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segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018

6ª lição do 1º trimestre de 2018: PERSEVERANÇA E FÉ EM TEMPO DE APOSTASIA


Texto Base: Hebreus 6:1-15

"Para que vos não façais negligentes, mas sejais imitadores dos que, pela fé e paciência, herdam as promessas" (Hb.6:12).

INTRODUÇÃO

Dando continuidade ao estudo da Epístola aos Hebreus, estudaremos nesta Aula o capítulo 6. Trataremos da “Perseverança e fé em tempo de apostasia”. Perseverança é uma qualidade daquele que persiste, que tem constância nas suas ações e não desiste diante das dificuldades; é continuar fazendo o bem, independentemente das circunstâncias, por amor a Deus. Os cristãos destinatários da Epístola davam sinais de cansaço, indolência, negligência e imaturidade espiritual, o que poderia trazer como consequência o esfriamento e o fracasso na fé. Seria uma desgraça para aqueles cristãos, se eles não demovessem da ideia de se apostatar da fé. A apostasia é retratada pelo autor como algo real e não apenas como um perigo hipotético, por isso, ele exorta que para se evitar esse mal, de consequências deletérias e permanentes no âmbito espiritual, é necessário perseverança, fé e confiança nas promessas de Deus. À luz de Hebreus, neste tempo de apostasia, somos chamados a perseverar na comunhão com Cristo e a viver em fé na esperança renovada de que um dia estaremos para sempre com o Senhor. Seguir Jesus nem sempre é fácil, mas se perseverarmos receberemos a recompensa de Deus.

I. A NECESSIDADE DO CRESCIMENTO ESPIRITUAL

Depois de admoestar os cristãos destinatários pela espiritualidade infantil que demonstravam, o autor da Epístola alerta a esses cristãos que não cederia à imaturidade deles, provendo-os somente com “leite”, porque apresentar as doutrinas básicas sob uma nova forma não os ajudaria a resistir à tentação de se desviar de Cristo. Eles deviam ganhar um entendimento mais profundo, movendo-se para além dos princípios elementares da doutrina de Cristo, literalmente “a palavra de início da doutrina de Cristo” ou “a palavra inicial da doutrina de Cristo”. Concordo com William Macdonald que isso se refere às doutrinas básicas da religião ensinadas no Antigo Testamento e destinadas a preparar Israel para a vinda do Messias. Essas doutrinas estão listadas na última parte de Hb.6:1 e em Hb.6:2. Segundo Macdonald, elas não são as doutrinas fundamentais do cristianismo, mas os ensinos de natureza elementar que formavam a base para a construção posterior. Elas não completavam o Cristo ressurreto e glorificado. A exortação é para deixar esses princípios básicos, não no sentido de abandoná-los como inúteis, mas de avançar deles para a maturidade. Como consequência, o período do judaísmo foi um período de infância espiritual. O cristianismo representa a fase adulta.

Estabelecido o fundamento, o próximo passo é construir sobre ele. O fundamento doutrinário foi assentado no Antigo Testamento e inclui os seis ensinamentos básicos listados, a saber: “o arrependimento de obras que estão mortas; a fé em Deus; o ensino sobre os batismos; o ritual de imposição de mãos; o ritual de imposição de mãos; a ressurreição dos mortos e; o Juízo eterno”. Eles constituem o ponto de partida. As grandes verdades do Antigo Testamento quanto a Cristo, sua pessoa e obra representam o ministério da maturidade. Veja, a seguir, como William Macdonald analisa estes elementos básicos, exarados em Hb.6:1,2.

1. O arrependimento de obras que estão mortas. Essa doutrina foi constantemente pregada pelos profetas, assim como pelo precursor de Jesus, João Batista. Todos eles clamaram ao povo a deixar suas obras, que estavam mortas no sentido de que eram destituídas de fé. Obras mortas podem se referir às obras que incialmente eram corretas, mas que agora são mortas desde a vinda de Cristo. Todos os serviços relacionados à adoração no templo, por exemplo, tornaram-se obsoletos com a Obra de Cristo concluída.

2. A fé em Deus. Este ensino se trata de uma ênfase do Antigo Testamento. No Novo Testamento, Cristo é quase invariavelmente apresentado como o Objeto da fé. Não que isso substitua a fé em Deus; mas a fé em Deus que deixa Cristo fora tornou-se inadequada.

3. O ensino sobre os batismos. Esse ensino não se refere ao batismo cristão, mas à cerimônia de lavagens, que era uma figura de destaque na vida religiosa dos sacerdotes e do povo de Israel.

4. O ritual de imposição de mãos. Esse ritual é descrito em Levítico 1:4; 3:2; 16:21. O ofertante, ou o sacerdote, impunha as mãos sobre a cabeça de um animal como ato de identificação. Simbolicamente, o animal levava os pecados do povo que estavam associados a ele. Essa cerimônia simbolizava expiação vicária. Não acreditamos que haja neste ponto alguma referencia à imposição de mãos como praticada pelos apóstolos e outros servos de Deus na igreja primitiva (Atos 8:17; 13:3; 19:6).

5. A ressurreição dos mortos. Essa doutrina, no Antigo Testamento, é ensinada em Jó 19:25-27, Daniel 12:2, Salmos 17:15 e deduzida em Isaías 53:10-12. O que se vê indistintamente no Antigo Testamento é revelado de modo claro no Novo Testamento (cf. 2Tm.1:10; 1Tes.4:16).

6. Juízo eterno. Essa doutrina pode ser vista em Salmos 9:17, Daniel 7:9,10 e Isaías 66:24. No Novo Testamento, o Juízo eterno é revelado em Apocalipse 20:11-15; este é o chamado “Julgamento Final” ou “Juízo Final” ou, ainda, o “Juízo do Trono Branco”, que terá lugar depois do término do reino milenial de Cristo.

Estes princípios eram ensinados no judaísmo e eram preparatórios para a vinda de Cristo. Os cristãos não deveriam satisfazer-se com isso, mas avançar para a revelação mais completa que tinham agora em Cristo. Os cristãos destinatários são incitados a passar da sombra para a substância, do tipo para o antítipo, da casca para a semente, das formas mortas da religião de seus ancestrais para as vivas realidades de Cristo.

II. A NECESSIDADE DA VIGILÂNCIA ESPIRITUAL

“Porque é impossível que os que já uma vez foram iluminados, e provaram o dom celestial, e se fizeram participantes do Espírito Santo, e provaram a boa palavra de Deus e as virtudes do século futuro, e recaíram sejam outra vez renovados para arrependimento; pois assim, quanto a eles, de novo crucificam o Filho de Deus e o expõem ao vitupério” (Hb.6:4-6).

1. Apostasia, uma possibilidade para quem foi iluminado e regenerado. Apostasia deriva-se da expressão grega “apostásis”, que significa afastamento. Para o cristão, apostasia significa abandonar a fé cristã de forma consciente e deliberada. Então, para que haja apostasia é necessário que a pessoa tenha experimentado o novo nascimento, e de forma consciente e deliberada, abandona a fé e passa a negar toda verdade por ela experimentada. Ninguém pode abandonar aquilo que nunca teve. Crente salvo pode cometer apostasia; crente não salvo, não pode, pois ele não pode abandonar o que nunca teve.

Os cristãos hebreus foram iluminados através da revelação de Deus em Cristo (Hb.6:4); experimentaram o dom celestial, o Espírito Santo, e a boa Palavra de Deus e as virtudes do século futuro (Hb.6:4,5); o evangelho de Cristo foi pregado entre eles com toda manifestação de poder e milagres. Para essas pessoas, caso se desviassem, seria impossível serem renovadas outra vez para arrependimento, uma vez que deliberadamente rejeitariam a Cristo, declarando que a sua crucificação não possuía mais o sentido que antes lhe atribuíam. O escritor aos Hebreus sentiu bem de perto o perigo que aqueles crentes nessas circunstâncias enfrentavam, por isso os advertiu.

Quando o cristão estaciona na fé e não se aprofunda no conhecimento das coisas de Deus, corre o risco de ser levado por ventos de doutrinas (Ef.4:14) e apostatar, vindo a perder-se eternamente por não se arrepender.

2. Apostasia, uma possibilidade para quem vivenciou a Palavra e o Espírito. Diz o autor da Epístola: “Porque é impossível que os que já uma vez foram iluminados, e provaram o dom celestial, e se fizeram participantes do Espírito Santo, e provaram a boa palavra de Deus...” (Hb.6:4,5). Aqui, o autor afirma que a possibilidade de decair da graça é posta para aqueles que “uma vez foram iluminados, e provaram o dom celestial, e se fizeram participantes do Espírito Santo, e provaram a boa palavra de Deus" (Hb.6:4,5). Segundo o autor, para essas pessoas é impossível renovar para o arrependimento (Hb.6:6).

- Uma vez essas pessoas tinham sido iluminadas. Tinham ouvido o evangelho da graça de Deus. Não estavam na escuridão no que diz respeito ao caminho da salvação. Judas Iscariotes tinha sido iluminado, mas rejeitou a luz.

- Essas pessoas provaram o dom celestial. O Senhor Jesus é o dom celestial. Essas pessoas o tinham provado, mas nunca o receberam por um ato de fé definitivo. É possível provar sem comer e beber. Quando os soldados ofereceram a Jesus crucificado vinho misturado com fel, ele provou, mas não bebeu (Mt.27:34). Não é o suficiente provar Cristo se não “comermos a carne do Filho do Homem e bebermos o seu sangue”; ou seja, não temos vida em nós mesmos, a menos que verdadeiramente o recebamos como Senhor e Salvador (João 6:53).

- Essas pessoas tinham se tornado participantes do Espírito Santo. Os crentes tornam-se participantes da vocação celestial (Hb.3:1); participantes de Cristo (Hb.3:14) e, dessa forma, participantes do Espírito Santo (Hb.6:4). Somente os nascidos de novo participam do Espírito Santo (João 14:17). Portanto, trata-se de uma advertência para os salvos.

- Essas pessoas tinham provado a boa Palavra de Deus (Hb.6:5). Quando ouviram a pregação do evangelho, elas foram atraídas por ela. Eram como a semente que caiu sobre o solo rochoso: ouviram a Palavra e imediatamente a receberam com alegria, mas não tinham raiz. Elas perseveraram por um tempo, mas, quando surgiu a tribulação ou perseguição por causa da Palavra, essas pessoas prontamente a abandonaram (Mt.13:20,21).

3. Apostasia, uma possibilidade para quem viveu as expectativas do Reino. Esses crentes, aos quais o autor se referia, também experimentaram “e provaram...as virtudes do século futuro” (Hb.6:5). Na Bíblia Almeida Revista e Atualizada está escrito que esses crentes tinham provado “os poderes do mundo vindouro”. “Poderes” aqui significa “milagres”. O mundo vindouro é o período do milênio, a futura era de paz e prosperidade quando Cristo reinará sobre a Terra por mil anos. Os milagres que acompanharam a pregação do evangelho na primeira fase da Igreja (Hb.2:4) foram uma antecipação dos sinais e das maravilhas que acontecerão no Reino de Cristo. Esses crentes tinham testemunhado esses milagres no século I; devem ter participados deles de fato. Veja, por exemplo, os milagres dos pães e dos peixes. Depois de Jesus ter alimentado milhares de pessoas, o povo o seguia para o outro lado do mar. O Salvador percebeu que, embora tivessem provado um milagre, eles realmente não acreditavam nele. Ele lhes disse: “Em verdade, em verdade vos digo: vós me procurais, não porque vistes os sinais, mas porque comestes dos pães e vos fartastes” (João6:26). Quem despreza a graça de Deus, não se torna um "cidadão real" do Reino de nosso Jesus Cristo.

Portanto, para aquelas pessoas que caíram depois de desfrutar os privilégios enumerados em Hb.6:4,5, é impossível outra vez renová-los para arrependimento. Eles cometeram o pecado da apostasia. Não é porque Jesus não sinta o desejo de salvá-los, mas porque suas mentes estão cauterizadas de tal maneira que não mais sentirão nenhum desejo de se arrepender dos seus pecados e seguir a Cristo. Na verdade, essas pessoas de novo crucificaram o Filho de Deus e o expuseram ao vitupério (cf. Hb.6:6). Essas pessoas mostraram desprezo por Cristo através de suas ações deliberadas. Seria como crucificar pessoalmente a Cristo outra vez. Essas pessoas nunca poderão ser restauradas porque elas não desejarão ser restauradas. Elas escolheram endurecer seus corações contra Cristo. Não é impossível que Deus as perdoe; antes, é impossível que sejam perdoadas, porque não se arrependerão de seus pecados; “Elas alcançaram o lugar onde as luzes se apagam no caminho para o inferno” (William Macdonald).

Portanto, para os cristãos hebreus, e também para os cristãos da atualidade, Hebreus 6:4-6 revela o perigo de abandonar de forma deliberada e consciente a fé em Cristo Jesus e, dessa maneira, cometer a apostasia. Aqueles que rejeitarem a Cristo não serão salvos - “Quem crer...será salvo; mas quem não crer será condenado” (Mc.16:16). Cristo morreu uma vez por todos aqueles que creem. Ele não será crucificado outra vez.

III. A NECESSIDADE DE CONFIAR NAS PROMESSAS DE DEUS

1. O serviço cristão e a justiça de Deus. Após o autor argumentar fortemente que não se pode brincar com a fé, agora ele vê a necessidade de consolar os cristãos depois desse "tratamento de choque" (Hb.6:9,10).

“Mas de vós, ó amados, esperamos coisas melhores e coisas que acompanham a salvação, ainda que assim falamos. Porque Deus não é injusto para se esquecer da vossa obra e do trabalho da caridade que, para com o seu nome, mostrastes, enquanto servistes aos santos e ainda servis”.

- “Mas de vós, ó amados, esperamos coisas melhores e coisas que acompanham a salvação, ainda que assim falamos”. As duras advertências são agora equilibradas com uma nota consoladora. O autor garante aos cristãos destinatários que as terríveis advertências de tragédia e perda espiritual não serão, felizmente, decretadas contra os crentes hebreus. Todavia, eles deveriam avançar em sua fé cristã. Eles não podiam ser preguiçosos, mas agora deveriam prosseguir. A frase “de vós, ó amados, esperamos coisas melhores e coisas que acompanham a salvação” refere-se à nova Aliança, em comparação à Antiga. As “coisas melhores” estão na nova Aliança, através de Jesus Cristo. Não haveria motivo para voltar às “coisas antigas” do judaísmo que não poderiam trazer a salvação.

- “Porque Deus não é injusto para se esquecer da vossa obra e do trabalho da caridade que, para com o seu nome, mostrastes, enquanto servistes aos santos e ainda servis” (Hb.6:10).Aqui, o autor argumenta que, embora o crente possa não receber um galardão e aplausos imediatamente neste mundo, Deus conhece os esforços que são feitos por amor e no trabalho de Deus; Ele não se esquecerá do trabalho árduo que cada crente faz por Ele e para Ele. Aos crentes fiéis no serviço de Deus, em sua justiça, Ele os recompensará; mesmo não recebendo o reconhecimento dos homens, teremos o reconhecimento de Deus. Um exemplo de trabalho árduo, que os cristãos hebreus realizavam, era o cuidado deles por outros cristãos. O que os crentes fazem por outros é feito para Deus (cf. Mt.25:35; Rm.12:6-18; 1João 4:19-21). As boas obras não garantem a salvação, mas a salvação muda a vida do povo de Deus, levando-o a fazer boas obras.

2. A perseverança de Abraão e a fidelidade de Deus. Após encorajar os destinatários a imitarem outras pessoas fiéis, o autor ofereceu um exemplo do Antigo Testamento que valeria a pena imitar por causa da fé e da paciência: Abraão. Os cristãos podiam confiar nas promessas de Deus porque Abraão confiou e foi recompensado.

 “Mas desejamos que cada um de vós mostre o mesmo cuidado até ao fim, para completa certeza da esperança; para que vos não façais negligentes, mas sejais imitadores dos que, pela fé e paciência, herdam as promessas. Porque, quando Deus fez a promessa a Abraão, como não tinha outro maior por quem jurasse, jurou por si mesmo, dizendo: Certamente, abençoando, te abençoarei e, multiplicando, te multiplicarei. E assim, esperando com paciência, alcançou a promessa” (Hb.6:11-15).

Deus havia feito uma promessa a Abraão, que está registrada em Gênesis 22:17: “Certamente, abençoando, te abençoarei e, multiplicando, te multiplicarei”. Não era realmente necessário para Deus jurar que Ele manteria a sua promessa, porque Deus não pode mentir ou quebrar a sua Palavra. No entanto, Deus fez a promessa, jurando pelo maior padrão e com a maior responsabilidade possível – “jurou por si mesmo”. Abraão não poderia ter recebido uma garantia maior do que esta. Abraão esperou “com paciência” a promessa, e esta paciência foi recompensada. A espera paciente de Abraão durou vinte e cinco anos – da época em que Deus lhe prometeu um filho (Gn.17:16) até o nascimento de Isaque (Gn.21:1-3).

Pelo fato de as nossas aflições e tentações serem frequentemente muito intensas, elas parecem durar uma eternidade. Tanto a Bíblia Sagrada quanto o testemunho de cristãos maduros nos encorajam a esperar que Deus aja em seu tempo certo, mesmo quando as nossas necessidades parecem grandes demais para que possamos esperar. Toda promessa de Deus tem a garantia de cumprimento, como se ela já tivesse se realizado; assim sendo, podemos confiar em Deus.

3. Cristo, sacerdote e precursor do crente. “À qual temos como âncora da alma segura e firme e que penetra até ao interior do véu, onde Jesus, nosso precursor, entrou por nós, feito eternamente sumo sacerdote, segundo a ordem de Melquisedeque” (Hb.6:19,20).

A confiança nas promessas de Deus não só nos mantém seguros, mas nos conduz através da cortina do Céu, levando-nos ao interior do “véu” de Deus. O interior do “véu” refere-se ao Santo dos Santos, no Templo judeu. Uma cortina era posta na entrada desse ambiente, impedindo que alguém entrasse, ou até mesmo que tivesse um rápido vislumbre do interior do Santo dos Santos, onde Deus residia entre o seu povo. O sumo sacerdote podia entrar ali apenas uma vez por ano (no Dia da Expiação), para ficar diante da presença de Deus e expiar os pecados de toda a nação. Mas Jesus já entrou ali em nosso favor, como nosso precursor, abrindo o caminho para a presença de Deus através de sua morte na cruz. A sua morte rasgou a cortina em duas partes (Mc.15:38), permitindo que os crentes entrem diretamente na presença de Deus.

Aquilo que somente o sumo sacerdote podia fazer anteriormente, Cristo fez e permite que nós façamos também. Deste modo, a obra sumo sacerdotal de Cristo foi diferente da obra de qualquer outro sacerdote. Os outros sacerdotes tomavam os sacríficos dos outros e os representavam na presença de Deus. Agora, através de Cristo, podemos nos aproximar do trono com confiança (Hb.10:19). Seu sacerdócio eterno garante nossa preservação eterna. Assim como seguramente fomos reconciliados com Deus por sua morte, também somos salvos pela sua vida como nosso Sumo sacerdote à direita de Deus (Rm.5:10). Não é exagero dizer que o mais simples cristão sobre a terra tem a certeza do Céu como os santos que ali estão.

CONCLUSÃO

Diante do que foi exposto, temos plena consciência de que há uma imperiosa necessidade de perseverança e vigilância para não se decair da fé. Aqueles que têm a experiência gloriosa da salvação precisam cuidar-se para não caírem no engano do Diabo. É indescritível o prejuízo de quem se apostata da fé, negando a eficácia do sangue de Cristo para a salvação dos pecadores. Tais desafortunados podem chegar à situação de arrependimento impossível, e se perderem eternamente. Pense nisso!

Fonte: Luciano de Paula Lourenço

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