Introdução
A promessa do Batismo com o Espírito Santo, foi na verdade uma substancial edificação da igreja na terra. O que seria da igreja sem que essa promessa viesse a ser feita pelo nosso amado Jesus. Só com o revestimento de poder que podemos vencer todos os obtáculos que a cada um de nós são propostos. BOA AULA!!!!!!!
- O QUE É O BATISMO
1. Concepções errôneas. O batismo no Espírito não é a mesma coisa que:
a) Salvação. Os discípulos já eram salvos antes do Pentecostes (Lc 22.28; 10.20; J0 13.10; 15.3). Já tinham participado da ceia (Mt 26.26, 27), e sido enviados pelo próprio Senhor Jesus a pregar (Mt 28.18-20). Eles já eram salvos; restava-lhes, porém, serem revestidos do poder do alto. Na casa de Cornélio, os crentes foram batizados no batismo no Espírito no mesmo dia em que receberam a Jesus; porém, tiveram primeiro os seus corações purificados pela fé (At 15.8, 9). Em Éfeso, havia discípulos que já tinham crido, mas que desconheciam a realidade do batismo no Espírito Santo (At 19.1-6). Portanto, a salvação e o batismo no Espírito são experiências distintas entre si.
b) Santificação. Embora o Espírito promova a santificação na vida do crente (Gl 5.16-18, 24-26), isso nada tem a ver com o batismo no Espírito Santo. A pessoa pode ser santificada e cheia do fruto do Espírito (Gl 5.22), e, mesmo assim, não ser batizada no Espírito Santo. A santificação é paulatinamente cultivada e atua de maneira gradual em nossa vida, enquanto que o batismo no Espírito é um dom concedido por Deus; recebemo-lo de uma única vez (At 10.45).
c) Alegria. A salvação traz grande alegria ao coração do ser humano (Rm 14.17). Porém, sentir grande alegria, ou emoção, não significa que o crente é ou haja sido batizado no Espírito: é o resultado da salvação (2 Co 2.2; 6.10). Vejamos, portanto, o que é o batismo no Espírito Santo.
2. A promessa do pai. O batismo no Espírito é assim chamado porque, no Antigo Testamento, o Pai havia prometido o derramamento do Espírito a todos os que lhe invocassem o nome. No AT encontramos muitas promessas sobre a efusão do Espírito. Dessa promessa, falaram: Salomão (Pv 1.23); Isaías (Is 28.11, 12; 44.3); Joel (JI 2.28-32); Zacarias (Zc 12.10) etc. A promessa também foi feita através de João Batista (Mt 3.11) e principalmente por Jesus, o Filho de Deus (Jo 14.16, 17, 26; 16.7, 13; At 1.4, 5, 8).
3. Revestimento de poder. Temos, aqui, uma das expressões bíblicas que definem o derramamento do poder do alto em nossas vidas (Lc 24.49).
Na Bíblia, porém, encontramos outras expressões, como:
a) Batismo no Espírito Santo (Mt 3.11; At 1.5): descreve o mergulho do crente na Plenitude do Espírito Santo (At 2.4; 4.8, 31; 9.17) e é uma referência ao transbordamento desse poder.
b) Unção (1 Jø 2.20, 27; 2 Co 1.19-21): refere-se, figurativamente, à unção que recebiam, no Antigo Testamento, sacerdotes, reis e alguns profetas.
c) Virtude do Espírito Santo (At 1.8): fala do poder sobrenatural recebido por ocasião do batismo no Espírito Santo, e que conduz o crente à vitória (Zc 4.6; 2 Co 4.6) etc.
II. A EVIDÊNCIA INICIAL E FÍSICA DO BATISMO NO ESPÍRITO SANTO
1. Línguas estranhas. Antes do Pentecostes, o Espírito Santo já havia descido sobre várias pessoas, como João Batista (Lc 1.47), Isabel (Lc 1.41), Zacarias (1.67) e Simeão (Lc 2.52). No entanto, não há nenhum registro de que algum desses personagens haja falado línguas estranhas.
No dia de Pentecostes, o derramamento do Espírito Santo foi acompanhado por um sinal externo bem evidente e audível: “E todos foram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas conforme o Espírito Santo concedia que falassem” (At 2.4). A evidência de que os discípulos haviam, de fato, recebido o batismo no Espírito Santo foi o falar em línguas. Esta é a evidência indubitável e clara do batismo no Espírito Santo. Cada um dos que se encontravam no cenáculo teve a sua própria experiência (At 2.2, 3); todos falaram línguas que jamais tinham aprendido.
2. A evidência como padrão. Como já dissemos no tópico anterior, a evidência inicial e física do batismo no Espírito Santo, no dia de Pentecostes, foi o falar em línguas estranhas. Esta evidência deixou bem claro que os discípulos haviam recebido a promessa do Pai (At 2.17, 18, 38, 39).
O falar em línguas, pois, serve como padrão para se aferir se alguém foi ou não batizado no Espírito Santo (At 11.15-17). O que se deu no dia de Pentecostes, repetiu-se na casa de Cornélio (At 10.46); em Éfeso (At 19.6); na vida de Paulo (At 9.17, 18; 1 Co 14.18). Em Samaria (At 8.20, 21), embora a Bíblia não o declare, também deve ter havido línguas estranhas por ocasião do avivamento que lá houve nos dias dos apóstolos.
III. A FINALIDADE DO BATISMO NO ESPÍRITO SANTO
1. Capacitação para o serviço. “A manifestação do Espírito é dada a cada um para o que for útil” (1 Co 127). O batismo no Espírito capacita o crente a pregar (At 1.8) com autoridade celestial (At4.13, 20,29,33,34). Através dessa ferramenta indispensável ao serviço cristão (2 Co 10.4,5), o crente produzirá muitas conversões como fruto de seu trabalho evangelístico e missionário (At 11.22-24).
Uma grande mudança operou-se na vida dos discípulos depois de eles terem recebido o poder do alto. Tão logo foram batizados no Espírito Santo, puseram-se de pé para proclamar o Evangelho de Cristo (At 2.2, 14). As portas que até então estavam fechadas (Jo 20.19), abriram-se. E eles saíram às ruas, praças etc, para anunciarem a morte e a ressurreição de Jesus Cristo.
2. Novo dimensionamento espiritual. O batismo no Espírito Santo proporciona aos crentes:
a) Visão dos perdidos. Paulo teve a visão das necessidades dos macedônios (At 16.9) e dos coríntios (At 18.9-11). Que Deus nos desperte a obedecer a visão celestial (At 26.19), pois a seara já está branca para a ceifa (Mt 9.37; Jo 4.35). Conscientizemo-nos desta verdade: não somos enviados apenas para semear, mas também para ceifar.
b) Incentivo para a conquista de outras bênçãos. O batismo no Espírito Santo não é o ponto final de nossas experiências com Deus: é a porta para a conquista de uma infinidade de outras realizações espirituais. Quando Israel entrou na terra prometida, tinha diante de si um território amplo e espaçoso, cuja conquista dependia de um avanço contínuo (Js 1.3; 18.1-4). Por conseguinte, devemos avançar sempre na conquista das “coisas que estão diante de nós” (FI 3.12, 13).
3. Aprofundamento da comunhão com Deus. O “falar em línguas” leva-nos a ter uma comunhão mais íntima com Deus (1 Co 14.2, 28), proporcionando profunda edificação pessoal (1 Co 14.4). É o refrigério prometido por Deus (Is 28.11, 12). E, ainda, uma força extraordinária na oração (1 Co 14.15), pois oramos em espírito (Rm 8.26; Ef 6.18), e, assim, damos “bem as graças” (1 Co 14.17) num tipo de linguagem que Satanás não entende.
IV. COMO RECEBER O BATISMO
O recebimento do batismo no Espírito não está vinculado a mérito, pois é um dom de Deus (At 10.45); nem a métodos, pois o Espírito opera como o vento (Jo 3.8), que sempre toma direções diferentes; nem a datas, pois Jesus, o batizador, é soberano, e batiza quando lhe apraz; nem a locais, pois Ele batiza onde quer; nem a posturas corporais, pois o que vale é a posição do coração (Jr 29.13; Jo 7.38).
O batismo no Espírito Santo é para todos (At 2.3 8). Vejamos algumas condições para recebê-lo:
a) Arrependimento (At 2.38, 39), voltando para Deus, em uma mudança radical de atitude.
b) Obediência (At 5.32), pela qual o Senhor derrama seu Espírito sobre “servos” e “servas” (At 2.18); fé (Mc 16.17; Ef 1.13), pois os que crerem verão a glória de Deus em suas vidas (Jo 11.40; 7.38; Gl 3.2, 5).
c) Busca ardente, com perseverança (Lc 11.9-13; Mt 7.7), “até” receber o poder (Lc 24.49), e também com desejo e sede ardente (SI 143.6; Is 41.17, 18; 44.3).
FONTE: EBDWEB
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