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terça-feira, 12 de maio de 2015

7ª lição do 2º trimestre de 2015: PODER SOBRE AS DOENÇAS E MORTE



Texto Base: Lucas 4:38,39; 7:11-17

 
“E de todos se apoderou o temor, e glorificavam a Deus, dizendo: Um grande profeta se levantou entre nós, e Deus visitou o seu povo” (Lc 7:16)

 

INTRODUÇÃO

A doença é uma consequência do juízo divino sobre a humanidade, feita ao primeiro casal, por causa do pecado. Herdamos do primeiro casal a natureza pecaminosa e passamos a viver numa terra amaldiçoada em virtude da iniquidade. Nascidos à imagem e semelhança de Adão (Gn 5:3), concebidos em pecado (Sl 51:5), não temos como deixar de possuir um corpo que está marcado para tornar à terra, como também uma natureza que, adquirida a consciência, nos leva a pecar contra Deus. Paulo afirma: “como por um homem entrou o pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, por isso que todos pecaram” (Rm 5:12). Mas Jesus Cristo veio para tratar do problema do pecado e das suas consequências (Is 53:4-7; 6:1,2).

Quanto à morte, ela é a situação mais difícil que o ser humano pode enfrentar. Ela é o terrível legado que herdamos dos nossos primeiros pais, que desobedeceram ao Criador no Éden (Gn 2:15-17; 3:19; Rm 5:12). É o pagamento indesejado que recebemos por ter pecado (Rm 6:23). É o fim para o qual caminhamos a passos largos (Ec 12:1-7). Mais do que isso, é o inimigo implacável que vem em nosso encalço para, no inevitável dia do encontro, nos deixar prostrados (Lc 12:20). É o último inimigo a ser aniquilado (1Co 15:26). Contudo, para o verdadeiro cristão, a morte é “lucro”. Sabe por quê? Porque Jesus venceu a morte. Para o apóstolo Paulo a morte não era uma tragédia. Ele chegou a dizer: ”Para mim o viver é Cristo, e o morrer é lucro”(Fp 1:21). Para ele, morrer é partir para estar com Cristo, o que é incomparavelmente melhor (Fp 1:23). Ele desejava, preferencialmente, estar com o Senhor - “Desejamos, antes, deixar este corpo, para habitar com o Senhor”(2Co 5:8). Somente aqueles que têm o Espírito Santo como penhor (2Co 5:5) podem ter essa confiança do além-túmulo. O penhor do Espírito é uma garantia de que caminhamos não para um fim tenebroso, mas para um alvorecer glorioso. Caminhamos não para a morte, mas para a vida eterna, para habitação de uma mansão permanente.

I. DOENÇAS, PERDÃO E CURA

1. Culpa, perdão e cura. Certa vez, Jesus ensinava dentro de uma casa ou de um lugar coberto. O local estava cheio e, entre os presentes, estavam os fariseus e os doutores da lei, os escribas, vindo da Galiléia, da Judeia e até de Jerusalém. Então, chegaram algumas pessoas carregando um paralítico para ver o Senhor Jesus; na verdade, para ser curado por Jesus. Como não conseguiram entrar pela porta, dirigiram-se ao terraço, tiraram as telhas e desceram o paralítico no meio, bem diante de Jesus. O esforço daqueles homens foi tão grande que Jesus viu neles uma grande fé, a confiança no seu poder de curar. Jesus teve que reagir. Mas o curioso é que Ele não curou a paralisia. Em vez disso, disse: “homem, estão perdoados os teus pecados” (Lc 5:20). Para entendermos essas palavras precisamos recordar que, para os antigos, as doenças eram causadas pelos demônios e pelos pecados (veja João 5:14; 9:2). Ora, ao perdoar os pecados, Jesus estava curando o mal pela raiz, eliminando a causa e não simplesmente os sintomas. Mas diante disso surgiu uma outra questão: segundo as Escrituras, somente Deus podia perdoar pecados (veja Êx 34:6,7; Is 43:25; 44:22).

“Quem é esse que diz blasfêmias? Quem pode perdoar pecados, senão Deus? ” (Lc 5:21). Esse foi o questionamento dos doutores da lei e dos fariseus. Jesus logo percebeu o que estavam pensando (João 2:25), e os desafiou (vide Lc 5:23,24). Foi exatamente assim que aconteceu. Jesus curou a causa e o sintoma. Libertou por dentro e por fora, no espirito e no corpo. Ou como disse o pr. José Gonçalves: “o Filho do Homem, demonstrou o seu poder tratando o problema da alma, removendo a culpa e depois cuidou do corpo, removendo a enfermidade”.

E Jesus fez isso de graça, ao passo que naquele tempo o perdão dos pecados era conseguido no templo, por meio de troca de ofertas e sacrifícios. Talvez seja até por isso que os doutores da lei e os fariseus estavam tão incomodados. Uma salvação gratuita vinha sendo anunciada e praticada. Mas não é isso também que vemos hoje em alguns movimentos religiosos? “Você só será curado, ou o seu problema só será resolvido depois de demonstrar a sua fé e o seu amor através da contribuição financeira”. Que lamentável! A transformação que Jesus faz é gratuita!

2. A ação de Satanás. A doença física é um fato incontestável, e a Escritura afirma que o primeiro motivo deste terrível mal sobre a humanidade foi a queda de Adão e Eva. O pecado é a razão pela qual o mal natural impera sobre a humanidade, todavia, nem toda enfermidade é consequência do pecado pessoal. Há debilidades físicas que são o efeito do pecado (2Cr 26:16-19; João 5:14; 9:1,2), outras procedem de causas naturais (Mt 8:2,3; 9:18-26), outras ocorrem de acordo com o propósito divino (João 9:2,3); outras derivam da permissão divina (Jó 1:10-12; 2Co 12:7-10), enquanto outras estão associadas à ação de Satanás (Lc 13:10-12; Mt 9:33,34; 17:18-21; Lc 13:11).

Veja o exemplo da mulher que andava encurvada (Lc 13:10-13). “E eis que estava ali uma mulher que tinha um espírito de enfermidade havia já dezoito anos; e andava curvada e não podia de modo algum endireitar-se” (Lc 13:11). A curvatura da espinha dorsal dessa mulher foi causada por Satanás. Ela vivia presa há dezoito anos pelo demônio. Mas Jesus se compadeceu dela, chamou-a, libertou-a do demônio. Demonstrando o seu amor, Jesus impôs as mãos sobre essa mulher, curou-a, restaurou-a. Restaurou-lhe a saúde e a dignidade, a despeito da oposição dos legalistas de plantão (Lc 13:14). A imposição das mãos não era essencial, pois Ele chegou a fazer outras curas sem usar esse gesto. Porém, as mãos ajudam o enfermo a ter fé. Podemos dizer que esse contato com Jesus é pessoal, porque Ele vem até nós por meio da fé.

Sabemos de outras partes da Bíblia que certas doenças são o resultado de atividade satânica. Os furúnculos de Jó eram infligidos por Satanás. O espinho na carne de Paulo era um mensageiro de Satanás para esbofeteá-lo. Ao Diabo não é permitido agir assim num crente, sem a permissão do Senhor. E Deus predomina sobre qualquer doença ou sofrimento para a sua própria glória.

Muitos gostam das obras de Jesus, mas não abrem o coração para que Ele os liberte de um mal que é tão grande quanto o daquela pobre mulher: o mal do pecado e da escravidão de Satanás. Você já aceitou Jesus como seu Senhor e Salvador? Ou ainda está preso pelo peso da religiosidade falsa ou pelo poder demoníaco do pecado? Saiba que Jesus pode e quer libertar você. Recebe-o em sua vida!

3. Os salvos podem adoecer? Sim. O fato de que a saúde faz parte do plano de Deus para a salvação não significa que a doença venha a ser erradicada da vida de todo aquele que aceita a Jesus Cristo como Senhor e Salvador da sua vida. Assim como o fato de ser salvo não nos livra da morte física, consequência praticamente inevitável do pecado e que acomete tanto os salvos quanto os ímpios, assim também não estamos imunes à doença. Jesus cura os enfermos, este é um sinal de que Ele venceu a morte e o inferno, de que Ele é o Salvador do mundo, mas daí a se dizer que todo salvo não fica doente há uma grande distância.

A Bíblia está repleta de exemplos de homens e mulheres de Deus que, apesar de terem uma vida de comunhão com o Senhor, adoeceram e, por vezes, até morreram doentes, sem que esta doença significasse qualquer desvio espiritual ou pecado por parte do servo do Senhor. O ser humano se desgasta, pois, o seu corpo é corruptível (2Co 4:16). Um dia, os salvos se revestirão de incorruptibilidade (1Co 15:54). Por enquanto, embora Jesus tenha poder para nos curar, segundo a sua vontade (1Jo 5:14; Mt 6:9,10), estamos sujeitos às enfermidades. Mas, os pregadores da saúde perfeita sempre 'exigem' a cura e dizem “que o Senhor cura sempre, pois a saúde é um direito do crente”. Se a saúde é um direito do crente, por que ele fica doente? Por que Paulo, Timóteo e Trófimo não foram curados (2Co 12:7-9; 1Tm 5:23; 2Tm 4:20)? Jó estava em pecado, quando adoeceu (Jó 1:1; 2:12,13)? A propósito, o profeta que maior número de milagres fez no Antigo Testamento, Eliseu, em que repousava porção dobrada do Espírito Santo que havia estado em Elias, diz-nos as Escrituras, morreu por causa de uma doença (2Rs 13:14). Em Salmos 41:3, está escrito: “O Senhor o sustentará no leito de enfermidade; tu renovas a sua cama na doença”. Isso prova que o cristão, salvo em Cristo, adoece som certeza!

II. RAZÕES PARA CURAR

1. A compaixão. Lucas mostra que uma das razões da cura dos enfermos no ministério de Jesus estava em sua capacidade de demonstrar compaixão. Para justificar isso Lucas descreve a cura do leproso descrito em Lc 5:12,13. Este leproso se aproximou tanto de Jesus a ponto do Senhor poder tocá-lo. Isso é digno de nota porque a lei ordenava: “[...] habitará só; a sua habitação será fora do arraial” (Lv 13:46). Esse leproso não se escondeu, mas correu na direção de Jesus. Ele furou o bloqueio, transcendeu, fez o que não era comum fazer. Ele contrariou os clichês sociais e quebrou paradigmas. Dispôs a enfrentar o desprezo, a gritaria ou mesmo as pedradas da multidão. Ele rompeu com declaração do fracasso imposto à sua vida. Ele estava fadado à morte, ao abandono, ao opróbio, à caverna, ao leprosário. Contudo, ele se levantou e foi ao Salvador. Ele esperou contra a esperança e não desanimou.

Qual foi a atitude de Jesus para com esse leproso? Jesus demonstrou uma compaixão profunda (Mc 1:41): “E Jesus, movido de grande compaixão, estendeu a mão, e tocou-o, e disse-lhe: Quero, sê limpo!”. Jesus sentiu compaixão pelo leproso em vez de pegar em pedras para o expulsar da sua presença. Jesus sentiu profundo amor por esse pária da sociedade em vez de sentir náuseas dele. Todos tinham medo dele e fugiam dele com náuseas, mas Jesus teve profunda compaixão e o tocou.

O real valor de uma pessoa está em seu interior e não em sua aparência. Embora o corpo de uma pessoa possa estar deformado pela enfermidade, o seu valor é o mesmo diante de Deus. Jesus não considerava ninguém indigno, quer leproso, ou cego, surdo ou paralitico. Ele veio ao mundo para ajudar, curar e salvar. Alguém disse que “as pessoas não estão perdidas porque elas são muito más para serem salvas, mas estão perdidas porque não querem vir a Cristo para erem salvas”.

Mesmo que todos rejeitem você, Jesus se compadece. Ele sabe o seu nome, seu problema, sua dor, suas angustias, seus medos. Ele não o escorraça. Portanto, não corra de Deus, corra para Ele. Não fuja de Jesus, prostre-se aos seus pés. Ele convida: “vinde a mim todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei” (Mt 11:28).

2. Manifestação messiânica. Lucas nos mostra outra justificativa do poder de Jesus sobre as doenças: a revelação da sua natureza messiânica. Veja o aspecto messiânico de Jesus na cura do cego de Jericó (Lc 18:38-42). Este não era somente cego, também era mendigo (Lc 18:35). Faltava-lhe luz nos olhos e dinheiro no bolso. Estava entregue às trevas e à miséria. Vivia a esmolar à beira da estrada, dependendo totalmente da benevolência dos outros. Um cego não sabe para onde vai, um mendigo não tem aonde ir.

Esse homem não era apenas cego e mendigo, também não tinha nome; ele era conhecido apenas por filho de Timeu (Mc 10:46). Desta feita, esse homem estava também com sua autoestima achatada. Portanto, não tinha saúde, nem dinheiro, nem valor próprio. Ele carregava não apenas sua capa, mas também seus complexos, seus traumas, suas feridas abertas.

Um detalhe importante deve ser destacado: aquela era a última vez que Jesus passaria por Jericó (Lc 18:37). Era a última vez que Jesus subiria a Jerusalém. Portanto, aquela era a última oportunidade de Bartimeu. Não há nada mais perigoso do que desperdiçar uma oportunidade. As oportunidades vêm e vão. Se não as agarrarmos, elas se perderão para sempre.

Bartimeu clamou: “Jesus Filho de Davi, tem misericórdia de mim” (Lc 18:38; Mc 10:47). O fato de esse cego mendigo chamar Jesus de “Filho de Davi” revela que ele reconhecia Jesus como o Messias. Este era um título messiânico. Não há nenhuma cura de cego no Antigo Testamento; os judeus acreditavam que tal milagre era um sinal de que a era messiânica havia chegado (Is 29:18; 35:5).

Apesar de cego, Bartimeu enxergou mais do que os sacerdotes, escribas e fariseus. Estes tinham olhos, mas não discernimento. Muitos que haviam testemunhado os milagres de Jesus estavam cegos a respeito da sua identidade, recusando-se abrir seus olhos para a verdade.

Bartimeu era cego no corpo, mas enxergava com os olhos da alma. Os olhos do seu entendimento estavam abertos. Ele viu coisas que Anás, Caifás e as hostes de mestres em Israel não viram.

Bartimeu compreendeu que Jesus, o Messias, tinha poder e autoridade para dar-lhe visão. Ele foi curado por Cristo (Lc 18:42). Saiu de uma cegueira completa para uma visão completa. Num momento, cegueira total; no seguinte, visão intacta. A cura foi total, imediata e definitiva.

Mas Jesus não apenas curou e cegueira física de Bartimeu, também perdoou os seus pecados, salvou a sua alma: “...a tua fé te salvou” (Lc 18:42). Jesus diagnosticou uma doença mais grave e mais urgente do que a cegueira física. Não apenas os olhos de Bartimeu estavam em trevas, mas também a sua alma. Ele foi buscar a cura para seus olhos, e encontrou a salvação da sua alma. Diz o texto lucano: “E logo viu, e seguia-o, glorificando a Deus” (Lc 18:43).

Bartimeu viu, com os olhos da alma, que Jesus era o Messias esperado, o Todo Poderoso Deus. Você tem os olhos da sua alma abertos? Pedro adverte: “para que a prova da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro que perece e é provado pelo fogo, se ache em louvor, e honra, e glória na revelação de Jesus Cristo; ao qual, não o havendo visto, amais; no qual, não o vendo agora, mas crendo, vos alegrais com gozo inefável e glorioso, alcançando o fim da vossa fé, a salvação da alma” (1Pedro 1:7-9).

III. AUTORIDADE PARA CURAR

A saúde do homem é um objetivo perseguido por Deus quando do estabelecimento do plano da salvação. O Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (João 1:29), ao tirar o pecado, haveria, também, de tirar tudo aquilo que era consequência do pecado, ou seja, a morte física e o seu corolário, que é a doença. Não é por acaso que, durante Seu ministério terreno, Jesus tenha, por diversas vezes, curado enfermos, como comprovação de que Seu trabalho, sobre a face da Terra, era restaurar aquele estado anterior ao pecado, um estado onde a doença simplesmente inexistia (Mt 8:16,17; Mc 1:34; Lc 7:21). Na sua feliz síntese do ministério de Cristo, o apóstolo Pedro não deixou de lembrar que Jesus “… andou fazendo bem e curando a todos os oprimidos do diabo, porque Deus era com Ele” (At 10:38b).

Essa autoridade foi delegada à Igreja. Jesus é o mesmo ontem, hoje e eternamente (Hb 13:8) e prometeu estar conosco todos os dias até a consumação dos séculos (Mt 28:20), tendo, como uma de suas missões, a de cooperar com o trabalho evangelizador da Igreja (Mc 16:20), e esta cooperação se dá através da realização de curas, sinais e maravilhas, que confirmem a Palavra que é pregada.

A história da Igreja está repleta de exemplos de que, quando os crentes passaram a buscar a Deus de forma mais decidida, orando, jejuando e se santificando, Deus promoveu grandes avivamentos, sempre acompanhados de sinais e maravilhas, de que é prova, aliás, o avivamento pentecostal, que já tem mais de 100 anos de existência, embora, tenhamos de admitir, que nestes últimos dias da Igreja, pela falta de persistência, não vemos mais sinais e maravilhas como no passado. Todavia, Jesus continua a ser Aquele que foi dar saúde ao criado do centurião romano (Mt 8:7), o mesmo que foi anunciado por Pedro e que deu saúde para Enéias (At 9:34). O Seu propósito é fazer com que os milagres que ocorreram em seu ministério terreno continuem a acontecer durante a dispensação da graça, que só terminará com o arrebatamento da Igreja.

IV. A REDENÇÃO DO NOSSO CORPO

Vivemos no mundo sujeito às consequências do pecado, e a Terra foi maldita por causa do pecado do homem (Gn 3:17). Portanto, enquanto estivermos aqui estaremos sujeitos às doenças e à morte, todavia, quando o nosso corpo for revestido da incorruptibilidade aí sim, gozaremos para sempre uma vida de plena saúde.

Um dia não haverá mais doenças, nem lágrimas – “E Deus limpará de seus olhos toda lágrima, e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor, porque já as primeiras coisas são passadas” (Ap 21:4). No novo Céu e na nova Terra não haverá mais sofrimento. Não haverá mais enfermidades, defeito físico, cansaço, fadiga, depressão, lágrimas. Não haverá choro nas ruas da Nova Jerusalém. Este mundo é um vale de lágrimas. Muitas vezes encharcamos o nosso leito com nossas lágrimas. Choramos por nós, por nossos filhos, nossa família, nossos amigos. Entramos num mundo chorando e saímos dele com lágrimas, mas no Céu não haverá lágrimas. Deus é quem vai enxugar nossas lágrimas. Aleluia!

No Novo Céu e na Nova Terra não haverá luto nem morte (Ap 21:4). A morte vai morrer e nunca vai ressuscitar. Ela será lançada no lago de fogo e enxofre. Ela não poderá mais nos atingir. Seremos revestidos da imortalidade. No Céu não haverá vestes mortuárias, velórios, enterros, cemitérios. No Céu não há despedida. No Céu não há separação, acidente, morte, hospitais. Diante de uma esperança tão gloriosa da redenção do nosso corpo, o que poderíamos dizer? “Ora, vem, Senhor Jesus!” (Ap 21:20).

“A ressurreição de Cristo mediante o Espírito é a garantia de que seremos ressuscitados e transformados de tal maneira que nosso corpo ressuscitado será imortal e incorruptível (1Co 15:42-44,47,48,50-54). Nosso novo corpo será tão diferente do atual quanto a planta é diferente da semente (1Co 15:37).

O corpo ressurreto do crente também é descrito como ‘espiritual’ em contraste com o nosso corpo ‘natural’. Geralmente concorda-se que ‘espiritual’ não significa ‘consistente em espírito’, pois esse corpo não é imaterial, ou sem densidade. Os discípulos sabiam por sua própria experiência que o corpo ressurreto de Cristo era real e palpável – não era fantasma, mas diferente, ajustável tanto à terra quanto ao céu, e não limitado às atuais condições de tempo e de espaço. Por isso, nosso corpo ressurreto é chamado ‘celestial’” (HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal, 1 ed. Rio de Janeiro. CPAD, pp 615,616).

CONCLUSÃO

A cura divina não é um fim em si mesmo. Não se trata de uma promessa sem finalidade ou propósito a não ser a remoção da doença, mas o seu objetivo é a glorificação do nome do Senhor, a confirmação da palavra da pregação, a comprovação da presença de Deus no meio do seu povo. Jesus cura para que o nome de Deus seja glorificado e engrandecido. Todavia, muitas vezes, a glorificação do nome de Deus vem não pela cura física, mas, sim, pela morte de um justo. Não podemos querer saber os desígnios de Deus nem discutir porque Deus fez assim ou daquele outro modo, pois, se o fizermos, seremos como o caco de barro que discute o que deve fazer o oleiro. A grande segurança da fé em Cristo está na certeza de que, vivendo ou morrendo, o bem supremo de nossa vida é o Senhor, de modo que tudo é lucro, no dizer apostólico (Fp 1:21-27).

Fonte: ebdweb

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