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sábado, 20 de outubro de 2012

ASSEMBLEIA DE DEUS EM VIÇOSA REALIZARÁ 5º CONGRESSO DE MULHERES



    Entre os dias 25 a 28 do corrente mês, a Igreja Evangélica Assembleia de Deus em Viçosa Alagoas, estará com uma rica  programação para seus membros, bem como para os Viçosenses e visitantes como todo. 

  Com o tema: Despertai-vos mulher. Eis que o noivo está voltando, será realizados nestes dias, o 5º Congresso de Mulheres e aniversário do Conjunto Porta voz da esperança. O Pr. Donizete Inácio, líder da igreja, está otimista com a festividade e espera o  público com muita expectativa para juntos adorarmos a Deus.     



PROGRAMAÇÃO:

QUINTA-FEIRA - DIA 25 - NOITE -  - ABERTURA OFICIAL
PREGADOR: PR MARCIO PEIXOTO
CANTOR: SAMUEL MARIANO E BANDA
DEPARTAMENTO DE SENHORAS VISITANTE E UNIÃO DE SENHORAS DE VIÇOSA

SEXTA FEIRA - DIA 26
TARDE: CÍRCULO DE ORAÇÃO FESTIVO
PREGADORA IRMÃ ZEZÉ DE GARANHUNS-PE
NOITE: CULTO FESTIVO DE AÇÃO GRAÇAS ANIV. DO CÍRC DE ORAÇÃO
PREGADORA: MISS SANDRA (BA)

SÁBADO - DIA 27 - NOITE - ANIVERSÁRIO DO CONJ. DE SENHORAS PORTA VOZ DA ESPERANÇA
PREGADOR: PR. LUCIANO ALVES MARTINS (SP)

DOMINGO - DIA 28 - ENCERRAMENTO DO CONGRESSO DE SENHORAS
TARDE: ESTUDO BÍBLICO PARA IGREJA
PR. LUCIANO ALVES (SP)
CANTORA EVENY BRAGA

NOITE: ENCERRAMENTO
PR. LUCIANO ALVES (SP)
CANTORA EVENY BRAGA
DEPART. DE SENHORAS VISITANTE E UNIÃO DE SENHORAS DE VIÇOSA

             ORE, DIVULGUE E PARTICIPE

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Joel- O Derramamento do Espírito Santo


Texto Básico: Joel 1:1;2:28-32


“E nos últimos dias acontecerá, diz Deus, que do meu Espírito derramarei sobre toda a carne; e os vossos filhos e as vossas filhas profetizarão, os vossos jovens terão visões, e os vossos velhos sonharão sonhos”(At 2:17)
INTRODUÇÃO

Joel é conhecido como “profeta de Pentecostes”. Se o primeiro grande ensino em Joel é o arrependimento diante das adversidades, o segundo é o derramamento do Espírito Santo sobre toda a carne e as maravilhas decorrentes (cf Jl 2:28-32). Em nenhuma outra parte do Antigo Testamento encontramos uma promessa tão abrangente cujo cumprimento significasse o cumprimento das palavras de Moisés: “Tomara que todo o povo do SENHOR fosse profeta, que o SENHOR lhes desse o seu Espírito”(Nm 11:29). O Dia de Pentecostes marcou o inicio deste cumprimento (cf Atos 2). Desde então, tem se cumprido com abundancia cada vez maior. É uma promessa universal (Jl 28:29). É uma promessa de um novo concerto (Jl 2:32). É uma promessa aos que creem (Jl 2:32). Podemos dizer, então, que esse Dia marcou o início de uma nova adoração por parte de todos aqueles que crerem no Espírito Santo, assim como o início do julgamento de todos aqueles que o rejeitarem.

I. O LIVRO DE JOEL NO CÂNON SAGRADO


1. Contexto histórico. Joel, cujo nome significa “O Senhor é Deus”, identifica-se como “filho de Petuel”(Jl 1:1). Suas numerosas referencias a Sião e ao ministério do Templo indicam que ele era profeta em Judá e em Jerusalém, e sua familiaridade com os sacerdotes sugere ter sido ele um profeta “sacerdotal” (cf Jr 28:1,5) que proclamou a verdadeira palavra do Senhor.

Não há informação precisa sobre o tempo de Seu Ministério. Porém, pelas circunstâncias contidas em seu Livro, o tempo é sugerido como sendo logo após o reinado da rainha Atália, que reinou entre 841 e 835 a.C (cf 2Rs 11:2,3). Se assim for, então Joel teria exercido seu Ministério no Reinado de Joás (cf 2Cr 22 a 24 e 2Reis 12). Seu Livro teria sido escrito por volta do ano 825 a.C. Se a data procede, então enquanto Joel profetizava no Sul, ou em Judá, Elias profetizava no Norte, ou em Israel. O Ministério de Elias foi exercido entre 850 e 798 a.C.

O contexto histórico da profecia de Joel foi uma época de pânico nacional em face das devastações causadas por uma terrível praga de gafanhotos, seguida de um período de seca, gerando fome e muito sofrimento, havido no tempo de Joel. Na opinião do profeta, a praga era uma advertência solene de julgamento vindouro no “Dia do Senhor”, que é a ideia central do livro de Joel.

Esse “Dia do Senhor”, biblicamente, começará com o Arrebatamento da Igreja e se prolongará até após o milênio. Será, portanto um “Dia” com mais de mil anos. A partir deste acontecimento o profeta Joel projetou, profeticamente, uma imagem de como seria “O Dia do Senhor”. Ele usa a expressão “Dia do Senhor” cinco vezes: Jl 1:15;2:1, 11, 31 e 3:14. Em Jl 1:15 ele diz que esse Dia “... virá como uma assolação do Todo-Poderoso”em 2:11 - “... o “Dia do Senhor” é grande e mui terrível”; em 2:31 - “... o sol se converterá em trevas e a lua em sangue”; em 3: 14 - “Multidões, multidões no vale da Decisão!”. Não há dúvida de que esse período descrito por Joel é o mesmo descrito por Jesus, em Mateus 24, e por João, em Apocalipse 6 a 19. O Profeta Joel estava falando, portanto, de um acontecimento ainda futuro, ou seja, a Grande Tribulação.

2. Posição de Joel no Cânon Sagrado. A ordem dos Profetas Menores em nossas versões da Bíblia é a mesma do Cânon judaico e da Vulgata Latina. Joel não menciona nenhum rei, e sua curta profecia traz poucas indicações cronológicas, o que dificulta a datação. As propostas variam do século X ao século V a.C. A posição de Joel no “Livro dos Doze”, nome dado pelos judeus aosProfetas Menores, mostra que eles o consideravam um profeta antigo. Seu estilo corresponde mais ao período clássico remoto do que à era pós-exílica de Ageu, Zacarias e Malaquias. A ausência de referencias a reis pode indicar que o livro foi escrito quando o sumo sacerdote Joiada era regente (na infância de Joás, o qual reinou entre 835-796 a.C.). Além disso, os inimigos de Judá são os fenícios, os filisteus (Jl 3:19), os egípcios e os edomitas (Jl 3:19), e não seus adversários posteriores, os sírios, os assírios e os babilônios.

3. Estrutura e mensagem.

a) Estrutura. O conteúdo do livro de Joel divide-se em três seções: (1) A primeira seção (Jl 1:2-20), descreve a devastação de Judá ocasionada por uma grande praga de gafanhotos, que arrancou a folhagem das vinhas, árvores e campos (Jl 1:7,10), reduzindo o povo a indescritível penúria. Em meio à calamidade, o profeta conclama os lideres espirituais de Judá a guiar a nação ao arrependimento (Jl 1:13,14). (2) A segunda seção (Jl 2:1-17), registra a iminência de um juízo divino ainda maior, proveniente do Norte (Jl 2:1-11), na forma de (a) outra praga de gafanhotos descrita metaforicamente como um exército de destruidores, ou (b) uma invasão militar literal. De novo, o profeta soa a trombeta espiritual em Sião (Jl 2:1,15), conclamando grande assembleia solene para que os sacerdotes e todo o povo busquem sinceramente a misericórdia divina, com arrependimento, jejuns, clamores e genuíno quebrantamento, diante do Senhor (Jl 2:12,17). (3) A seção final (Jl 2:18-3:21), começa declarando a misericórdia de Deus em face do arrependimento sincero do povo. O humilde arrependimento de Judá e a grande misericórdia de Deus dão ocasião às profecias de Joel a respeito do futuro, abrangendo a restauração (Jl 2:19b-27), o derramamento do Espírito Santo sobre toda a humanidade (Jl 2:28-31), o juízo e a Salvação no final dos tempos (Jl 3:1-21).

b)  Mensagem. O oráculo foi entregue ao profeta Joel por meio da Palavra (Jl 1:1). Joel falou à nação de Judá desde o reinado de Joás até o reinado de Acaz, o que o torna o primeiro profeta a registrar seus oráculos por escrito. A mensagem do livro diz respeito ao juízo que viria sobre o povo de Deus, que foi identificado como sendo o cativeiro da Babilônia. Mas a mensagem de Joel também fala do futuro, menciona o derramamento do Espírito Santo e o "Dia do Senhor", o acerto de contas que Deus fará com a humanidade impiedosa. Joel foi mencionado por Pedro no sermão inaugural da Igreja no dia de Pentecostes, exatamente por causa de sua profecia do derramamento do Espírito Santo. Por isso, Joel é conhecido como "o profeta pentecostal".

II. A PESSOA DO ESPIRITO SANTO


O  Espírito Santo não é simplesmente uma influência benéfica ou um poder impessoal. É uma pessoa, assim como Deus-Pai e Jesus o são.

1. Sua personalidade. A crença na personalidade do Espírito Santo é uma das características da fé cristã. Esta crença deriva do exame preciso e cuidadoso de passagens bíblicas. Algumas seitas apresentam o Espírito Santo como sendo uma influência impessoal, uma força ou uma energia. Entretanto, a Palavra de Deus nos revela que o Espírito Santo é uma pessoa, pois menciona atitudes e ações do Espírito que somente uma pessoa pode ter. Ele possui uma mente, vontade e emoções, que são características de uma pessoa e não de uma influência ou força. 

O Espírito Santo age e interage como uma pessoa completa e perfeita. Vejamos algumas provas bíblicas:

a) O Espírito Santo entristece - "E não entristeçais o Espírito Santo de Deus, no qual fostes selados para o dia da redenção" (Ef 4:30). Somos admoestados a não entristecer o Espírito Santo, retratando, portanto, que Ele possui as emoções de uma pessoa. Ele sofre quando pecamos e se entristece com as manifestações do nosso pecado.

b) O Espírito Santo tem ciúmes - "Ou cuidais vós que em vão diz a Escritura: O Espírito que em nós habita tem ciúmes?"(Tg 4:5)Quando traímos a Deus através dos nossos pecados - ambiguidades, contradições, negações da fé, amasiamentos com o mundo -, o Espírito de Deus sente ciúmes, como o marido, quando a mulher adultera e vice-versa. Ele sente ciúmes do adultério moral (impureza), espiritual (idolatria), econômico (amor ao dinheiro) e político (paixão e esperanças políticas mais acentuadas em relação ao programa humano que ao Reino de Deus). O Espírito Santo não é simplesmente alguém que entra em nós e depois sai. Ele vem e fica. Além disso, Ele não está presente para energizar-nos a vida. Não. Ele é uma pessoa com a qual mantemos relações pessoais.

c) O Espírito Santo pensa (Rm 8:27) - E aquele que examina os corações sabe qual é a intenção do Espírito; e é ele que segundo Deus intercede pelos santos”. Neste texto, as Escrituras dizem que o Espírito Santo examina os corações, ou seja, examinar é raciocinar, é calcular, é emitir juízos. Uma força jamais pode calcular, jamais pode examinar, só uma pessoa pode fazê-lo.

d) O Espírito Santo fala(Atos 8:29) - "Então disse o Espírito a Filipe: aproxima-te desse carro e acompanha-o..." . Aqui, percebemos que o Espírito Santo é um Ser que fala. Ora, uma força não pode falar, mas uma Pessoa, sim. Tanto é certo que o Espírito Santo fala que, em At 13:2, isto é explicitamente mencionado, como também em 1Tm 4:1 e Hb 3:7, bem assim em todas as cartas que Jesus enviou às igrejas da Ásia Menor (Ap 2:7,11,17,29; 3:6,13,22), como num instante em que se fazia a revelação a João das coisas que brevemente hão de acontecer (Ap 14:13).

e) O Espírito Santo ensina (João 14:26) – “Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito”. Só uma Pessoa pode nos ensinar, somente uma Pessoa pode ser Mestre e o Espírito Santo tem como uma de suas principais funções a de ensinar os discípulos do Senhor Jesus enquanto aqui estiverem aguardando o seu Salvador.

2. Sua divindade. A Bíblia não se limita a mostrar que o Espírito Santo é uma Pessoa, mas também nos revela que é uma Pessoa Divina, ou seja, é uma das Pessoas que compõem este mistério que é a Santíssima Trindade, este Deus que é triúno, ou seja, um Único Deus que está em três Pessoas.

O Espírito Santo é chamado Deus (At 5:3,4) e Senhor (2Co 3:18). Quando Isaías viu a glória de Deus (Is 6:1-3), escreveu: “Ouvi a voz do Senhor...vai e diz a este povo” (Is 6:8-9). O apóstolo Paulo citou essa mesma palavra e disse: “Bem falou o Espírito Santo a nossos pais pelo profeta Isaías dizendo: Vai a este povo” (cf. At 28:25, 26). Com isso, Paulo identificou o Espírito Santo com Deus. Ele faz parte da Santíssima Trindade. Ele é mencionado junto com o Pai e o Filho (Mt 28:19; 2Co 13:13) e, a Bíblia afirma que os três são um (1João 5:7).

O texto mais explícito a respeito da divindade do Espírito Santo está em At 5:3,4 - “Disse, então, Pedro: Ananias, por que encheu Satanás o teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo?... Não mentiste aos homens, mas a Deus”. Indagado por Pedro a respeito do valor da venda da propriedade, Ananias mentiu, dizendo que o valor depositado ao pé dos apóstolos era o efetivo valor da venda. Diante desta mentira, Pedro diz que Ananias havia mentido ao Espírito Santo e, por isso, havia mentido não aos homens, mas a Deus. Temos, portanto, explicitamente reconhecida a divindade do Espírito Santo, prova de que os apóstolos reconheciam o Espírito Santo como Deus, ou seja, que a doutrina da divindade do Espírito Santo é a genuína e autêntica doutrina da igreja primitiva. A propósito, se Ananias mentiu ao Espírito Santo, temos mais uma prova de que o Espírito Santo não é uma força, pois não se pode mentir senão a uma Pessoa.

3. O derramamento do Espírito(Jl 2:28-32). O derramamento do Espírito Santo, profetizado por Joel, ocorreu por ocasião do Pentecostes (Atos 2). Enquanto no passado o Espírito Santo parecia estar disponível a reis, sacerdotes e profetas, Joel predisse um tempo em que este poder estaria disponível a todos os crentes. Ezequiel também falou sobre o derramamento do Espírito Santo (Ez 39:28,29). Atualmente, o Espírito Santo é derramado, de uma forma efusiva, sobre qualquer pessoa que venha a Deus em busca de sua salvação (Jl 2:32).

O derramamento do Espírito não acontece antes, mas depois que o povo de Deus se arrepende e se volta para ele. Esperar o derramamento do Espírito sem tratar do pecado é ofender a Deus. Buscá-lo sem voltar-se para Deus é atentar contra a santidade do Senhor.

4. Como uma pessoa pode ser derramada? Esta é uma das perguntas que alguns grupos religiosos fazem frequentemente, com a finalidade de "provar" que o Espírito Santo não é Deus nem  uma pessoa. Por duas vezes a palavra profética afirma "derramarei o meu Espírito" (Jl 2:28.29), o  que é ratificado em o Novo Testamento (At 2:17,18). Se, aqui, o derramamento do Espírito Santo fosse evidência contra sua personalidade então o apóstolo Paulo também não seria uma pessoa, pois escreveu acerca de si próprio: “mesmo que eu esteja sendo derramado como oferta de bebida...”(Fp 2:17; 2Tm 4:6 – tradução do Novo Mundo). Uma vez que o apóstolo Paulo obviamente é uma pessoa real, e pode ser mencionado nas Escrituras como “derramado”, então a mesma expressão referindo-se ao Espírito Santo, dificilmente poderia ser usada como uma prova contra a sua personalidade. Também, o fato de alguém ser ou estar cheio do Espírito Santo (At 2:4), ou revestido dele, não quer dizer que o Espírito Santo seja impessoal.

Ainda apresentando a mesma linha de raciocínio desses grupos religiosos, perguntamos: como pode Jesus ser uma pessoa e alguém ser morada dele? - “Jesus respondeu, e disse-lhe: se alguém me ama, guardará a minha palavra, e meu Pai o amará, e viremos para ele, e faremos nele morada (João 14:23). Paulo declara: “meus filhos, por quem de novo sinto as dores de parto, até que Cristo seja formado em vós”(Gl 4:19). Como pode Jesus ser formado em alguém, sendo ele uma pessoa? Ainda em Gálatas 2:20, Paulo disse: “Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim”. Como esses grupo religiosos explicam esse mistério? Negam também a personalidade de Jesus por causa disso? É claro que não! Então por que negam a personalidade do Espírito Santo, valendo-se do mesmo argumento? Certamente, negam essa verdade bíblica porque não se preocupam em ensinar a Bíblia, mas de impor crenças peculiares.

III. HORIZONTES DA PROMESSA


1. Ponto de partida - "Acontecerá, depois, que derramarei o meu Espírito...''(Jl 2:28). O rev. Hernandes Dias Lopes citando Warren Wiersbe diz que a palavra "depois", neste texto de Joel, refere-se aos acontecimentos descritos em Joel 2:18-27, quando o Senhor sara a nação depois da invasão Assíria. Contudo, não significa logo em seguida, pois se passaram muitos séculos antes do Espírito Santo ser derramado. Quando Pedro citou esse versículo em seu sermão no dia de Pentecostes, o Espírito Santo o dirigiu a interpretar o "depois" como "nos últimos dias" (At 2:17).Os “últimos dias" começaram com o ministério de Cristo na terra e se encerrarão com "o Dia do Senhor".

O que Deus promete, ele cumpre, pois vela pela sua Palavra para cumpri-la. Quando ele age, ninguém pode impedir sua mão de agir. Deus hipotecou sua Palavra e empenhou sua honra nessa promessa. As promessas de Deus são féis e verdadeiras e nenhuma delas pode cair por terra. O derramamento do Espírito cumpriu-se no dia de Pentecostes (At 2:16-21) e ninguém pôde deter o braço de Deus em promover o crescimento da igreja. O Sinédrio judeu tentou abafar a obra do Espírito prendendo e açoitando os apóstolos. Os imperadores romanos, com fúria implacável, quiseram acabar com a igreja, jogando os cristãos nas arenas, queimando-os em praças públicas e matando-os ao fio da espada. Mas a igreja, com destemor e poder, espalhou-se como rastilho de pólvora por todos os quadrantes do império e o sangue dos mártires tornou-se a sementeira do evangelho. Ao longo dos séculos muitas perseguições sanguinárias tentaram neutralizar a obra de Deus, mas a Igreja revestida com o poder do Espírito Santo jamais recuou, jamais descansou as armas, jamais se intimidou.

Antes do Pentecostes, os discípulos estavam com as portas trancadas de medo; depois do Pentecostes, eles foram presos por falta de medo. O problema da igreja não são as ameaças externas, é a fraqueza interna. Não é a falta de poder econômico e político, mas a falta do poder do Espírito Santo!

Mas não podemos pensar que esse derramamento ficou restrito apenas ao Pentecostes. O derramamento do Espírito Santo é uma promessa vigente e contemporânea. Não podemos pensar que já recebemos tudo que deveríamos receber do Espírito Santo. Há mais para nós. Há infinitamente mais (Ef 3:20).

A igreja não pode se contentar com pouco. Não podemos nivelar a vida com Deus às pobres experiências que temos tido. O Senhor pode fazer infinitamente mais. O Espírito pode ser derramado outras e outras vezes sobre um povo sedento, que anseia por Deus mais do que o sedento por água, mais do que a terra seca por chuva (Is 44:3). Essa promessa é para nós, para nossos filhos e para aqueles que ainda estão longe, para quantos o Senhor nosso Deus chamar (At 2:39).

2.Comunicação divina. Desde a formação do homem, Deus sempre quis e quer se comunicar com ele. Antes da queda, Deus se comunicava com o homem pessoalmente e verbalmente. É o que se percebe através do texto de Gênesis 3:8-10. Após a queda, embora à distância, Deus sempre quis falar com o homem, transmitindo sua vontade divina e soberana.

No texto de Joel 2:28,29 vemos outra forma de Deus se comunicar com o ser humano. Deus disponibilizou recursos espirituais para manter a comunicação com o seu povo por meio de sonhos, visões e profecias, independentemente de idade, sexo e posição social (Jl 2:28b,29). O apóstolo Pedro, em Atos 2:17, diz que isto se daria nos “últimos dias”, os quais teve início com o nascimento da Igreja no dia de Pentecostes. Essa comunicação se daria sem acepção de pessoas.

a) A quebra do preconceito etário (Jl 2:28) -  " . . . ] vossos velhos sonharão, e vossos jovens terão visões". Deus enche do seu Espírito os jovens e os velhos. Deus usa os velhos e os jovens. Ele não se limita à experiência do velho nem apenas ao vigor do jovem. Ele torna o jovem mais sábio que o velho (Sl 119:100) e o velho mais forte que o jovem (Is 40:29-31). O Espírito de Deus não tem preconceito de idade. O idoso pode ser cheio do Espírito e sonhar grandes sonhos para Deus, enquanto o jovem pode ter grandes visões da obra de Deus. O velho pode ter vigor e o jovem discernimento e sabedoria. Onde o Espírito de Deus opera, velhos e jovens têm a mesma linguagem, o mesmo ideal, a mesma paixão e o mesmo propósito.

b) A quebra do preconceito social'(Jl 2:29) - "Até sobre os servos e sobre as servas derramarei o meu Espírito naqueles dias". O Espírito de Deus não é elitista. Ele vem sobre o rico e sobre o pobre, sobre o doutor mais ilustrado e sobre o indivíduo mais iletrado. Quando o Espírito Santo é derramado sobre as pessoas, elas podem ser rudes como os pescadores da Galiléia, mas, na força do Senhor, revolucionam o mundo (1Co 1:27-29). Mesmo que tenhamos muitas limitações, o Espírito pode nos usar ilimitadamente. A obra de Deus não avança com base na nossa sabedoria e força, mas no poder do seu Espírito (Zc 4:6).

Todavia é bom ressaltar, que a Bíblia Sagrada é a revelação de Deus ao homem e, por isso, tudo que quisermos saber a respeito de Deus e que é relevante para a nossa salvação se encontra neste Livro sagrado, fruto de uma revelação progressiva que o Senhor foi dando aos escritores sagrados, durante um espaço de mais de mil e quinhentos anos.

Como a Bíblia Sagrada tem como seu único autor o próprio Deus, temos que esta Obra apresenta uma unidade, um conjunto de ensinamentos que foi sendo revelado aos homens durante o tempo da inspiração das Escrituras. Estes ensinos dizem respeito a Deus, ao homem e ao processo pelo qual Deus deseja ter o homem em sua companhia, mesmo depois que o homem quis se tornar independente de Deus, negando-lhe obediência. Está escrito: “Toda a Escritura é divinamenteinspirada, e proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça”(2Tm 3:16).

IV. O FIM DOS TEMPOS


1. Sinais. O derramamento do Espírito sinaliza grandes intervenções de Deus (Jl 2:30-32). Duas grandes intervenções de Deus são apontadas pelo profeta Joel.

a) O derramamento do Espírito aponta para o julgamento de Deus às nações (Jl 2:30,31) -"Mostrarei prodígios no céu e na terra: sangue, fogo e colunas de fumaça. O sol se converterá em trevas, e a lua, em sangue, antes que venha o grande e terrível Dia do Senhor". Joel vislumbrou fenômenos que acompanharão o desdobramento do drama humano, no futuro, nos “últimos dias”, antes da Parousia de Cristo. O apóstolo João, exilado na ilha de Patmos, fez referência oitocentos anos depois de Joel a esses mesmos fenômenos: "E, havendo aberto o sexto selo, olhei, e eis que houve um grande tremor de terra; e o sol tornou-se negro como saco de cilício, e a lua tornou-se como sangue" (Ap 6:12).

De acordo com a profecia de Joel, os sinais sobrenaturais do céu ocorrerão “antes que venha o grande e terrível Dia do Senhor”. Neste contexto, “O Dia do Senhor” se refere à sua volta à Terra para destruir seus inimigos e reinar em poder e grande glória.

b) O derramamento do Espírito aponta para a salvação de Deus a todos os povos (Jl 2:32 - "E acontecerá que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo...".  Eis as boas-novas para todas as Eras, a salvação oferecida a todos os povos com base na fé do Senhor. Naquele grande e terrível “Dia do Senhor” haverá salvação para aqueles que invocarem o nome do Senhor, pois o derramamento do Espírito anunciou também o caminho da salvação. Esse derramamento do Espírito sobre toda a carne abre as portas da salvação para todos os que creem. O Pentecostes foi um evento de salvação. Naquele dia, o apóstolo Pedro compreendeu que se cumpria a profecia de Joel (At 2:16). O evangelho foi pregado e cerca de três mil pessoas foram convertidas (At 2:39-41). O apóstolo Paulo citando Joel em sua carta aos Romanos diz que todo aquele que invoca o nome do Senhor é salvo (Rm 10:13). A salvação em Cristo, recebida pela fé, agora, é estendida a todos os povos, de todos os lugares, de todos os tempos. Nos dias de Joel, como nos dias de Paulo e também nos nossos, invocar o nome do Senhor é o único caminho da salvação.

2. Etapas.  Os acontecimentos do Pentecostes não foram o cumprimento total da profecia de Joel. Grande parte dos fenômenos descritos nos textos de Joel 2:28-32 não ocorreu nessa ocasião. O que aconteceu no Pentecostes foi um deleite antecipado daquilo que sucederá nos últimos dias, antes do grande e glorioso “Dia do Senhor”. A citação de Joel é um exemplo da “Lei da dupla referência”, de acordo com a qual as profecias bíblicas se cumprem de forma parcial em uma época e total numa ocasião posterior.

O Espírito de Deus foi derramado no Pentecostes, mas não literalmente sobre “toda a carne”. O cumprimento final da profecia se dará no fim do período da Grande Tribulação. Antes da volta gloriosa de Cristo, haverá milagres no céu e sinais na Terra (Mt 24:29,30). O Senhor Jesus Cristo aparecerá na Terra para eliminar seus inimigos e estabelecer seu Reino. No início do reinado milenar de Cristo, o Espírito de Deus será derramado sobre “toda a carne”, tanto de judeus quanto de gentios, uma situação que persistirá, de modo geral, durante todo o Milênio. O Espírito Santo se manifestará nas pessoas de várias maneiras, independentemente de sexo, idade ou condição social. Alguns “terão visões”, e outros “sonharão”, uma situação que surge a recepção de conhecimento; outros, ainda, “profetizarão”, ou seja, passarão esse conhecimento adiante. A tônica será sobre os dons de revelação e comunicação. Tudo isso ocorrerá no tempo descrito por Joel como “últimos dias” (cf At 2:17). Trata-se, obviamente, de uma referência aos últimos dias de Israel, e não da Igreja. É bom ressaltar que os “últimos dias” começaram com a primeira vinda de Cristo e o derramamento do Espírito Santo sobre o povo de Deus, e que terminarão com a segunda vinda do Senhor.

CONCLUSÃO


Em Joel, vemos a revelação de Deus como um ser que quer viver em cada ser humano através do Seu Espírito, mas que, apesar de Seu grande amor, é também um Deus justo, que fará, a seu tempo, o juízo sobre os impenitentes. Deus está no controle de todas as coisas. A justiça e a restauração estão em suas mãos. Devemos ser fiéis a Deus e colocar nossa vida sob a orientação e o poder de seu Santo Espírito.

-ebdweb

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

CRIANÇAS SÃO HOMENAGEADAS NA ASSEMBLEIA DE DEUS EM VIÇOSA.


   
  Só é possível ensinar uma criança a amar, amando-a. Fazer uma criança sorrir é um ato por demais que sublime. 

   Voltada para a frase supra, a coordenação  do departamento Infantil do Templo-sede da Igreja Evangélica Assembleia de Deus em Viçosa Alagoas, proporcionou uma mui digna homenagem as crianças  nesta sexta-feira (12), quando é comemorado o dia  da Criança.
     
As tias que fazem a coordenação do departamento, junto a coordenação Pedagógica da Escola Bíblica, fizeram desse dia, um momento inesquecível para criançada.

    A homenagem aconteceu no Centro Educacional Geremias Freitas Amaro, onde são lecionadas as  aulas da Escola Bíblica do departamento Infantojuvenil. O momento, que foi recheado de brincadeiras, sorteios de prêmios, dinâmicas... enfim, fizeram da noite de sábado um encanto para os incansáveis  pequeninos.

    Caracterizadas à caráter infantil, as "tias" tornaram-se crianças. “Um momento como esse, é muito gratificante, em vermos o brilho de alegria no rosto de cada criança, isso enriquece meu coração, enfatizou a irmã Fátima(Tia Fal). Todo esforço que fazemos  é louvável quando contemplamos nossos pequeninos esbanjando felicidade”, comemorou.

Ao término da homenagem foram distribuídos diversos brindes e lanches para os presentes.

AO SENHOR SEJA A GLÓRIA E LOUVOR PARA SEMPRE.

Por Efigênio Hortêncio de Oliveira







 
                                                      Fotos: Misael Oliveira

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

GUERRA DE GOGUE E MAGOGUE PODE ESTÁ PRÓXIMA, AFIRMA ESPECIALISTA.


Conferência nos EUA analisou a realidade profética do mundo
Doutor Mark Hitchcock, autor de dezenas de livros, esteve pregando durante o final de semana na conferência “Compreendendo os Tempos” em Minnesota, organizada pelo Ministério Olive Tree. A 15 ª conferência anual teve participantes de vários países, como Índia e Jerusalém.

Ele afirma que as notícias que estampam os jornais de hoje revelam a existência de uma nova aliança de nações que repetem os tempos bíblicos, e seu inimigo comum seria Israel. “É como se as manchetes de hoje fossem escritas há 2.600 anos”, disse Hitchcock.

Apontou especificamente para uma profecia encontrada em Ezequiel 38, que parece estar próxima de se cumprir. Conhecida como a guerra de Gogue e Magogue, o texto fala sobre uma aliança de nações que guerreiam com Israel.

O que torna este último século diferente dos outros, disse Hitchcock, é que Israel foi novamente reconstituído, conforme descrito em Ezequiel 37, na profecia dos “ossos secos”. Ele diz que nações como Rússia, Irã, Líbia e Turquia nunca foram aliadas ao longo da história, mas nos últimos tempos esses países não são apenas destaque nas manchetes, eles parecem estar formando alianças não muito amigáveis com Israel.
“Todas as nações de Ezequiel 38 são identificáveis hoje e estão fazendo alianças umas com as outras”, disse Hitchcock.

Ele também aponta que a profecia mostra que as nações que podem atacar Israel passaram a olhar para o país com outros olhos nos últimos dois anos. “A partir de 2010, descobriu-se que Israel tinha gás natural e petróleo, algo que, de repente faz a sua terra ser muito atraente”, disse Hitchcock.

Haverá grandes poderes mundiais unidos nessa batalha:
1 – a federação de dez reinos, que constitui a forma final do quarto grande Império Mundial;
2 – a federação do Norte, (Rússia e seus aliados);
3 – os reis do Leste, povos além do Eufrates (Irã);
4 – o rei do Sul, poder ou coligação de poderes do Norte da África.
Embora a hostilidade dos quatro primeiros seja de uns contra os outros e contra Israel (Zc 12.2,3; 14.2), é particularmente contra o Deus de Israel que eles lutam (Sl 2.2; Is 34.2; Zc 14.3; Ap 16.14; 17.14; 19.11,14,15,19,21).
Enquanto essa profecia pode ser perturbadora para alguns, Hitchcock tem certeza que ela pode oferecer conforto também. “Deus está sempre no controle”, disse ele.

Enquanto as pessoas anseiam pelas respostas de uma infinidade de perguntas sobre o que o futuro reserva, Hitchcock disse à multidão: “A Bíblia é o único lugar que podemos ir para saber o diz o futuro”. Ele disse ainda que os cristãos devem “viver suas vidas com intensidade”. “Há duas grandes magnitudes na vida que todos nós devemos viver com plena consciência: a pequenez do tempo e a grandeza da eternidade”, disse.
Bill Koenig, conhecido escritor e jornalista que já trabalhou na Casa Branca, também participou do evento.
“Estes não são tempos normais”, disse ele. “Todas as principais áreas da profecia estão em jogo”.
Koenig escreveu um livro que pesquisou e documentou as catástrofes que correspondiam aos esforços para se pressionar Israel a dividir sua terra. Ele disse à multidão que as ações contra Israel parecem persistir ao longo dos tempos.

Também alertou sobre o impacto do Islã radical, e disse que Obama tem defendido o Islã. “O que Obama está fazendo em relação à perseguição e morte de cristãos?”.
Outro palestrante de destaque no evento foi escritor e pastor da Moody Bible Church, Erwin Lutzer.

Lutzer abriu seu sermão mencionando a guerra do Islã contra o Cristianismo e falou sobre as semelhanças entre a Alemanha nazista e a América de hoje, e lembrou os ouvintes: “Quando Deus é separado do governo, o julgamento vem em seguida”.
Em seguida, falou sobre a próxima eleição norte-americana. “As coisas estão tão ruins que não podemos mudá-las simplesmente mudando a administração”, disse. “O verdadeiro problema da América é reconhecer novamente que só Deus deve ser adorado”.

terça-feira, 9 de outubro de 2012

COMO SABER QUAL É O VERDADEIRO EVANGELHO?


EvangelhoSe alguém digitar no buscador do Google ou de qualquer outra site de busca da Internet, simplesmente a palavra “evangelho”, irá deparar com várias propostas de evangelhos que diferem entre si.

Quando se digita a expressão “evangelho verdadeiro”, o filtro apresenta uma seleção mais apropriada de material relativa ao evangelho genuinamente verdadeiro. E isto aumenta e muito, quanto se digita a expressão “Retorno ao Evangelho Verdadeiro”.
Alguém indagaria: “Mas há este risco de se comprar gato por lebre?” “De se entrar por uma porta onde esteja escrito evangelho, e abraçar uma ilusão?” É evidente que sim. Como em qualquer outro aspecto da vida, onde sempre haverá o falso e o verdadeiro.
Todavia, no caso do evangelho, é muito fácil se identificar qual seja o verdadeiro, e nisto somos ajudados pela própria semântica da palavra “evangelho”, que no original grego do Novo Testamento, significa “anúncio de boas novas, de boas notícias, de coisas boas”.
Ora, se aquilo que chamam de evangelho não é de fato a melhor das notícias para a humanidade, em relação à condição caída no pecado em que se encontra, tendo um espírito morto, sujeito à condenação eterna, então não temos diante de nós nenhum verdadeiro evangelho, porque segundo a promessa que nos foi feita por Deus, da justificação, da salvação e da vida eterna, e que se cumpre em Cristo, tem que possuir tal característica de ser uma boa nova de grande alegria, de um grande livramento, de uma grande salvação.
O evangelho não traz em si qualquer juízo ou condenação. É a sua rejeição que produz tal efeito, porque na verdade toda pessoa já se encontra sob juízo de condenação, se não tem a Cristo, conforme Ele próprio ensinou em João 3.18: “Quem nele crê não é julgado; o que não crê já está julgado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus.”
Façamos então umas poucas reflexões: - seria evangelho me dizerem que eu necessito retornar a este mundo depois de morto, para me purificar dos meus erros? E isto em sucessivas vezes sem conta? - seria uma boa notícia, dizer que devo ir para um lugar intermediário entre a terra e o terceiro céu, para purgar os meus pecados, antes que possa ser admitido na presença de Deus? -seria uma boa nova, anunciar que devo me esforçar ao máximo fazendo boas obras, para que de algum modo, possa ser considerado digno de ser salvo por Deus e ir para o céu depois da minha morte? E por aí afora, multiplicam-se as indagações, que sempre me conduzirão à conclusão de que de fato não se trata de nenhum evangelho, ou seja, de nenhuma grande e boa notícia para mim. Mas, se alguém me diz, como fez nosso Senhor Jesus Cristo, seus apóstolos, os chamados pais da Igreja que se seguiram aos apóstolos, ou alguém que segue ainda hoje nas mesmas pegadas, que eu simplesmente devo crer em Cristo, e aceitar pela graça o dom imerecido da salvação olhando para Ele e confiando simplesmente nEle, arrependido de meus pecados, e que isto, por si só, é o suficiente para me garantir o acesso ao céu, aí então tenho diante de mim realmente uma grande e boa notícia, na qual vale a pena, e muito mesmo, dar-lhe o devido crédito. Em face dos muitos falsos evangelhos que havia em seus próprios dias, logo no início da Igreja, disse o apóstolo Paulo aos gálatas:
“Gál 1:6 Admira-me que estejais passando tão depressa daquele que vos chamou na graça de Cristo para outro evangelho,
Gál 1:7 o qual não é outro, senão que há alguns que vos perturbam e querem perverter o evangelho de Cristo.
Gál 1:8 Mas, ainda que nós ou mesmo um anjo vindo do céu vos pregue evangelho que vá além do que vos temos pregado, seja anátema (amaldiçoado).
Gál 1:9 Assim, como já dissemos, e agora repito, se alguém vos prega evangelho que vá além daquele que recebestes, seja anátema.”
E também em Tito 3.4-7:
Tito 3:4 Quando, porém, se manifestou a benignidade de Deus, nosso Salvador, e o seu amor para com todos,
Tito 3:5 não por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo sua misericórdia, ele nos salvou mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo,
Tito 3:6 que ele derramou sobre nós ricamente, por meio de Jesus Cristo, nosso Salvador,
Tito 3:7 a fim de que, justificados por graça, nos tornemos seus herdeiros, segundo a esperança da vida eterna.
E ainda em Efésios 2.8,9:
Efs 2:8 Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus;
Efs 2:9 não de obras, para que ninguém se glorie.
Se havia falso evangelho naquele tempo, imagina então a possibilidade de haver muito mais em nossos dias. Não é portanto para pouco propósito que nosso Senhor e os apóstolos nos alertam na Bíblia a termos muito cuidado com os falsos profetas, pastores e mestres que se multiplicariam próximo do tempo do fim. Porque isto tem a ver com o destino eterno de nossas almas.
Pela fé no evangelho verdadeiro – céu. Por dar crédito a qualquer outro evangelho – inferno.
Realmente, não dá para brincar ou vacilar com tais coisas. 

Autor: Silvio Dutra

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

OSÉIAS- A FIDELIDADE NO RELACIONAMENTO COM DEUS



Texto Básico:Oséias 1:1,2;2:14-17,19,2INTRODUÇÃO

A relação de Deus com Israel era como uma aliança conjugal. Israel havia se “casado” com o Senhor no Sinai. Israel prometeu a Deus fidelidade. Porém, logo se desviou da aliança e começou a flertar com outros deuses. Não tardou para que Israel abandonasse a Deus, seu “marido”, para prostituir-se com outros deuses. A idolatria é infidelidade a Deus; é rompimento da aliança; é quebra dos votos de fidelidade. A idolatria é uma torpeza.
A profecia de Oséias foi a última tentativa de Deus em levar Israel a arrepender-se de sua idolatria e iniquidade persistentes, antes que Ele entregasse a nação ao seu pleno juízo. A ideia central da mensagem de Oséias é que o amor poderoso e inextinguível do Senhor por Israel não descansará enquanto não reconciliar toda a nação consigo. Mas, consequências trágicas se seguem quando o povo persiste em desobedecer a Deus, e em rejeitar-lhe o seu amor redentor.


I.  O LIVRO DE OSÉIAS

1. Contexto histórico. O contexto histórico do ministério de Oséias é situado nos reinados de Jeroboão II, de Israel, e de quatro reis de Judá (Usias, Jotão, Acaz e Ezequias; ver Oséias 1:1), isto é, entre 755 e 715 a.C. As datas revelam que o profeta não somente era um contemporâneo mais jovem de Amós, como também de Isaías e Miquéias. O fato de Oséias datar boa parte de seu ministério mediante uma referência a quatro reis em Judá, e não aos breves reinados dos últimos seus reis de Israel, pode indicar ter ele fugido do Reino do Norte a fim de morar na terra de Judá, pouco tempo antes de Samaria ter sido destruída pela Assíria (722 a.C.). Ali, compilou suas profecias no livro que lhe leva o nome (fonte:Bíblia de Estudo Pentecostal).
Oséias, cujo nome significa “salvação”, é identificado como filho de Beeri (Os 1:1). Nada mais se sabe do profeta, a não ser os lances biográficos que ele mesmo revela em seu livro. Oséias profetizou ao reino de Israel(reino do Norte – formado das 10 tribos). O ministério de Oséias, ao Reino do Norte, seguiu-se logo depois ao ministério de Amós que, embora fosse de Judá, profetizou a Israel. Amós e Oséias são os únicos profetas do Antigo Testamento, cujos livros foram dedicados inteiramente ao Reino do Norte, anunciando-lhe a destruição iminente. Oséias é um dos dois únicos profetas do Reino do Norte a terem um livro profético no Antigo Testamento(o outro é Jonas).
Oséias foi vocacionado por Deus a profetizar ao Reino de Israel, que desmoronava espiritual e moralmente, durante os últimos quarenta anos de sua existência, assim como Jeremias seria chamado a fazer o mesmo em Judá. Quando Oséias iniciou o seu ministério, durante os últimos anos de Jeroboão II, Israel desfrutava de uma temporária prosperidade econômica e de paz política, que acabariam por produzir um falso senso de segurança. Porém, logo após a morte de Jeroboão II(753 a.C.), a nação começa a deteriorar-se, e caminha velozmente à destruição em 722 a.C. Passados quinze anos da morte do rei, quatro de seus sucessores seriam assassinados. Decorridos mais quinze anos, Samaria seria incendiada, e os israelitas deportados à Assíria e, posteriormente, dispersados entre as nações.
Foi nesse cenário de luxo e de lixo, de glória humana e opróbrio espiritual, de ascendência econômica e decadência moral, que Deus levantou Oséias para confrontar os pecados da nação e chamá-la ao arrependimento. A riqueza sem Deus é pior do que a pobreza. A riqueza sem Deus afasta o homem da santidade mais do que a escassez.
Deus ordenou a Oséias que tomasse “uma mulher de prostituições”(Os 1:2) a fim de ilustrar a infidelidade espiritual de Israel. Embora há os que interpretem o casamento do profeta como alegoria, os eruditos conservadores consideram-no literal.
Nesse declínio moral de Israel, todas as classes da sociedade se desmoralizaram. Os príncipes, amantes da riqueza e do luxo, viviam desenfreados no pecado. Os sacerdotes, que deveriam ensinar a verdade ao povo, tornaram-se bandidos truculentos e cheios de avareza.
As coisas foram de mal a pior, até que o profeta exclamou: "não há verdade, nem amor, nem conhecimento de Deus. O que só prevalece é perjurar, mentir, matar, furtar e adulterar, e há arrombamentos e homicídios sobre homicídios" (Os 4:1,2).
A religião de Israel tornou-se sincrética, e o povo misturou o culto a Deus com o culto a Baal. A idolatria sensual desembocou na mais repugnante imoralidade. A vida Familiar caiu no abismo da dissolução. Não resta dúvida de que Oséias viveu durante os tempos mais turbulentos e inquietos pelos quais a nação jamais passara. Os séculos passaram, e hoje ainda assistimos a esse mesmo desvio religioso denunciado por Oséias.
2. Estrutura. O Livro de Oséias é o primeiro dos Profetas Menores e o mais extenso deles. Como nenhum outro, este Livro aborda de forma eloquente o amor perseverante de Deus a um povo rebelde e recalcitrante. Ele contém cerca de 150 declarações a respeito dos pecados de Israel, sendo que mais da metade deles relaciona-se à idolatria. Mais do que qualquer outro profeta do Antigo Testamento, Oséias relembra aos israelitas que o Senhor havia sido longânimo e fiel em seu amor para com eles.
O Livro pode ser dividido em duas partes principais: A primeira parte, composta dos capítulos 1-3, descreve o casamento entre Oséias e Gômer. Os nomes dos três filhos são sinais proféticos a Israel: Jezreel (“Deus-espalha”), Lo-Ruama (“Não-compaixão”) e Lo-Ami (“Não-meu-povo”). A infidelidade da esposa de Oséias é registrada como ilustração da infidelidade de Israel. O amor perseverante de Oséias à sua esposa adúltera simboliza o amor inabalável de Deus por Israel. Se o casamento de Oséias com Gômer retratava o amor de Deus a um povo ingrato e infiel, os filhos de representavam o juízo de Deus a esse povo.
A segunda parte, composta dos capítulos 4-14, contém uma série de profecias que mostram o paralelismo entre a infidelidade de Israel e a da esposa de Oseías. Quando Gômer abandona Oséias, e vai à procura de outros amantes(cap. 1), está representando o papel de Israel ao desviar-se de Deus (caps. 4-7). A degradação de Gomer (cap. 2) representa a vergonha e o juízo de Israel (caps. 8-10). Gomer vai atrás de outros homens, ao passo que Israel corre atrás de outros deuses. Gomer comete prostituição física; Israel, prostituição espiritual. Ao resgatar Gomer do mercado de escravos (cap. 3), Oséias demonstra o desejo e intenção de Deus em restaurar Israel no futuro (caps. 11-14).
O Livro de Oséias enfatiza este fato: por ter Israel desprezado o amor de Deus e sua chamada ao arrependimento, o juízo  já não poderá ser adiado.
3. Mensagem. O Livro de Oséias fala de julgamento e esperança. Cada uma das três partes principais do livro começa com a ameaça de juízo divino sobre Israel (Os 1:2-2:13; 4:1-10:15; 12:1-13:16) e termina com a promessa de restauração divina (Os 2:14-3:5; 11:1-11; 14:1-9).
O teor da profecia de Oséias é um testemunho dinâmico e severo contra o Reino do Norte por ter se apostatado do concerto firmado. Todos conheciam bem a corrupção que campeava pela nação no âmbito das questões públicas e particulares. O propósito de Oséias era o de convencer seus compatriotas sobre a necessidade de se arrependerem, restabelecerem a relação de concerto e dependerem do Deus paciente, compassivo e perdoador.
O próprio Deus chama o povo a voltar-se para ele: "Volta, ó Israel, para o Senhor teu Deus; porque pelos teus pecados estás caído. Tende convosco palavras de arrependimento e convertei-vos ao Senhor" (Os 14:1,2). Deus promete curar a infidelidade do povo (Os 14:3) e ser para ele o bálsamo restaurador (Os 14:5-7).

II. O MATRIMÔNIO

O matrimônio é uma feliz celebração do amor. É o santo mistério de duas pessoas que se tornam uma, o início de uma vida em comum e de compromissos. O casamento é um mandamento de Deus e ilustra seu relacionamento com seu povo. Portanto, não pode existir tragédia maior do que a violação desses votos sagrados.
Deus ordenou a Oséias que buscasse uma esposa e revelou-lhe antecipadamente que ela lhe seria infiel. Embora desse à luz muitos filhos, alguns deles seriam de outros pais. Em obediência a Deus, Oséias casou-se com Gômer e seu relacionamento com ela, a infidelidade dela e seus filhos tornaram-se exemplos vivos e proféticos de Israel.
Esse casamento é certamente um símbolo do adultério espiritual de Israel.  A sua profanação por parte de Gômer, fez o profeta compreender o verdadeiro significado do pecado de Israel: adultério espiritual e até prostituição. O pecado do adultério tem sido definido como "busca de satisfação em relações ilícitas”. A prostituição é ainda pior, é o pecado de "prostituir bens superiores por causa de dinheiro e de lucro”. A prostituição é tanto física quanto religiosa. O povo de Israel era culpado de ambas.
O Rev. Hernandes Dias Lopes, em seu livro “Oséias”(o amor de Deus em ação), destaca duas interpretações principais acerca do casamento do profeta Oséias:
- Em primeiro lugar, Gômer era uma mulher casta antes do casamento, mas tornou-se infiel depois do matrimonio. Vários eruditos entendem que Gômer era uma mulher casta antes do casamento e só se prostituiu depois que contraiu matrimonio com Oséias. A razão principal para essa interpretação é que seria incompatível com o caráter santo de Deus ordenar a seu profeta algo moralmente reprovável e expor seu mensageiro a tal opróbrio.
Embora essa interpretação nos seja mais aceitável, não é isso que o texto diz. Vejamos: "Quando pela primeira vez falou o Senhor por intermédio de Oséias, então lhe disse: Vai, toma uma mulher de prostituições e terás filhos de prostituição; porque a terra se prostituiu, desviando-se do Senhor" (Os 1:2, ARA). Como Gômer, Israel começou como idólatra, "casou-se" com Jeová e acabou voltando à idolatria. Se Oséias tivesse se casado com uma mulher casta que mais tarde tornou-se infiel, a expressão "mulher de prostituições" em Oséias 1:2 deveria significar, então, "uma mulher com tendência ao meretrício que viria a prostituir-se posteriormente", o que parece uma interpretação forçada desse versículo.
- Em segundo lugar, Gômer já era uma mulher prostituta antes do profeta se casar com ela. Embora esse fato ofereça algumas dificuldades e nos cause certo constrangimento, é exatamente isso que o texto afirma. Vários eruditos subscrevem essa posição. Oséias amava Gômer não com base em suas virtudes, mas apesar de seus pecados. É importante ressaltar que Oséias está representando o amor incompreensível de Deus a um povo infiel. Quando Deus chamou Abrão para formar por meio dele uma grande nação, tirou-o do meio de um povo idólatra. Israel continuou ao longo dos anos sendo infiel a Deus, quebrando sua aliança e indo após outros deuses. Ao se envolver com outros deuses, Israel adulterou, e o esposo podia receitá-lo. A insistência de Israel na idolatria, com várias divindades, configurava mais que adultério; era prostituição. O casamento estava terminado; havia motivo mais que justificado.
É importante destacar, ainda, que Oséias não desobedece, não questiona nem protela a ordem de Deus. O Senhor lhe disse: "Vai, toma uma mulher de prostituições e terás filhos de prostituição..." (Os 1:2). A resposta de Oséias é imediata: "Foi-se, pois, e tomou a Gômer..." (Os 1:3). Nada se diz a respeito dos sentimentos de Oséias nem sobre o processo pelo qual ele cumpriu a ordem. A palavra eficaz de Deus Jeová estava em ação. A desobediência seria inconcebível.

III. A LINGUAGEM DA RECONCILIAÇÃO

1. O casamento restaurado. Na ira, Deus se lembra da sua misericórdia e faz promessas de restauração ao seu povo. Os três oráculos desastrosos são totalmente alterados. O nome de cada filho é transformado, passando de sinal de juízo para sinal de graça.
De modo repentino, Oséias passa da tragédia para a promessa. Ele reúne palavras de muito conforto às suas sombrias predições. Nos textos de 1:10 a 2:1, o profeta prediz cinco grandes bênçãos a Israel: (a) crescimento nacional (Os 1:10a); (b) conversão nacional (Os 1:10b); (c) reunião nacional (Os 1:11a); (d) direção nacional (Os 1:11b); (e) restauração nacional (Os 2:1). Portanto, a restauração é maior do que a queda.
Por não ter ouvido a voz de Deus, Israel precisou receber a disciplina de Deus. O cativeiro tornou-se o amargo remédio da cura. O fracasso de Israel, porém, não destruiu os planos de Deus. Onde abundou o pecado do povo, superabundou a graça divina. O amor de Deus prevaleceu sobre a sua ira; seu povo foi restaurado, e sua infidelidade curada. Da noite escura do pecado brotou a luz da esperança.
Embora Deus castigue seu povo pelos pecados cometidos, Ele encoraja e restaura os que se arrependem. O verdadeiro arrependimento abre o caminho para um recomeço. O Deus de toda a graça ainda restaura o caído. Deus ainda cura a infidelidade do seu povo. Ele ainda se apresenta como orvalho para aqueles que vivem a aridez de um deserto. A mensagem de Oséias ecoa em nossos ouvidos. A palavra de Deus é sempre atual.
Ainda existe esperança para os que se voltam para Deus. Nenhuma lealdade, realização ou honra pode se comparar ao amor a Ele. Volte-se para o Senhor enquanto o convite ainda está de pé. Não importa o quanto você tenha se desviado, Deus sempre está disposto a perdoá-lo. É tempo de nos voltarmos para o Senhor!
2. O vale de Acor e a porta de esperança. Deus rejeita Israel: é este o vale de Acor. Deus reivindica Israel: esta é a porta da esperança. Deus transforma desespero em esperança - "E lhe darei, dali, as suas vinhas, e o vale de Acor por porta de esperança; será ela obsequiosa corno nos dias da sua mocidade, e como no dia em que subiu da terra do Egito”(Os 2:15,ARA). Deus descreveu seu argumento contra a nação de Israel; isto é, seus pecados a levariam à destruição (caps. 4, 6, 7 e 12), provocariam sua ira e resultariam em castigo (caps. 5; 8 a 10 ; 12 a 13). Mas, mesmo em meio à imoralidade de seu povo, Deus se mostra misericordioso, oferece-lhe a esperança como a expressão de seu infinito amor por Israel (cap. 11), e mostra-lhe que o arrependimento traria as suas bênçãos (cap. 14).
vale de Acor foi o lugar na entrada da terra prometida onde Israel foi derrotado por Ai, em virtude do pecado de Acã (Js 7:24-26). Agora, Deus transforma o cenário de desespero, tribulação e derrota, o vale da inquietação, em porta de esperança. O vale de Acor é batizado por outro nome; em lugar de derrota e fracasso, despontam a esperança e a vitória. Assim Deus afugenta os fantasmas do passado de Israel.
3. A reconciliação. Deus transforma separação amarga em casamento permanente. A sentença de divórcio (Os 2:2) será anulada: "desposar-te-ei comigo para sempre" (Os 2:19). Essa aliança é eterna. Não haverá divórcio nesse casamento. É evidente que o tom deste texto é escatológico. Essa reconciliação terá seu ápice quando Cristo (o Messias) for reconhecido e aceito pela nação de Israel no Dia de sua vinda (Os 3:5).
O propósito divino era e é a recuperação de Israel, e seu elemento motivador era e é o seu amor. Deus queria o povo de volta, perdoaria, refaria o casamento, passaria uma borracha em tudo o que houve e se dispunha a amar com mais intensidade uma esposa que não valia a pena. Nessa nova aliança, a esposa conhece ao seu marido, o Senhor. "[ . . . ] e conhecerás ao Senhor" (Os 2:20b). Conhecer, neste caso, não significa a percepção de um objeto por um sujeito ou observador, mas, antes, o contato intimo e a comunhão que dois associados experimentam quando entre eles existe o verdadeiro amor. Esta é uma das promessas supremas da nova aliança com Israel – “Ainda te edificarei, e serás edificada, ó virgem de Israel! Ainda serás adornada com os teus adufes e sairás com o coro dos que dançam” (Jr 31:34). Esse conhecimento não será apenas teórico, mas experimental. Haverá intimidade, comunhão, lealdade e amor. Israel se deleitará em Deus, e Deus se deleitará em seu povo, Israel.

IV. O BANIMENTO DA IDOLATRIA EM ISRAEL

1. Meu marido, e não meu Baal. Deus transforma infidelidade em fidelidade - "E acontecerá naquele dia, diz o Senhor, que me chamará: Meu marido; e não me chamará mais: Meu Baal" (Os 2:16). Temos aqui um nítido tom escatológico. “Naquele dia”, aponta para o grande dia, o Dia do Senhor. Para nós, esse dia raiou no primeiro advento, embora só vá alcançar o seu pleno fulgor no segundo. Quando esse Dia chegar, em vez de Israel dirigir-se a Baal chamando-o de Baali, "meu senhor, meu mestre", se dirigirá ao Senhor, chamando-o de ishi, "meu marido''. Nesse tempo, a infidelidade cessará, e a fidelidade a Deus será declarada. Esse será o tempo da restauração. É importante esclarecer que Baal não é propriamente o nome de uma divindade; é um termo genérico, significando "dono, senhor, possuidor, marido, mestre".
Israel deixará o amante Baal, com quem vivia, e voltará para o esposo que a espera, Jeová. Baalera um título padrão para divindades, desde o litoral da Filístia até o vale da Mesopotâmia. Entretanto, foi Acabe quem, incentivado por sua ímpia esposa Jezabel, de Tiro, na Fenícia, tentou combinar o culto a Baal com a adoração a Deus, de forma que o primeiro veio a suplantar o segundo.
2. O fim do baalismo. “E da sua boca tirarei os nomes de baalins, e os seus nomes não virão mais em memória”(Os 2:17). A idolatria cega as pessoas. Israel chegou a consultar um pedaço de pau (Os 4:12). Aqueles que se entregam à idolatria, Deus os entrega ao engano de seus corações. Eles ouvem a resposta de seus ídolos mortos (Os 4:12b) para a sua própria destruição. Israel correu atrás dos ídolos, seus amantes, e atribuiu a eles as dádivas que vinham das mãos de Deus. Mas, no devido tempo, Deus restaurará Israel. Inteiramente purificado do culto a Baal, o povo se esquecerá dos “nomes dos baalins”.
Após a primeira diáspora o povo judeu já não mais pratica idolatria a ídolos, a ponto de serem dezenas, senão centenas os casos de martírios e genocídios de judeus, ao longo dos séculos, precisamente pela recusa terminante de adoração a outros deuses. Aliás, esta é a principal razão pela qual os judeus afirmam rejeitar a Jesus e ao Cristianismo, por entenderem que há, entre os cristãos, indevida divinização de Jesus e do Espírito Santo.
O “baalismo” praticado pelos israelitas desprezava a religião espiritual que o Senhor dos céus e da terra, o Redentor de Israel, exigia do seu povo. Essa religiosidade focada no material, na prosperidade financeira mais do que nas coisas espirituais, está de volta em nossos dias com outras roupagens. Nossa geração corre atrás da bênçãos, mas não quer o abençoador. Nossa geração anda atrás de coisas, e não de Deus. Ela está interessada no que Deus pode dar, e não em quem Deus é. Mas chegará o Dia em que, conforme Jeremias 10:11 e Zacarias 13:2, os ídolos desaparecerão da Terra .
3. A conversão de Israel. Após o período de provação, de perda das instituições políticas e religiosas (Os 3:4), Israel (entendido aqui não o reino do norte, mas o remanescente fiel das doze tribos), finalmente, converter-se-á ao Senhor e ao Seu Ungido, aqui chamado de Davi, na verdade, o Messias (Os 3:5). Israel ressurgiu enquanto nação politicamente organizada mas ainda tem de ressurgir espiritualmente, como reino sacerdotal peculiar de Deus (cf. Ex 19:5,6), o que somente se dará por ocasião da vinda gloriosa de Jesus ao término da Grande Tribulação (Zc 12:1-3; Ap 1:7;19:11-21).
A conversão de Israel é fato que ocorrerá somente no término da septuagésima semana de Daniel(Dn 9:24). Somente com esta conversão é que haverá a extinção da transgressão na nação israelita, em que Israel, enquanto povo escolhido de Deus, será libertado do pecado (cf. Rm 11:25-32;Is 59:20Sl 14:7; Zc 13:1).

CONCLUSÃO

Assim como Gômer, corremos o risco de procurar outros amores — amor ao poder, ao prazer, ao dinheiro ou à fama. As tentações deste mundo podem ser muito sedutoras. Será que somos leais a Deus e permanecemos completamente fiéis a Ele, ou outros “amores” vieram ocupar seu legitimo lugar? Não deixe que os costumes mundanos diminuam seu amor por Deus, ou o sucesso cegá-lo para a necessidade de seu amor divino.
Lembre se, Deus não quer que o nosso relacionamento com ele seja constituído de palavras bonitas e de rituais vazios, de corações que se enchem de entusiasmo num dia e no dia seguinte estão frios. Um ritual superficial jamais pode substituir o amor sincero e a obediência fiel (l Sm 15:22,23; Am 5:21-23; Mq 6:6-8; Mt 9:13; 12:7).

Fonte: ebdweb