free counters

Seguidores

quarta-feira, 18 de maio de 2011

O GENUÍNO CULTO PENTECOSTAL

Texto Base:1Corintios 14:26-33,39,40
Que fareis, pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação“(1Co 14:26).



INTRODUÇÃO
O genuíno culto pentecostal deve ser ordeiro e decente, de acordo com as Escrituras. Deus não aceita no momento do culto procedimentos desorganizados e comportamentos irreverentes. Deus não é Deus de confusão, e não deseja que o momento em que é adorado sirva de escárnio nem para crentes não pentecostais nem para ímpios.
Deve-se aceitar certa liberdade no modo de adoração ao Senhor, vez que não há padrões rígidos e fixos após a vinda do Senhor a este mundo, daí porque as Escrituras dizerem que onde há o Espírito de Deus, aí há liberdade (2Co 3:17). Contudo, a liberdade na adoração a Deus não significa, em absoluto, que não haja quaisquer regras ou parâmetros na devoção coletiva, na liturgia, que é o nome que os teólogos dão a esta ordem de culto a Deus na igreja local. Liberdade, biblicamente falando, é algo que é feito debaixo da submissão da autoridade divina, algo que tem responsabilidade, não uma autonomia diante de Deus, muito menos uma libertinagem. Nosso Deus é um Deus de ordem e de decência e, como tal, a devoção coletiva deve observar estes parâmetros de nosso Senhor (1Co 14:40).

I. ADORAÇÃO E CULTO
1. O verdadeiro significado de culto. O culto cristão é um ato de adoração, ou seja, ato pelo qual o homem reconhece que Deus é o Senhor de todas as coisas. É uma resposta ao imenso amor de Deus, dada pelo cristão remido e regenerado, mediante expressões de louvor e adoração. É a resultante de nossa reconciliação com Deus promovida por Jesus Cristo: “Mas agora, em Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longe, já pelo sangue de Cristo chegastes perto” (Ef 2:13).

“Culto”, por fim, significa “honra, veneração e respeito”. Não se pode falar em culto se não houver um reconhecimento da superioridade de quem é cultuado em relação a quem cultua. O culto é uma demonstração do reconhecimento da nossa inferioridade diante de Deus, de que Ele é o Senhor e digno de toda a adoração, de todo o louvor (Ap 5:12-14).
Para muitos cristãos, ir ao culto é uma questão de hábito. Todavia, cultuar a Deus não é um hábito, é a expressão máxima de nossa devoção ao Senhor, de nossa dependência à sua palavra e de nossa necessidade de prestar-lhe serviço.
Muitos têm se iludido achando que Deus se agrada se cumprirmos tão somente os deveres litúrgicos, ou seja, se rendermos a Deus um culto formal em alguma igreja. Deus quer de nós, fundamentalmente, sinceridade e obediência à Sua Palavra, pois o obedecer é melhor do que o sacrificar (1Sm 15:22).
Há aqueles que, induzidos por certos pregadores (pregadores?), que desprezando a soberania divina, passam a determinar seus “direitos” e a decretar suas “posses” como se o Senhor lhes fosse um mero empregado. Isto é falta de reverencia e temor a Deus. Nós não temos direito a nada. A própria expressão bíblica exarada em Romanos 3:23 já diz tudo: “Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus”Rm 3:23). O salário do pecado é a morte(Rm 6:23). Somos salvos pela graça (Ef 2:8). Tudo que temos é por causa da graça de Deus. Exigir de Deus algo que não merecemos é uma tremenda vergonha.
2. A essência do culto a Deus é a adoração. A adoração a Deus é o gesto concreto de nosso reconhecimento de que Deus é o Senhor de todas as coisas, inclusive de nosso ser. É através da adoração que Deus é reconhecido como Senhor e o homem, como seu servo. Quando adoramos ao Senhor, em espírito e em verdade(João 4:23,24), trazemos o Senhor até ao local de adoração de uma forma especial. O Senhor Jesus disse que Deus procura a estes adoradores e disse que estaria onde estivessem dois ou três reunidos em seu nome (Mt.18:20). Assim sendo, quando nos reunimos em nome do Senhor, quando realmente O adoramos, Ele se faz presente de uma forma toda especial, ou seja, como companheiro, como intercessor, como Salvador.
De acordo com a Bíblia, a adoração está associada com a idéia de culto, reverência, veneração, por aquilo que Deus é: Santo, Justo, Amoroso, Soberano, Misericordioso, etc. Quando lemos na Palavra de Deus, observamos que o Senhor sempre exigiu reverência, respeito e consideração nas reuniões coletivas de adoração.
Quando Deus se manifestou a Moisés, imediatamente mandou que ele não se aproximasse da sarça ardente e, ainda, descalçasse seus pés, pois o lugar onde se encontrava era terra santa, em virtude da presença do Senhor (Ex.3:5), algo que, anos mais tarde, seria repetido em relação ao sucessor de Moisés, Josué (Js.5:15), passagem que prova que a adoração não se desprende da reverência.
A reverência, o respeito, a consideração traduzem, aliás, o que a Bíblia chama de “temor do Senhor”, ou seja, o reconhecimento da soberania e do senhorio de Deus sobre cada ser humano, o que nos leva a respeitá-lo, ou seja, “olhá-lo com atenção”, “levá-lo em consideração”, “prestar-Lhe atenção”, “dar-Lhe ouvidos”. O respeito leva-nos, portanto, a ter algumas regras e normas no culto a Deus, normas estas que devem ser observadas e que revelam o próprio ato de adoração que está presente em cada culto coletivo a Deus. “Adorai ao Senhor vestidos de trajes santos; tremei diante dele, todos os habitantes da terra”(Sl 96:9).
03. Adoração completa e incondicional. “Adoração” não é um ritual, não é uma celebração externa, mas o resultado de uma obediência a Deus, de uma submissão ao Senhor, de uma vida sincera de devoção e de prática da vontade de Deus.
Nas línguas bíblicas, o sentido do termo “adoração” é chegar-se a Deus de modo reverente, submisso e agradecido, a fim de glorificá-lo. Sem que sejamos verdadeiramente submissos a Deus, sem que sigamos a sua vontade, que está na sua Palavra, não teremos adoração, mas um mero formalismo que é abominável a Deus, que é algo que gera no Senhor repugnância e nojo, verdadeiro aborrecimento. É por este motivo que Deus não aceitava os rituais, cerimônias e celebrações do povo de Israel quando este se encontrava em pecado, distante do Senhor. Todos os sacrifícios, todos os rituais e todo o formalismo praticado pelo povo eram considerados nada mais nada menos do que abominação para o Senhor (Is 1:11-15; Jr 6:20; 7:21-26; Am 5:21-27; Mq 6:6-8; Zc 7; Ml 1:6-14).
Aliás, a vida de um crente a partir da consumação de obra de Cristo, passou a ser um altar, uma vida de adoração. A adoração está presente em todos os atos da vida do crente, tanto que, por verem as obras de um cristão, os homens acabam por glorificar o nome de Deus(Mt 5:46), algo que, no passado, na antiga aliança, somente ocorria quando o povo se dirigia até o templo de Jerusalém. Devemos ter esta consciência de que a nossa vida é a base de toda a nossa adoração. Adorar a Deus significa servi-lo a todo instante, a todo momento.

II. COMPOSIÇÃO DO CULTO PENTECOSTAL
1. Liturgia do culto pentecostal. Liturgia (grego leitourgeion - serviço) é o conjunto dos elementos que compõem o culto cristão (cf. At 2:42-47; 1Co 14:26-40; Cl 3:16). A liturgia tem por finalidade servir ao Senhor e trazer um ordenamento no culto, de forma que haja tempo para a oração inicial, os cânticos e louvores, testemunhos e a pregação da Palavra. Sem uma liturgia, o culto pentecostal não teria ordem, trazendo confusão ao santuário.

“Atos 13 é um bom exemplo de uma igreja pentecostal que prestava um culto racional e com uma liturgia que agradava a Deus. Lucas retrata a primeira comunidade cristã mista da história, a Igreja em Antioquia. Lá havia profetas e mestres adorando ao Senhor de forma tão agradável que o Espírito Santo ordenou que separassem Paulo e Barnabé para uma obra específica. O verso 2 apresenta a seguinte expressão: ‘E, servindo eles ao Senhor e jejuando… ‘. A palavra servindo, no grego leitourgeion, representa não só a adoração do culto, mas também a ordem como ela se manifesta. Foi nesse ambiente que o Senhor ordenou que Paulo e Barnabé fossem separados para a obra missionária. Isso coloca por terra a teoria de que a liturgia atrapalha a operação do Espírito Santo de Deus. Como vemos, Ele fala - tanto por sua palavra como por meio de profetas - em ambientes onde seu nome é cultuado de forma ordeira, mas seu Espírito reprova ambientes, como da Igreja em Corinto onde o culto era desordeiro, sob o falso pretexto de espiritualidade”(Ensinador Cristão nº 46).
A Liturgia no culto é necessária, mas deve-se ter cuidado com o formalismo. Se há necessidade de haver uma determinada ordem no culto coletivo a Deus e que esta ordem se manifeste por meio de algumas regras e normas, há o grande risco de, em nome da organização, estabelecermos um formalismo, um legalismo que prevaleça sobre a própria adoração a Deus, que foi, precisamente, o mal que tomou conta do povo de Israel que passou a cultuar a Deus de modo exclusivamente externo e aparente, prendendo-se aos rituais e às cerimônias, o que levou, inclusive, o Senhor a abominar as solenidades e festividades que se passaram a realizar. Através dos profetas, Deus mostrou ao Seu povo que não tinha prazer em rituais, cerimônias e solenidades, se elas não viessem acompanhadas de um verdadeiro espírito de adoração, se elas não traduzissem um real e sincero reconhecimento da soberania divina da parte dos participantes das cerimônias religiosas (Is 1:10-19; 58:1-8; Zc 7:4-7; Ml 1:7-14).
A liturgia compreende diversas partes do culto: oração (At 12:12; 16:16); cânticos (1Co 14:26; Cl 3:16); leitura e exposição da Palavra de Deus (Rm 10:17; Hb 13:7); ofertas (1Co 16:1,2); manifestações e operações do Espírito Santo (1Co 14:26-32); e bênção apostólica (2Co 13:13; Nm 6:23-27).
2. Elementos do genuíno culto pentecostal. A Bíblia afirma que, quando a igreja se reúne, deve haver, na devoção coletiva, salmo, doutrina, revelação, língua e interpretação, tudo com o propósito de edificação (1Co 14:26). Vejamos, pois, cada um destes componentes ou momentos que deve haver na devoção coletiva a Deus.
a) Salmo, ou seja, o louvor. Quando Paulo se refere a salmo, está se referindo ao louvor, pois o salmo era a forma pela qual os judeus louvavam ao Senhor, já que os Salmos eram o hinário oficial de Israel. Desde os tempos do Antigo Testamento, nas cerimônias e celebrações coletivas de adoração a Deus, estava presente um momento de louvor e de cântico.
O louvor é importante, mas é apenas um instante de preparação para o momento principal da reunião, que é a exposição da Palavra de Deus. A Bíblia mostra-nos que Jesus dedicou apenas uma pequena parte do culto de instituição da ceia para o louvor(Mt 26:30), hino, aliás, que, entendem muitos estudiosos da Bíblia Sagrada, seja o salmo 116 (ou seja, Jesus cantou um cântico selecionado, um cântico sacro, um cântico do hinário oficial de Israel).
b) Oração. Este momento é denominado por Paulo em 1Corintios 14:26 de” revelação, de língua e de interpretação”. É indispensável que a igreja, reunida, busque a Deus em oração, para que tenhamos uma verdadeira adoração e a presença de Deus se faça sentir no meio dos crentes. Cada crente deve, assim que chegar à igreja, buscar a face do Senhor, orar para que o nome do Senhor seja glorificado na reunião.
O culto na igreja começa quando ali chegamos e devemos aproveitar o nosso tempo para orar e buscar a presença de Deus. As reuniões não têm sido mais proveitosas espiritualmente para os crentes exatamente porque não há este propósito de orarmos ao Senhor desde o instante de nossa chegada à igreja local.
c) Contribuições para o Trabalho da Igreja. Este momento deve ser encarado como item da liturgia no culto, pois faz parte, também, da adoração ao Senhor. Contribuir para o sustento da obra do Senhor é um dever de cada crente, indistintamente, dentro da possibilidade de cada um. E deve ser feita com alegria, como diz o texto sagrado: “Cada um contribua segundo propôs no seu coração; não com tristeza, nem por constrangimento; porque Deus ama ao que dá com alegria”(2Co 9:7).
d) Exposição da Palavra de Deus. Considera-se o componente mais importante do culto ao Senhor. A explanação da Palavra é uma necessidade imensa do povo de Deus e um dos principais motivos para a sua reunião coletiva. Se existe a igreja local, se existe este grupo com o devido governo constituído pelo Senhor, é, precisamente, para que haja o ensino da Palavra de Deus, tarefa primordial do ministério na casa do Senhor (ler At 6:2,4).
Estes componentes da liturgia do culto cristão são os recomendados na Bíblia Sagrada e, sinceramente, são os suficientes para nos deleitarmos com a presença de Deus. Quando feitos com decência e ordem e dirigidos pelo Espírito Santo, certamente a reunião coletiva da Igreja ensejará num verdadeiro culto ao Senhor.

III. MODISMOS LITÚRGICOSAtualmente vê-se nas Igrejas em todo o Brasil inovações que têm intrigado muitos cristãos nos nossos dias, práticas e costumes que têm sido introduzidos nos últimos tempos nas igrejas locais. Acredito que essas inovações e modismos litúrgicos não condizem com os princípios doutrinários praticados na Igreja Primitiva e até meados do século passado nas Igrejas Pentecostais, principalmente nas Assembléias de Deus. Senão vejamos:
1. Uso de palmas nas reuniões devocionais coletivas. O uso de palmas não era desconhecido dos israelitas, como podemos verificar do Sl 47:1, passagem bíblica que tem sido utilizada por tantos quantos são favoráveis a esta prática na devoção coletiva. Entretanto este texto é uma expressão poética, ou seja, temos ali uma linguagem figurada, não literal, de modo que não se pode aceitar que o texto permita inferir que as palmas tenham sido uma conduta observada pelos israelitas na sua devoção a Deus.
O excesso de palmas é tal que muitas vezes chega a irritar, quanto mais a Deus. É difícil um glória a Deus e Aleluia, é só palmas. Quando alguém canta uma música ou hino é dito: “vamos dar uma salva de palmas, mais forte, mais forte”. Isso não é coisa que se faça. Isso é procedimento fútil e desagradável, isso é fogo estranho no altar.
2. O uso de coreografia, ou seja, a existência de grupos de danças. Muitos utilizam como gancho para justificar essa prática os textos bíblicos de Ex 15:20 e 32:19 ou em Jz 11:24 e 21:21. São danças praticadas pelo povo de Israel em ocasiões especiais, em celebrações populares, resultantes da cultura profana do povo israelita, sem qualquer conexão com o cerimonial levítico. A verdade é que a prática da dança não estava relacionada com o culto formalmente estabelecido por Deus conforme a lei de Moisés. Mesmo quando vemos Davi dançando, quando levava a arca para Jerusalém, isto se deu durante a subida da arca para Jerusalém, no caminho, não havendo registro de dança durante a realização dos sacrifícios, após a chegada da arca (2Sm 6:17,18). A dança, pelo contrário, estava presente nas festividades em honra ao bezerro de ouro (Êx 32:19). Vê-se, portanto, que não se trata de uma conduta que esteja, na Bíblia, relacionada ao culto devocional coletivo a Deus, motivo por que não deve ser adotado. Aliás, em muitos lugares onde houve a adoção de tal prática, houve a instalação de uma perigosa irreverência e de uma sensualidade que, em tudo, são avessos ao propósito que deve estar presente no genuíno culto cristão.
3. A prática de “shows” na Igreja. Torna-se cada vez mais comum o emprego de elementos característicos dos shows em cultos “evangélicos”. Em um artigo intitulado “Show não é culto”, publicado no Mensageiro da Paz (CPAD), em agosto de 2006, o pastor Martim Alves da Silva, da Assembléia de Deus em Mossoró, Rio Grande do Norte, afirmou:
No culto, a pessoa mais importante é Deus; no show, é o artista. No culto a Deus ninguém paga, no show a entrada é mediante pagamento. No culto, Deus está presente; no show, Deus se faz ausente, pois sua glória não dá a outrem. No culto, o ministro de Deus soleniza as celebrações; no show, o apresentador é condescendente à desenfreada desordem. No culto, o povo glorifica a Deus; no show, só gritos e assobios para o artista. No culto, o povo reverencia a Deus em adoração; no show, só há bagunça incontrolável“.
Tenhamos, pois, temor e tremor na casa do Senhor (Sl 2:11). Deus quer de nós o “culto do coração”, e não o “culto da carne em ação” (Is 29:13). O templo não é um lugar para desfiles de celebridades, danças, “trenzinhos”, luzes coloridas, som “pesado”, assobios, etc.. Precisamos ter reverência na casa de Deus (Mt 21:1-13). E, quando eu falo em casa de Deus, refiro-me a qualquer local onde nos reunimos para cultuar ao Senhor.
4. Excesso de Louvores. O louvor é importante, mas é apenas um instante de preparação para o momento principal da reunião, que é a exposição da Palavra de Deus. Hoje em dia, infelizmente, devido ao grande número de grupos musicais na igreja, sem se falar naqueles que preferem cantar individualmente, não raras vezes, três quartos do tempo da reunião são dedicados ao louvor, o que tem causado grande prejuízo espiritual ao povo de Deus. O alimento do homem é a Palavra de Deus e o excesso de louvores tem contribuído para o raquitismo espiritual da igreja nos nossos dias. Precisamos voltar aos tempos passados, onde se ouviam até três mensagens numa reunião. Vivemos o tempo do “louvorzão” e da “palavrinha”.
5. Modismos e práticas exageradas - extrabíblicas. Alguns líderes, infelizmente, não incentivam os crentes a freqüentar a Escola Dominical e a tomar parte nos cultos de ensino. Em decorrência disso, estão aparecendo expressões esquisitas em nosso meio como: “Segura a bola de fogo que Jeová vai mandar”, “Contempla o varão de branco com a espada na mão” e outras mais conhecidas: “Queima ele”, “Fica no mistério”, “Tá amarrado”, etc.
Em Romanos 12:1, Paulo ensina que o culto agradável a Deus é racional. Isto significa que, apesar de haver liberdade para a multiforme operação do Espírito Santo na vida dos salvos (1Co 12:6-7), o culto cristão não deve ter exageros ou modismos. Se deixarmos de fazer uso da razão, ignorando os princípios bíblicos, poderemos cair no erro de inventar práticas e atribuí-las ao Espírito de Deus.
Vivemos uma época de muitos modismos. Fala-se em rir, rugir, cair, pular, dançar de poder, “nova unção”, “risada santa”, ” vômito santo”, “o dom de lagartixa”, ” o cair pelo Espírito”, ” o sopro santo”, “o aviãozinho”, “adoração a anjos”, ” coreografia a anjos”, “o paletó ungido”, ” unção de lenços, carteiras de trabalho e outros objetos”, ” sessão de descarrego”, ” rosa ungida”, ” túnel de luz”, “o corredor dos trezentos”, “corrente dos setenta”, “sal grosso”, “a ingestão das ervas amargas”, “sono santo” e outras inúmeras neobesteiras que têm aparecido nos últimos tempos. Tudo isso são práticas que misturam feitiçaria, meninice, despreparo espiritual e, o que é primordial, ausência de exposição da Palavra de Deus. Tais procedimentos são defendidos, muitas vezes, por pessoas que dizem ter uma nova unção do Espírito. Esta, porém, não existe, visto que a unção do Espírito de Deus é uma só, como ensina o apóstolo João: “E vós tendes a unção do Santo, e sabeis tudo”(1João 2:20).
Tomemos cuidado, queridos irmãos, rejeitemos estes modismos e não abandonemos a simplicidade que há em Cristo Jesus (2Co 11:3). Deus não quer espetáculo, nem precisa de espetáculos para se manifestar, mas atuará e se manifestará sempre que tiver corações contritos e espíritos quebrantados dispostos a servi-lo e adorá-lo(Sl 51:17), dispostos a se arrepender de seus pecados e buscar uma vida de santificação(Hb 12:14; Ap 22:11).

CONCLUSÃO
A tradição é importante, portanto, a ordem litúrgica do culto assembleiano deva ser observada, afinal, conforme orienta Paulo, tudo deva se acontecer com decência e ordem. Não podemos esquecer que o culto genuinamente pentecostal é obra do Espírito Santo, que, por meio da exposição das Escrituras e manifestações sobrenaturais, opera maravilhosamente na igreja para o que for útil. Devemos também destacar que o culto na igreja é apenas uma extensão do culto que tributamos a Deus, a todo instante, em todos os lugares, experimentando a boa, perfeita e agradável vontade de Deus, em cada momento da vida cristã (Rm. 12.1,2).

Fonte: ebdweb

Nenhum comentário:

Postar um comentário