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sexta-feira, 28 de setembro de 2012

ESPECIALISTAS CONFIRMAM QUE PAPIRO QUE CITA "ESPOSA" DE JESUS, É FALSIFICAÇÃO


Mestre na Universidade de Durham fala que o papiro tem trechos copiados do Evangelho de Tomé
Papiro seria falsificadoO professor Francis Watson, da Universidade de Durham, na Inglaterra, comentou sobre o papiro divulgado pela professora Karen King da Universidade de Havard, dizendo que o objeto é uma falsificação moderna, segundo reportagem do jornal The Guardian.

Watson acredita que o papiro chamado de “Evangelho da Mulher de Jesus” é uma colcha de retalhos e que todos os fragmentos de frases que aparecem no pequeno texto foram copiados do Evangelho de Tomé, tendo apenas algumas alterações.

“Eu ficaria muito surpreso se não fosse uma falsificação moderna, ainda que seja possível que tenha sido composta desta forma no século 4″, diz o estudioso em um artigo publicado no dia 20 de setembro.

Sem criticar diretamente a professora King, Watson diz que o papiro foi montado por alguém que não é falante ativo da linguagem copta e que possivelmente o papiro é datado do século 4 e não do século 2 como a estudiosa de Harvard acredita.

Outros pesquisadores já haviam questionado a originalidade desse papiro que não apresenta frases completas. Francis Watson acredita que as frases estejam quebradas, pois as escritas antigas, como a copta, não usavam hífens, mas ele nota que é incomum que a ruptura que aparece no Evangelho de Tomé possa aparecer também no evangelho apresentado.

terça-feira, 25 de setembro de 2012

A VIDA PLENA NAS AFLIÇÕES



Texto Básico: Fp 4:10-13
“Sei estar abatido e sei também ter abundância; em toda a maneira e em todas as coisas, estou instruído, tanto a ter fartura como a ter fome, tanto a ter abundância como a padecer necessidade. Posso todas as coisas naquele que me fortalece” (Fp 4:12,13)

INTRODUÇÃO
Vivemos num mundo onde só há uma certeza: a presença de momentos de aflição. Jesus, deixou claro que no mundo teríamos aflições(João 16:33b) e, ao anunciar a edificação da sua Igreja, já foi logo dizendo que ela teria de enfrentar as portas do inferno(Mt 16:18).
Vimos ao longo deste trimestre situações difíceis que o cristão está propenso a passar, tais como: dramas biológicos – enfermidades na vida do crente(vimos nas lições 1, 2 e 3); dramas sociais (lição 4 e 5); dramas familiares (lições 7 e 8); dramas materiais (lições 9 e 10); dramas de relacionamento ( lições 11 e 12). Para onde nos viramos contemplamos o clamor das pessoas, o desespero tomando conta dos corações, famílias enfrentando problemas os mais sérios possíveis; assim caminham os povos do mundo inteiro. São momentos de dores, de guerra, de conflitos, de incompreensão, de sofrimento contínuo, a que tudo chamamos de aflições do presente século, confirmando as palavras do Apóstolo Paulo.
O apóstolo Paulo escrevendo aos Romanos, diz: “Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir, nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor”(Rm 8:38,39). A convicção firme e inabalável de Paulo é que nem a crise da morte, nem as desgraças da vida, nem poderes sobre-humanos, sejam eles bons ou maus(anjos, principados, potestades), nem o tempo(presente ou futuro), nem o espaço (alto ou profundo), nem criatura alguma, por mais que tente fazê-lo, poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor. Temos vida plena como a de Paulo nos momentos de aflições?
Quando as aflições nos cercarem a ponto de pretenderem nos levar à morte ou nos proporcionar impiedoso sofrimento, quando forças opositoras do presente século nos proporcionarem insuportável fardo, quando as expectativas sombrias de um futuro incerto nos assustarem, lembremo-nos: há um amor imensurável, aconchegante, ilimitado, incondicional que pode nos proporcionar incomparável alívio. Esse amor é o Amor de Deus. Lancemos, pois, mão desse trunfo e vençamos todas as aflições que eventualmente nos sobrevierem. O próprio Senhor Jesus afirmou que no mundo teríamos aflições. Todavia, Ele conclui dizendo: “…mas tende bom ânimo, eu venci o mundo”(João 16:33).
I. VIVENDO AS AFLIÇÕES DA VIDA
Depois de Jesus, uma das pessoas que mais experimentou aflições por amor a Cristo foi o apóstolo Paulo. Ouça-o: “…eu ainda mais: em trabalhos, muito mais; em açoites, mais do que eles; em prisões, muito mais; em perigo de morte, muitas vezes. Recebi dos judeus cinco quarentenas de açoites menos um; três vezes fui açoitado com varas, uma vez fui apedrejado, três vezes sofri naufrágio, uma noite e um dia passei no abismo; em viagens, muitas vezes; em perigos de rios, em perigos de salteadores, em perigos dos da minha nação, em perigos dos gentios, em perigos na cidade, em perigos no deserto, em perigos no mar, em perigos entre os falsos irmãos; em trabalhos e fadiga, em vigílias, muitas vezes, em fome e sede, em jejum, muitas vezes, em frio e nudez. Além das coisas exteriores, me oprime cada dia o cuidado de todas as igrejas” (2Co 11:23-28). Durante toda a sua dor e o seu sofrimento, Paulo podia dizer em triunfo: “Porque para mim tenho por certo que os sofrimentos do tempo presente não podem ser comparados com a glória a ser revelada em nós” (Rm 8:18).
Além dos cruentos sofrimentos exarados em 2Co 11:23-33, Paulo padecia de uma aflição contínua, que o acompanhou a vida inteira: uma enfermidade, que ele denominou de “espinho na carne”. No início de 2Coríntios 12, Paulo descreve seu arrebatamento ao terceiro céu e sua visão gloriosa. Viu coisas que não é lícito ao homem referir. Depois da glória, porém, vem a dor; depois do êxtase, vem o sofrimento. Em 2Coríntios 12:7-10, Paulo faz uma transição das visões celestiais para o espinho na carne. Que contraste gritante entre as duas experiências do apóstolo! Passou do paraíso à dor, da glória ao sofrimento. Provou a bênção de Deus no céu e sentiu os golpes de Satanás na terra. Paulo passou do êxtase do céu à agonia da terra. Vamos examinar alguns pontos importantes:
1. O sofrimento é inevitável. Paulo dá seu testemunho: “E, para que não me ensoberbecesse com a grandeza das revelações, foi-me posto um espinho na carne, mensageiro de Satanás, para me esbofetear, a fim de que não me exalte” (2Co 12:7). Não há vida indolor. É impossível passar pela vida sem sofrer. O sofrimento é inevitável. O sofrimento de Paulo é tanto físico quanto espiritual.
2. O sofrimento é indispensável. Por que o sofrimento é indispensável?
a) Porque evita a soberba. O espinho na carne impediu que Paulo inchasse ou explodisse de orgulho diante das gloriosas visões e revelações do Senhor. O sofrimento nos põe em nosso devido lugar. Ele quebra nossa altivez e esvazia toda nossa pretensão de glória pessoal. É o próprio Deus quem nos matricula na escola do sofrimento. O propósito de Deus não é nossa destruição, mas nossa qualificação para o desempenho do ministério. O fogo da prova não pode chamuscar sequer um fio de cabelo da nossa cabeça; ele só queima nossas amarras. O fogo das provas nos livra das amarras, e Deus nos livra do fogo. O apóstolo Paulo diz que o espinho na carne era um mensageiro de Satanás. Mas o campo de atuação de Satanás é delimitado por Deus. Satanás intenciona esbofetear Paulo; Deus intenciona aperfeiçoar o apóstolo.
b) Porque gera dependência constante de Deus. “Por causa disto, três vezes pedi ao Senhor que o afastasse de mim” (2Co 12:8). O sofrimento levou Paulo à oração. O sofrimento nos mantém de joelhos diante de Deus para nos colocar de pé diante dos homens. Paulo sabe que Deus está no controle, não Satanás. Se Satanás realizasse seu desejo, ele teria preferido que o apóstolo Paulo fosse orgulhoso em vez de humilde. Os interesses de Satanás seriam muito melhor servidos se Paulo fosse se tornar insuportavelmente arrogante.
c) Porque mostra a suficiência da graça. “Então, ele me disse: A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, mais me gloriarei nas fraquezas, para que sobre mim repouse o poder de Cristo” (2Co 12.9). A graça de Deus é melhor do que a vida. A graça de Deus é que nos capacita a enfrentar vitoriosamente o sofrimento. A graça de Deus é o tônico para a alma aflita, o remédio para o corpo frágil, a força que põe de pé o caído. A graça de Deus é a provisão de Deus para tudo de que precisamos, quando precisamos. A graça nunca está em falta; ela está continuamente disponível. Não devemos orar por vida fácil; devemos orar para sermos homens e mulheres capacitados pela graça.
3. O sofrimento é pedagógico. A vida é a professora mais implacável: primeiro, dá a prova e, depois, a lição. A dor sempre tem um propósito, mais que uma causa. Deus não desperdiça sofrimento na vida de seus filhos. Se Deus não remove o espinho é porque ele está trabalhando em nós, para depois trabalhar por meio de nós.
4. O sofrimento pode ser um dom de Deus. Temos a tendência de pensar que o sofrimento é algo que Deus faz contra nós, e não por nós. O espinho de Paulo era uma dádiva, porque, por meio desse incômodo, Deus protegeu Paulo daquilo que ele mais temia: ser desqualificado espiritualmente (1Co 9:27). Ele sabia que o orgulho destrói. Viu-o como algo que Deus fez a seu favor, e não contra ele.
5. Satanás pode ser o agente do sofrimento. Espere um pouco: é Satanás ou Deus quem está por trás do espinho na carne de Paulo? Como é que um mensageiro de Satanás pode cooperar para o bem de um servo de Deus? Parece uma contradição total. A inferência é que Deus, na sua soberania, usa os mensageiros de Satanás na vida dos seus servos. As bofetadas de Satanás não anulam os propósitos de Deus, mas contribuem para eles. Até mesmo os esquemas satânicos podem ser usados em nosso benefício e no avanço do reino de Deus. O diabo intentou contra Jó para afastá-lo de Deus, mas só conseguiu colocá-lo mais perto do Senhor.
6. Deus nos conforta em nossas adversidades. A resposta que Deus deu a Paulo não era a que ele esperava nem a que ele queria, mas era a que ele precisava. Deus respondeu a Paulo que ele não o havia abandonado. Não sofria sozinho. Deus estava no controle da sua vida e operava nele com eficácia.
7. A graça de Deus é suficiente nas horas de sofrimento. Deus não deu a Paulo o que ele pediu; deu-lhe algo melhor, melhor que a própria vida: a sua graça. A graça de Deus é melhor que a vida; pois por ela enfrentamos o sofrimento vitoriosamente. O que é graça? É a provisão de Deus para cada uma das nossas necessidades. O nosso Deus é o Deus de toda a graça (1Pe 5:10).
8. Finalmente, o sofrimento é passageiro. O sofrimento deve ser visto à luz da revelação do céu, do paraíso. O sofrimento do tempo presente não é para se comparar com as glórias porvir a serem reveladas em nós (Rm 8:18). A nossa leve e momentânea tribulação produz para nós eterno peso de glória (2Co 4:14-16). Aqueles que têm a visão do céu são os que triunfam diante do sofrimento. Aqueles que ouvem as palavras inefáveis do paraíso são os que não se intimidam com o rugido do leão.
O sofrimento é por breve tempo; o consolo é eterno. A dor vai passar; o céu jamais! A caminhada pode ser difícil. O caminho pode ser estreito. Os inimigos podem ser muitos. O espinho na carne pode doer. Mas a graça de Cristo nos basta. Só mais um pouco, e nós estaremos para sempre com o Senhor. Então o espinho será tirado, as lágrimas serão enxugadas, e não haverá mais pranto, nem luto, nem dor.

II. CONTENTANDO-SE EM CRISTO
O contentamento é um aprendizado, e não algo automático. O aprendizado do contentamento cristão, porém, se dá pelo exercício da confiança na providência divina.
1. Apesar da necessidade não satisfeita. A vida de Paulo não floresceu num paraíso de arrebatadoras venturas. Ele passou por grandes necessidades. Sabia o que era fome, sede, frio, nudez, prisões, açoites, tortura mental e perseguições(cf 2Co 11:23-27). Ele teve experiências de alegrias e aflições, mas na urdidura dessa luta aprendeu a viver contente. Seu contentamento, porém, não emanava dele mesmo, mas de outro, além de si mesmo. A base de seu contentamento é Cristo. Humilhação ou honra, fartura ou fome, abundância ou escassez eram situações vividas por ele, mas no meio delas, e apesar delas, aprendeu a viver contente, pois a razão do seu contentamento estava em Deus, e não nas circunstancias.
O que determina a vida de um indivíduo não é o que lhe acontece, mas como reage ao que lhe acontece. Não é o que as pessoas lhe fazem, mas como responde a essas pessoas. Há pessoas que são infelizes tendo tudo; há outras que são felizes não tendo nada. A felicidade não está fora, mas dentro de nós. Há pessoas que pensam que a felicidade está nas coisas: casa, carro, trabalho, renda. Mas Paulo era feliz mesmo passando por toda sorte de adversidades (2Co 11:24-27). Mesmo passando por todas essas lutas, é capaz de afirmar: “Pelo que sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias, por amor de Cristo. Porque, quando sou fraco, então é que sou forte” (2Co 12:10).
2. Apesar das perseguições. No princípio da Igreja, os cristãos enfrentaram muitas perseguições por causa da pregação do evangelho de Cristo, entretanto, esta situação não lhes tirava a alegria, senão vejamos:
a) Os discípulos, depois de serem açoitados por ordem do Sinédrio, saíram regozijando, ou seja, cheios de alegria, porque haviam sido julgados dignos de padecer afronta pelo nome de Jesus (At 5:40,41).
b) Estêvão, mesmo enfrentando uma multidão enfurecida que o haveria de matar, exultou ao ver o Filho do homem à direita de Deus, alegria esta que não diminuiu com o apedrejamento que se seguiu a esta visão (At 7:54-57).
c) Paulo e Silas, mesmo no cárcere interior (que era o compartimento mais terrível de uma prisão romana, situado no subterrâneo, sem qualquer iluminação, certamente úmido e fétido), com as mãos e pés amarrados, tendo sido açoitados, à meia-noite, cantavam hinos a Deus (At 16:24,25), prova de que toda esta situação não lhes roubara a alegria.
d) Paulo, apesar de estar preso, não só mostrou a sua alegria, mas estimulou a que os filipenses também a sentissem (Fp 3:1; 4:4). Por isso o apóstolo pôde dizer aos crentes de Corinto que, mesmo que contristado, sempre estava alegre (2Co 6:10).
3. Apesar da pobreza – “Digo isto, não por causa da pobreza, porque aprendi a viver contente em toda e qualquer situação (Fp 4:11). Paulo ressalta que ele é independente de circunstâncias seculares. Ele havia aprendido “a viver contente”, qualquer que fosse a situação financeira. O contentamento é muito melhor que as riquezas porque “mesmo que o contentamento não produza riqueza, ele consegue atingir o mesmo objetivo banindo o desejo delas”.
É válido ressaltar que nos primeiros dias do ministério de Paulo, quando ele partiu da Macedônia, nenhuma igreja se associou a ele financeiramente, a não ser os filipenses(cf Fp 4:15). Mesmo quando Paulo estava em Tessalônica, os filipenses mandaram não somente uma vez, mas duas, o bastante para as suas necessidades(cf Fp 4:16). É evidente que os filipenses mantinham tão estreita comunhão com o Senhor que Deus podia orientá-los com respeito às suas contribuições. O Espírito Santo fez pesar o coração deles com relação às necessidades do apóstolo Paulo, e eles responderam enviando-lhe dinheiro não somente uma vez, mas duas. Contudo, é importante destacar que Paulo põe toda a ênfase de sua alegria no Senhor(Fp 4:10), e não na generosidade dos filipenses. Ele sabia que os crentes de Filipos eram apenas os instrumentos, mas que o Senhor era o inspirador. Paulo tinha profunda consciência de que a providência de Deus, às vezes, opera por meio das pessoas. Assim, Deus supriu suas necessidades por intermédio da igreja. Ele agradece à igreja a provisão, mas sua alegria está no provedor.

III. AMADURECENDO PELA SUFICIÊNCIA DE CRISTO
1. Através das experiências. “Sei estar abatido e sei também ter abundância; em toda a maneira e em todas as coisas, estou instruído, tanto a ter fartura como a ter fome, tanto a ter abundância como a padecer necessidade” (Fp 4:12). Neste texto, Paulo expõe sua maturidade, sua experiência na jornada cristã. A Bíblia Sagrada mostra-nos que o crescimento espiritual é progressivo. É um processo. Jesus precisa ser formado em nós (Gl 4:19).
As grandes lições da vida nós as aprendemos no vale da dor. O sofrimento é não apenas o caminho da glória, mas também o caminho da maturidade. O rei Davi afirmou: “Foi-me bom ter passado pela aflição, para que aprendesse os teus decretos” (Sl 119:71). O patriarca Jó disse que antes do sofrimento conhecia a Deus só de ouvir falar, mas por meio do sofrimento seus olhos puderam contemplar o Senhor (Jó 42:5).
Paulo, em Romanos 5:3-5, descreve os três estágios para se adquirir a maturidade cristã: “a tribulação produz a paciência; a paciência, a experiência; a experiência, a esperança; a esperança, a certeza”.
Ao comparar a vida espiritual ao desenvolvimento de uma videira, Jesus mostrou que se trata de um processo lento, continuado e não de um toque de mágica. A salvação é instantânea, pois a vida é um milagre, que surge repentinamente, porém, o crescimento já não é desta ordem, exige uma continuidade. A formação de qualquer fruto, da semente gerada ao fruto maduro, será sempre um tempo prolongado. Assim, a formação do Fruto do Espírito na vida do cristão não acontece num único ato, mas, é um processo formado por muitos atos “até que todos cheguemos… a varão perfeito, à medida da estatura completa de Cristo”(Ef 4:13).
2. Não pela auto-suficiência. A auto-suficiência leva-nos a uma sensação de independência e quando somos tomados por este ilusório sentimento que se aflora em ações inconsequentes, estamos já perto, muito perto, do iminente fracasso. O servo de Deus por mais preparado que possa ser, por mais experimentado que seja, deve sempre compreender que precisamos sempre de Deus, o Todo Poderoso. Torna-se necessário, então, termos cuidado para não incorrermos no errôneo caminho da auto-suficiência. Paulo estava sempre consciente de sua total dependência de Deus. Ele mesmo escreveu: “…a nossa suficiência vem de Deus”(2Co 3:5, ARA).
3. Tudo posso naquele que me fortalece. “Tudo posso naquele que me fortalece”(Fp 4:13 –ARA). Há pessoas que costumam usar esse texto de Paulo aos Filipenses como um aval bíblico ativo para diversas empreitadas pessoais. Os adeptos da Teologia da Prosperidade tomam-no fora do seu contexto e utilizam-no imediatamente, fazendo com que muitos crentes acreditem que podem possuir o que quiserem, já que é Deus quem lhes garante isso. Mas, o contexto em que essa frase está inserida não corresponde ao que está sendo pronunciado em muitos de nossos púlpitos. Como sempre, é necessário observar o contexto da passagem. O contexto imediato, Fp 4:10-20, indica que Paulo está tratando de necessidades pessoais. Podemos ver isso quando ele usa frases e termos como “pobreza” (v. 11); “fartura e fome”; “abundância e escassez” (v. 12); “dar e receber” (v. 15) e “necessidades” (vv. 16 e 19). Todas estas palavras e frases tratam de necessidades físicas e imediatas como comida e moradia. Ele pessoalmente passou por necessidades nestas áreas e está mostrando como Cristo lhe deu força para enfrentá-las.
Portanto, ao dizer “Tudo posso naquele que me fortalece”, Paulo não quis dizer “tudo” num sentido absoluto. O que ele quis dizer era que, de todas as coisas que havia passado, que necessitavam de poder para enfrentar, como pobreza, fome, escassez e necessidades, Cristo supria tudo que ele precisava. Pelo que já havia passado, Paulo tinha confiança, e quis passar esta mesma confiança aos Cristãos em Filipos, de que “Deus, segundo a sua riqueza em glória, há de suprir, em Cristo Jesus, cada uma de vossas necessidades” (Fp 4:19). Amém!

CONCLUSÃO
Em nossa jornada rumo à Formosa Jerusalém, jamais haverá ausência de conflitos. Portanto, devemos saber conviver com eles, sabendo que Jesus está conosco no barco, o que significa que jamais seremos abandonados. Qualquer tempestade, não importando a sua origem ou a sua magnitude, não pode resistir ao poder e à autoridade do Filho do Deus vivo que criou todas as coisas e as tem sob o seu controle. Você precisa estar cônscio dessa realidade. Deve ter convicção de que serve a um Senhor bom, maravilhoso, que o ama, que é todo-poderoso e que detém o controle de tudo. Ele prometeu estar conosco sempre, até a consumação dos séculos; por toda a eternidade, e é fiel para cumprir isto. Lembre-se, todas as coisas contribuem para o bem de quem ama a Deus(Rm 8:28). Quem não ama ao Senhor não tem condição de entender que as aflições e bênçãos, juntas, são os meios com os quais Deus faz com que cresçamos. Então, não importa a tribulação que você esteja vivenciando na sua casa, no seu trabalho. Jesus está com você e irá conduzi-lo em triunfo para fora dessa aflição ou dará uma ordem para que ela cesse, quando tiver cumprido seu propósito em sua vida.
Quero agradecer a todos que me seguiram ao longo deste trimestre letivo. Confesso que as 14 Lições estudadas me deram mais solidez espiritual e maturidade cristã. Espero que você, também, tenha se conscientizado de que, apesar dos percalços, das aflições da vida, é possível ter uma vida plena da graça de Deus. Estamos cientes de que “as aflições deste tempo presente não são para comparar com a glória que em nós há de ser revelada” (Rm 8:18). “Muitas são as aflições do justo, mas o Senhor o livra de todas”(Salmo 34:19). Amém!

Fonte: ebdweb

terça-feira, 18 de setembro de 2012

A VERDADEIRA MOTIVAÇÃO DO CRENTE



Mas tu, quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai, que vê o que está oculto; e teu Pai, que vê o que está oculto, te recompensará publicamente” (Mt 6:6).
 

INTRODUÇÃO

A palavra “motivação” pode ser definida como o “motivo para a ação”; é o ímpeto que leva o ser humano ao movimento; é aquela força interna que o dinamiza a realizar o seu intento; é uma mescla entre razão e emoção que se concentram para alcançar algo. A experiência nos ensina que podemos ir muito mais longe se nossa motivação for correta, ao passo que desmotivados teremos pouca chance de triunfo. O cristão motivado é aquele que embora passe por lutas está sempre confiando e sempre aguardando as promessas de Deus para a sua vida (Hb 6:15). A motivação tem uma relação estreita com a fé, pois pela fé somos motivados a crer no impossível (Hb 11:1). Também relaciona-se com a perseverança - a motivação nos encoraja a perseverar na fé (Rm 12:12;Mt 24:13). Também a motivação se relaciona com a alegria, que faz parte do fruto do Espírito Santo (Gl 5:22) - apesar das circunstâncias o cristão não tem razões para andar triste, cabisbaixo ou carrancudo (1Ts 5:16; 2Co 6:10; 5:6-7).
Cada cristão deve sempre ter uma motivação em sua vida, ou seja, a motivação é um meio importante para nunca desistirmos daquilo que almejamos alcançar. Mas, pode um crente ser tentado com motivação errada? Sim, e o risco disse é ser conduzido por caminhos errados, a fim de receber recompensas erradas. Quando nosso objetivo é a auto-glorificação, deixamos de fazer o que Deus nos chamou a fazer e passamos a administrar nossa própria vida, centrados em nós mesmos.
Nesta Aula, iremos entender qual deve ser a verdadeira motivação do crente, iremos nos conscientizar de que não fomos chamados para a fama e saberemos que o anonimato não é sinônimo de derrota.

I. A VERDADEIRA MOTIVAÇÃO DO CRENTE

1.  A verdadeira motivação do crente: Jesus Cristo. Cristo é a fonte de motivação que nos capacita a viver acima de todas as circunstancias e de nossos próprios sentimentos. Era Cristo que enchia continuamente o coração dos apóstolos. O apóstolo Paulo chegou a exclamar com total propriedade: “Porque para mim o viver é Cristo” (Fp 1:21). Ainda que Paulo tivesse de morrer, ele se alegraria. Ele sempre tinha Cristo em mente, e isso lhe dava novas forças todos os dias para vencer as adversidades. Esse é o lema de todos os cristãos que conhecem, amam e buscam servir ao Senhor com fidelidade.
2. A verdadeira motivação do crente: o amor de Cristo - “ Porque o amor de Cristo nos constrange, julgando nós assim: que, se um morreu por todos, logo, todos morreram”(5:14). O que levava o apóstolo Paulo a servir de forma tão incansável e abnegada na pregação do Evangelho? Neste versículo, uma das mais importantes da carta de 2Corintios, Paulo revela sua motivação: o amor de Cristo. O amor de Cristo nos constrange, nos impele, como uma pessoa é impelida em uma multidão. Ao contemplar o amor extraordinário que Cristo havia demonstrado por ele, Paulo não podia deixar de ser impelido a servir a esse Senhor maravilhoso.
Por causa do sacrifício vicário de Jesus Cristo somos agora nova criatura(2Co 5:17), ou seja, temos uma nova posição em relação a Deus e ao mundo. Temos agora uma nova forma de viver, na qual desaparece a vida pregressa e os velhos costumes. Por ocasião da conversão, não apenas viramos uma página de nossa vida velha, começamos um novo estilo de vida sob o controle do Espírito Santo. Esse novo estilo de vida é consequência lógica da conversão, pois o amor de Deus pela humanidade (João 3:16) constrange-nos a viver integralmente para Ele.
3. A verdadeira motivação do crente: servir a Jesus. Servir a Jesus significa ter a mesma motivação que Ele teve. Tal pessoa é honrada pelo Pai na mesma medida que o próprio Senhor Jesus foi honrado. Isso Ele nos prometeu: “E, se alguém me servir, o Pai o honrará”.
4. A verdadeira motivação do crente: a Santificação -“Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor”(Hb 12:14). Qual a motivação se sermos santos? Vermos a face do Senhor. A santificação deve ocorrer em ‘todo o vosso espírito, e alma, e corpo’, conforme lemos em 1Tessalonicenses 5:23. Isso significa que devemos ser santos em nosso viver, e em nossa conduta — isto é, em nosso caráter, inteiramente —, e em nosso proceder, externamente. Mantenhamo-nos, pois, separados do mundo pecaminoso.
5. A verdadeira motivação do crente: Céu e Eternidade. No cristianismo, alguns afirmam que todos receberão salvação. Mas essa posição de inclusivismo não está baseada na Bíblia e não foi a posição histórica da ortodoxia cristã. Passagens como Mateus 25:46, João 3:36, 2Tessalonicenses 1:8-9 e várias outras ensinam claramente que nem todos serão salvos. Ser salvo ou não ser salvo deve ser um fator de motivação para todo  crente compartilhar sua fé, porque está em jogo a eternidade.
Enquanto vemos Deus preparando o cenário para o drama dos eventos do fim dos tempos, devemos estar motivados a servi-lo ainda mais até que Jesus venha. Que o nosso coração se ocupe com Suas palavras: "E eis que venho sem demora, e comigo está o galardão que tenho para retribuir a cada um segundo as suas obras. Eu sou o Alfa e o Ômega, o Primeiro e o Último, o Princípio e o Fim. Bem-aventurados aqueles que lavam as suas vestiduras [no sangue do Cordeiro], para que lhes assista o direito à árvore da vida, e entrem na cidade pelas portas" (Ap 22:12-14).

II. NÃO FOMOS CHAMADOS PARA A FAMA

Fama é a “opinião geral sobre a excelência de alguém”; “é a qualidade daquilo que é notório; reputação”. As Escrituras sagradas relatam que a Fama de Jesus era notória em todas as cidades de Israel(cf Mt 4:24;Mt 9:31;Mc 1:28; Lc 4:14, 37; 5:15). Não dava para escapar, as características especiais de Jesus o fazia famoso, mesmo contra a sua vontade. Certa vez Jesus estava em uma cidade e de repente um homem cheio de lepra vendo a Jesus se prostrou e afirmou com muita intensidade: “Mestre! se você quiser, agora mesmo eu posso ser limpo”, e Jesus cheio de compaixão reafirmou dizendo que queria. Nesse exato momento a lepra desapareceu! Mas fez uma exigência para aquele rapaz, que não dissesse nada a ninguém, apenas que se apresentasse ao sacerdote e oferecesse o sacrifício estipulado pela lei de Moisés. No verso seguinte a Bíblia fala que a Fama de Jesus se propagava como o fogo e que muitas pessoas juntavam-se para ouvir as suas palavras e por Ele serem curadas das suas enfermidades(cf Lc 5:12-16). O mais interessante de toda essa história é que em vez de Jesus se inflamar com toda essa repercussão de seu ministério, Ele se retira para o deserto, um lugar solitário para orar. O que chama à atenção aqui é o fato de que a Fama e Jesus não era algo buscado por Ele; pelo contrário, Ele se afastava para estar sozinho. Jesus não veio para exibir fama, não! Ele “veio buscar e salvar o que se havia perdido”(Lc 19:10). Hoje muitos exercem seu ministério para serem famosos e reconhecidos pelas pessoas e não para Deus; fazem de tudo para estarem em evidência. Mas, assim como Jesus, o crente salvo não foi chamado para Fama.
Paulo escrevendo aos crentes de Colossos admoesta-os que, se efetivamente ressuscitaram com Cristo, devem buscar “as coisas que são de cima, onde Cristo está assentado à destra de Deus. Pensai nas coisas que são de cima, e não nas que são da terra” (Cl 3:1b,2). O autêntico cristão está procurando o Céu e pensando no Céu. Seus pés estão na Terra, mas a cabeça está no Céu. Vive como cidadão do Céu enquanto ainda está na Terra.
Paulo, ao escrever aos seus maiores colaboradores, os crentes de Filipos, disse que “…uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas que atrás ficam, e avançando para as que estão diante de mim, prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus” (Fp 3:13b,14); “(…) a nossa cidade está nos céus, donde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo” (Fp.3:20). A autoridade espiritual que Paulo possuía, a sua posição privilegiada na igreja do Senhor não o fazia almejar a glória e a fama nesta Terra, mas seu fim, seu objetivo era morar no Céu, eram as coisas de cima, as bênçãos espirituais.
Lamentavelmente, muitos crentes, nos nossos dias, estão caminhando no mesmo erro dos gnósticos daquele tempo. Buscam não as coisas que são de cima, mas as coisas da Terra. Estão atrás do evangelho e de Jesus para enriquecerem nesta vida, para terem prosperidade material, para terem saúde física, para terem “unção”, ou seja, “poder espiritual” apenas para angariarem reconhecimento dos semelhantes, a fim de serem servidos pelos outros, tendo após si uma série de discípulos e de admiradores. É uma característica dos falsos mestres quererem se cercar de seguidores e discípulos, aparecendo em lugar de Cristo, crescendo em orgulho e soberba, quando, na verdade, os verdadeiros servos do Senhor são humildes e preferem desaparecer em favor de Cristo, assim como procedeu João Batista (João 3:30) que, não por outro motivo, foi apontado por Jesus como o maior dos homens que já existiu (Mt 11:11).
Muitos são os que não temem mentir para alcançar projeção, fama e reconhecimento no meio dos crentes. Quantas “visões”, “revelações”, “profecias” não são simplesmente mentiras? Entretanto, a Bíblia, que é a Palavra de Deus e permanece para sempre (1Pe 1:25a), continua a dizer que os mentirosos não têm parte alguma com Deus e que todos aqueles que amam e cometem mentira ficarão fora da Pátria celestial (Ap 21:8; 22:15). Tomemos muito cuidado, vigiemos e não pratiquemos, de forma alguma, a mentira, nem dela tiremos proveito, amando-a. A pessoa realmente liberta do jugo do pecado, a pessoa realmente liberta por Jesus, não mente (João 8:36).
Devemos parar um pouco e refletir: por que somos crentes? para que somos crentes? o que temos feito tem correspondido ao porquê e ao objetivo de sermos crentes? Por que e para que temos ido para a igreja? Por que e para que temos exercido esta ou aquela função na igreja? Por que e para que temos vivido quando estamos fora do templo, no nosso dia-a-dia? A resposta a estas questões é fundamental para sabermos se estamos buscando ou pensando nas coisas que são de cima ou se estamos voltados para as coisas que são da Terra.

III.  O ANONIMATO  NÃO É SINÔNIMO DE DERROTA

Há um clichê em moda hoje, balbuciado por muitos animadores de auditório: “você vai sair do anonimato!”. Através desse chavão, vemos um exército de novos pregadores, desestabilizados espiritualmente, com o objetivo de chegar ao topo da fama. Ser famoso é o alvo pretendido; é a busca incessante. A mídia é o meio mais pretendido por esses ufanistas para se lançar à fama. Eles gostam de usar o exemplo de Davi, que Deus o tirou de trás da malhada das ovelhas e o tornou rei de Israel. Proliferam esse modismo como se o anonimato fosse sinônimo de derrota.
A verdadeira motivação que existia há um tempo era: tornar-me um pregador ou um cantor para a edificação da igreja e alcançar os perdidos para Deus. Hoje, as reais motivações estão ligadas aos interesses pessoais, como pregar para um grande público, ter o nome conhecido, sair do anonimato. Será que se esqueceram do grande pregador do deserto, João Batista, que pregava até para reis, mas sua motivação era: “que Ele (Jesus) cresça e eu diminua” (João 3:30)?
O apóstolo Paulo tinha poucos amigos que cooperavam incansavelmente no seu ministério, dentre eles estava “Jesus, chamado Justo”(Cl 4:11); não se tem nenhuma informação a seu respeito, é o tipo do crente cooperador, cujo serviço, que é eficaz, só Deus ver.
O próprio Senhor Jesus não buscou fama ou reconhecimento popular, pois pedia que não anunciassem o que Ele estava fazendo(cf Lc 5:13,14).
O caminho da humildade, do anonimato (“Teu Pai que vê em secreto te recompensará” -Mt 6:6), da cruz, está sendo esquecido, e agora está sendo criado um caminho egoísta, diabólico e cheio de orgulho humano.
Gostaria que o Evangelho da cruz, do arrependimento e da renúncia saísse do anonimato e nós permanecêssemos escondidos debaixo das asas do Todo Poderoso! É oportuno observar que o anonimato entre os homens na obra de Deus nada significa diante do Senhor, e querer “aparecer”, “fazer aparecer o nome” pode não ser uma boa conduta entre os servos do Senhor, os quais devem se alegrar “… antes por estarem os seus nomes escritos nos céus”(Lc 10:20).
1. A verdadeira sabedoria. A sabedoria deste mundo é meramente efêmera, e suas qualidades não condizem com o caráter de um povo separado do pecado. É uma sabedoria que exclui Deus, que glorifica a auto-suficiência humana, que faz do homem a autoridade suprema e que se recusa a reconhecer a revelação de Deus em Jesus Cristo. A sabedoria deste mundo direciona as pessoas para a inveja, espírito faccioso, perturbação e toda obra perversa. Por isso Tiago diz que a sabedoria deste mundo é “terrena, animal e diabólica”(Tg 3:15,16). Ela determina o modo ímpio de viver do povo deste mundo.
A verdadeira sabedoria é mais que conhecimento, o qual é simples acumulo de fatos; é mais que percepção humana: é discernimento celestial. Ela envolve o conhecimento de Deus e dos labirintos do coração humano. É mais que simples conhecimento é aplicação correta do conhecimento em assuntos morais, espirituais ao enfrentar situações confusas; na complexidade das relações humanas. O conhecimento é obtido pelo estudo, mas quando o Espírito Santo enche um homem, Ele concede sabedoria para usar e aplicar esse conhecimento de maneira correta.
A verdadeira sabedoria nem sempre é estimada. Para ilustrar essa verdade, Salomão comenta o caso de uma “pequena cidade” habitada por poucas pessoas e, portanto, indefesa. Certo dia, um rei poderoso a sitiou com artilharias com o fito de conquistá-la. A situação parecia perdida quando um “homem pobre, porem sábio”, propôs um plano para salvar a cidade. Naquele momento, o sujeito se tornou um herói, mas pouco tempo depois caiu no esquecimento. Tão logo a cidade se viu livre do perigo, o conselho daquele homem pobre passou a ser desprezado, e ninguém se interessou por ele (cf Ec 9:13-16).
Apesar da ingratidão e da indiferença do ser humano, as palavras dos sábios, ouvidas em silêncio, valem mais que os gritos de um tirano que governa entre tolos( Ec 9:17). O povo logo esqueceu o pobre sábio, mas ele não deu importância alguma para isso, pois o que mais queria era livrar, de uma vez por toda, a sua querida cidade das mãos do tirano. Da mesma forma, o que importa, no final, não é o reconhecimento e a gratidão que recebemos pela obra que realizamos, mas as almas das pessoas em quem semeamos sementes de justiça.
É melhor ser um sábio calado e honesto que, apesar de esquecido, deixa um rastro de muitos benefícios, do que um tolo arrogante e vociferante que embora aplaudido por muitos “destrói muitas bens” (Ec 9:18).
“O temor do Senhor é o princípio da sabedoria” (Sl  111:10; Pv 9:10).
2. A simplicidade. A simplicidade não tem nada a ver com pobreza. Ao contrário, a riqueza está na simplicidade. Simplicidade é a ausência de artifícios, é o caminho para se chegar a humildade, ser servil, ser menos “eu” para ser mais “o outro” combatendo atos e sentimentos que insistem em nos afastar do centro da vontade de Deus. Jesus foi o maior exemplo de simplicidade que conhecemos, no falar, no agir, no ensinar. Ele que é o Filho de Deus, não ousou ser como Deus. Ele que possui tudo que há na Terra(cf Sl 24:1), nunca a percorreu com soberba e altivez. Jesus ensinava seus discípulos, concedendo-lhes sabedoria, para que pudessem ser enviados para pregar o evangelho com simplicidade no viver e no ensinar, fazendo-se exemplo, como ele, Jesus, foi exemplo, para que soubessem ser prudentes e cheios de amor.
Quando o crente perde a simplicidade cristã torna-se orgulhoso e insuportável, inclusive para o próprio Deus(ler 1Pe 5:5).  “Deus vela pelos simples”(Sl 116:6).
3. O equilíbrio. Vivemos num mundo sob pressão, um mundo competitivo que exige que as pessoas seja sempre melhores para que possam suplantar os obstáculos e atinjam os objetivos determinados. A busca convulsa pelas coisas deste mundo tem tornado as pessoas  estressadas, ansiosas e egoístas. Isso não ocorre somente no mundo ímpio, não! Infelizmente, o fardo da competitividade tem se alastrado no meio da irmandade cristã, contrapondo, assim, os princípios norteadores da Palavra de Deus, os quais delineiam o viver do genuíno cristão.
Não estamos aqui para adquirir fama ou sucesso, estamos aqui para triunfo(2Co 2:14). E o verdadeiro triunfo, o verdadeiro êxito, é o de obter a salvação na pessoa bendita de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Somente neste fim, diz o profeta Malaquias, veremos a diferença entre o justo e o ímpio (Ml 3:18), entenderemos quem, na verdade, é o exitoso, o triunfante, pois de que adianta ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? (Mc 8:36). Portanto, você não precisa mostrar nada a ninguém. Não se transforme num ser que você não é só para ganhar fama. Nunca foi a vontade de Jesus que seus filhos se curvassem à fama, ao sucesso, à riqueza ou ao poder.
Devemos estar cônscios de que estamos no mundo mas não somos daqui, o nosso alvo é o Céu, é viver com Cristo eternamente. Se você é talentoso, se Deus te deu capacidade especial de sobressair em determinados aspectos da vida, quer secular, quer espiritual, não deixe que isso lhe ufane e desperte em seu coração o orgulho. Seja equilibrado, moderado, tenha autocontrole. A glória deve ser dada sempre a Deus, o dono de tudo.

CONCLUSÃO

Esta é a motivação do cristão: a fé na Palavra de Deus. Uma fé inabalável onde não podemos ter medo de enfrentar problemas e dificuldades. Devemos sim nos esforçar para dar o melhor de nós. É certo que, em certas alturas da nossa vida, acabamos por falhar. Mas não é por isso que devemos parar de tentar, ficar desmotivados. Todos os dias devemos lutar, esforçar-nos para vencer as barreiras. O medo não é compatível com os vencedores. É preciso substituí-lo com a coragem. Na Bíblia, Deus pronunciou 366 vezes a frase “Não temas!”. Todos os dias Deus diz para mim, para você: “Não temas!”. Cabe a nós procurar a nossa força interior para superar o nosso medo e vencer.

Fonte;ebdweb

domingo, 16 de setembro de 2012

Estudo revela que menos de 20% dos evangélicos mantém o hábito diário da leitura e estudo das Escrituras.


Bíblia SagradaEnquanto a maioria dos fiéis o desejo de honrar a Cristo com suas vidas, um estudo recente descobriu que poucos realmente se dedicam à leitura e estudo pessoal das Escrituras.
“Leitura da Bíblia” é um dos oito atributos do discipulado investigado no estudo “Discipulado Transformador” realizado pelo Instituto LifeWay Research. A avaliação proposta visa medir o crescimento espiritual de um indivíduo em cada uma dessas áreas de desenvolvimento. A pesquisa constatou que 90% dos fiéis afirma que desejam “agradar e honrar a Jesus em tudo o que faço”, e 59 % concordam com a declaração: “Durante o dia eu penso em algum momento sobre as verdades bíblicas.”
Embora a maioria concorde com ambas as declarações, existe uma diferença significativa na intensidade disso. Quase dois terços dos fiéis (64 %) concordam fortemente com a primeira afirmação, mas apenas 20 % concordam com a segunda. No entanto, quando perguntado quantas vezes lê a Bíblia pessoalmente (não durante um culto):
•19 % respondeu “todos os dias.”
•26 % dizem que fazem isso “algumas vezes por semana”
•14 % dizem que leem a Bíblia “uma vez por semana”
•22 % dizem que “uma vez por mês” ou “algumas vezes um mês”
•18 % dizem que “raramente/nunca”
O pastor Ed Stetzer, presidente da LifeWay Research afirmou: “A leitura da Bíblia causa impacto em praticamente todas as áreas de crescimento espiritual. Você pode seguir a Cristo e ver o cristianismo como fonte da verdade, mas se essa verdade não permeiam seus pensamentos, aspirações e ações, você não está totalmente envolvido com a verdade. A Palavra de Deus é a verdade, por isso ler e estudar a Bíblia ainda são as atividades que têm o maior impacto sobre a maturidade espiritual. Você simplesmente não vai crescer na fé se não conhecer a Deus e passar tempo com a Sua Palavra”.
A pesquisa também revela seis ações que impactam positivamente a fé dos cristãos:
1.Confessar que tem falhado e pedir perdão a Deus.
2.Acreditar em Jesus Cristo como o único caminho para o céu
3.Tomar a decisão de obedecer ou seguir a Deus com a consciência de que essa escolha pode ser dolorosa. Sessenta e três por cento dos entrevistados dizem ter feito isso pelo menos uma vez nos últimos seis meses.
4.Orar pela salvação das pessoas que eles conhecem e que ainda não são cristãos.
5.Ler algum livro que contribua para seu crescimento espiritual. Sessenta e um por cento dos fiéis dizem ter feito isso no último ano.
6.Ser discipulado individualmente por um cristão mais maduro espiritualmente. Menos da metade dos fiéis (47 %) dizem que foram discipulados assim.
O pastor Stetzer entende que quase todos os fiéis querem honrar a Deus, porém mais de um terço indicam que essa obediência não ocorre quando existe um preço a pagar. Essas descobertas sobre a leitura da Bíblia ou falta desse hábito são parte do maior estudo sobre discipulado dos últimos tempos. Os resultados dessa extensa pesquisa sobre a maturidade espiritual continuarão a ser publicados ao longo dos próximos meses.
O objetivo da LifeWay Research com essas entrevistas entre pastores, igrejas e indivíduos visando medir a maturidade espiritual através de um questionário online é preparar material de estudo que supra as carências detectadas nessas entrevistas. Foram preenchidas 2.930 avaliações por cristãos que frequentam regularmente uma igreja evangélica.

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

IG QUER SABER. QUAL É O LÍDER MAIS INFLUENTE DO BRASIL?



IG promove enquete para saber qual o líder religioso mais influente do Brasil
O pastor Silas Malafaia está liderando a lista de líderes evangélicos, o padre Marcelo Rossi lidera a pesquisa.
por Leiliane Roberta Lopes
IG promove enquete para saber qual o líder religioso mais influente do Brasil
IG promove enquete para saber qual o líder religioso mais influente do Brasil
O portal iG criou uma enquete para saber de seus leitores qual é o líder religioso mais influente do Brasil na atualidade. A pesquisa foi criada para tentar entender o peso que os padres e pastores possuem no Brasil.
A pesquisa disponibilizou o nome de seis líderes: Padre Marcelo Rossi, missionário David Miranda, bispo Edir Macedo, pastor Silas Malafaia, apóstolo Valdemiro Santiago e bispa Sonia Hernandes.
O iG resolveu pesquisar sobre os líderes religiosos depois que o Censo 2010 mostrou a ascensão dos evangélicos no Brasil, em 2000 apenas 15,4% da população brasileira se declarava evangélica, em 2010 o número pulou para 22,2%, um aumento de 16 milhões de pessoas.
Com o crescimento do público cresce também a quantidade de igrejas e consequentemente o aumento de lideranças religiosas. Por isso o iG quer saber: “Qual expoente religioso é atualmente o mais influente do Brasil?”

Para responder essa enquete acesse a home do portal e vote. A enquete é interativa e os votos são contados na hora. No momento o padre Marcelo Rossi está liderando a pesquisa tendo mais de 24 mil votos, em seguida está o pastor Silas Malafaia com quase 13 mil votos.

FONTE: VERDADE GOSPEL


quinta-feira, 13 de setembro de 2012

CULTO DA VITÓRIA NA ASSEMBLEIA DE DEUS EM VIÇOSA-AL


     
Nesta quinta-feira,(13), foi realizado  , no templo sede da Igreja Evangélica Assembleia de Deus em Viçosa Alagoas, mais um culto da vitória, assim denominado pelo Pr. Donizete Inácio de Melo, líder da Igreja supracitada.
   
  O culto foi iniciado com um bom momento de louvor dirigido pelo cantor Edmilton Estêvão da Rocha, que até às 19:30hs, diversos irmãos louvaram ao Senhor. Sequenciando com os órgãos locais: Conjunto de Adolescentes, "El-Shamá", de Senhoras, "Porta Voz da Esperança" de Senhores "Arautos do Rei" e de Percussão, "Filhas de Sião".
   
    O Pr. Valdir de Freitas(Cabo Frio- RJ), foi o canal de Deus para a transmitir a mensagem da da noite. O amado pastor usou como base da sua pregação o texto bíblico do livro Rute 1.1,6.
   
     Com o intuito de levar o devido entendimento da ação de Deus na vida do crente, Pr. Valdir fez um notável resumo histórico da vida de Rute e Noemi. “ A tomada de decisão de Rute deixa  para cada de nós significantes lições de vida, declarou o pregador. Rute não se deixou vencer em meio a escassez que lhe sobreveio, contudo sua de fé, coragem determinação, levou a jovem à busca da providência de Deus”, enfatizou o pastor
     
    No decorrer da mensagem, o Espírito Santo usou o mensageiro com diversas palavras reflexivas, com o objetivo de levar a cada um o desejo de vencer as circunstância que a cada um nós são reais.   

   AO SENHOR JESUS CRISTO TRIBUTAMOS TODO LOUVOR E  ADORAÇÃO.
Por: Efigênio Hortêncio de Oliveira



                                                                  Fotos: Márcio Andrade

terça-feira, 11 de setembro de 2012

AS DORES DO ABANDONO


Texto Básico: 2Timóteo 4:9-18


“Deus faz que o solitário viva em família; liberta aqueles que estão presos em grilhões; mas os rebeldes habitam em terra seca”(Sl 68:6)

INTRODUÇÃO

Estamos estudando neste trimestre a respeito das aflições do justo; uma série de Aulas que tentam explicar por que passamos por aflições. Na primeira Aula vimos que, enquanto estivermos neste mundo, as aflições são inevitáveis na vida do crente.
Nesta Aula, estudaremos os efeitos que o abandono ocasiona na vida do servo de Deus. O abandono é uma das piores experiências pelas quais um ser humano pode passar. Pense em um soldado sendo abandonado para morrer em um campo de combate; ou um pastor, que depois de dedicar toda sua vida à uma igreja, ser abandonado por ela na sua velhice; ou ainda um bebê sendo deixado de lado por sua própria mãe. Pasmem, esses incidentes acontecem com frequência e que não estão distantes de nós. Nem Jesus escapou do abandono; antes de ser crucificado, foi deixado de lado por todos os seus discípulos. O nosso consolo é saber que Deus não nos deixa só. O Senhor nos enviou o Espírito Santo justamente para nos consolar e nos guiar em todas as coisas (João 14:16).

I. O ABANDONO FAMILIAR

A família em nossos dias vem sofrendo os mais duros ataques por parte do Diabo. Vícios no lar, infidelidade dos cônjuges, alto índice de divórcio, drogas, violência doméstica e abandono de filhos são alguns dos exemplos mais comuns dessa ação diabólica. Satanás sabe muito bem que se atingir a família, atingirá a sociedade como um todo, bem como ao maior projeto estabelecido por Deus para salvação da humanidade, que é a Igreja. Certamente a manutenção da instituição familiar constitui-se no maior desafio que se nos apresentam nos dias de hoje, no presente século. O adversário de nossas almas tem atacado violentamente a família, porque sabe que, uma vez atingida a família, a um só tempo, estará destruída tanto a sociedade, quanto cada um dos integrantes da família.
O comportamento humano é construído sobre os alicerces lançados na família. Entretanto, a cada dia fica mais difícil encontrar famílias saudáveis. É comum famílias desestruturadas que não cuidam dos seus próprios integrantes, não lhes suprindo as mais básicas necessidades. Muitas das vezes abandonam seus ente queridos nos momentos em que mais precisam de amparo. Paulo adverte que “se alguém não tem cuidado dos seus e principalmente dos da sua família, negou a fé e é pior do que o infiel”(1Tm 5:8).
Este tópico da nossa lição fala em especial de três situações de abandono na família:
1. Na doença. A sentença divina sobre o homem, por causa do seu pecado, atingiu diretamente a questão da saúde. A terra foi maldita e, como algo maldito, traria infelicidade, incômodo e aborrecimento para o homem(ler Gn 3:17). A natureza passou a colaborar para um crescente desequilíbrio do organismo humano, desequilíbrio que levaria, mais cedo ou mais tarde, à extinção da atividade, com a degeneração do organismo, que estaria fadado a se desfazer, voltando a ser pó, o mesmo pó que o Senhor havia tomado para formar o homem. Ninguém, portanto, está imune às doenças, nem mesmo os filhos de Deus.
Quando a doença chega, todos precisamos de ajuda das pessoas da família. Mas, infelizmente, o que se tem visto é o abandono nesses momentos mais necessários; abandonam o doente à própria sorte, demonstrando assim uma atitude impiedosa e anticristã, uma verdadeira ausência de amor a Deus e ao seu próximo. Uma pessoa que não demonstra amor ao seu próximo, que vê, como amará a Deus que nunca viu?(1João 4:20).
2. No vício. O Diabo sempre teve interesse em devorar o ser humano através de seus ardis (1Pe 5:8). As drogas de um modo geral têm sido usadas por Satanás para destruir o ser humano, tanto jovem, adolescentes, adultos, as famílias constituídas. O desejo dele é a preservação da humanidade fora dos planos da salvação de Deus.
Muitos não suportam uma pessoa viciada conviver no seu mesmo ambiente social, por isso a abandonam à própria sorte, o que faz ainda mais piorar a vida dessa pessoa. Sem direção e desamparada, a pessoa viciada perde a noção de certo e errado e, para satisfazer o vício, é capaz de roubar e até matar. Alguns chegam até o suicídio, por se sentirem sozinhos e abandonados pelos amigos e pelos da família.
Lidar com viciado não é fácil, mas é nessa hora que a família precisa fazer-se presente e estar unida para ajudá-lo a livrar-se dos vícios. Todavia, a pessoa drogada deve aceitar, incondicionalmente, a mão amiga, quando esta oferece ajuda a qualquer custo.
Um dos maiores problemas a ser vencido, para a pessoa que usa qualquer substância química, é a dificuldade de amar o próximo, pois o amor ao seu ego, faz com que a pessoa fique cega para as pessoas que estão ao seu redor. Para ela só existe sua satisfação, custe o que custar e para quem custar. Desta forma, a pessoa dependente química ofende muito aqueles que a amam e deve se arrepender, pedindo a Deus que a lave com Seu precioso sangue, e também deve pedir perdão às pessoas ofendidas, que foram roubadas e que as deixaram sem dormir de preocupação, ferindo-as, humilhando-as, e deixando-as sem esperança em suas vidas pessoais devido a sua situação.
3. Na terceira idade. A chamada terceira idade é talvez o momento em que as pessoas mais precisam de assistência por parte dos seus familiares, em razão do esmaecimento das  forças, com as consequentes doenças. Em nossa sociedade, muitas vezes, os idosos são desprezados; algumas famílias chegam a desampará-los por completo, colocando-os em casas de repouso ou asilos, sem nenhuma assistência familiar. A Bíblia relata que os mais velhos devem ser respeitados e ouvidos pelos mais novos (Js 23:1-2; Lm 5:12,14; Lv 19:12; Ex 20:12). O mandamento do Senhor de honrar o pai e a mãe continua válido para os dias atuais (Ef 6:1-3).

II. O ABANDONO EM SITUAÇÕES DIFÍCEIS

Existem muitas situações difíceis pelas quais podemos sofrer as consequências do abandono em nossa vida. Dentre elas o comentarista da lição destaca:
1. O Abandono no desemprego. O desemprego é um dos fatores mais drásticos que uma pessoa pode passar, principalmente aqueles que tem família para sustentar e com débitos pendentes de liquidação. Geralmente, nessas horas até mesmo aqueles que se diziam amigos desaparecem; até os familiares fogem, pois temem emprestar dinheiro e ouvir as lamentações do desempregado. A Bíblia ensina  a amar o próximo e ajudá-lo nos momentos de necessidade(ver Lc 10:25-37). Creio que se formos fiéis ao Senhor ele não nos abandonará nesse momento difícil. Está escrito que  “o Senhor não desampara os seus santos”(Sl 37:28).
2. Da amizade. A Bíblia nos mostra exemplos de amizade verdadeira, sincera e desinteressada, como a de Davi e Jônatas (1Sm 18:1), ou a de Rute e Noemi (Rt 1:8-18). É o desejo de todos nós ter uma amizade como essa. Mas é frequente as pessoas serem traídas por aqueles que pareciam grandes amigos. Até Paulo sentiu a dor do abandono de seus amigos mais chegados (cf 2Tm 4:16). Ele sentiu de perto o peso do abandono da amizade, num momento em que mais precisava de uma mão amiga. Já perto do fim da sua vida, preso em Roma, Paulo reclama a Timóteo do abandono de seus irmãos mais próximos. O texto básico desta Aula (2Tm 4:9-18) mostra claramente os sentimentos de tristeza e abandono que tomaram conta de Paulo nesse momento difícil. Paulo sabia que estava chegando perto do fim de sua vida, e pede a Timóteo que vá vê-lo depressa. Mais do que precisar da companhia de Timóteo, Paulo queria lhe ministrar um último ensinamento: mostrar a Timóteo como um cristão deveria morrer por sua fé. Em seguida, Paulo esclarece o porquê está sozinho: Demas o havia desamparado, amando as coisas do mundo; Crescente, Tito e Tíquico também estavam longe, provavelmente pregando o Evangelho; apenas Lucas tinha ficado com ele. E por isso Paulo pede a Timóteo que tome a Marcos e vá vê-lo (convém notar que este é o mesmo João Marcos, sobrinho de Barnabé, que Paulo recusou anos antes como companheiro, porque ele os tinha abandonado na viagem, mas agora ele era útil, e Paulo o reconheceu). Paulo relata a Timóteo o problema que teve com Alexandre, o latoeiro (provavelmente o mesmo blasfemador citado em 1Tm 1:20), para que Timóteo guarde-se dele. Paulo termina o relato dizendo que ninguém o assistiu em sua defesa, mas ele sentiu a presença do Senhor o amparando – “Ninguém me assistiu na minha primeira defesa; antes, todos me desampararam. Que isto não seja imputado”(2Tm 4:16). Nota-se que Paulo se recusou a ficar amargurado por essa experiência. Sua oração pelos que o abandonaram é semelhante à oração de Estevão por seus assassinos: “Senhor, não lhes imputes este pecado”(At 7:60).
A Bíblia nos adverte a não abandonar o amigo – “Não abandones o teu amigo... (Pv 27:10). Devemos ser fieis, leais e amorosos – “Em todo tempo ama o amigo...” (Pv 17:17).
3. Da igreja. É dito por muitos que a igreja é a extensão do lar, da família. Um dos muitos modos de referir-se à igreja é como família de Deus. Entende-se que a família vive de relacionamentos, logo, como espaço para relacionamentos, precisa proporcionar um ambiente propício a que seus membros possam relacionar-se saudavelmente. Nós somos membros uns dos outros, então, devemos cuidar uns dos outros. Infelizmente, há igrejas que se esquecem de seus membros, não os visitam, não oram por eles e não lhes tratam as feridas. Até mesmo os missionários muitas vezes estão abandonados pelas igrejas que os enviaram, passando por diversas necessidades. Jesus disse que os falsos cristãos seriam caracterizados justamente pelo desamor e desprezo em relação aos desvalidos (Mt 25:31-46).
É hora de acordarmos para este problema; a igreja precisa tratar as carências dos seus membros. Somos um só corpo (1Co 12:12); se um membro padece, todo o corpo padece (1Co 12:26-27). Devemos cuidar e zelar uns dos outros, para que a igreja de Cristo desfrute perfeita saúde. Deus deseja que Seus filhos vivam em comunhão uns com os outros (Sl 133) e que os desvalidos, desfavorecidos e vitimados pela vida encontrem apoio, atenção e ajuda em Sua casa (Tg 1:27). Convém lembrar que Deus usa os crentes para consolar outros crentes, como fez com Tito em relação a Paulo (2Co 7:6).

III. O DEUS QUE NÃO ABANDONA

1. Na angústia. É justamente nos momentos de angústia e aflição que o ser humano sente-se esquecido por todos, inclusive pelos mais chegados. Quantas vezes nos sentimos sozinhos, angustiados e esquecidos pelos nossos amigos, parentes e pelos nossos irmãos em Cristo. Mas, mesmo nos momentos difíceis da vida, existe alguém que nunca nos abandona, Jesus.
Portanto, se a angustia bater no seu coração, lembre que você pode invocar o Senhor. O Salmo 50:15 diz: "invoca-me no dia da angustia, eu te livrarei, e tu me glorificarás". Foi assim que Ana alcançou a benção de ter um Filho (1Sm 1). Foi assim que Moisés alcançou os milagres nas horas mais difíceis. Foi assim que aconteceu com o cego de Jericó; ele gritava pedindo que Jesus tirasse dele aquela angústia, a cegueira física: “Jesus Filho de Davi, tem misericórdia de mim”; o Senhor atendeu o seu pedido, ele foi curado, física e espiritualmente. Jairo também foi até Jesus num momento de angústia, a sua filha estava morrendo; quando estava pedindo a misericórdia do Senhor, recebe uma má noticia: “não precisa mais incomodar o Mestre, ela[a criança] já morreu”. Em muitas das vezes você vai encontrar pessoas que querem incentivar você a desistir, mas não desista! Jairo mesmo recebendo a noticia da morte de sua filha confiou em Jesus e alcançou a benção. Somente em Deus encontramos refúgio e fortaleza nos momentos de angústia. Está escrito:“Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia (Sl 46:1).
É bom ressaltar que Deus nem sempre nos livra “da” angústia, mas “na” angústia. Ele não é o Deus da previsão e sim, da provisão. Não é o Deus da previdência e sim da providência. Ele não age antes, mas também não se atrasa. Ele disse: “e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos”(Mt 28:20).
Seja qual for as tuas angústias ou problemas, continuem confiando em Deus. Ele nos livra “nos” problemas e “nas” angústias – “Ele me invocará, e eu lhe responderei; estarei com ele naangústia; livrá-lo-ei e o glorificarei” (Sl 91:15).
2. O amigo. O verdadeiro amigo é aquele que se dispõe a tomar a carga do outro, de colocar o seu próprio destino juntamente ao do outro, de compartilhar as agruras, as dificuldades e as adversidades. O amigo se conhece no momento das dificuldades, não no momento das vitórias e das realizações. Como diz Salomão, o amigo ama em todo o tempo (Pv 17:17a) e não pode abandonar o seu amigo (Pv 27:10).
Ser amigo é algo muito profundo e, em um modo geral, nunca teremos muitos amigos, pois é muito intensa a intimidade do amigo. Esta intimidade faz com que tenhamos, quase sempre, poucos amigos, mas não importa a quantidade, mas, sim, a qualidade desta amizade. Os amigos de Paulo não eram muitos(Cl 4:11), mas o suficiente para que o apóstolo não ficasse desamparado e prosseguisse o seu ministério.
Os amigos não são muitos, mas, mais importante do que isto, é saber que o crente, além de ter os seus indispensáveis amigos, tem um amigo que é mais chegado do que um irmão (Pv 18:24b), a saber, o nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Jesus chamou Seus discípulos de amigos, em lugar de servos (João 15:15). Nós também temos esse privilégio. Ele é o amigo fiel, que não nos abandona na hora da angústia.
Ao morrer em nosso lugar, Jesus ofereceu a maior prova de amor e lealdade que um amigo pode dar (João 15:13). Cristo morreu na cruz do Calvário para que hoje tivéssemos direito à vida eterna. Para termos esse amigo fiel ao nosso lado, apenas precisamos aceitá-lo como Salvador pessoal. Ele tomou sobre Si nossas enfermidades e nossas dores (Is 53:4), inclusive as dores da discriminação e do abandono.
Abraão foi chamado de “amigo de Deus”(2Cr 20:7;Is 41:8; Tg 2:23). O fato de Abraão ser chamado de “amigo de Deus” já é suficiente para buscarmos seguir o seu exemplo, já que, como servos do Senhor Jesus, também somos reputados como seus amigos (João 15:15). Se Abrão é chamado amigo de Deus é porque tinha o mesmo sentimento de Deus, tinha uma profunda comunhão com o Senhor. Comunhão é o estado em que há uma comunidade de sentimentos, de propósitos, de ideias, ou seja, os sentimentos, os propósitos e as ideias de Abrão e de Deus eram iguais, eram idênticos, eram comuns. Disse Jesus: “Vós sereis meus amigos, se fizerdes o que eu vos mando” (João 15:14).
3. A sua Igreja. A igreja é um projeto exclusivamente divino, concebido, executado e sustentado por Deus. É por isso que podemos ter a certeza, e a história tem demonstrado isto, que nada pode destruir a Igreja. Durante estes quase dois mil anos em que a igreja tem participado da história da humanidade, muitos homens poderosos se levantaram contra a Igreja, tentaram destruí-la e não foram poucas as vezes em que se proclamou que a Igreja estava vencida. No entanto, todos estes homens passaram, mas a Igreja se manteve de pé, vencedora, demonstrando que não se trata de obra humana, mas de algo que é divino e contra o qual todos os poderes das trevas não têm podido prevalecer. Jesus prometeu que estaria com a Igreja, sempre: “eis que eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos”(Mt 28:20). Ao revelar o Seu mistério, isto é, a Igreja, disse que a edificaria e que as portas do inferno não prevaleceria contra ela(Mt 16:18).
Jesus foi constituído Senhor sobre todas as coisas (Mt 28:18; Rm 14:9) e não deixaria de sê-lo com relação à sua Igreja, que Ele comprou com o seu próprio sangue (At 20:28). Tendo criado a Igreja, nada mais natural que seja o seu Senhor, o seu Rei, o seu Governante. Portanto, Jesus jamais abandona a Sua Igreja.

CONCLUSÃO

Na época do profeta Isaias, o povo de Israel experimentaram grande sofrimento e, por isso, se sentiam abandonado e esquecido por Deus. Mas Deus lhes deu a seguinte resposta: “Pode uma mulher esquecer-se também do filho que cria, que se não compadeça dele, do filho do seu ventre? Mas, ainda que esta se esquecesse, eu, todavia, me não esquecerei de ti”(Is 49:15). Esta resposta de Deus é a garantia divina a todo crente que passar por períodos de provação, ou até mesmo ser esquecido pelo seu ente querido. O amor de Deus por nós é maior do que a afeição natural que uma mãe amorosa dedica a seus filhos. Sua compaixão por nós nunca cessará, sejam quais forem as circunstâncias da nossa vida. Ele zela por nós com grande amor e ternura, e estejamos convictos de que Ele nunca nos abandonará. A evidência do grande amor de Deus é que Ele nos gravou nas palmas das suas mãos, de tal maneira que nunca nos esquecerá. As marcas dos cravos nas suas mãos, estão sempre diante dos seus olhos como lembrança do grande amor que Ele tem por nós, e do seu cuidado. Portanto, ainda que a família e os amigos venham a abandonar-nos, Deus sempre nos acolherá. Ele está sempre ao nosso lado. Amém!

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