperidade” de nossos dias não explicam qual o objetivo com que Deus prometia abençoar Israel. Assim, sem tal explicação, acabam por incitar no povo incauto o desejo pela vaidade, o desejo pela acumulação de bens materiais, o desejo pelo enriquecimento, etc. Já perceberam que os “testemunhos” apresentados por este tipo de gente só traz pessoas que dizem ter hoje uma “vida regalada?”. Quantos já ouviram “testemunhos de prosperidade” em que a abundância supostamente recebida é utilizada para “confirmação da santidade”, para a glória do nome do Senhor? Acredito que ninguém!

d) Emprestar a quem precisa (Dt 28:12b). A abundância patrimonial prometida a Israel seria aproveitada para que houvesse “empréstimos a muitas gentes“, ou seja, o que sobrasse eventualmente do produzido, das riquezas auferidas, deveria ser “emprestada” a outros povos, empréstimos que não poderiam ser usurários, com propósito de exploração das outras nações, algo que era vedado pela lei, que mandava que o estrangeiro fosse bem tratado, visto que Israel havia sido povo estrangeiro no Egito (Ex 22:21; 23:9; Lv 19:33,34; Dt 10:19).

Portanto, o Senhor estava disposto, sim, a dar prosperidade material a Israel, mas como uma forma de permitir que os israelitas cumprissem o propósito maior de ser “reino sacerdotal e povo santo“(Ex 19:6), algo bem diferente do que se anda ensinando por aí pelos falsos pregadores da prosperidade.

De igual modo, a Igreja, para bem cumprir a sua missão de evangelizar o mundo, tem, também, da parte de Deus, promessas condicionadas à sua obediência, mas jamais para que tenha uma vida regalada aqui na Terra, e sim para que possa ser “luz do mundo” e “sal da terra”. Temos consciência disto?

II. AS BÊNÇÃOS DE ISRAEL E O QUE CABE À IGREJA

1. AS BÊNÇÃOS DE ISRAEL. Estas bênçãos encontram-se, sobretudo, elencadas em conjunto nos primeiros quatorze versículos do capítulo 28 do livro de Deuteronômio, um dos textos prediletos dos “teólogos da prosperidade” que, retirando o texto do contexto, tomam esta passagem como uma das “demonstrações” do que o Senhor tem prometido ao Seu povo neotestamentário a prosperidade material. Isto é falso e deve ser prontamente refutado pelos servos do Senhor.

a) “Bendito serás tu na cidade e bendito serás no campo” (Dt 28:3). A primeira bênção, condicionada à obediência, diz respeito ao próprio ser do israelita. Ele mesmo seria uma bênção, seja na cidade, seja no campo. Isto está diretamente ligada ao propósito estatuído por Deus àquela nação: a de que seria uma bênção (Gn 12:2).

Deus promete que Seu povo seja uma bênção, isto é, ele será um motivo para que todos que estejam com ele sejam abençoados. Ele é um canal de bênçãos, pois ele é “bendito”. Assim Jesus Se apresentou aos homens e assim foi aclamado quando adentrou em Jerusalém pela última vez em Seu ministério terreno - “… bendito o que vem em nome do Senhor…” (Mt 21:9; Mc 11:9). Jesus foi aclamado como “bendito”, porque provou sê-lo ao andar fazendo bem e curando a todos os oprimidos do diabo (At 10:38). Nós, como Seus imitadores (1Co 11:1; 1Pe 2:21), também devemos nos comportar como Ele se comportou, andando a fazer bem e a curar a todos os oprimidos do diabo. Assim, provaremos que somos “benditos”, que somos “luz do mundo e sal da terra”.

Vemos, pois, que esta primeira bênção discrepa radicalmente do que é ensinado e estimulado pelos “teólogos da prosperidade”, que não falam de “pessoas abençoadas” que “façam bem e curem todos os oprimidos do diabo”, mas, sim, de pessoas que irão possuir muito para seu próprio deleite e regalo, sem se preocupar com o próximo e querendo sempre ganhar e ganhar cada vez mais. Tais “teólogos” estão a querer transformar os salvos em Cristo Jesus no rico da “história do rico e Lázaro” (Lc 16:19-31) e, que, como aquele rico, acabarão por passar para eternidade sem Deus e sem salvação, por ter amado as riquezas materiais em detrimento às riquezas espirituais (1Tm 6:9,10). Que Deus nos guarde!

b) “Bendito o fruto do ventre, e o fruto da tua terra, e o fruto dos teus animais, e a criação das tuas vacas e das tuas ovelhas” (Dt 28:4). Aqui, o Senhor prometeu ao israelita fiel que abençoaria a sua descendência, algo necessário para a manutenção da existência da nação ao longo das gerações para que cumprisse o seu papel diante da humanidade, como também de todo o patrimônio, para que se tivesse o suficiente indispensável para a sobrevivência da nação.

Observemos que o Senhor não prometeu a multiplicação indiscriminada, a acumulação de riquezas em virtude da obediência a Deus. Prometeu que a descendência e o patrimônio seriam abençoados, ou seja, seriam tais que permitiriam a manutenção da existência da nação ao longo das gerações. Não temos aqui a promessa de um acúmulo desmedido, mas de que tudo contribuiria para o bem.

Não resta dúvida de que Deus quer abençoar a nossa família e o nosso patrimônio, mas o objetivo desta bênção é a da manutenção da nossa existência ao longo das gerações para que cumpramos o propósito divino de sermos “luz do mundo e sal da terra”. Não há aqui qualquer promessa divina para que tenhamos uma “vida regalada”, para que sejamos “milionários”. Tudo isto não passa de distorção das Escrituras por parte dos ardilosos agentes da “teologia da prosperidade”.

c) “Bendito o teu cesto e a amassadeira” (Dt 28:5). Deus prometia não só uma produção suficiente, mas que haveria condições para que aquela produção fosse aproveitada, devidamente armazenada e distribuída de maneira que todos pudessem ser satisfeitos em suas necessidades. Isto assume uma importância muito grande, pois sabemos que, na atualidade, muitos passam fome ao redor do mundo, mas não é por falta de produção. O Senhor dá o necessário para o sustento de toda a humanidade, algo que, inclusive, é potencializado pelo desenvolvimento tecnológico que tem aumentado a produtividade. Entretanto, toda esta produção não é distribuída corretamente, de sorte que muitos passam fome e muito alimento é desperdiçado no mundo.

d) “Bendito serás ao entrares, e bendito serás ao saíres” (Dt 28:6). A Nova Versão Internacional traduz esta benção como “a benção em tudo o que fizerem”. Trata-se da promessa de sucesso e de bom êxito em todas as ações que forem realizadas pelo povo.

O Senhor Jesus ensinou-nos que nada podemos fazer sem Ele (João 15:5). Assim, quando o Senhor prometeu a Israel que ele seria bem sucedido em tudo quanto fizesse, estava a prometer que estaria com o Seu povo em todos os momentos, em se mantendo a comunhão com Ele.

Israel, estando em comunhão com o Senhor, tudo faria para cumprir o seu papel diante das nações, ou seja, estaria a tomar atitudes sempre com o objetivo de glorificar e adorar ao Senhor, de fazer com que as nações se aproximassem de Deus. Eis a razão pela qual todas estas ações seriam bem sucedidas, porque seriam do agrado do Senhor e teriam por finalidade a glória do Seu nome.

e) Posição superior aos demais povos - “ser cabeça e não cauda” (Dt 28:13). Aqui não se trata de uma posição de ostentação para que houvesse a opressão dos demais povos, mas uma posição de destaque, de uma demonstração de grandeza espiritual, que levassem os povos a servir a Deus, a reconhecer que o Senhor estava com Israel e que era o único Senhor e Deus (Dt 6:4). Portanto, “ser cabeça e não cauda” nada tem a ver com ostentação, fama ou elevação de uma posição social invejável, como se diz por aí pelos “teólogos e pregadores da prosperidade”, mas de estar “espiritualmente por cima”, ou seja, de se manter em pé, em comunhão com o Senhor, cumprindo-se o que Deus quer de cada um de nós.

f) A bênção da saúde - “E disse: Se ouvires atento a voz do Senhor teu Deus, e fizeres o que é reto diante de seus olhos, e inclinares os teus ouvidos aos seus mandamentos, e guardares todos os seus estatutos, nenhuma das enfermidades porei sobre ti, que pus sobre o Egito; porque eu sou o Senhor que te sara” (Ex 15:26). Esta foi uma bênção dada pelo Senhor ao povo de Israel, sob condição de obediência, logo no início da jornada no deserto, em Mara. Ali, o Senhor disse a Israel que, se ele fosse obediente, não poria nenhuma das enfermidades que havia posto sobre o Egito, porquanto Ele era o “Senhor que sara” (Javé-Rafá).

A saúde aqui também está vinculada à missão que Israel deveria realizar para o Senhor diante das nações. Israel não seria atingido por juízo divino algum para que pudesse ser “reino sacerdotal e povo santo”, para que pudesse levar as nações à comunhão com o Senhor.

É bom ressaltar que esta benção não era de “imunidade contra as doenças”, de “saúde eterna”, até porque nas próprias promessas dadas a Israel, estava a da bênção do fruto do ventre, para continuidade da existência biológica do povo, prova de que as pessoas haveriam de morrer, haja vista que estamos no mundo e a morte física é um juízo estatuído por Deus a toda a humanidade por causa do pecado.

Com base nesta promessa dada pelo Senhor a Israel, há aqueles que também defendem uma “imunidade contra doenças” por parte de Deus a todos quantos forem fiéis ao Senhor. A doença, dizem os defensores da “teologia da confissão positiva”, seria um sinal de pecado. Isso é uma tremenda falsidade! Tanto assim é que um grande profeta levantado por Deus, Eliseu, morreu por causa de uma enfermidade (2Rs 13:14), doença esta que não era resultado de pecado algum, tanto que, mesmo depois de morto, ainda foi contabilizado um milagre a Eliseu, a ressurreição de um morto que tocou em seus ossos (2Rs 13:21).

2. O QUE CABE À IGREJA. No Novo Testamento, a primazia do povo de Deus não está voltada para os bens materiais, mas predominantemente aos espirituais. Portanto, as bênçãos do capitulo 28 de Deuteronômio, tão utilizadas pelos pregadores da “teologia da prosperidade” em nossos dias, foram direcionadas ao povo de Israel, como fica bem claro no intróito da relação, em Dt 28:1, e tinha uma finalidade especifica, a saber, a exaltação de Israel sobre todas as nações da Terra, como fruto da fidelidade à lei de Moisés, lei que, como bem sabemos, já não mais vigora na atual dispensação. Infelizmente, algumas heresias têm sido fomentadas nos arraiais evangélicos porque algumas dessas promessas são tomadas como se fossem também para a Igreja. Não há respaldo bíblico para se confirmar isso, sendo mais uma artimanha dos homens que, com astúcia, enganam fraudulosamente a todos quantos não conhecem a doutrina(Ef 4:14).

Outrossim, as Bênçãos dadas individualmente aos vários personagens bíblicos, como Abraão, Isaque, Jacó, Noé, Salomão, Ana, Raabe, Ezequias (prorrogação de sua vida) e muitos outros, foram específicas e não podem ser tomadas como algo que deva acontecer da mesma forma hoje, ainda que o seu conteúdo espiritual permaneça válido. Foi o caso de Salomão (1Rs 3:11-13), que recebeu a prosperidade material não porque a tivesse pedido, mas, sim, porque quis, antes, sabedoria, a verdadeira prosperidade. Como isso agradou a Deus, Salomão recebeu, também, riquezas materiais (1Rs 3:5-10). Portanto, é um tremendo engano querer fazer as pessoas crerem que, assim como Salomão, de igual modo, Deus tem algum compromisso de enriquecer este ou aquele servo seu, pelo simples fato dele ser fiel ao Senhor.

No Novo Testamento, a prosperidade do povo de Deus é acumulada não na Terra, mas no Céu (Mt 6:19,20). Na carta aos Romanos 12:16, a Palavra do Senhor diz: “Não devemos ambicionar coisas altas, mas acomodar às humildes”. Aliás, no Novo Testamento não há sequer um versículo de promessa de abundância material para os que esperam pela vinda de Cristo. Se observarmos com cuidado o Novo Testamento, no tocante à vida na Igreja, com suas práticas e desafios, veremos que há mais referências para que tomemos cuidados com as riquezas do que o incentivo à busca delas. Como estes: “Mas os que querem ser ricos caem em tentação, e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína” (1Tm 6:9); “Manda aos ricos deste mundo que não sejam altivos, nem ponham a esperança na incerteza das riquezas, mas em Deus, que abundantemente nos dá todas as coisas para delas gozarmos” (1Tm 6:17); “Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam”(Mt 6:19); “…vende tudo quanto tens, e dá-o aos pobres…”(Mc 10:21).

Não negamos que Jesus tenha bênçãos materiais para a Sua Igreja: “Amado, acima de tudo, faço votos por tua prosperidade e saúde, assim como é próspera a tua alma” (3João 1:2 ARA); a ideia de uma vida abençoada não se restringe ao Antigo Testamento. Todavia, é preciso observar que o enfoque do Novo Testamento não é prosperidade material; definitivamente, não é para isto que a Igreja foi constituída e não é este o propósito estabelecido para ela pelo Senhor. Quando mudamos a agenda divina de salvação de almas e aperfeiçoamento dos santos pela agenda de busca de prosperidade, estamos nos encaminhando, perigosamente, para a apostasia. Não é à toa que a primeira expressão da igreja de Laodicéia, que é o retrato da igreja apóstata dos últimos dias, antes do arrebatamento, seja “rico sou e de nada tenho falta” (Ap 3:17), a mostrar que essa igreja tinha, em primeiro plano, a preocupação com as riquezas, com os bens materiais, comportamento que persiste nos nossos dias, onde, lamentavelmente, boa parte da igreja evangélica tem perdido a dimensão escatológica do Reino de Deus, ao privilegiar apenas seu aspecto externo, isto é, o “ter” e não seu lado atemporal ou eterno - o “ser”(ler 1Ts 4:17; 1Co 16:22). O apóstolo Paulo, escrevendo aos filipenses, afirmou: “Mas a nossa cidade está nos céus, donde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo” (Fp 3:20). É claro que o cristão não tem como evitar o lado “temporal” da vida, mas seu olhar deve fixar-se, prioritariamente, em sua redenção eterna.

CONCLUSÃO
Nós que amamos a vinda do Senhor, e temos como principal alvo a promessa da vida eterna(1João 2:25), devemos priorizar a comunhão com o Senhor e não a busca insana por riquezas materiais, pois “os que querem ser ricos caem em tentação, e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas que submergem os homens na perdição e ruína”(1Tm 6:9). “Vale mais o pouco que tem o justo, do que as riquezas de muitos ímpios” (Sl 37:16). “Quem não se contenta com o que possui, priorizando a busca de riquezas e o amor ao dinheiro, é capaz de fazer qualquer coisa para ganhar mais e mais dinheiro, até mesmo mercadejar a Palavra de Deus (2Co 2: 17, ARA). A avareza é uma espécie de idolatria (Ef 5:5), e nenhum idólatra entrará no Reino de Deus (1Co 5:11; Ap 21:8)” (Pr. Ciro Sanches).

Fonte: ebdweb

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

EBD EM VIÇOSA. COMPOSIÇÃO DA IGREJA SEDE

 
CLASSE SHALON

CLASSE DAVI

CLASSE TALITA

CLASSE EMBAIXADORES DO REI

CLASSE HERÓIS DA FÉ

CLASSE HERDEIROS DO REI

CLASSE ISRAEL

CLASSE ESTER

CLASSE NOEMI
 
CLASSE GIDEÃO

CORPO DOCENTE

Classe
Faixa etária
Professores (as)
Herdeiros do Rei
03 a 04 anos
Josiclébia  /  Claudete
Talita
05 a 06 anos
Vanessa  /  Paula
Davi
07 a 09 anos
Magnólia  /  Cleonice
Shalon
09 a 11 anos
Isabel  /  Edvânia
Embaixadores do Rei
12 a 14 anos
Aparecida  /  Elmadã
Gideão
18 anos ...
Pb. Efigênio/  Dc. André
Classe Heróis da Fé
15 a 17 anos
Cícero Ferreira / Júnior
Ester
Jovens senhoras
Verônica/ Valdenice
Noemi
Senhoras
Janailde  /  Josete
Israel
Senhores
Radjalma  /  Hildebrando


sábado, 21 de janeiro de 2012

ESSA FESTA VAI MARCAR A NOSSA HISTÓRIA!!!!!!!!!


Nossa vida é composta por etapas.
Cada etapa uma história.
Cada História uma vitória.
Cada história deve ser contada e escrita.


ESSA FESTA VAI MARCAR A NOSSA HISTÓRIA. PARTICIPE!!!!!!!


ASSEMBLEIA DE DEUS EM VIÇOSA, UMA HISTÓRIA BRILHANTE.

EM MARÇO DE 2012. AGUARDEM!!!!!!!!!!



sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

TEMPLOS DA ASSEMBLEIA DE DEUS EM VIÇOSA ALAGOAS

O Templo Sede da Assembleia de Deus em Viçosa -Alagoas, fica localizado na Rua Frederico Maia, nº 49 no Centro. Foi inaugurado no ano de 1956 na gestão do  Pastor  Pr. José Heleno. No ano de 1995, na gestão pastor Geremias Freitas Amaro, o templo foi completamente demolido. Um novo templo foi erguido com maior dimensão em largura e comprimento.  




Este Templo, foi a primeira Congregação do Campo Evangelístico  de Viçosa. Fica situado no Conjunto Residencial Cidade de Deus, na Área 03. Foi Inaugurado no ano de 1992, na gestão do  Pr. Geremias Freitas Amaro.



 
 O Templo da segunda Congregação fica situado no Povoado Tangil . Foi construído  no ano de 2005, na gestão do Pr. Juvenal Correia de Araújo. 


O Templo da terceira Congregação do Campo fica situado no Povoado Mata Escura. Foi Inaugurado no ano de 2011, pelo Pastor Donizete Inácio de Melo



O Templo da quarta Congregação do Campo, fica situado no Conjunto Residencial Frei Damião. Foi Inaugurado no ano de 2011, pelo atual pastor: Donizete Inácio de Melo.

Observação:
O referido templo foi adquirido já pronto.

 




quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

ASSEMBLEIA DE DEUS EM VIÇOSA-AL CRIA INFORMATIVO DA EBD


Visando manter cada aluno informado, a superintendência da Escola Bíblica da igreja Evangélica Assembleia de Deus em Viçosa Alagoas, criou o informativo com o título: "INFORMATIVO DA EBD EM AÇÃO". "Temos por finalidade deixar cada aluno e toda igreja  de Cristo por dentro de tudo o que está acontecendo na nossa escola, disse o líder da EBD, ao mesmo  tempo que não deixa ser um incentivo para os irmãos que estão ausentes da nossa escola",  O informativo faz parte das propostas do corrente  ano letivo.


  

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

4ª lIÇÃO DO 1º TRIMESTRE: A PROSPERIDADE EM O NOVO TESTAMENTO


Introdução

“[…] não ambicioneis coisas altas, mas acomodai-vos às humildes; não sejais sábios em vós mesmos;” (Rm 12.16). Este texto de Romanos aconselha aos crentes a estarem satisfeitos, tendo as coisas essenciais desta vida, como alimento, vestuário e teto. Certamente haverá necessidades financeiras específicas, e nesse caso, devemos confiar na providência divina (Sl 50.15), enquanto continuamos a trabalhar (2Ts 3.7,8), a ajudar os necessitados (2Co 8.2,3), e servir a Deus com contribuições generosas (2Co 8.3; 9.6,7). Também sugere que os crentes não devem ambicionar riquezas (vv. 9-11), já que no pensamento paulino, os ricos caem em muitas tentações. O Salmista também discorre sobre o ‘estar contentado’: ”SENHOR, o meu coração não se elevou, nem os meus olhos se levantaram; não me exercito em grandes assuntos, nem em coisas muito elevadas para mim. Decerto, fiz calar e sossegar a minha alma; qual criança desmamada para com sua mãe, tal é a minha alma para comigo. Espere Israel no SENHOR, desde agora e para sempre” (Sl 131.1-3). Nesta lição teremos uma visão acerca da prosperidade para o cristão (1Co 16.2; 3Jo 2) e no por fim, a convicção de que a prosperidade para os crentes da Nova Aliança vai muito além de possuir abundância de bens materiais. No dizer de Paulo em Rm 12.16, Aquele que muito quer nada tem. Quando desejamos coisas altas demais corremos o risco de não alcançá-las e depois sofrer com o sentimento de incapacidade e frustração. Muitas vezes buscamos glória e reconhecimento para nós mesmos, mas não é essa a recomendação bíblica. Deus quer que estejamos satisfeitos com as coisas humildes, e caso Ele achar que convém nos dará as coisas grandes para que Seu nome seja glorificado. Jesus optou por ter um estilo de vida simples e nunca incentivou seus discípulos a buscarem ou acumularem tesouros na terra (Mt 6.19-21). Ele nos ensinou a buscar o Reino de Deus e a sua justiça em primeiro lugar (Mt 6.33). Para o Salvador o que importa não é o ter, mas o ser. Assim, a verdadeira prosperidade consiste em ter um relacionamento perfeito com o Pai Celeste. Ter vida próspera é ter paz interior. E essa paz fortuna nenhuma pode comprar. Boa Aula!

I. A PROSPERIDADE NO NOVO TESTAMENTO É ESCATOLÓGICA

1. Prosperidade e consumo. O ensino do Novo testamento quanto ao acúmulo de riquezas é desencorajador. No original, riqueza é mamom (??????), que significa literalmente ‘dinheiro’, um termo aramaico usado para descrever riqueza material ou cobiça, na maioria das vezes, mas nem sempre, personificado como uma divindade. O termo é pejorativo e faz referência a riquezas considerado-a como um objeto de culto e seu exercício ganancioso; à riqueza como um mal, mais ou menos personificado. Pessoas ávidas por dinheiro são aqueles que cultuam Mamom. Em Mt 6.19,24 apresentam-se à pessoa duas opções: um relacionamento com Deus ou com as riquezas. É por isso que muitos cristãos, apesar das aparências, não se enquadram no modelo apresentado pela Palavra de Deus. A avidez por acumular riquezas é tão envolvente que rapidamente passa a controlar a mente e a vida da pessoa, substituindo paulatinamente a glória de Deus (Lc 6.13). Para o mundo secular, sucesso e consumo são termos que definem o que se considera hoje uma vida próspera, pois o homem natural ignora que o “Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda a espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores” (1Tm 6.10). Para os judeus contemporâneos de Jesus, o pensamento predominante era de que as riquezas constituíam um sinal do favor especial de Deus, e que a pobreza era um sinal de falta de fé e do desagrado de Deus; Jesus muitas vezes foi escarnecido por ser pobre! (Lc 16.14). Esse pensamento é rejeitado pelo Mestre nas seguintes passagens: Lc 6.20; 16.13 e 18.24,25. No pensamento cristão, as riquezas são empecilho tanto à salvação como ao discipulado (Mt 19.24; 13.22). Jesus advertiu-nos: “Acautelai-vos e guardai-vos da avareza; porque a vida de qualquer não consiste na abundância do que possui.”. Ato contínuo, o Senhor contou aos seus discípulos a parábola do rico insensato que julgava ter segurança por causa de suas muitas posses (Lc 12.16-21). Cristo não condenou a posse de riquezas materiais, mas fez questão de realçar a loucura de viver em função daquilo que perecerá.

2. Prosperidade e futuridade. Para Jesus, o homem deve ser livre da ansiedade quanto às necessidades cotidianas. O Mestre ilustra a inutilidade da preocupação mostrando que é desnecessária, infrutífera e inadequada para um crente (Mt 6.26-32). O amontoar egoísta de bens materiais é uma indicação de que a vida já não é considerada do ponto de vista da eternidade (Cl 3.1). O egoísta e cobiçoso já não centraliza em Deus o seu alvo e a sua realização, mas, sim, em si mesmo e nas suas possessões. Ao contrário disso, o crente é estimulado a fazer do governo soberano de Deus, e do correto relacionamento com ele, a mais alta prioridade da vida. A preocupação é incoerente com essa assertiva porque ela põe em dúvida a soberania e bondade divina e desvia o crente dos verdadeiros objetivos da vida. Os crentes primitivos tinham a consciência de que Deus satisfaria todas as necessidades daqueles que arriscam tudo por ele, daqueles que buscavam primeiro o Reino de Deus e a sua justiça (Mc 10.29,30), eles tinham os corações completamente voltados para a manifestação plena do Reino de Deus. Isso levou o apóstolo Paulo a desejar ardentemente a vinda do Senhor (1 Ts 4.17; 2 Co 5.8; 2 Tm 4.8). O coração, (isto é, sentimentos, pensamentos, desejos, valores, vontade e decisões) da pessoa é atraído pelas coisas que ela considera mais importantes. Se o reino de Deus, as coisas celestiais, a sua Palavra, a sua presença, a sua santidade e nosso relacionamento com Ele são o nosso tesouro, nosso coração será atraído às coisas do seu reino e nossa vida estará voltada para o céu e para a volta de nosso Senhor. O objetivo principal da vida do crente é agradar a Deus e promover a sua glória. Sendo assim, aquilo que não pode ser feito para a glória de Deus (em sua honra e ações de graças como nosso Senhor, Criador e Redentor) não deve ser feito de modo nenhum. Honramos a Deus mediante nossa obediência, ações de graças, confiança, oração, fé e lealdade a Ele. Viver para a glória de Deus deve ser uma norma fundamental em nossa vida, o alvo da nossa conduta, e teste das nossas ações (1Co 10.31).

II. A PROSPERIDADE EM O NOVO TESTAMENTO É MAIS UMA QUESTÃO DE SER DO QUE DE TER

1. Tesouros na terra. A riqueza em si não é má. Porém, o que fazemos dela pode transformar-se em algo danoso para nós e para os que nos cercam (Sl 62.10). Temos ciência da importância do dinheiro para a sobrevivência, no entanto, o amor a ele é a raiz de todos os males (1Tm 6.10). Jesus já falara do perigo do dinheiro tornar-se um deus na vida do homem (Mt 6.24). Ele afirmou que a busca das riquezas poderia exigir uma dedicação tão grande, quanto Deus exigia de seus servos. Seria, portanto, impossível servir aos dois ao mesmo tempo. Esse fato foi exemplificado por Jesus quando Ele encontrou-se com o jovem rico (Mt 19.16-22). Não que a riqueza em si fosse de todo má, mas o coração pode estar tão preso por ela que isso se constitui num obstáculo para seguir a Jesus. Quando o dinheiro se torna um deus na vida do homem, tal pessoa é capaz de usar até meios ilícitos para obtê-lo ou usá-lo. Há pessoas que mentem e enganam com a finalidade de obter lucros e vantagens pessoais (Pv 21.06); outros exploram os semelhantes em benefício próprio (Jr 22.13; Tg 5.4); muitos praticam o suborno (Is 1.23; Am 5.12); isso além dos roubos, assassinatos, assaltos e tantos outros crimes que visam a subtrair bens ou dinheiro de pessoas ou instituições. Essas práticas não resolvem o problema de ninguém porque o resultado desse lucro desonesto são as dificuldades no lar (Pv 15.27); o desapontamento (Ec 5.10); insensatez (Jr 17.11); miséria (Tg 5.3) e apostasia (1Tm 6.10). A ética bíblica nos orienta que devemos trabalhar com afinco para fazermos jus ao que recebemos. Desde o Gênesis, vemos que o homem deve empregar esforço para obter os bens de que necessita. Disse Deus: “No suor do teu rosto, comerás o teu pão…” (Gn 3.19a). No dizer do apóstolo Paulo, “Porque bem vos lembrais, irmãos, do nosso trabalho e fadiga; pois, trabalhando noite e dia, para não sermos pesados a nenhum de vós, vos pregamos o evangelho de Deus” (1Ts 2.9); “e procureis viver quietos, e tratar dos vossos próprios negócios, e trabalhar com vossas próprias mãos, como já vo-lo temos mandado” (1Ts 4.11). “Se alguém não quiser trabalhar, não coma também” (2Ts 3.10). Daí, o preguiçoso que recebe salário está usando de má fé, roubando e insultando os que trabalham: “não trarás o salário da prostituta nem o aluguel do sodomita para a casa do Senhor teu Deus por qualquer voto, porque uma e outra coisa são igualmente abomináveis ao Senhor teu Deus” (Dt 23.18).

2. Tesouros no céu. Para o crente, as verdadeiras riquezas consistem na fé e no amor que se expressam na abnegação e em seguir fielmente a Jesus (1Co 13.4-7; Fp 2.3-5). Sim, as verdadeiras riquezas são as espirituais e não as materiais. Uma das declarações mais surpreendentes feitas por nosso Senhor é que é muito difícil um rico entrar no reino de Deus. Este, porém, é apenas um dos seus ensinos sobre o assunto da riqueza e da pobreza. Esta sua perspectiva é repetida pelos apóstolos em várias epístolas do Novo Testamento, isso porque o amontoar egoísta de bens materiais é uma indicação de que a vida já não é considerada do ponto de vista da eternidade (Cl 3.1). Para o crente, a atitude correta em relação a bens e o seu usufruto, há a obrigatoriedade de ser fiel (Lc 16.11). Ele não deve apegar-se às riquezas como um tesouro ou garantia pessoal; pelo contrário, deve abrir mão delas, colocando-as nas mãos de Deus para uso no seu reino, promoção da causa de Cristo na terra, salvação dos perdidos e atendimento de necessidades do próximo. Portanto, quem possui riquezas e bens não deve julgar-se rico em si, e sim administrador dos bens de Deus (Lc 12.31-48). John Piper comenta em seu artigo intitulado ‘O Olho é a Lâmpada do Corpo, Uma Meditação sobre Mateus 6:19-24’: “Colocadas entre o mandamento de ajuntar tesouros no céu (6:19-21) e a advertência de que não se pode servir a Deus e ao dinheiro (6:24), estão as estranhas palavras sobre o olho sendo a lâmpada do corpo. Se o olho é bom (literalmente: “simples”), todo o corpo será cheio de luz. Mas se o olho for mau, o corpo será cheio de trevas. Em outras palavras: Como você vê realmente, determina se você está em trevas ou não. Ora, por que esta afirmação sobre o olho bom e o mau está colocada entre dois ensinos sobre dinheiro? Eu penso que é por causa de uma coisa específica: o que nos mostra se o olho é bom, é como ele vê Deus em relação ao dinheiro e tudo o que este pode comprar. Este é o assunto na primeira parte desta passagem. Em 6:19-21 o assunto é: você deve desejar a recompensa celestial e não a terrena. O que, em resumo, significa: deseje Deus e não o dinheiro. Em 6:24 o assunto é se você pode servir dois senhores. Resposta: Você não pode servir a Deus e ao dinheiro.” [http://www.monergismo.com/textos/meditacoes/piper_olho_lampada.htm].



III. A PROSPERIDADE EM O NOVO TESTAMENTO É FILANTRÓPICA

1. Uma igreja com diferentes classes sociais. Uma igreja local dividida não terá êxito em sua jornada terrena e jamais alcançará o objetivo de evangelização mundial. O termo ‘comunhão’, de acordo com o texto bíblico no original, tem um sentido bem amplo. Proveniente do grego koinê, o termo remetente a essa palavra é KOINONIA. Este expressa os seguintes significados: “participação, quinhão; comunicação, auxílio, contribuição; sociedade, comunhão, intimidade, ‘cooperação’[1]. A idéia da palavra é expressar o vínculo perfeito de unidade fraternal dentro de uma comunidade específica cujas características essenciais são a cooperação e o relacionamento mútuo. A Igreja de Cristo é a reunião de diversas pessoas (diferentes classes sociais, sexos e etnias). Quando a Igreja teve início, pessoas de todas essas camadas sociais agregaram-se à nova fé (At 6.7). Tanto Paulo quanto os outros apóstolos a todos instruía indistintamente (1 Co 7.21; Fm 10-18). A Igreja, embora social e economicamente heterogênea, era homogênea em sua fé (At 4.32). Somos criaturas de Deus quando nascemos neste mundo e nos tornamos filhos de dEle quando cremos na obra salvífica levada a efeito por Jesus (Mt 10.32; Rm 10.9), passamos assim a ter o poder de sermos feitos filhos de Deus e co-herdeiros com Cristo de suas promessas e riquezas (Jo 1.12 e Rm 8.17). Assim, apesar de pertencermos à classes sociais distintas, todos os crentes são herdeiros de uma mesma herança!


2. Não esquecer dos pobres. Na condição de filhos, Deus nos concede todas as bênçãos espirituais de que necessitamos (Ef 1.3; Fp 4.19; Tg 1.17) bem como as bênçãos materiais. Deus abençoa a todos sem distinção de raça, cor, credo, condição financeira, condição física ou educação. (Lc 9.23). “Porque sei que são muitas as vossas transgressões e enormes os vossos pecados; afligis o justo, tomais resgate e rejeitais os necessitados na porta. Portanto, o que for prudente guardará silêncio naquele tempo, porque o tempo será mau. Buscai o bem e não o mal, para que vivais; e assim o Senhor, o DEUS dos Exércitos, estará convosco, como dizeis.” (Am 5.12-14). Neste mundo, onde há tanto ricos quanto pobres, freqüentemente os que têm abastança material tiram proveito dos que nada têm, explorando-os para que os seus lucros aumentem continuamente (ver Sl 10.2, 9,10; Is 3.14,15; Jr 2.34; Am 2.6,7; 5.12,13; Tg 2.6). A Bíblia tem muito a dizer a respeito de como os crentes devem tratar os pobres e necessitados. Ao revelar a sua Lei aos israelitas, mostrou-lhes também várias maneiras de se eliminar a pobreza do meio do povo (ver Dt 15.7-11). Declarou-lhes, em seguida, o seu alvo global: “Somente para que entre ti não haja pobre; pois o SENHOR abundantemente te abençoará na terra que o SENHOR, teu DEUS, te dará por herança, para a possuíres” (Dt 15.4). O crente tem o dever de preocupar-se com o social, especialmente com os domésticos na fé (Gl 6.10) [Paulo de fato diz para ajudar “a todos.” Quando ele diz “especialmente” ou “principalmente” é com ênfase, mas não exclusividade]. Boa parte do ministério de JESUS foi dedicado aos pobres e desprivilegiados na sociedade judaica. Dos oprimidos, necessitados, samaritanos, leprosos e viúvas, ninguém mais se importava a não ser JESUS (cf. Lc 4.18,19; 21.1-4; Lc 17.11-19; Jo 4.1-42; Mt 8.2-4; Lc 17.11-19; Lc 7.11-15; 20.45-47). Ele condenava duramente os que se apegavam às possessões terrenas, e desconsideravam os pobres (Mc 10.17-25; Lc 6.24,25; 12.16-20; 16.13-15,19-31). Quantos de nós que, embora ricos espiritualmente, carecemos de bens materiais para a sobrevivência! Quantos irmãos nossos, co-herdeiros com Cristo, vivem em palafitas, ou estão desempregados? A estes não devemos fechar o coração, mas ajudá-los com alegria. É interessante e importante a palavra de Paulo quanto a este respeito em 1Tm 5.8: “se alguém não cuidar dos seus e especialmente dos da própria casa, tem negado a fé e é pior do que o descrente”. A prosperidade legitima-se com a generosidade.

(III. CONCLUSÃO)
Ao concluir esta lição, estou convicto de que Deus tem sido não somente bondoso conosco, mas, sobretudo, paciente. Por mais que tenhamos tentado ser bons despenseiros, todos devem reconhecer que poderiam administrar melhor os bens soberanamente a nós distribuídos. A vida abundante está relacionada a um correto relacionamento com Deus. Jesus espera que seu povo contribua generosamente com os necessitados (ver Mt 6.1-4). Ele próprio praticava o que ensinava, pois levava uma bolsa da qual tirava dinheiro para dar aos pobres (ver Jo 12.5,6; 13.29). Isto nos mostra que embora possamos ser agraciados com bens materiais, nossa vida não deve, a exemplo do homem sem Deus, ser direcionada pelo consumismo desenfreado e satisfação do ego. Quero findar registrando as palavras de Tiago quanto à verdadeira religião: “Se alguém entre vós cuida ser religioso, e não refreia a sua língua, antes engana o seu coração, a religião desse é vã. A religião pura e imaculada para com Deus, o Pai, é esta: Visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações, e guardar-se da corrupção do mundo” (Tg 1.26,27). No dizer de Tiago, o verdadeiro religioso, que tem uma religião que não é vã, se preocupa com os órfãos e as viúvas (Órfãos e viúvas aqui representam TODOS os que necessitam de ajuda na terra). Não esqueça o versículo que sempre fecha os subsídios
Fonte: EBDWEB




                                            

IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLEIA DE DEUS
VIÇOSA -ALAGOAS