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sábado, 30 de junho de 2012

ASSEMBLEIA DE DEUS CRESCEU 48% NOS ÚLTIMOS DEZ ANOS.


Desde os anos de 1970, a Assembleia de Deus é a maior denominação evangélica do país, e continua crescendo. Segundo os números do Censo 2010 do IBGE, divulgados nesta manhã, há 12.314.410 assembleianos em todo o país. Em 2011, o IBGE já havia apresentado os dados sobre religião da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) de 2009, que revelavam que o número de assembleianos no país já era de 11 milhões a apenas um ano do Censo 2010. Porém, com os dados do último Censo, esse crescimento pode ser melhor avaliado.

Os resultados mostram um crescimento de 48% em 10 anos. Em 2000, o número de assembleianos era de 8,4 milhões. Dez anos depois, houve um acréscimo de 3,9 milhões de novos membros. Um detalhe importante, porém, é que uma vez que esses dados não são um retrato do país hoje, mas apenas de dois anos atrás, isso significa que o número de assembleianos em 2012 é, sem dúvida, ainda maior.

Em junho de 2011, na edição histórica do jornal Mensageiro da Paz sobre o Centenário da Assembleia de Deus no Brasil, foi divulgado um levantamento do MP junto aos ministérios e Convenções das ADs filiadas à Convenção Geral das Assembleias de Deus o Brasil (CGADB), ramo maior e tronco histórico da denominação. Esse levantamento mostrava que o número total de membros dessas igrejas no país era de 7.374.891. Nesse número não havia congregados, mas apenas membros de fato, isto é, crentes batizados em águas e que estavam em comunhão com suas igrejas até março de 2011. Também não haviam sido computados, claro, os quase 100 mil novos membros que desceriam às águas batismais três meses depois, no histórico Batismo do Centenário, promovido pela CGADB em junho de 2011. Logo, considerando que o número de congregados das ADs pelo país filiadas à CGADB chega, em média, a 30% da frequência mensal em seus templos, o MP chegou ano passado ao número de 9,5 milhões de assembleianos ligados à CGADB até março de 2011.

Como o MP conta apenas com os dados concretos das ADs filiadas ao ramo maior da denominação (a CGADB), não tendo acesso a dados precisos das ADs independentes e das filiadas à Convenção Nacional das ADs do Ministério de Madureira (Conamad), não havia como precisar o número total de assembleianos no Brasil em 2011, mas já dava para ter uma ideia. Acrescentando aos dados concretos sobre a CGADB algumas estimativas e projeções sobre a quantidade de assembleianos dos ramos menores da denominação, podia-se afirmar que os assembleianos no Brasil já seriam mais de 13 milhões na época do Centenário. Lembrando mais uma vez que só o Batismo de Centenário, promovido em junho do ano passado pela CGADB, levou às águas batismais quase 100 mil novos crentes.

Em entrevista ao site da revista Veja sobre os dados do Censo 2010 sobre a religião no país, Cesar Romero Jacob, cientista político da PUC-RJ, afirma que “a preservação da família é um dos motivos que serve para explicar o crescimento da Assembleia de Deus no país. De acordo com o Censo de 2010, ela é o maior segmento evangélico, com 12 milhões de fiéis, e o segundo maior do Brasil, atrás da Igreja Católica. Em comparação com a igreja Universal do Reino de Deus, por exemplo, que perdeu 228 mil fiéis nos últimos 10 anos e hoje tem 1,8 milhão de arrebanhados, a Assembleia de Deus prega valores morais mais rígidos. Nos anos 90, época de expansão da favelização, a mãe não queria a desestruturação da sua família, o que a Assembleia não deixa. A proibição, por exemplo, de bebidas alcoólicas e de roupas femininas mais insinuantes. A favelização e a ocupação das periferias são resultado da migração dos anos 80 e 90, que deixou de ser motivada pela possibilidade de ascensão social e passou a acontecer pela expulsão das pessoas do campo, em sua maioria pobres. As correntes pentecostais acompanharam esses deslocamentos e, ainda na década de 90, entraram maciçamente na política”.

Jacob diz ainda que “a política se tornou um instrumento de crescimento da própria igreja pentecostal ou do pastor. É uma população com baixa renda e escolaridade. Entre pessoas independentes economicamente e bem formadas fica mais difícil o voto de cabresto”. Só que, como ressalta o site da revista Veja, a pesquisa do Censo revela ainda que “apesar de os pentecostais crescerem na população pobre e de baixa renda, na última década se fez presente também na nova classe média”.

Com certeza, fatores sociais explicam muito desse crescimento, mas não são as únicas explicações. Sabemos que parte desse crescimento se deve também ao fervor evangelístico da denominação, que tanto caracterizou a Assembleia de Deus em seus 101 anos de história. E que ela continue assim, com esse mesmo ímpeto evangelístico, mas sem negociar os seus valores – tentação pela qual passam normalmente algumas igrejas em busca de crescimento rápido. Se há igrejas que não têm observado mais isso, seu crescimento terá sido mais inchaço do que qualquer outra coisa. Terá sido quantidade sem qualidade. E, como sabemos, quantidade é importante, mas quando acompanhada com qualidade.

Redação CPAD News

sexta-feira, 29 de junho de 2012

IBGE APONTA CRESCIMENTO DE 22,2% DE EVANGÉLICOS NO BRASIL


Até o início da década de 90, os evangélicos representavam apenas 9% do contingente populacional, dos quais a maioria de origem pentecostal. Com a expansão das igrejas evangélicas pelo país e a veiculação de programas religiosos nas emissoras de televisão, tal índice subiu 44,16%.

A maior concentração de evangélicos foi registrada em Rondônia (33,8%), e a menor no Piauí (9,7%). A pesquisa mostra ainda que 60% são de origem pentecostal, 18,5%, evangélicos de missão e 21,8 %, evangélicos não determinados. Os religiosos consideram que o Brasil possui a maior concentração mundial de evangélicos de origem pentecostal.

RELIGIÃO NO BRASIL

123 milhõesde católicos

42,3 milhõesde evangélicos

15 milhõessem religião

3,8 milhõesde espíritas

407 milumbandistas

167 miladeptos do candomblé

Já em relação aos evangélicos em geral --o que inclui o protestantismo--, o primeiro lugar do ranking é ocupado pelos Estados Unidos, onde mais da metade da população é adepta da religião (mais de 155 milhões de pessoas).

Espíritas e pessoas sem religião

Os espíritas, por sua vez, que passaram de 1,3% da população, em 2000, para 2%, em 2010 --um aumento de cerca de 1,5 milhão de pessoas. O aumento mais expressivo foi observado na região Sudeste, cuja proporção passou de 2% para 3,1% nos últimos dez anos.

Segundo os dados do IBGE, o Rio de Janeiro é o Estado com o maior índice de pessoas que se declararam espíritas, com 4%, seguido de São Paulo (3,3%), Minas Gerais (2,1%) e Espírito Santo (1%).

O Censo 2010 também registrou aumento entre a população que se declarou sem religião. Em 2000 eram quase 12,5 milhões (7,3%), ultrapassando os 15 milhões em 2010 (8,0%). Os adeptos da umbanda (407 mil) e do candomblé (167 mil) mantiveram-se em 0,3% em 2010.

Declínio do catolicismo

Embora o perfil religioso da população brasileira mantenha, em 2010, a histórica maioria católica, esta religião vem perdendo adeptos desde o primeiro Censo, realizado em 1872.

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Em aproximadamente um século, a proporção de católicos na população brasileira variou 7,9 pontos percentuais, reduzindo de 99,7%, em 1872, para 91,8% em 1970. Desde então, os dados censitários do IBGE mostram que a religião passa por uma fase de declínio: nos últimos dez anos, os católicos passaram de 73,6% para 64,6%.

Esta redução no percentual de católicos ocorreu em todas as regiões, mantendo-se mais elevada no Nordeste (de 79,9% para 72,2% entre 2000 e 2010) e no Sul (de 77,4% para 70,1%). A maior redução ocorreu no Norte, de 71,3% para 60,6%, ao passo que os evangélicos, nessa região, aumentaram sua representatividade de 19,8% para 28,5%.

O menor percentual de católicos foi encontrado no Estado do Rio de Janeiro: 45,8% em 2010. O maior percentual pertence ao Piauí, com 85,1%.
Fonte: notícia.uol.com.br









































quinta-feira, 28 de junho de 2012

1ª LIÇÃO: 3º TRIMESTRE DE 2012: NO MUNDO TEREIS AFLIÇÕES


Texto Básico: João 16:20,21,25-33


“Tenho-vos dito isso, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo; eu venci o mundo”(João 16:33)



INTRODUÇÃO

O cristão não está isento de passar por tribulações. Na verdade, Jesus disse que no mundo teríamos aflições, mas não deveríamos perder o ânimo (João 16:33). Paulo nos ensina que, na tempestade, precisamos olhar para Deus, e não para as circunstâncias. Deus é maior do que as circunstancias. Mesmo quando as coisas parecem perdidas, Deus pode irromper na nossa tragédia e mudar o cenário da nossa vida. Ele ainda transforma desertos em mananciais, e o vale da derrota, em vale de benção. Lembremos da circunstancia difícil porque passou Paulo e os seus companheiros dentro do navio que os levava a Roma, conforme descrito em Atos 27. Esse episódio nos recupera diversas verdades, mas cito apenas duas:

1. Na tempestade, encoraje as pessoas (At 27:21,22). Quando toda a esperança se dissipou, Paulo se posicionou como um agente da vida. Ele não ficou dizendo: “Eu avisei, bem feito! Agora estamos perdidos. Agora vamos morrer todos, Agora vocês se virem. É fácil pisar em quem já está caído. É fácil esmagar a cana quebrada. É fácil atar mais um fardo de culpa sobre aquele que já está derrotado pelas circunstâncias da vida. Paulo procurou uma alternativa para mudar a crise. Na tempestade, não procure culpados, procure solução. Todo problema traz uma semente de vitória! Deus não nos desampara. Ele está conosco. Paulo disse: “Porque, esta mesmo noite, um anjo de Deus, de quem eu sou e a quem sirvo, esteve comigo, dizendo: Paulo, não temas!... Portanto, senhores, tende bom ânimo! Pois eu confio em Deus que sucederá do modo que me foi dito”.

2. Na tempestade, abra os olhos para a intervenção de Deus(At 27:23-26). Quando você estiver na sua noite mais escura, pensando que está sozinho, lembre-se de que Deus está com você. Ele é Deus Emanuel, que não vai embora na hora da sua crise. Na jornada da fé: Há tempestade, mas também há Deus conosco; Há fornalha ardente, mas há o quarto Homem; Há cova de leões, mas há o anjo do Senhor fechando a boca deles.

O Deus a quem servimos é o nosso escudo. Ele é o guarda de Israel, que não dorme nem toscaneja. Seus olhos estão atentos; suas mãos, estendidas; seu coração, aberto. Ele envia seus anjos para nos proteger. O que nos ameaça e se acha fora do nosso controle está literalmente debaixo dos pés do Senhor Jesus.

I. AS AFLIÇÕES DO TEMPO PRESENTE

As aflições do tempo presente podem nos instruir a depender inteiramente de Deus, nosso auxílio e consolo. Afirma o apóstolo Paulo que "as aflições deste tempo presente não são para comparar com a glória que em nós há de ser revelada" (Rm 8:18). Isto significa que, apesar das cruéis perseguições, das tribulações, das aflições – sejam elas de ordem natural[ex.: tsunami, inundação, enchentes, deslizamentos de terra, terremotos, etc], econômica[ex.: desemprego, diminuição de patrimônio, falência de empresa, etc] ou física[ex.: doenças psicossomáticas, depressão, câncer, etc] -, a Igreja tem triunfado; as portas do inferno não podem prevalecer contra ela. É dito que as aflições do tempo presente não se comparam com a glória a ser revelada em nós (ver Cl 3:4; 2Ts 1:7-12; 2:14; 1Pe 1:13; 4:14; 1João 3:2). Desta feita, “as aflições do tempo presente” jamais podem abalar ou desestimular o futuro glorioso da Igreja do Senhor. De forma firme e resoluto pergunta Paulo: “Quem nos separará do amor de Cristo?”(ler Rm 8:35-39). Pela resposta desse servo de Deus, nada o abalaria. E esta deve ser a posição de cada cristão genuíno.

Em qualquer época, desastres e tempos difíceis podem vir sobre o crente: a morte de uma pessoa querida, enfermidade, perdas irreversíveis nos negócios, divisões na família, etc. De maneira contrária ao ensino bastante divulgado nas igrejas, os crentes não estão isentos de problemas e aflições dos quais o ser humano é herdeiro. Na verdade, os crentes têm de esperar que compartilharão plenamente de sofrimentos neste mundo, por serem filhos de um Deus vivo. O Senhor Jesus mesmo lhes deu certeza de aflições nesta vida. Se não estamos passando ou sendo atribulados por algum teste ou prova de nossa fé, devemos parar e questionar a nós mesmos sobre a realidade de nossa experiência cristã. As Escrituras afirmam claramente que o Senhor disciplina todos aqueles que são seus filhos. Se não estamos sendo disciplinados, o autor inspirado afirmou com ousadia que somos bastardos (Hb 12:8).

As aflições sobrevêm às nossas vidas, pelo menos, por meio destes três instrumentos:

1. Por meio de nossas atitudes imprudentes, julgamentos incorretos, ideias extravagantes, orgulho e falta de discernimento espiritual.

2. Por meio das atitudes irrefletidas ou deliberadas de outras pessoas. Estas são áreas sobre as quais temos pouquíssima influência.

3. Por meio do curso natural dos acontecimentos. Estas são áreas sobre as quais não temos nenhum controle ou influência.

As áreas mencionadas nos dois últimos pontos são as que nos trazem as maiores dificuldades. “Como pode um Pai tão amoroso permitir que tais coisas aconteçam aos seus próprios filhos?”, dizem alguns. Não podemos emitir em público esse sentimento. No entanto, em nossos sentimentos mais íntimos e, às vezes, em nossas orações particulares, expressamos tais sentimentos petulantes.

Nossa incapacidade para entender os motivos e aceitar as diversas aflições que sobrevêm à nossa vida resulta do fato de que olhamos para os instrumentos humanos pelos quais estas aflições aparecem em nossa vida, e não para a verdadeira fonte destas aflições e provações. Nós as vemos como se viessem do homem e até do diabo, e não as vemos como se viessem das mãos de um Deus soberano e amável. Atribuímos tudo à “má sorte”, a um “acidente” ou mesmo a uma “ação do inimigo”. Assaltamos o trono da graça com a súplica constante de que nossa aflição seja removida de nós. Mas perdemos de vista o fato de que as Escrituras revelam o Senhor como a causa fundamental de todas as coisas que sobrevêm às nossas vidas, quer sejam boas, quer sejam más. Embora Deus mesmo não seja o autor do pecado, e não nos tente a pecar, e não nos leve ao pecado, está crucialmente envolvido em tudo que nos acontece. Na verdade, as próprias provações que estamos experimentando agora fazem parte do plano de Deus para a nossa vida. Esta é a soberana vontade de Deus para nós. Estou enfatizando isso levando em consideração o fato de que no cristão verdadeiro, nascido de novo, “o maligno não lhe toca”(1João 5:18), a não ser com a permissão de Deus(veja o exemplo de Jó, do apóstolo Paulo).

II. POR QUE O CRENTE SOFRE

Se Jesus nos ama, por que sofremos? Este é um dos assuntos mais intrigantes da vida. Não é simples refletir a respeito desta questão do sofrimento do justo. Os profetas analisaram esta questão e ficaram muitas vezes angustiados com o sofrimento do justo.

O profeta Habacuque, num dado momento da sua vida, ficou até desesperado ao perceber como o justo era esmagado, injustiçado e pisado pelo ímpio.

O salmista Asafe, por sua vez, no Salmo 73, entra numa crise espiritual, porque olha de sua janela e vê o ímpio prosperando, tendo saúde, amigos e ele, que é piedoso, é castigado cada manhã, passando por lutas e provações as mais amargas.

Talvez estejamos enfrentando esta crise. Temos andado continuamente com Deus e neste momento estamos passando por dificuldades e aflições indescritíveis. Quem sabe tenhamos perdido o emprego, ou estamos lidando com dramas de enfermidade em nossa casa. Pode ser que estejamos passando por lutas emocionais ou lutas espirituais. Talvez nossa vida esteja sendo encurralada por circunstâncias adversas que fogem ao nosso controle. Talvez estejamos enfrentando como que uma avalanche que desce sobre nós e nos envolve e engole e, então, não sabemos mais o que fazer da vida.

Concordo com o Rev. Hernandes Dias Lopes, quando diz que o fato de sermos cristãos não significa que temos uma carta de alforria ou um cartão de imunidade das lutas e das provações da vida. Cristianismo não é uma sala vip. O Cristianismo não é um parque de diversões, nem uma colônia de férias. Nós não temos imunidades especiais. Mas temos sim imanência sobrenatural, temos a presença de Jesus conosco. O profeta Isaias diz: “Quando passares pelas águas, eu serei contigo; quando, pelos rios, eles não te submergirão; quando passares pelo fogo, não te queimarás, nem a chama arderá em ti. Porque, eu sou o Senhor, teu Deus, o Santo de Israel”(Isaias 43:2-3a).

Deus está conosco no vale da dor. Deus está conosco no leito da enfermidade. Deus está conosco nas agruras, nas intempéries, nas vicissitudes, nas tempestades da vida. Mas quero lhe dizer que as crises, muitas vezes surpreendentes, que não conseguimos controlar, se agigantam, mesmo quando somos pessoas que andam com Deus, da mesma forma que aconteceu com Lázaro (amigo de Jesus). Ele ficou doente e piorou, a ponto de chegar a morrer. Todavia, não existe causa perdida para Jesus. Não existe problema que Ele não possa resolver. Não existe situação irrecuperável para Jesus. Lázaro estava morto e sepultado há quatro dias. Era uma causa perdida para muitos, mas, para Jesus, era uma causa vitoriosa.

Talvez haja algumas causas na vida que consideramos perdidas. Talvez ficamos pensando que nosso casamento não tem mais jeito. Que nosso ente-querido não tem mais recuperação. Quem sabe com relação à nossa saúde, os médicos já lavraram a sentença: não tem cura. Mas há algo importantíssimo que quero dizer aqui: Se Jesus quiser, com toda certeza, tem jeito!

Para Jesus não há causa perdida. Talvez pensemos: Eu já fui longe demais; estou afundado no pecado, no vício, para mim não tem mais jeito, não tem mais recuperação. Se Jesus quiser, tem jeito, porque Ele perdoa pecados, é Ele quem levanta o caído e restaura o abatido, Ele faz novas todas as coisas. Jesus pode restaurar nossa alma e salvar a nossa vida.

Jesus Cristo sabe o que é a dor do sem-teto, porque Ele não tinha onde reclinar a sua cabeça. Jesus Cristo sabe o que é a dor da solidão, porque na hora mais angustiante de sua vida, nem os seus discípulos mais achegados estavam do seu lado, quando Ele estava com o rosto em terra suando gotas de sangue, clamando ao Pai: “Meu Pai, se possível, passe de mim este cálice!”(Mt 26:39). Jesus Cristo sabe o que é a dor da perseguição, porque Ele foi perseguido desde a sua infância por Herodes, o Grande; foi perseguido pelos fariseus, pelos escribas, pelos sacerdotes, pela multidão. Jesus Cristo sabe o que é a dor da traição, porque o seu discípulo em quem ele investiu, o traiu lhe dando um beijo traidor. Ele sabe o que é ser ultrajado, cuspido, zombado, escarnecido. Ele sabe a dor que passamos, que sentimos. Ele sabe o que é a dor da enfermidade, porque a Bíblia diz que Ele foi enfermado, Ele tomou sobre si as nossas dores, as nossas enfermidades, os nossos pecados. Jesus sabe o que é a dor da morte, porque lá na cruz do Calvário, quando Ele foi feito pecado por nós, quando foi feito maldição por nós, Ele deu um grito de desamparo: “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?”(Mt 27:46). E, naquele momento, Ele foi ferido. Naquele momento Ele foi traspassado. Naquele momento Ele sentiu o drama da angústia avassalando a sua alma.

Quando sofremos, isso não está fora do controle de Jesus. Isso não está fora do conhecimento dEle. Isso está incluído na agenda de Deus. Faz parte do projeto de Deus. Um projeto bom, um projeto perfeito, um projeto glorioso, vitorioso e vencedor.

O sofrimento não é sinônimo do desprazer de Deus. Às vezes Deus permite que soframos, para que experimentemos da sua consolação, da sua intervenção milagrosa.

Nem sempre Deus livra o cristão do sofrimento, mas no sofrimento, e, como lemos na galeria dos heróis da fé de hebreus 11, determinadas aflições somente cessarão na eternidade. Mas o sofrimento do crente sempre tem um propósito, um deles é a produção de consolo e salvação para os outros (2Co 1:6). A morte de vários cristãos ao longo da história serviu de semente para que o evangelho aflorasse em várias regiões do mundo.

O sofrimento serve também como instrumento de conforto e consolo para outros crentes que sofrem. Afinal, a promessa de consolo vem do Senhor que também produz em nós essa mesma característica a fim de consolar outros (2Co 1:7).

O sofrimento não necessariamente decorre de pecado, na verdade, os crentes mais consagrados podem passar por provas desesperadoras (2Co 1:8). Paulo testemunha que sofreu inúmeras perseguições tanto por parte dos judeus (At 20:19; 21:27) quanto dos gentios (At 19:23-40), e é bem provável que em uma dessas situações tenha sido sentenciado à morte. Mas o crente sabe que a morte não é o fim(estudaremos sobre isso na Aula nº 03).

A eternidade deva ser o alvo central da vida do cristão sofredor, pois quando tudo terminar, Deus estenderá sua mão, contanto que confiemos nEle, não em nós mesmos (2Co 1:9). Ele é o mesmo Deus e do mesmo modo que agiu no passado agirá no presente e no futuro a fim de cumprir com Sua palavra (2Co 1:10).

Nós os cristãos não devemos ficar transtornados pelos problemas e pelo sofrimento de nossa vida, ou por aquilo que vemos nas vidas de muitas pessoas piedosas em nosso redor. Podemos amar Jesus agora mais do que nunca anteriormente, e não entender o porquê de estarmos enfrentando tanto sofrimento e tantas dores. Podemos estar seguro de que Deus possui um propósito divino por trás de cada provação, por trás de cada sofrimento que estamos enfrentando neste instante!

Se estamos sofrendo, se estamos angustiados, se estamos desesperados, vamos entregar a nossa causa para Jesus. Ele sabe o que está fazendo. Ele sabe quem somos, onde estamos, o que estamos passando, e Ele pode vir, trazer o socorro de que tanto precisamos.

Em qualquer lugar onde estivermos, podemos fechar nossos olhos e orar. Podemos colocar a nossa causa na presença de Deus. Talvez nossa oração possa ser esta: “Oh Deus, em nome de Jesus, quero colocar agora nas tuas mãos a nossa causa. Senhor, toca nosso coração com as consolações do Espírito Santo. Meu Deus, enxuga nossas lágrimas. Meu Deus, restaura aquele que está caído, cura aquele que está enfermo, perdoa aquele que está caído na sarjeta do pecado, agrilhoado neste cipoal do vício, de desespero emocional, de desespero espiritual. Restaura nossa vida Senhor, restaura nosso coração, levanta nossa família, faz novas todas as coisas, e glorifica o teu nome em nossa vida, em nossa família. Oh Deus, opera agora o milagre maravilhoso do consolo, do refrigério, para que nossa família possa receber a intervenção do céu, a manifestação da tua graça. Em nome do Senhor Jesus. Amém!”.

III. O CRESCIMENTO E A PAZ NAS AFLIÇÕES

Desfrutamos de verdadeira paz nos momentos de aflições, pois o Senhor Deus, como soberano, tem pleno domínio sobre a vida do cristão. E sendo assim, qualquer aflição que nos acometa é da vontade permissiva de Deus, o que nos garante que, se Ele quiser, tudo o que está acontecendo conosco certamente será revertido.

1. A soberania divina na vida do crente. A soberania divina na vida do crente é a garantia de que as promessas de Deus jamais falham. E a análise desta prerrogativa do Senhor é importantíssima para o fortalecimento de nossa fé. A soberania de Deus recebe forte ênfase nas Escrituras Sagradas. Nela, o Senhor é apresentado como o Criador, e Sua vontade como a causa de todas as coisas. Em virtude de Sua obra criadora, o céu, a terra e tudo o que eles contêm lhe pertencem. Ele está revestido de autoridade absoluta sobre as hostes celestiais e sobre os moradores da terra. Ele sustenta todas as coisas com a Sua onipotência, e determina os fins que elas estão destinadas a cumprir. Ele governa como Rei no sentido mais absoluto da palavra, e todas as coisas dependem dele e lhe são subservientes.

A menos que nós cheguemos ao ponto de crer e aceitar a soberania de Deus sobre as nossas vidas e sobre tudo o que nos acontece, não seremos capazes de reagir de uma maneira cristã em relação a tudo que nos ocorre nesta vida terrena. Na verdade, não seremos capazes de lutar contra o mundo conforme ele é hoje. Poderemos ser vencidos, desencorajados e alarmados, se não reconhecermos que Deus, por meio de sua vontade soberana e imutável, está no pleno controle de todas as coisas. Nada em nossa vida é acidente, incidente ou coincidência.

Jó reconheceu isto, quando disse, em meio às suas terríveis aflições: “Temos recebido o bem de Deus e não receberíamos também o mal?” (Jó 2:10). A sua esposa lhe havia sugerido que amaldiçoasse a Deus e morresse; Jó, porém, ainda que não pudesse entender o motivo, discerniu corretamente que todas as suas aflições haviam sido, de alguma maneira, enviadas por Deus. Jó estava expressando o fato de que, embora o homem seja uma criatura racional e responsável por suas decisões e atitudes, Deus ainda é soberano e realiza a sua própria vontade, sem pisotear a nossa. Esta soberania de Deus é a rocha sobre a qual repousa a consolação do crente.

2. Tudo coopera para o bem. Deus faz todas as coisas cooperarem para o bem daqueles que o amam, daqueles que são chamados segundo o seu propósito. Assim expressou o apóstolo Paulo: “E sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito”(Rm 8:28, ARA). Talvez nem sempre pareça ser o caso. Por vezes, quando passamos por momentos de aflição, tragédia, decepção, frustração ou tristeza profunda, perguntamo-nos se a dor resultará em algum bem. Certamente, tudo o que Deus permite em nossa vida tem o objetivo de nos conformar à imagem de seu Filho(Rm 8:29). Quando percebemos isso, a dúvida é dissipada. Nossa vida não é controlada por forças impessoais como o acaso, a sorte ou o destino, mas por um Deus maravilhoso e pessoal, que é amoroso demais para ser insensível e sábio demais para errar. Glórias sejam dadas ao nosso Senhor Jesus!

3. Desfrutando a paz do Senhor. Ele prometeu: “... a minha paz vos dou; eu não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize” (João 14:27). Mesmo vivendo em um mundo de aflições, podemos experimentar a paz do Senhor Jesus:

· Não a falsa paz das coisas cobiçadas normalmente pelos homens: prazer, fama e riqueza. Estas coisas geram preocupação, ansiedade e remorso. Elas não satisfazem os desejos da alma imortal, nem são capazes de alcançar aquela paz pela qual o eu mais profundo suspira.

· Não a paz como os homens do mundo dão. Eles se cumprimentam com palavras e gestos de paz, porém são palavras vazias; professam amizade, dão apertos de mão, beijos e abraços que não traduzem paz, porquanto são meramente formais, frequentemente insinceros.

· Não como os sistemas de filosofia e falsas religiões dão. Eles professam a paz, mas ela não é real. Tais sistemas filosóficos e religiões não passam de falsos paliativos. Não tranquilizam a voz da consciência culpada; não removem o pecado - origem da ausência da paz; não reconciliam o espírito com Deus.

A Paz que o Senhor nos dá é tal que satisfará todos os anseios da nossa alma; silenciará os alarmes da consciência; permanecerá sempre, mesmo em meio a todas as mudanças e tempestades; não nos deixará nem na hora da nossa morte, porque o Senhor mesmo é o Príncipe da Paz.

O Evangelho de Marcos, no capítulo 4:35-41, relata que certa feita Jesus e os discípulos propuseram atravessar o Mar da Galiléia em direção à praia leste. Não fizeram nenhum preparativo de antemão. Outros barcos o seguiam. Então, de repente, um grande temporal surgiu. Enquanto a tempestade rugia com toda fúria, Jesus estava dormindo. Os discípulos, apavorados, o despertaram, censurando-o por sua aparente falta de preocupação com a segurança deles. Será que Jesus sabia que a tempestade viria? É óbvio que sim. Ele sabe todas as coisas; nada o apanha de surpresa. Então, se sabia, por que dormiu? Ele dormiu por duas razões: dormiu porque descansava totalmente na providencia do Pai; dormiu porque sabia que a tempestade seria pedagógica na vida dos seus discípulos. O fato de Jesus estar descansando durante a tempestade já deveria ter acalmado e encorajado os discípulos. Jesus estava descansando na vontade do Pai e sabia que o Pai podia cuidar dele enquanto dormia. Jonas dormiu na tempestade com uma falsa segurança, visto que estava fugindo de Deus. Jesus dormiu na tempestade porque ele estava verdadeiramente seguro na vontade do Pai. O Senhor, despertando, repreendeu o vento e as ondas. A Paz foi imediata e completa. Depois, Jesus brevemente ralhou com seus seguidores por temerem e não confiarem. As tempestades da vida podem nos abalar, mas não abalam o Senhor. Elas podem ficar fora do nosso controle, mas não fora do controle de Jesus.

Conta-se que certo rei ofereceu um prêmio ao artista que pintasse o melhor quadro da paz. Muitos artistas tentaram. O rei examinou todos os quadros, mas havia apenas dois dos quais ele realmente gostou, e teve que escolher entre eles:

* Um quadro era de um lago tranquilo. O lago era um espelho perfeito para pacíficas torres de montanhas ao redor dele. No alto estava um céu azul com nuvens brancas. Todos que viam este quadro consideravam-no um quadro perfeito da paz.

* O outro quadro também tinha montanhas. Mas estas eram acidentadas e nuas. Acima estava um céu irado de onde caía a chuva, e relâmpagos eram vistos. Lá embaixo, ao lado da montanha, caía uma cascata espumante. Isto não parecia de forma alguma um quadro da paz. Só que o rei escolheu este segundo quadro. Sabe por quê? Quando o rei olhou, atrás da cascata viu um minúsculo arbusto crescendo numa rachadura na rocha. No arbusto um pássaro-mãe havia construído seu ninho. Ali, no meio da fúria das águas correntes, deitou-se o pássaro-mãe em seu ninho, em paz perfeita. O rei explicou: "Paz não quer dizer estar num lugar onde não há qualquer barulho, problema, ou trabalho duro. Paz quer dizer estar no meio de todas essas coisas e ainda assim estar tranqüilo no seu coração. Este é o significado da paz real". Por isso, a Paz é uma das virtudes do Fruto do Espírito Santo (Gl 5:22), pois ela permanece mesmo em meio ao perigo e circunstâncias contrárias. Isaías declara: “Tu conservarás em perfeita paz aquele cuja mente está firme em Ti; porque ele confia em Ti”. Portanto, se sua mente e coração estão em Deus, então você desfrutará a genuína Paz do Senhor, mesmo em um mundo de aflições. Pense nisso!

CONCLUSÃO

Qual a nossa atitude diante de Deus quando os problemas nos afligem? Murmuramos? Queixamo-nos por Ele nos ter abandonado? Afastamo-nos de Sua presença? Precisamos aprender a louvar e agradecer ao Senhor em todos os momentos. Na alegria e no sucesso, por Sua grande misericórdia e amor; nas lutas, por Ele estar nos preparando para grandes conquistas; nos momentos de decepções e frustrações, porque valorizaremos ainda mais as nossas vitórias. O Senhor Jesus prometeu estar conosco todos os dias e isso inclui também os dias de lutas e tribulações. A nós cabe confiar e agradecer a Sua companhia. Por mais que o dia esteja “nublado” e “triste”, logo voltará a brilhar o Sol da alegria em nossos corações.

Fonte: ebdweb

segunda-feira, 18 de junho de 2012

A FORMOSA JERUSALÉM

Texto Básico: Apocalipse 21:9-18




“Mas nós, segunda a sua promessa, aguardamos novos céus e nova terra, em que habita a justiça”(2Pe 3:13)


INTRODUÇÃO

Quando Deus criou o ser humano Ele o fez não para viver um período de tempo determinado, mas para viver indefinidamente, desde que fosse obediente ao seu Deus, ao seu Criador. Deus o proibiu de comer “da árvore do conhecimento do bem e do mal”; se fosse desobediente a esse mandamento morreria (Gn 2:17), ou seja, enquanto O obedecesse, viveria independentemente do tempo. O ambiente desta eternidade condicional era o Éden, onde Deus havia criado um jardim para nele pôr o homem e sua companheira (Gn 2:8). Entretanto, o homem desobedeceu a Deus, por isso passou a sofrer o impacto do tempo e a morte física (Gn 3:19), bem como a destituição da glória de Deus. Por causa disso, o ser humano perdeu a oportunidade de viver num lugar onde desfrutaria continuadamente da presença e da companhia do Senhor (Gn 3:22,23). Foi expulso do Éden. Entretanto, é importante observar, que ao expulsar o homem do Éden, Deus mostrou toda a Sua misericórdia e graça, pois, dali por diante, empreendeu um plano a fim de fazer o homem retornar ao convívio eterno com Ele, numa eternidade irreversível. O alvo de Deus para o homem é, precisamente, criar este novo ambiente de comunhão, este novo “tabernáculo de Deus com os homens”(cf Ap 21:3), que é, precisamente, a Nova Jerusalém, a Formosa Jerusalém Celestial, de que falaremos nesta Aula.

I. O QUE É A NOVA JERUSALÉM CELESTIAL

A Nova Jerusalém é a cidade celestial que foi feita para ser o local onde Deus habitará juntamente com os homens que lhe foram fiéis e aceitaram a sua oferta de submissão e obediência à sua Palavra. É o local que substituirá o Éden como morada de Deus com os homens. Ela é explicitamente mencionada e revelada no capítulo 21 do livro do Apocalipse, mas, antes da visão do apóstolo João, já havia referências a ela nas Escrituras. O próprio Jesus já havia mencionado existir um lugar que seria por Ele preparado para que os seus servos nele habitassem para sempre com o Senhor (João 14:1-3). O objetivo de Deus é fazer com que tenhamos, novamente, um lugar onde possamos habitar com Deus, e a Nova Jerusalém é este local. Mas, se bem analisarmos, veremos que o Senhor é tão maravilhoso que, ao invés de tão somente substituir o Éden, proporcionou um lugar melhor do que o Éden. Ao vermos que a Nova Jerusalém é superior ao Éden, temos que concluir que os bem-aventurados que nela puderem entrar (cf. Ap 22:14) reconhecer-se-ão uns aos outros, serão pessoas conscientes de onde estão, de quem são e porque ali estão. Muitos indagam se no Céu nós iremos ter noção de quem somos, de onde estamos e que o que estaremos a fazer. Muitos acham que, como a Bíblia afirma que não nos lembraremos mais de nossas dores e tristezas deste mundo, seremos pessoas sem noção do que fomos aqui na Terra e não teremos condição de nos reconhecermos uns aos outros. Entretanto, não entendemos assim. Por que Deus salvaria milhões e milhões de pessoas, para com eles habitar, se estas pessoas não tivessem sequer a noção de quem são, de quem é Deus e de onde estão? Como pessoas que venceram o pecado, que combateram o bom combate, que foram fiéis até o fim, passariam a eternidade sem a mínima noção de quem são? Como poderiam pessoas glorificadas terem menos consciência do que quando viviam ainda numa natureza sujeita ao pecado? Certamente que homens e mulheres remidos, vivos para todo o sempre, não terão motivo algum para se lembrarem ou se amargurarem com sofrimentos, pesares, recordações do tempo em que viveram nos antigos céus e terra. Agora, o fato de não nos lembrarmos, de não ficarmos presos a fatos passados, em absoluto significa que seremos verdadeiros “zumbis” na Nova Jerusalém, sem saber sequer quem somos. Deus, pelo seu caráter, jamais iria realizar um plano para a salvação do ser humano que quis conhecer o bem e o mal, para ter adoradores inconscientes e sem noção sequer de quem são. Como poderá o ser humano, na eternidade, louvar e bendizer ao Senhor, para todo o sempre, sem sequer saber quem é e que existem outras pessoas ali juntamente com ele? Definitivamente, não é esta ideia concordante com o que as Escrituras afirmam ser o nosso Deus. Se soubesse que, na eternidade, eu seria apenas uma “fumacinha”, vagando na imensidão de um céu irreal, sem identidade, despojado de minha personalidade, não sabendo quem eu sou, e nem quem eu fui, de onde vim e o que estou fazendo ali, então eu não gostaria de estar lutando para viver nesse céu! Todavia, pela Bíblia, eu sei que existe um Céu, que este Céu é real, que o Senhor Jesus o identificou como sendo a “Casa de meu Pai“. Que lá eu terei um corpo semelhante ao de Jesus, real, tangível, glorioso. Que eu terei uma identidade, que vou saber quem sou, como cheguei até ali, que vou poder servir, e adorar, eternamente o meu Salvador e Redentor.

II. AS CARACTERISTICAS DA NOVA JERUSALÉM

O Apóstolo João disse: “… e mostrou-me a grande cidade, a santa Jerusalém…”. Quer nos parecer que João não teve dúvidas em identificar o que ele viu: ele disse ter visto uma cidade. Contudo, descrever como era essa cidade, tornou-se um desafio para o Apóstolo “… a quem Jesus amava…”(João 21:20). Certamente que, sob a orientação do Espírito Santo, ele usou símbolos, figuras, para falar da grandeza, da perfeição, da beleza da Formosa Jerusalém Celestial.

1. É um lugar real. A Formosa Jerusalém Celestial é uma cidade real, visível, palpável; uma cidade que tem fundamentos e cujo Artífice e Construtor é o próprio Deus (Hb 11:10).

a) Abraão pôde crer na existência desta cidade. Abraão viveu aqui na Terra, porém, não fixou nela as suas raízes. Ele tinha os pés na terra e o pensamento no céu. Era diferente de muitos pregadores de hoje, os quais induzem o povo a pensar e a lutar pela conquista dos bens terrenos. Com relação a ele a Bíblia diz: “Pela fé Abraão, sendo chamado, obedeceu, indo para um lugar que havia de receber por herança; e saiu, sem saber para onde ia. Pela fé habitou na terra da promessa, como em terra alheia, morando em cabanas com Isaque e Jacó, herdeiros com ele da mesma promessa. Porque esperava a cidade que tem fundamentos, da qual o artífice e construtor é Deus“(Hb 11:8-10). Hoje nós sabemos, pela revelação que foi dada ao apóstolo João que esta cidade é a Formosa Jerusalém Celestial. Abraão creu na existência desta cidade. Não sabemos como ele teve essa revelação, mas ele tinha convicção de que ela era real.

b) Paulo também pôde crer como creu Abraão. Paulo cria, como creu Abraão, por isto dizia que - “… a nossa cidade está nos céus, donde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo” (Fp 3:20). Abraão não fundou nenhuma cidade, na Terra: nem ergueu um Império para si, ou para os seus. Paulo, também, não! Abraão e Paulo, dois homens chamados por Deus, viveram na esperança de um dia habitar na Jerusalém Celestial, a Cidade que tem fundamento e cujo Artífice e Construtor é Deus.

c) Nós também podemos crer, como creram Paulo e Abraão. Nós somos crentes, porque cremos. Fomos chamados para crer. Não necessitamos de ver, para crer, mas, cremos para ver. Por isto temos a viva esperança não apenas de ver, mas de morar, eternamente, na Formosa Jerusalém Celestial.

d) Lá, o nosso corpo será real. O Corpo de Jesus era real, era palpável, podia ser tocado pelas mãos dos homens. Para vir à Terra ele tomou um Corpo igual ao nosso. Quando Ele ressuscitou, o seu Corpo não era intangível, não era uma simples “fumaça“. Ele podia ser tocado pela mão de alguém - “E, falando ele dessas coisas, o mesmo Jesus se apresentou no meio deles e disse-lhes: Paz seja convosco. E eles, espantados e atemorizados, pensavam que viam algum espírito. E ele lhes disse: Por que estais perturbados, e por que sobem tais pensamentos ao vosso coração? Vede as minhas mãos e os meus pés, que sou eu mesmo; tocai-me e vede, pois um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que eu tenho. E, dizendo isso, mostrou-lhes as mãos e os pés”. Mostrou-lhes as “mãos e os pés”, porque neles estavam, como ainda estão, as marcas dos cravos com os quais ele foi pregado na cruz. Quando Ele vier, no Dia da Revelação do Senhor, antes do Milênio e no final da Grande Tribulação, os judeus, ao vê-lo, perguntarão: “… que feridas são essas nas tuas mãos? Dirá ele: são as feridas com que fui ferido em casa dos meus amigos” (Zc 13:6). Sabemos, pela Bíblia, que quando Ele vier este nosso corpo corruptível e mortal será transformado - “Porque convém que isto que é corruptível se revista da incorruptibilidade e que isto que é mortal se revista da imortalidade“(1Co 15:53). Será, pois, nesse Dia, que o Senhor Jesus “… transformará o nosso corpo abatido, para ser conforme o seu corpo glorioso, segundo o seu eficaz poder de sujeitar também a si todas as coisas” (Fp 3:21). Portanto, o nosso corpo com o qual seremos levados para o Céu, no Dia do Arrebatamento, será conforme o corpo de Jesus; então nós receberemos um corpo real, palpável. Não seremos, apenas, “uma fumaça“. Que maravilhosa Esperança!

2. Sua localização. A Formosa Jerusalém não é o Céu. Ela está no Céu, e que, de lá, descerá até próximo à Terra, quando o Senhor Jesus Cristo vier para implantar seu Reino, aqui na Terra, conforme o Apóstolo João escreveu - “E veio um dos sete anjos que tinham as sete taças cheias das últimas sete pragas e falou comigo, dizendo: Vem, mostrar-te-ei a esposa, a mulher do Cordeiro. E levou-me a um grande e alto monte e mostrou-me a grande cidade, a santa Jerusalém, que de Deus descia do céu“(Ap 21:9-10). A Formosa Jerusalém descerá do Céu e estará aqui durante o Milênio. Tal como o anjo mostrou a João, estará no Milênio colocada, fixamente, no vazio, entre o céu e a Terra, sobre a Jerusalém terrestre, pela mesma força que sustenta toneladas de águas presas pelas nuvens e que sustenta a Terra, suspensa sobre o nada, conforme escreveu Jó: “O norte estende sobre o vazio; suspende a terra sobre o nada. Prende as águas em densas nuvens, e a nuvem não se rasga debaixo delas”(Jó 26:7-8). O Dr. Caramuru Afonso Francisco escrevendo sobre este assunto - numa de suas participações para EBD -, disse: “É importante verificarmos que a Nova Jerusalém já está vindo para ocupar o seu devido lugar no novo universo que será formado. Esta cidade maravilhosa vem continuadamente vindo em direção à Terra. Chegará à área das regiões celestiais - hoje habitadas pelas hostes espirituais da maldade -, no instante do Arrebatamento da Igreja. Depois, já com a Igreja arrebatada em seu interior, continuará a descer e atingirá a atmosfera terrestre exato sete anos depois, quando, então, ocorrerá a batalha do Armagedom. Após essa batalha, receberá em seu interior, os que completarem a primeira ressurreição (as duas testemunhas, os 144 MIL e os mártires da Grande Tribulação). Em seguida, nos ares de nossa atmosfera, pairará durante todo o Milênio. Por fim, ao término do Milênio, ocupará o seu devido lugar, nos novos céus e nova terra, que substituirão os antigos céus e terra. A Nova Jerusalém seria, assim, como uma super e gigantesca estação espacial a caminho da Terra”. Jesus afirmou que a Nova Jerusalém já existia ao tempo de Seu ministério terreno. Sua assertiva é bem clara: “na casa do meu Pai, há muitas moradas, se não fosse assim, Eu vo-lo teria dito. Vou preparar-vos lugar“. A Cidade santa já existia e já tinha muitas moradas. Embora ela existisse, porém, o ser humano não poderia habitá-la, ou seja, o homem não estava preparado para poder ingressar nesta cidade, precisamente porque tinha suas vestes manchadas pelo pecado. Veja este paralelo: Os Estados Unidos existe; lá têm milhares de cidades, com casas, edifícios; mas não há lugar algum preparado para aquele estrangeiro que não tiver visto para ali entrar. No dia em que lhe for providenciado um visto, ele ali poderá entrar, ele ali terá lugar. Pois é exatamente o que ocorre com a Nova Jerusalém Celestial. Jesus afirmou que a cidade já existia, que tinha muitas moradas, mas o lugar ainda não estava preparado, porque não havia como o ser humano conseguir ali entrar. Era preciso que alguém morresse e pagasse o preço da desobediência e, assim, retirasse o obstáculo que impedia o acesso do ser humano à árvore da vida (Gn 3:24). Esse obstáculo foi retirado por Jesus, quando morreu por nós na cruz do Calvário e, assim, nos abriu um novo e vivo caminho que nos introduz à Jerusalém celestial (Hb 10:19-23). Isso é mui maravilhoso! Glorifique a Deus por isso!

3. Seu aspecto. A descrição da Nova Jerusalém é sublime e nos enche de gozo e nos faz pensar, como o poeta sacro, que, se é glorioso pensar nas grandezas dali, que não será desfrutá-las. E é por isso que o apóstolo Paulo nos conclama a jamais desanimarmos nem desistirmos, por maiores que sejam as provas e as lutas, pois “… as aflições deste tempo presente não são para comparar com a glória que em nós há de ser revelada” (Rm 8:18). No entanto, não devemos nos esquecer que a nova Jerusalém é de outra dimensão, da dimensão celestial; portanto, muito de sua descrição é figurativa, é alegórica, não pode ser compreendida literalmente, pois se trata de uma descrição feita por Deus aos homens para que pudéssemos compreender, na limitação da nossa mente, o que nos está reservado, pois é algo que está muito além de nossa parca imaginação (ler 1Co 2:9).

a) Ela tem a glória de Deus (Ap 21:11). A glória de Deus é uma característica típica dos lugares santos, e, por isso, a Nova Jerusalém é o lugar santo por excelência e nela não haverá necessidade de templo, pois o seu templo será o próprio Deus.

b) A Cidade tem doze portas, com os nomes das doze tribos de Israel e o muro da cidade, doze fundamentos, com os nomes dos doze apóstolos do Cordeiro. Isto, naturalmente, é uma linguagem figurada para nos mostrar que o fundamento, a razão de ser da convivência eterna com Deus é a salvação na pessoa bendita de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Pode, também, significar que a Igreja que ali está, foi a Igreja que ensinou e que viveu de acordo com a Doutrina dos Apóstolos.

c) A cidade tem um “muro”. João descreve a Formosa Jerusalém Celestial, procurando, com certeza, traduzir para o entendimento tudo o que seus olhos contemplavam. Esse “muro” simboliza a segurança absoluta em que estarão os seus habitantes; simboliza que a Cidade é organizada. Uma muralha bem fortificada era símbolo da segurança da Cidade. A Babilônia era considerada uma cidade inconquistável, por causa de suas muralhas. Segundo os historiadores, ela era circundada por uma muralha de 96 quilômetros de extensão, 90 metros de altura por 25 de espessura. Possuía 250 torres e 100 portões de cobre. Dentro destas muralhas a cidade tinha condições de resistir a um cerco de 20 anos. O Rei Belsazar sentia-se seguro, a ponto de celebrar uma grande festa em seu palácio, embora Babilônia estivesse cercada, há dois anos, pelo exército de Ciro. O Muro da Formosa Jerusalém Celestial é mais alto que um prédio de vinte andares - cento e quarenta e quatro côvados. Considerando-se as diversas variações do côvado, podemos dizer que o “muro” tinha de altura cerca de uns setenta metros. Mas é uma forma clara de o Senhor nos revelar que a Nova Jerusalém é um local de ordem, de organização, de proteção divina e onde o Senhor estabelecerá o seu domínio para todo o sempre.

d) A sua riqueza é incomparável. A Cidade é descrita como contendo pedras preciosas e ouro; os muros são feitos e ornados de pedras preciosas, as ruas, de ouro. Os remidos pisarão em ruas de ouro, ou seja, os valores materiais, aquilo que os homens tanto veneram e respeitam em nossa vida secular, nada representam na vida celestial.

e) A Formosa Cidade não necessita de Sol nem de Luz. Ela não necessitará de sol nem de luz, porque será iluminada pela glória divina e, mais, terá o Cordeiro como sua lâmpada (Ap 21:23).

f) A Cidade apresenta o rio puro da água da vida, claro como cristal, que procede do trono de Deus e do Cordeiro e, no meio da praça, a árvore da vida, que produz doze frutos, dando o seu fruto de mês em mês, cujas folhas são para a saúde das nações (Ap 22:1,2). Esta linguagem, que é figurada, fala-nos da eternidade de que desfrutarão os habitantes desta santa Cidade. No Éden, o homem possuía uma eternidade condicional, embora, enquanto obedecesse ao Senhor, jamais morreria. Aqui, porém, a situação é bem diferente: o homem tem a vida eterna, esta dádiva que é recebida por todos aqueles que crêem em Jesus Cristo (João 3:16; 17:3;1João 2:25; 5:11,12).

· O texto de Ap 22:1,2 fala-nos da vida, porque o rio puro da água da vida que procede do trono de Deus e do Cordeiro é símbolo da comunhão entre Deus e o homem através de Jesus Cristo, resultado da crença em Jesus. “Quem crê em Mim, como diz a Escritura, rios de água viva manarão do seu ventre” (João 7:38); e “…aquele que beber da água que Eu lhe der nunca terá sede, porque a água que Eu lhe der se fará nele uma fonte de água a jorrar para a vida eterna (João 4:14). Somente pode morar na Nova Jerusalém quem tem a vida eterna, quem recebeu a água viva oferecida por Jesus.

· O texto também nos fala de eternidade, porque nos diz que, no meio da praça, há “a árvore da vida“. A vida na Nova Jerusalém é eterna, pois Deus se encarregará de regenerar constantemente o homem, de impedir que o tempo tenha qualquer efeito sobre ele. É o Estado Eterno, ou seja, o tempo não mais existirá. Os séculos terão se consumado (Mt 28:20), mas o Senhor continuará conosco, providenciando e garantindo a perpetuidade da nossa existência ao Seu lado. A árvore da vida é o próprio Cristo, o Pão da Vida - “…o pão que desce do céu, para que o que dele comer não morra”(João 6:50), “…o pão vivo que desceu do céu [que] se alguém comer (…) viverá para sempre” (João 6:51a). A comunhão que nos dá a vida eterna, simbolizada na ceia do Senhor, será, então, uma realidade contínua e completa para todo o sempre.

· O texto também nos fala que, “de mês em mês, dá seu fruto e que seu fruto é restaurador, sarador, é para a saúde das nações“. A periodicidade mencionada aqui no texto de Ap 22:2 é figurativa. Apenas retrata a constância com que se dará esta comunhão, pois, na Nova Jerusalém, não haverá mais tempo.

· Também é figurativa a afirmação concernente à saúde das nações, pois, na Nova Jerusalém, não haverá qualquer possibilidade de doença. O que o texto está a afirmar é que a restauração espiritual operada nos homens que perseveraram até o fim será eternamente sustentada e garantida pelo Senhor, a nossa árvore da vida.

g) Haverá grande alegria, pureza e santidade (Ap 21.2,11). Lá só haverá alegria, infinitamente superior a tudo o que já sentimos nesta vida. Imaginemos qual será o sentimento de todos nós, ao vermos o rosto de Deus e do Cordeiro (Ap 22:4).

h) Para sempre serviremos ao Senhor (Ap 22.3). Alguns pensam que no Céu, na eternidade com Cristo, na Santa Cidade, não haverá trabalho. Esquecem-se de que Deus, sendo perfeito em tudo, trabalha (João 5:17; Is 64:4). Aqueles que tiverem sido servos do Senhor aqui hão de continuar a servi-lo ali: “os seus servos o servirão“. Estejamos, pois, preparados para o glorioso Dia do Arrebatamento da Igreja, pois “assim estaremos sempre com o Senhor. Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras” (1Ts 4:17,18).

III. O PERFEITO ESTADO ETERNO

O Estado Eterno é chamado de Novo Céu e Nova Terra, que não devem ser confundidos com os novos céus e nova terra descritos em Isaias 65:17-25. A passagem do Antigo Testamento trata do Milênio, pois o pecado e a norte ainda estão presentes. Os dois elementos (o pecado e a morte) serão totalmente excluídos do Estado Eterno; neste só haverá perfeição.

No Estado Eterno haverá:

1. Governo perfeito. O homem não tem sabido, nem podido governar bem a Terra. Todas as tentativas humanas nesse sentido fracassaram: dos gregos, através da cultura; dos romanos, através da força e da justiça; e dos governantes dos nossos tempos, através da ciência e da política. Mas Cristo exercerá um governo perfeito, no seu tempo. Nunca jamais haverá desordem, insatisfação, injustiça.

2. Habitantes perfeitos. “Nunca mais haverá qualquer maldição” (Ap 22:3), Isto é, não haverá mais pecado, o que resultará em santidade perfeita. Foi o pecado que trouxe toda sorte de maldição(ler Gn 3:17; Gl 3:13).

3. Serviço perfeito. “Os seus servos o servirão” (Ap 22:3). O maior privilégio do homem é servir a Deus. O trabalho para Deus será então perfeito. Culto perfeito. Atividades perfeitas. Quantas maravilhas não aguardam os salvos!?

4. Comunhão perfeita. A Formosa Jerusalém é a restauração da convivência completa e perfeita entre Deus e os homens que havia antes que o pecado causasse o atual estado de divisão que existe entre Deus e a humanidade. João ouve uma proclamação vinda do Céu: “Eis o tabernáculo de Deus com os homens. Deus habitará com eles“(Ap 21:3). Como povo de Deus, desfrutaremos comunhão mais próxima com Ele do que jamais imaginamos. Deus mesmo estará com todos os seus santos num relacionamento mais íntimo e afetuoso. Somente na Nova Jerusalém, esta comunhão será restabelecida por completo, ocorrendo aquilo que é dito pelo apóstolo João, de vermos Deus como Ele é (1João 3:2).

5. Visão perfeita. “Contemplarão a sua face” (Ap 22:4). Somente com uma visão perfeita será isso possível. Aqui neste mundo, servos dificilmente (e talvez nunca) veem a face de seus senhores - os chefes de nações -, mas nós veremos a face do nosso Senhor!

6. Identificação perfeita. “E nas suas frontes está o nome dele” (Ap 22:4). Nome na Bíblia fala de caráter; daquilo que a pessoa de fato é. Haverá então uma perfeita identificação entre Deus e os seus remidos. No Antigo Testamento o sumo sacerdote levava gravadas numa lâmina de ouro puro, sobre a sua coroa sagrada, as palavras: “Santidade ao Senhor” (Êx 39:30), mas na Formosa Jerusalém, onde a santidade é perfeita, o próprio nome de Deus estará sobre a fronte dos seus filhos.

7. Conhecimento Perfeito. Hoje, conhecemos a Deus apenas em parte, mas na Formosa Jerusalém o nosso conhecimento será perfeito dentro do plano humano, em glória(cf 1Co 13:12).

8. Interação perfeita. “E reinarão pelos séculos dos séculos” (Ap 22:5). Na Formosa Jerusalém, todos juntos, harmonicamente, e sempre, reinaremos. Isso jamais será conseguido aqui, mas no Perfeito Estado Eterno, sim! Irmãos queridos, quantas coisas preciosas tem o Senhor reservadas à Sua amada Igreja. Concordo com o grande mestre, o pr. Antonio Gilberto, quando diz: “Se pudéssemos todos apreciar de fato, pela visão do Espírito, o que é o Céu, a eterna bem-aventurança dos salvos, teríamos tanto desejo de ir para lá, e nos desprenderíamos tanto das coisas daqui, que o Diabo não teria um só torcedor; um só amigo seu na terra. Inúmeros crentes por não terem essa visão estão demasiadamente presos às coisas deste mundo, que jaz no Maligno (1João 5:19)”.



CONCLUSÃO

Aqui concluímos o estudo do Apocalipse, sobre os temas propostos pelo Pr. Claudionor de Andrade, comentarista das lições deste trimestre. “O Apocalipse encerra a história humana da mesma forma que o livro de Gênesis a iniciou: no Paraíso. Mas existe uma diferença inconfundível no livro de Apocalipse: o mal foi eliminado para sempre. Gênesis descreve Adão e Eva caminhando e falando com Deus; Apocalipse descreve as pessoas adorando a Deus face a face. Gênesis descreve um jardim com uma serpente do mal; Apocalipse descreve uma cidade perfeita, sem qualquer influencia maligna. O Jardim do Éden foi destruído pelo pecado, mas o Paraíso foi recriado na Nova Jerusalém Celestial”(Aplicação Pessoal). Também, o Apocalipse termina com uma promessa e uma bênção.



a) A promessa: “Aquele que testifica estas coisas diz: Certamente, cedo venho. Amém! Ora, vem, Senhor Jesus!”(Ap 22:20). Este anseio é também o de todos os cristãos verdadeiros. É também uma confissão de que, enquanto Ele não vier, nossa redenção está incompleta, o mal e o pecado não estão exterminados, e este mundo não está renovado. Nossos esforços para melhorar o mundo são importantes, mas seus resultados não podem ser comparados com a transformação que Jesus trará por ocasião de sua volta. Somente Ele controla a historia da humanidade, perdoa os pecados e recriará a Terra e trará a paz eterna. Temos a certeza de que a vinda do Senhor se aproxima para levar da Terra os seus fiéis servos para a Casa do Pai (João 14:1-3; 1Ts 4:16-18); depois, Ele voltará em glória e triunfo, para reinar para sempre como “Rei dos reis e Senhor dos senhores”(Ap 19:16). Essa é a nossa imutável esperança e jubilosa expectativa (2Pe 1:19).

b) A bênção: “A graça de nosso Senhor Jesus Cristo seja com todos vós. Amém!”(Ap 22:21). Esta é a bênção final deste livro maravilhoso e da Palavra de Deus. É um encerramento sereno para um livro repleto de trovões e julgamentos divino. “Conservemos em nossa lembrança as riquezas do lindo país e guardemos conosco a esperança de uma vida melhor, mais feliz. Pois dali, pois dali, uma voz verdadeira não cansa de oferecer-nos do reino da luz o amor protetor de Jesus. Se quisermos gozar da ventura que no belo país haverá, é somente pedir de alma pura, que de graça Jesus nos dará. Pois dali, pois dali, todo cheio de amor, de ternura, deste amor que mostrou-nos na cruz, nos escuta, nos ouve Jesus” (3ª e 4ª estrofes do hino 202 da Harpa Cristã).

Queridos seguidores deste blog - amigos e irmãos em Cristo -, muito grato por acompanhar-me durante este ditoso trimestre. Confesso que foi muito agradável estudar estas lições. Cada vez que participo de estudos sobre este tema aprendo coisas novas e vivifico muito mais a minha fé, esperança e expectativa de um lindo e mavioso porvir. Espero que tenham gostado das aulas! É claro que nunca haverá um consenso, quando o assunto é Escatologia. Todavia, temos um ponto em comum: Jesus em breve virá e nos levará para estar com Ele para sempre, na Formosa Jerusalém Celestial! Até breve, se Deus quiser!

Fonte: ebdweb

sexta-feira, 15 de junho de 2012

"O JOVEM CRISTÃO E OS DESAFIOS DA PÓS-MODERNIDADE" Mais uma obra do Pr. Donizete Inácio de Melo


Previsto para o final do mês de junho, chegará nas livrarias, mais um livro do Pr. Donizete Inácio de Melo. O tema é por demais inspirador e atual. Com o título: "O JOVEM CRISTÃO E OS DESAFIOS DA PÓS-MODERNIDADE" o escritor visa atingir a juventude evangélica, assim como toda faixa etária jovem. Depois de escrever obras específicas para a família cristã, o Pr. Donizete inspirado por Deus, presenteia a referida faixa com uma excelente obra.  


Conteúdo do Livro:

CAPITULO 1- O Jovem Frente aos Desafios de Conservar-se Puro no Mundo Pós-moderno 

1.1 Conceituando as palavras juventude e jovem
1.2 Compreendendo o termo pós-modernidade
1.3 Definindo sexo e sexologia
1.4 Sexo virtual e masturbação
1.5 Impulso sexual
1.6 Virgindade
1.7 Homossexualismo e a farsa do gene gay
1.8 Vencendo os maus pensamentos





CAPITULO 2- O Desafio do Namoro Cristão à Luz da Palavra de Deus x Pós-Modernidade


2.1 Definindo o termo Namorar
2.2 Namoro Cristão
2.3 Namoro misto
2.4 Namoro on-line
2.5 Flertar e ficar
2.6 Sexo antes do casamento




CAPITULO 3- Os Desafios do Jovem Cristão Quanto ao Secularismo

3.1 As amizades seculares e suas influências
3.2 A mídia secular
3.3 O cuidado no uso dos games
3.4 O mundo da internet
3.5 Preparando-se para o mercado de trabalho

3.6 Jovens brasileiros com formação têm mais sucesso


                                        Obras do Pr. Donizete








segunda-feira, 11 de junho de 2012

4º ANIVERSÁRIO DO CONJUNTO DE SENHORES ARAUTOS DO REI DA AD VIÇOSA-AL

FOTOS DO 4º ANIVERSÁRIO DO CONJUNTO DE SENHORES ARAUTOS DO REI. IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLEIA DE DEUS RUA FREDERICO MAIA,49 - VIÇOSA - ALAGOAS PASTOR DONIZETE INÁCIO DE MELO JUNHO DE 2012

ENCERRAMENTO DO 4º ENCONTRO DE SENHORES DA AD EM VIÇOSA ALAGOAS.



Pr. Donizete Inácio

       A igreja Evangélica Assembleia de Deus em Viçosa, Alagoas, igreja que está sob a liderança do Pr. Donizete Inácio de Melo, viveu um final de semana sobremaneira abençoado por Deus. O encerramento do 4º Encontro de Senhores proporcionou um momento por demais que feliz na presença de Deus aos crentes em Jesus.





Pr. Daniel Silva
Sábado (09) A mensagem da noite do sábado foi transmitida pelo Pastor Daniel Silva(Feira Grande-AL). O texto o qual se baseou para a mensagem, foi extraído do evangelho de Marcos 5.24,34, que usado por Deus na unção do Espírito Santo transmitiu uma forte mensagem a igreja de Cristo. Na sua fala disse o Pastor: “a fé não nasce na hora da bonança, na hora que todos nos abraçam, na hora que tudo está bem, mas a fé na vida do cristão nasce nas piores situações vividas”. declarou o pregador. Os crentes presentes foram alimentados de maneira poderosa pela palavra de Deus no momento.

O momento de louvor foi abrilhantado pelo conjunto de percussão Filhas de Sião, departamento de Senhores da Assembleia de Deus de Messias- AL e do departamento aniversariante Arautos do Rei.




Pr. Josivaldo Gomes
Domingo (10) Tarde Um estudo bíblico foi realizado na tarde de domingo agraciando assim a igreja com a poderosa mensagem bíblica, sendo o preletor o Pr. Josivaldo Gomes( Cajueiro-AL). O início do estudo foi acalorado pelo fogo do Espírito por meio do louvor. Os órgãos de louvor: As filhas de Sião(local), Porta- voz da Esperança (local) A União de Senhores Vozes de Júbilo ( Cajueiro-AL) e o conjunto aniversariante Arautos do Rei foram por Deus usado de forma poderosa. Pr Josivaldo abordou o sugestivo tema: O que fazer quando Deus silencia?. Apresentando as formas de como Deus responder o crente, o pregador fez com que cada um pudesse entrar no mais íntimo do sentimento, buscando entender o edificante assunto.




Pr. Juvenal Bento
Domingo noite.Depois do estudo vespertino, a igreja do Senhor lá estava de volta ao templo ás 19:00 horas para realização do encerramento do inesquecível momento festivo.

A graça de Deus foi marcante no final do encontro. Os órgãos do louvor com unção e graça, engrandeceram o nome do Senhor ao tempo em que o Santo Espírito do Senhor pairava no meio da igreja. O momento de louvor ficou sob a responsabilidade do conjunto Filhas de Sião(local), do departamento de Senhores Gratidão( Atalaia –AL), departamento Jovem Vencendo com Deus (local) e o conjunto aniversariante Arautos do Rei.

O mensageiro da noite foi o Pastor Juvenal Bento (Rio largo-AL). O servo de Deus fazendo menção do tema escolhido pelos aniversariantes, levou ao verdadeiro sentido do louvor. Usando de diversas passagens bíblicas, Pr. Bento fez fortes reflexões, ao tempo em a igreja glorificava o nome do Senhor.

Podemos afirmar que o  4º encontro de Senhores e aniversario do Conjunto de Senhores Arautos do Rei, foi sem dúvida um presente para os crentes em Viçosa, e demais visitantes. Deus falou com seu povo fortemente. Revelações surpreendentes foram proporcionadas ao povo de Deus neste lugar. Resta-nos tão somente externar toda gratidão ao Supremo e eterno Deus, ao pastor Donizete, a cada um que de maneira ordeira e carinhosa contribuíram para realização do mesmo.

AO SENHOR TRIBUTAMOS TODA HONRA, GLÓRIA, LOUVOR E TODA ADORAÇÃO.

Diretoria do Departamento de Senhores Arautos do Rei

O JUÍZO FINAL


Texto Básico: Ap 20:7-15

“Mas, quanto aos tímidos, e aos incrédulos, e aos abomináveis, e aos homicidas, e aos fornicadores, e aos feiticeiros, e aos idólatras e a todos os mentirosos, a sua parte será no lago que arde com fogo e enxofre, o que é a segunda morte“(Ap 21:8).


INTRODUÇÃO

Após o Reino de Cristo na Terra por mil anos, e com Satanás fora do cenário, ocorrerá o “Juízo Final”, que diante do Trono Branco representa o poder ilimitado de Deus e a perfeição da execução dos Seus atos de justiça. O que está assentado sobre o Trono é o Rei dos reis e Senhor dos senhores. Ninguém, exceto a Igreja e os integrantes da Primeira Ressurreição, escapará do julgamento final. Lá estarão senhores e servos, sábios e indoutos, ricos e plebeus. Lá a justiça divina será aplicada a todos. Será o momento em que serão julgados todos os ímpios que se rebelaram contra Deus, em todos as eras, bem como aqueles que não aceitaram o sacrifício de Jesus Cristo em prol da Salvação da humanidade.

I. O QUE É O JUIZO FINAL

Na Bíblia inteira, Deus é visto como Justo Juiz. Ele pronunciou juízos, nos tempos antigos, contra Israel, e também contra as nações. No fim dos tempos não vai ser diferente. Todo ser humano devia se preocupar com esse momento, pois fora da Salvação em Cristo, indubitavelmente, enfrentará esse momento que, infelizmente, nele só haverá um veredicto: a condenação eterna (Ap 20:15).

1. O Juízo final. O “Juízo Final” será o julgamento a que serão submetidos os incrédulos de todas as eras, que foram ressuscitados, na consumação de todas as coisas(Ap 20:5). É chamado também de “Juízo do Trono Branco”, porque a narrativa bíblica se inicia com a visão de um “Grande Trono Branco”. Ocorrerá depois do término do reino milenial de Cristo, depois da condenação definitiva do Diabo e suas hostes. Na Bíblia, este julgamento é explicitamente mencionado, pela primeira vez, por Daniel (Dn 7:9,10). Era algo de pleno conhecimento dos judeus, como mostra Marta, irmã de Lázaro, ao se dirigir ao Senhor, quando este chegou a Betânia quatro dias após a morte de seu amigo(João 11:24). Terá como objetivo retribuir a cada um segundo as suas obras(Ap 20:11-15). A Igreja - a Universal Assembleia dos Santos (Hb 12:23) - não será submetida ao Juízo Final, por haver crida na eficácia da morte e da ressurreição do Filho de Deus.

O Novo Testamento menciona cinco categorias de Julgamentos definitivos:

a) Julgamento da Igreja (2Co 5:10). O julgamento da Igreja é o chamado “Tribunal de Cristo”, que ocorrerá logo após o arrebatamento, antes das Bodas do Cordeiro. Acontecerá nas regiões celestiais. Neste tribunal, os crentes serão julgados pelas obras que tiverem feito por meio do corpo, ou bem, ou mal (Rm 14:10; 2Co 5:10). Este julgamento não envolve salvação ou perdição, pois todos os crentes que forem arrebatados estarão salvos, mas serão julgadas as obras com vistas à entrega de recompensas, do “galardão”. Nesta oportunidade, muitos serão surpreendidos, pois Deus conhece o coração do homem (1Sm 16:7) e sabe a qualidade de tudo o que está sendo feito em Sua obra, não atentando para a aparência. Diante disto, muitos que, aparentemente, terão feito muito pela obra do Senhor, nada receberão, porquanto suas obras serão consideradas como palha, como madeira, sem condição de resistir ao crivo divino; e outros, que, aparentemente, nada teriam feito pelo Senhor, receberão galardões, pois trabalharam em silêncio, sem alarde, mas com dedicação e real devoção. Os critérios do julgamento e o seu tratamento são descritos em 1Co 3:12-15.

b) Julgamento de Israel (Ez 20:34-38;Ml 3:2-5). O segundo julgamento é o julgamento de Israel, o povo escolhido de Deus. A Grande Tribulação será o instante em que Deus tratará com a nação israelita e, ao término da Grande Tribulação, Deus terá provado este povo e só o remanescente será salvo. Aqui, de imediato, vemos uma diferença entre quem fez parte do arrebatamento e quem não fez. Enquanto que o julgamento da Igreja não envolve salvação ou condenação eternas, os demais julgamentos têm em vista o destino eterno dos indivíduos. Na Igreja vitoriosa e glorificada, os crentes não correm risco de perder a vida eterna, conquistada pela fé em Cristo Jesus, mas, tanto em Israel quanto entre os gentios incrédulos, o julgamento divino envolve a possibilidade concreta e bem provável de se viver eternamente sem Deus e sem salvação. É o remanescente que será salvo (Rm 9:27), porque se arrependerão de seus pecados e aclamarão a Jesus como o Messias (Zc 12:10).

c) Julgamento das Nações (Mt 25:31-46). Esse julgamento acontecerá na terra sobre aqueles que sobreviveram ao Armagedom. Serão julgados com base no tratamento dado a mensagem do reino, aos seus mensageiros e ao modo como trataram a nação de Israel. Este julgamento terá como finalidade apartar os “bodes” das “ovelhas”, ou seja, decidir quem passará com Cristo o reino milenial e quem não passará o milênio, ficando a aguardar o julgamento final e definitivo. Neste julgamento, serão ressuscitados apenas aqueles que desfrutarão o milênio com Cristo, os bem-aventurados que completam o número daqueles que tomam parte da primeira ressurreição (Ap 20:6). Os demais indivíduos, com exceção do Anticristo e do Falso Profeta, que já terão sido lançados vivos no lago de fogo e de enxofre, que será inaugurado naquela oportunidade(Ap 19:20), aguardarão o julgamento que ocorrerá somente ao término do Milênio.

d) Julgamento dos anjos maus (1Co 6:3;Jd 6). Judas revela o fato de que anjos serão trazidos a julgamento: “e aos anjos que não guardaram o seu principado, mas deixaram a sua própria habitação, reservou na escuridão e em prisões eternas até ao juízo daquele grande Dia” (Jd 6). Serão julgados e condenados ao lago de fogo juntamente com o Diabo, logo após o Milênio e antes do juízo do Trono Branco (Mt 25:41).

e) Julgamento do Trono Branco (Ap 20:11-15). Este é o chamado “Julgamento Final” ou “Juízo Final” ou, ainda, o “Juízo do Trono Branco”, que terá lugar depois do término do reino milenial de Cristo. Logo após os rebeldes serem devorados pelo fogo do céu que cairá sobre os exércitos que estarão a cercar o lugar santo em Israel, terá findado a história humana. O tempo deixará de existir e Deus chamará à sua presença todos os seres humanos que foram criados e que ainda não tinham sido julgados até então, ou seja, todo ser humano que não pertence nem à Igreja, nem ao Israel salvo e nem ao grupo dos mártires da Grande Tribulação, que já terão sido julgados. Estes outros homens são os que serão levados a julgamento neste último grande tribunal da história.

2. Não confundir o Julgamento das Nações (Mt 25:31-46) com o do “Grande Trono Branco”(Ap 20:11-15). Há quem considere e ensine que a passagem bíblica de Mt 25:31-46(Julgamento das Nações) e a de Ap 20:15(Julgamento Final ou do Trono Branco) se referem a um só acontecimento, ou seja, para estes ensinadores, haverá um único julgamento, que eles denominam de Juízo Universal. Isto, porém, não se sustenta diante de uma análise, mesmo superficial, da Palavra de Deus. Entretanto, seja como for, para o crente salvo não haverá julgamento para condenação, pois conforme afirmou o Senhor Jesus em João 5:24: “… quem ouve a minha Palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida“. Também Paulo afirmou: “Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus…” (Ro 8:1). Nossos pecados já foram julgados na Cruz do Calvário, na Pessoa de Jesus Cristo - Ler Is 53:5. Veja a seguir as diferenças entre esses dois julgamentos, que impossibilitam torná-los um só acontecimento: Em Mateus não há nenhuma ressurreição antes do julgamento, mas apenas uma reunião dos eleitos (Mt 24:31). Enquanto em Apocalipse há uma ressurreição de todos os incrédulos. Em Mateus o julgamento é de nações viventes. Em Apocalipse é dos mortos. Em Mateus as nações são julgadas. Em Apocalipse não trata de entidades nacionais, pois o céu e a terra fugiram e, já que as nações estão confinadas à Terra, o mesmo acontecimento não poderia ser descrito. Em Mateus o julgamento é na Terra. Em Apocalipse o céu e a Terra fugiram. Em Mateus não há livros a ser consultados. Enquanto em Apocalipse os livros são abertos, o livro da vida é trazido, e os que não se encontram nele são lançados no lago de fogo. Em Mateus o julgamento ocorre no retorno de Cristo à Terra. Em Apocalipse ocorre após o fim dos mil anos da presença de Cristo na Terra. Em Mateus aparecem duas classes de pessoas, os justos e os incrédulos. Em Apocalipse apenas os incrédulos aparecem. Em Mateus alguns foram para o reino e outros para o castigo. Em Apocalipse nenhum dos que são julgados vai para a bênção, mas todos vão para o castigo eterno. Em Mateus o juiz está sentado no “trono da sua glória” (Mt 25:31). Em Apocalipse Ele está sentado no “Grande Trono Branco”. Em Mateus a base do julgamento é o tratamento dos irmãos. Enquanto em Apocalipse o julgamento se baseia nas suas obras. Em Mateus a vinda de Cristo precede o julgamento. Em Apocalipse nenhuma vinda é mencionada. Em Mateus a sentença é pronunciada e a separação é feita antes de ser conhecida a causa do julgamento. Em Apocalipse não há nenhum julgamento até que ocorra cuidadoso exame dos livros. Em Mateus não há um milênio precedente, pois há o registro dos que passaram fome, sede, nudez, doença, aprisionamento e foram estrangeiros. Em Apocalipse uma era milenar precede o acontecimento (Ap 20:5). Essas considerações parecem suficientes para apoiar a afirmação de que não se trata de um único e mesmo julgamento, mas de duas partes separadas do plano de julgamento de Deus.

II. O JULGAMENTO DA BESTA (ANTICRISTO), DO FALSO PROFETA (SEGUNDA BESTA) E DO DRAGÃO (SATANÁS)

1. O Juízo sobre o Anticristo e o Falso profeta. Assim está narrado o fim do Anticristo e do Falso profeta: “E a besta foi presa e, com ela, o falso profeta, que, diante dela, fizera os sinais com que enganou os que receberam o sinal da besta e adoraram a sua imagem. Estes dois foram lançados vivos no ardente lago de fogo e enxofre” (Ap 19.20). Portanto, o Anticristo e o Falso profeta, na Batalha do Armagedon, serão aniquilados pela espada que sai da boca de Cristo (isto é, por sua Palavra), e serão lançados vivos no lago de fogo e enxofre, que é o inferno propriamente dito (Ap 19:20). É o fim das duas “bestas”. Amém!

2. O Juízo sobre o Dragão (Ap 20:9). Quando se completarem os mil anos, Satanás será solto da sua prisão e sairá a seduzir as nações hostis a Cristo que há nos quatro cantos da Terra, chamados de Gogue e Magogue(Ap 20:7-8). Aqui, Gogue e Magogue não devem ser confundidos com os dos textos de Ezequiel 38-39. Na passagem do Antigo Testamento, Magogue é um território extenso ao norte de Israel, e Gogue é seu governante. Neste texto de Apocalipse, as palavras se referem às nações do mundo em geral. Em Ezequiel, o contexto é pré-milenar; Em Apocalipse, é pós-milenar. Depois de recrutar um exército de rebeldes ímpios, o Diabo marchará contra Jerusalém, a cidade do Grande Rei, “a cidade amada”. Mas fogo descerá do céu vindo de Deus e consumirá as forças hostis (cf Ap 20:9). Pode parecer surpreendente que Satanás conseguirá reunir um exército de incrédulos no final do milênio. É importante lembrar, porém, que todas as crianças geradas durante o reinado de Cristo nascerão com a natureza gentílica, pecadora, e precisarão ser salvas. Nem todos aceitarão a Cristo como Rei legítimo. Os rebeldes se dispersarão por toda a Terra, procurando afastar-se o máximo possível de Jerusalém, a capital do Governo de Cristo. Após os exércitos de Satanás ser devorados por Cristo, Satanás será, para sempre, destruído, esmagado - “E o diabo, que os enganava, foi lançado no lago de fogo e enxofre, onde está a besta e o falso profeta; e de dia e de noite serão atormentados para todo sempre” (Ap 20:10). O julgamento divino é a destruição e ruína total de Satanás. No inferno (o lago de fogo e enxofre), ele não reinará, sendo sempre atormentado, dia e noite, eternamente.

III. A INSTALAÇÃO DO TRONO BRANCO

Lançado o diabo no lago de fogo e de enxofre, cessará o tempo histórico e será instalado o Grande Tribunal, também conhecido como o Grande Trono Branco, a ser presidido por nosso Senhor Jesus Cristo - “E vi um grande trono branco e o que estava assentado sobre ele, de cuja presença fugiu a terra e o céu, e não se achou lugar para eles. E vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante do trono, e abriram-se os livros”(Ap 20:11,12).

1. O Grande Trono Branco. O Grande Trono Branco simboliza o poder ilimitado de Deus e a perfeição da execução de seus atos de justiça. É Grande por causa das questões envolvidas, e é Branco devido a perfeição e pureza dos veredictos que ali serão dados. Os ímpios, os incrédulos, aqueles que morreram sem Cristo, de todas as épocas, os grandes e os pequenos, estarão postos em pé diante do Juiz para serem julgados.

a) O Juiz que irá presidir este Julgamento. O Senhor Jesus Cristo, o Justo Juiz, conduzirá esse último Julgamento. Ele foi designado pelo Pai para essa missão. Assim diz o texto Sagrado: “Mas Deus […] tem determinado um dia em que com justiça há de julgar o mundo, por meio do varão que destinou; e disso deu certeza a todos, ressuscitando-o dos mortos” (At 17:31). Ele mesmo expressou: “E também o Pai a ninguém julga, mas deu ao Filho todo o juízo” (João 5:22). Portanto, no Juízo Final, todos estarão em pé ante o trono (Ap 20:12, ARA), mas haverão de se prostrar diante do Justo Juiz para receber a sentença (João 5:22,23). Todos aqueles que não quiseram se prostrar diante do Rei dos reis, antes da Segunda Vinda, durante a Grande Tribulação e por ocasião do Milênio, estarão ali, onde terá pleno cumprimento o que diz Filipenses 2:10,11: “para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, e toda a língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de Deus Pai“.

b) O Local e o tempo do Julgamento Final. Pela Bíblia sabemos o local e o tempo dos outros Julgamentos. Sabemos que o Julgamento dos nossos pecados foi realizado na Cruz do Calvário, no ano 29 d.C. O Julgamento de nossas obras será realizado no Céu, diante do Tribunal de Cristo, após o Arrebatamento da Igreja. O Julgamento da Nação de Israel será realizado na Terra, durante a Grande Tribulação. O Julgamento das Nações - Mateus 25:31-46 - será realizado na Terra, no término da Grande Tribulação e antes do Milênio. Todavia, ninguém pode determinar o local em que será realizado o Julgamento Final. Não será no Céu e não será na Terra, pois, estes fugiram da presença daquele que estava assentado sobre o Trono Branco - “… e não se achou lugar para eles“(Ap 20:11). Sabe-se, somente, que será depois do Milênio.

c) Os réus do Julgamento. Fica evidente pelo texto de Apocalipse 20:11-15 que esse é um julgamento dos chamados “os mortos”(Ap 20:12,13) - “E vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante do trono, e abriram-se os livros. E abriu-se outro livro, que é o da vida. E os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras. E deu o mar os mortos que nele havia; e a morte e o inferno deram os mortos que neles havia; e foram julgados cada um segundo as suas obras“. Não há nenhuma referencia aos vivos. Assim, podemos afirmar que, no Julgamento Final, diante do Trono Branco, estarão todos os mortos ímpios de todos os tempos, não importa quando, onde ou como tenham morrido. Ninguém será esquecido na terra, no mar, no inferno (hades), em lugar nenhum - “Mas os outros mortos não reviveram, até que os mil anos se acabaram…” (Ap 20:5). Estes, ao ressuscitarem, receberão um corpo dotado de vida eterna, porém, não será um corpo de glória como os que receberam os salvos. Será um corpo sem glória “… para vergonha e desprezo eterno” (Dn 12:2). Conforme afirmou o Senhor Jesus: “E os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida; e os que fizeram o mal para a ressurreição da condenação” (João 5:29).

d) A base do Julgamento. Esse Julgamento, ao contrário de uma concepção popular errada, não tem por finalidade apurar se aqueles que o enfrentam serão salvos ou não. Todos os que devem ser salvos já foram salvos e entraram no seu estado eterno. Os que serão abençoados eternamente já entraram na sua bênção. Esse é antes um julgamento das más obras dos incrédulos - “[…] E os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras”(Ap 20:12).

e) O resultado do Julgamento. Nesse último grande Juízo não serão proferidas duas sentenças, como ocorreu no Julgamento das Nações (Mt 25:46). Haverá uma única condenação para os ímpios (Ap 20:15). Alguns dizem que os salvos também hão de ser julgados, mas isso contraria o que Jesus afirmou, em João 5:24: “Em verdade, em verdade vos digo: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna, não entrará em juízo, mas passou da morte para a vida” (ARA). Portanto, o salvo em Cristo tem a vida eterna hoje e não será julgado mais quanto ao pecado (cf. Rm 8:1,33,34), a menos que se desvie do caminho da justiça (2Pe 2:20-22; Mt 24:13; Ap 3:5). O resultado desse julgamento fica bem claro em Apocalipse 20:15: “E aquele que não foi achado escrito no livro da vida foi lançado no lago de fogo”. A eterna separação de Deus é o destino eterno dos incrédulos. É o que a Bíblia considera de segunda morte (Ap 20:14).

2. Os livros do juízo final - “E vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante do trono, e abriram-se os livros. E abriu-se outro livro, que é o da vida…”(Ap 20:12). Naquela ocasião, vários livros serão abertos e tudo o que está gravado no coração dos seres humanos, na parte mais profunda de seu ser, virá à tona. Deus, por meio de Cristo Jesus, julgará os segredos de cada um (Rm 2:16). Os mortos serão julgados de acordo com as coisas escritas nos livros, isto é, segundo as suas obras (Ap 20:12). Isso significa que o Senhor tem o registro de tudo o que fazemos (Sl 139:16; Ml 3:16; Sl 56:8; Mc 4:22). E aquele cujo nome não constar do Livro da Vida será lançado no Lago de Fogo (Ap 20:15). Conforme ensina o pr. Ciro Sanches Zibordi, o Livro da Vida é o registro de todos os salvos, de todas as épocas (Dn 12:1; Ap 13:8; 21:27), “desde a fundação do mundo” (Ap 17:8). Os outros livros contêm um registro detalhado das obras dos incrédulos. Nenhum dos presentes no julgamento do Grande Trono Branco encontra-se registrado no Livro da Vida. De acordo com a Palavra de Deus, existe a possibilidade de pessoas salvas, que não perseverarem até ao fim, terem os seus nomes riscados do Livro da Vida do Cordeiro (Ap 3:5). Em Êxodo 32:32,33 vemos essa verdade na intercessão de Moisés pelo povo: “Agora, pois, perdoa o seu pecado; se não, risca-me, peço-te, do teu livro, que tens escrito. Então, disse o Senhor a Moisés: Aquele que pecar contra mim, a este riscarei eu do meu livro”. Alguns, ainda, afirmam que “Deus relacionou toda a humanidade no Livro da Vida e só risca quem não recebe a Cristo como Salvador”. Não obstante, a promessa “de maneira nenhuma riscarei o seu nome do livro da vida” (Ap 3:5) é dirigida aos salvos que vencerem, e não aos pecadores que se converterem. Estes, conquanto tenham os seus nomes arrolados no Céu ao receberem a Cristo, precisam perseverar até ao fim (Mt 24:13). Em Filipenses 4:3, o apóstolo Paulo mencionou cooperadores “cujos nomes estão no Livro da Vida”, porém antes ele asseverara: “estai sempre firmes no Senhor, amados” (Fp 4:1). Não foi por acaso que os pastores das sete igrejas da Ásia ouviram do Senhor a mensagem: “Quem vencer” (Ap 2-3). A manutenção no nome de alguém no Livro da Vida está condicionada à sua vitória até ao fim (Ap 3:5). Somos filhos de Deus hoje (João 1:11,12), mas devemos atentar para o que diz Apocalipse 21:7: “Quem vencer herdará todas as coisas, e eu serei seu Deus, e ele será meu filho” (ZIBORDI, Ciro Sanches - Teologia Sistemática Pentecostal - CPAD).

IV. O JULGAMENTO DOS MORTOS

Diante do Trono Branco estarão todos os mortos que não fazem parte da Primeira Ressurreição. Em Apocalipse 20:13 está escrito que o mar dará os mortos que nele há. Jesus também afirmou que “vem a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz” (João 5:28). Onde quer que estiverem, os pecadores ressuscitarão para comparecer diante do Trono Branco. O Senhor Jesus falou sobre Duas Ressurreições: uma ele chamou de Ressurreição da Vida, e a outra de Ressurreição da Condenação - “Não vos maravilheis disso, porque vem a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz. E os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida; e os que fizeram mal, para a ressurreição da condenação“(João 5:28,29). Nesta passagem bíblica fica claro que uma é a Ressurreição dos Justos e a outra é a Ressurreição dos Ímpios. Os justos ressuscitarão primeiro, por isto chamamos a ressurreição dos justos de Primeira Ressurreição. Os ímpios somente ressuscitarão depois do Milênio, diante do Trono Branco, e para o Julgamento Final, por isto chamamos a ressurreição dos ímpios de Segunda Ressurreição (ler Ap 20:5). Na Primeira Ressurreição, os salvos ressuscitarão num corpo glorificado, conforme o corpo de Cristo(Fp 3:21). Na Segunda Ressurreição, os ímpios ressuscitarão num corpo imortal, porém, sem nenhuma glória, sem qualquer beleza, “para vergonha e desprezo eterno”(Dn 12:2). Esta Segunda Ressurreição acontecerá numa única etapa. Todos os ímpios, de todos os tempos, ressuscitarão e comparecerão diante do Trono Branco, para o Julgamento Final. Instalado o Tribunal, ante o Grande Trono Branco, onde estará assentado Jesus Cristo - não como Salvador, mas como Juiz -, serão chamados os réus, que são todos os homens e mulheres que ainda não tiverem sido julgados até então. Nesse momento da chamada dos acusados, haverá a ressurreição geral dos mortos, ou seja, a chamada “ressurreição do último dia”, mencionada por Marta quando abordada por Jesus no dia da ressurreição de Lázaro em Betânia. Essa ressurreição será uma ressurreição em carne, ou seja, Deus promoverá a reunião da matéria e restabelecerá os corpos daqueles que, durante toda a história da humanidade, viveram sobre a face da Terra e desprezaram deliberadamente e conscientemente a oferta de Deus para trazer o ser humano ao estado original da criação, ou seja, à comunhão eterna com o seu Criador. Esta é uma das provas bíblicas de que ressurreição não se confunde com reencarnação, pois se Deus irá retomar toda a matéria de que foi criado o ser humano que viveu durante toda a história da humanidade dos locais em que eles morreram (Ap 20:13), isto é uma demonstração de que se morre apenas uma vez sobre a face da Terra(cf Hb 9:27), ao contrário do que afirmam os reencarnacionistas. Ainda mais, não há notícia de que venha a ser ressuscitado qualquer corpo que venha de outro planeta, a comprovar, também, que a teoria reencarnacionista, que sustenta a vida em outros planetas para justificar o crescimento populacional, não tem qualquer fundamento bíblico. A Sentença - ou o Resultado deste Julgamento: “… E aquele que não foi achado escrito no livro da vida foi lançado no lago de fogo”(Ap 20:14-15). São com estas palavras, e com esta afirmação, que será encerrada a Ata do Julgamento Final. Assim, os ímpios, os réus do Julgamento dos Mortos, estarão no “lago de fogo” enquanto viverem, e, viverão eternamente - “… de dia e de noite serão atormentados para todo o sempre”(Ap 20:10). Chamamos isso de a “segunda morte“, que significa a separação eterna de Deus. “O sinistro fato do castigo eterno para os ímpios é a maior razão para levar o Evangelho a todo o mundo, e fazer o máximo possível para persuadir as pessoas a arrependerem-se e a aceitarem a Cristo antes que seja tarde demais” (Nota da Bíblia de Estudo Pentecostal).

V. O JULGAMENTO DA MORTE E DO INFERNO

O pastor Ciro Sanches Zibordi explica com muita substância este assunto. Diz ele: Segundo a Palavra de Deus, a morte (gr. thanatos) e o inferno (gr. hades) darão os seus mortos, os quais, após o Juízo Final, serão lançados no Lago de Fogo (Ap 20.13,14). O vocábulo “morte”, na passagem em análise, tem sentido figurado; trata-se de uma metonímia (figura de linguagem expressa pelo emprego da causa pelo efeito ou do símbolo pela realidade), numa alusão a todos os corpos de ímpios, oriundos de todas as partes da Terra, seja qual for a condição deles. Há pessoas cujos corpos são cremados; outras morrem em decorrência de grandes explosões, etc. Todas terão os seus corpos reconstituídos para que, em seu estado tríplice (cf. I Ts 5.23), compareçam perante o Juiz. No entanto, para que alguém compareça ao julgamento em seu estado pleno - espírito, alma e corpo -, estes elementos terão de ser reunidos. Daí a ênfase de que “a morte” e também “o inferno” darão os seus mortos. O termo “inferno” aqui é hades, também empregado de forma metonímica. Em outras palavras, assim como a “morte” dará o corpo, o Hades dará a parte que não está neste mundo físico, isto é, a alma (na verdade, alma+espírito). Todos os sentenciados ao Lago de Fogo, no Trono Branco, serão pecadores já condenados (cf. João 3.18,36), haja vista o Hades ser um lugar de tormentos onde os injustos aguardam a sentença definitiva (cf. Lc 16.23). Nenhuma alma salva em Cristo se encontra no Hades, mas no Paraíso (Lc 23.43; 2 Co 12.2-4). Nesse caso, os mortos salvos durante o Milênio ressuscitarão antes do Juízo Final, mas não para comparecerem diante do Justo Juiz como réus (cf. João 5.22-29). Com base no que foi dito acima, podemos entender melhor a frase “a morte e o inferno foram lançados no lago de fogo” (Ap 20.14). Isso denota que os corpos e as almas dos perdidos - que saíram do lugar onde estavam e foram reunidos na “segunda ressurreição”, a da condenação (João 5.29b) -, depois de ouvirem a sentença do Justo Juiz, serão lançados no Inferno propriamente dito, o Lago de Fogo. A frase “a morte e o inferno foram lançados no lago de fogo” (Ap 20.14) tem uma correlação com o que Jesus disse em Mateus 10.28: “Não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma; temei, antes, aquele que pode fazer perecer no inferno tanto a alma como o corpo” (ARA). Ou seja, as almas (”o Hades”) e os corpos (”a morte”) serão lançados no Geena. Depois disso, nunca mais haverá morte, o último inimigo a ser vencido (I Co 15.26) (ZIBORDI, Ciro Sanches. Teologia Sistemática Pentecostal - CPAD).

 CONCLUSÃO

À luz da Palavra de Deus, o Senhor anuncia a todas as pessoas, em todos os lugares, que se arrependam, pois tem determinado um Dia em que, com justiça, há de julgar o mundo por meio do Senhor Jesus Cristo (At 17:31). Como vimos nesta aula, o resultado desse julgamento é a separação eterna de Deus. É descrito por João: “E aquele que não foi escrito no Livro da Vida foi lançado no lago de fogo”. Esta advertência não pode passar despercebida. É clarividente que o visto de entrada para o Céu é: ter o nosso nome escrito no Livro da Vida. Isso significa aceitar a Jesus como Salvador e Senhor. Portanto, viver de forma que agrademos a Deus é, sem dúvida alguma, uma motivação para que não sejamos partícipes do Juízo Final, pois nele não serão julgados aqueles que receberam a Salvação em Cristo Jesus e foram fiéis até o fim.

Fonte: ebdweb