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quinta-feira, 21 de janeiro de 2021

4ª lição do 1º trimestre de 2021: A ATUALIDADE DOS DONS ESPIRITUAIS



 1.Acerca dos dons espirituais, não quero, irmãos, que sejais ignorantes.

2.Vós bem sabeis que éreis gentios, levados aos ídolos mudos, conforme éreis guiados.

3.Portanto, vos quero fazer compreender que ninguém que fala pelo Espírito de Deus diz: Jesus é anátema! E ninguém pode dizer que Jesus é o Senhor, senão pelo Espírito Santo.

4.Ora, há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo.

5.E há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo.

6.E há diversidade de operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos.

7.Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um para o que for útil.

8.Porque a um, pelo Espírito, é dada a palavra da sabedoria; e a outro, pelo mesmo Espírito, a palavra da ciência;

9.e a outro, pelo mesmo Espírito, a fé; e a outro, pelo mesmo Espírito, os dons de curar;

10.e a outro, a operação de maravilhas; e a outro, a profecia; e a outro, o dom de discernir os espíritos; e a outro, a variedade de línguas; e a outro, a interpretação das línguas.

11.Mas um só e o mesmo Espírito opera todas essas coisas, repartindo particularmente a cada um como quer.

INTRODUÇÃO

Nesta Aula trataremos dos dons espirituais que o Espírito Santo dispõe à Igreja. Eles são uma realidade na Igreja ao longo de sua história. Os cessacionistas pregam que eles só foram disponibilizados no princípio da Igreja; porém, a Bíblia e o testemunho da história da Igreja garantem que os dons espirituais sempre estiveram no Corpo de Cristo em maior ou menor incidência. Os dons espirituais são recursos indispensáveis para o Corpo de Cristo; eles contribuem sobremaneira para a expansão e edificação da Igreja; são sempre concedidos aos crentes visando um propósito específico, a saber, a edificação de todos os membros do Corpo. Em o Novo Testamento, os dons de Deus estão à disposição de todos os que crentes, com a finalidade de promover graça, poder e unção à Igreja no exercício de sua missão, de forma que Cristo seja glorificado.

I. NECESSIDADE DOS DONS ESPIRITUAIS

Os Dons Espirituais não foram dados à Igreja para projeção humana nem como para medir o grau da espiritualidade de uma pessoa. Os Dons foram dados para a edificação do Corpo de Cristo. Pelo exercício dos Dons a Igreja cresce de forma saudável. Assim, os Dons são importantíssimos e vitais para a Igreja. Eles são os recursos que o próprio Espírito Santo concedeu à Igreja para que ela pudesse ter um crescimento saudável e venha suprir as necessidades espirituais dos seus membros.

1. Exortação a conhecer os dons (1Co.12:1)

“Acerca dos dons espirituais, não quero, irmãos, que sejais ignorantes”.

Aparentemente, os crentes de Corinto haviam pedido que Paulo respondesse a questão “acerca dos dons espirituais”. Os dons espirituais são concedidos gratuitamente por Deus a fim de capacitar as pessoas a entender às necessidades do Corpo de crentes e permitir-lhes realizar uma obra extraordinária para Deus. Paulo não queria que os crentes fossem ignorantes sobre esses dons, mas que os entendessem e usassem para a glória de Deus.

2. O que são os dons espirituais?

Os dons espirituais são dotações e capacitações sobrenaturais que o Senhor Jesus, por intermédio do Espírito Santo, outorga à sua Igreja, visando a expansão universal da sua obra e a edificação dos santos. A Declaração de Fé das Assembleias de Deus define os dons espirituais como “capacitações especiais e sobrenaturais concedidas pelo Espírito de Deus ao crente para serviço especial na execução dos propósitos divinos por meio da Igreja”.

O crente que crê na operação do Espírito Santo como agente transmissor de poder divino na pregação do Evangelho é um crente que crê no Evangelho completo, pois a pregação do evangelho abrange não só a notícia de que Jesus é o Senhor e Salvador do mundo, e que é preciso nEle crer para alcançar o perdão dos pecados e a salvação da alma, obtendo, assim, a vida eterna, como também esta mensagem é confirmada da parte de Deus mediante a operação do Seu poder, através do batismo no Espírito Santo e, depois, dos Dons espirituais, cuja recepção se torna possível em virtude do revestimento de poder, do mergulho, da imersão do ser do crente no fogo do Espírito de Deus, no seu completo envolvimento com a terceira Pessoa da Trindade Divina. Esses dons podem ser concedidos pelo Espírito Santo em qualquer fase da experiência cristã, no início da fé (At.19:5,6) ou ao longo da vida cristã (1Tm.4:14).

3. Pneumatikós e chárisma

Alguns críticos das doutrinas paracletológicas alegam que a expressão “dons espirituais” não consta da Bíblia. Todavia, o termo “pneumatikós” (literalmente, “espiritualidades” ou “coisas espirituais”) pode ser traduzido por “dons espirituais”, uma vez que esta tradução é respaldada pelo seguinte contexto: “há diversidade de dons” (1Co.12:4); “dons de curar” (1Co.12:9,28); “dom de curar” (1Co.12:30); “procurai com zelo os melhores dons” (1Co.12:31). Em 1Coríntios 12:31, “dons” é “charisma”, mas em 1Coríntios 14:1 é pneumatikós. Apesar disso, os termos são perfeitamente intercambiáveis, à luz do contexto. Ambas as formas se referem aos dons espirituais. Estes fazem parte das ministrações do Espírito Santo na Igreja e manifestam a glória divina.

Os dons espirituais edificam os crentes e atraem os pecadores. São capacidades, dotações sobrenaturais concedidas pelo Espírito Santo, com o propósito principal de edificar a igreja (1Co.14:3,4,5,12,26; Ef.4:11-13). Através deles, o Senhor revela poder e sabedoria aos seus servos.

O termo “chárisma” é muito utilizado em estudos bíblicos, pois tem o significado de "dons do Espírito", concedidos pela graça de Deus, com propósitos muito elevados; é relacionado ao termo ta charismata, utilizado em 1Coríntios 12:4,9,28,30,31, que tem o sentido de "dons da graça".  

Os Dons espirituais são chamados, no original grego, de "charismata", palavra que significa "graças", ou seja, os Dons espirituais são dádivas, são favores imerecidos que Deus concede aos crentes que estão dispostos a servi-lo e que, por obediência, já alcançaram o batismo no Espírito Santo. A verificação do significado da palavra "charismata" é muito importante, pois demonstra, de forma cabal, que os dons espirituais são concessões divinas, decorrem do exercício da Sua infinita misericórdia, não havendo, portanto, qualquer merecimento, qualquer mérito por parte daqueles que são aquinhoados pelo Espírito Santo com um dom espiritual.

O dom espiritual é concedido não porque alguém seja mais espiritual ou melhor do que outro, mas em virtude da soberana vontade do Senhor. Quem o diz não somos nós, mas a própria Palavra de Deus - "Mas um só mesmo Espírito opera todas estas coisas, repartindo particularmente a cada um como quer”(1Co.12:11).

Muitos são os que acham que os portadores de Dons espirituais são crentes superiores aos demais, que têm um nível maior de espiritualidade e que, em razão disto, desfrutam de uma posição diferenciada no meio da comunidade. Este pensamento, inclusive, tem feito com que muitos crentes andem à procura destes irmãos a fim de que obtenham curas divinas, maravilhas, sinais ou profecias, num comportamento totalmente contrário ao que determina a Palavra de Deus, que ensina que os sinais seguem os crentes e não os crentes correm atrás de sinais (Mc.16:17,20). Jesus não aprovou essa conduta, típica dos judeus formalistas e descrentes (Mt.12:38,39).

II. A FUNÇÃO DOS DONS ESPIRITUAIS

Os Dons espirituais são mencionados como sendo repartidos particularmente pelo Espírito Santo, segundo a Sua vontade, para utilidade dos crentes, e para a edificação espiritual dos crentes (1Co.12:4-11)

1. As listas dos dons

É comumente afirmado entre os evangélicos pentecostais que os dons espirituais são nove, afirmação esta que se baseia na lista mais completa de dons espirituais que se encontra no Novo Testamento, mais comumente em 1Co.12:8-10. Entretanto, além desta relação, que é a mais conhecida e a mais pormenorizada, temos, também, a relação constante de Rm.12:6-8, que não é uma relação tão completa quanto a primeira e que parece misturar dons espirituais com dons ministeriais (até porque o texto não é específico com relação aos dons espirituais como é o anteriormente mencionado).

Mesmo se levarmos em consideração apenas a relação de 1Coríntios, não podemos nos esquecer de que um dos itens da relação fala dos "dons de curar" (1Co.12:9), dando a entender, portanto, que há mais de um dom de curar, o que torna, também, precário o entendimento de que os dons espirituais sejam apenas nove.

Assim, não podemos afirmar com respaldo bíblico que somente haja nove dons espirituais. Entretanto, tal posição bíblica não pode servir de base para que se adicionem outros dons de modo aleatório e sem qualquer respaldo escriturístico, manifestações que, no mais das vezes, não se coadunam com os propósitos e finalidades dos dons espirituais, cuja presença na igreja, inevitavelmente, trará confirmação da pregação do Evangelho, edificação espiritual, consolação, exortação e um maior envolvimento da igreja local com o Senhor e a Sua obra.

É bom enfatizar que, na relação dos dons espirituais, não há o chamado “dom de revelação” ou “dom de visão”, “dons” que são constantemente mencionados e considerados no meio de alguns integrantes do povo de Deus que não têm o costume de ler e meditar na Palavra de Deus.

O “dom de revelação”, na verdade, é o dom da palavra da ciência, não podendo ser confundido com verdadeiras adivinhações que têm perturbado o povo de Deus em muitas igrejas locais. Deus não tem qualquer propósito de fazer com que alguns de Seus servos sejam “adivinhos”, pois Ele abomina a adivinhação, típica operação maligna. A revelação de fatos ocultos tem tão somente o propósito de edificar o povo de Deus, jamais de envergonhar quem quer que seja.

Já o chamado “dom de visão” não tem qualquer respaldo bíblico. Verdade é que existe a operação de visão, uma operação divina em que Deus mostra algo para algum servo Seu, mas também com o propósito de proporcionar a edificação de quem vê ou da igreja, jamais para devassar a intimidade ou envergonhar alguém.

2. Classificação teológica

Tomando-se a relação mais minudente das Escrituras Sagradas, podemos dividir os dons espirituais em três categorias, a saber:

a) dons de poder - fé, dons de curar e operação de maravilhas. Estes são dons dados pelo Espírito Santo para que as pessoas efetuem demonstrações sobrenaturais do poder divino, com a realização de milagres, de maravilhas e de coisas extraordinárias, que confirmem a soberania de Deus sobre todas as coisas e a Sua presença no meio da igreja. São evidências da onipotência divina no meio do Seu povo.

b) dons de ciência - palavra da sabedoria, palavra da ciência e dom de discernir os espíritos. Estes são dons dados pelo Espírito Santo para que as pessoas revelem mistérios ocultos aos homens, com a tomada de atitudes e condutas que evidenciem que Deus sabe todas as coisas e que nada Lhe fica oculto. São evidências da onisciência divina no meio do Seu povo.

c)  dons de elocução ou de fala - variedade de línguas, interpretação de línguas e profecia. Estes são dons dados pelo Espírito Santo para que as pessoas sejam instrumentos da voz do Senhor, para que o Espírito Santo demonstre que Se comunica com o Seu povo. São evidências da onipresença divina no meio do Seu povo, uma presença que nos faz descansar e que nos traz edificação.

Observemos, portanto, que cada dom espiritual tem uma finalidade específica no meio do povo de Deus, tem um propósito, que é o de dar condições para que o crente prossiga a sua jornada em direção a Jerusalém celestial, desvencilhando-se, pela manifestação do poder divino na sua vida, de todo o embaraço que tão de perto o rodeia (Hb.12:1) e, assim, não venha a se envolver com as coisas desta vida, agradando, assim, ao Senhor (2Tm.2:4).

Tem-se, portanto, no exercício dos dons espirituais, uma inequívoca demonstração do poder de Deus (1Co.2:4), mas sem qualquer oportunidade de exibicionismo ou de glorificação humana, mas única e exclusivamente para a glória de Deus e para pregação do Cristo crucificado (1Co.2:2).

É com base nesta peculiar circunstância que podemos identificar e repudiar todas as inovações que hoje contagiam muitas igrejas locais, em especial os “novos dons” e a tão propagada e nunca explicada “nova unção”.

3. O propósito divino para os dons (1Co.12:7)

O apóstolo Paulo afirma: “Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um para o que for útil” (1Co.12:7). Na Almeida Revista e Atualizada está assim escrito: “A manifestação do Espírito é concedida a cada um visando a um fim proveitoso” (1Co.12:8).

Os dons têm um propósito - eles são dados visando a um tipo proveitoso, ou seja, a edificação da Igreja. O benefício não é próprio da pessoa, mas endereçado à coletividade, é para a edificação da Igreja.

De modo geral, todos os dons são dados à igreja para o que for útil (1Co.12:7; 14:28). E, por isso mesmo, não devemos ignorá-los ou desprezá-los (1Co.12:1; 1Ts.5:19,20; At.19:1-7). É o Senhor quem nos concede essas dádivas, “segundo a graça” (Rm.12:6). E, como essas dotações são, especialmente, para a edificação do povo de Deus (1Co.14:26), não devem ser mal utilizadas, sem decência e ordem, no culto genuinamente pentecostal (1Co.14:37-40).

III. OS DONS REVELAM A UNIDADE NA DIVERSIDADE

Na Igreja de Corinto, os dons espirituais haviam se tornado símbolos do poder espiritual, provocando rivalidade na igreja, porque alguns pensavam ser mais “espirituais” do que outros. Essa era uma forma extremamente errada de usar esses dons porque o seu propósito sempre foi ajudar a igreja a funcionar mais eficientemente, e não a dividir. Podemos gerar divisões se insistirmos em usar os dons de acordo com os nossos próprios desejos, sem nos preocuparmos com os outros. Nunca devemos usar esses dons como uma forma de manipular alguém, ou para promover os nossos próprios interesses. (1)

1. Diferentes dons (1Co.12:4-6)

4.Ora, há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo.

5.E há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo.

6.E há diversidade de operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos.

Precisamos entender que são diferentes os dons da graça concedidos conforme a medida da fé dos filhos de Deus. Paulo afirma: “De modo que, tendo diferentes dons, segundo a graça que nos é dada: se é profecia, seja ela segundo a medida da fé” (Rm.12:6).

O povo de Deus recebe muitos tipos de dons, e nenhum dom é melhor do que o outro. Veja que o apostolo Paulo, em 1Co.12:4-6, apresenta três classes de manifestações dos dons, as quais revelam a atuação do Deus trino: diversidade de dons, atribuído ao Espírito Santo (1Co.12:4); diversidade de ministérios [ou serviços], relacionados ao Filho de Deus (1Co.12:5); e diversidades de operações, como a ação do Pai (1Co.12:6). Todos eles vêm de uma única fonte – o Espírito Santo -, e devem ser usados com um único propósito: a edificação do Corpo de Cristo.

Também, nestes textos de 1Co.12:4-6, podemos classificar o dom em uma tríplice natureza: (2)

a)    Quanto à origem dos dons eles são charismata. Paulo afirma: “Ora, há diversidade de dons”(1Co.12:4). A palavra “charismata” vem de “charis”, que significa graça. Assim, Paulo está falando da origem dos dons. O dom espiritual procede da graça de Deus. Nenhuma pessoa tem competência para distribuir dons espirituais. Essa não é uma competência humana. Os dons são originados na graça de Deus e são ministrados, doados e distribuídos pelo Espírito Santo de Deus.

b)    Quanto ao modo de atuar, o dom é diaconia. Paulo prossegue: “E há diversidade de ministérios[serviços] (1Co.12:5). A palavra “serviços” no grego é “diaconia”. Isso se refere ao modo de atuação do dom que é prontidão para servir. Os dons são dados não para projeção pessoal, mas para o serviço. O dom é diaconia, é para o serviço. Deus nos dá dons para servirmos uns aos outros e não para tocarmos trombeta exaltando nossas virtudes ou habilidades. Um indivíduo jamais deveria acender as luzes da ribalta sobre si mesmo no exercício do dom espiritual. A finalidade do dom espiritual não é a autopromoção, mas a edificação do próximo.

c)     Quanto à sua finalidade os dons são energémata. Paulo concluiu: “E há diversidade de operações” (1Co.12:6). A palavra “energémata” vem de energia, de obras exteriores. É a energia de Deus operando nos cristãos e transbordando para a vida da comunidade. O dom espiritual tem uma finalidade, que é a exteriorização de um ato, de um trabalho, de alguma realização. O dom espiritual é para ajudar alguém, fazer algo para alguém, trabalhar por alguém e realizar alguma coisa por alguém. Não é uma espiritualidade intimista e subjetiva. O dom sempre está se desdobrando em trabalho, ação e realização em benefício de alguém. A finalidade do dom é a realização de alguma obra e ajuda concreta e alguém.

2. Unidade

Os crentes de Corinto haviam pedido que Paulo respondesse à questão “acerca dos dons espirituais” (1Co.12:1), e a resposta de Paulo às perguntas dos coríntios foi focada na unidade entre os crentes, a ordem na Igreja e a exaltação de Jesus Cristo. Portanto, no que concerne aos dons espirituais, Paulo estava com receio de que a dedicação dos coríntios a algum dom particular, como as “línguas” ou o discurso estático, pudesse dividi-los. Paulo disse: “há diversidade de dons...há diversidade de ministérios...há diversidade de operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos” (1Co.12:4-6).

Paulo mostra que, apesar de haver vários dons do Espírito Santo na Igreja, existe uma unidade básica, constituída de três partes, que abrangem as três Pessoas do Ser divino.

-Primeiro, os dons são diversos, mas o Espírito Santo é o mesmo (1Co.12:4). Os crentes de Corinto agiam como se houvesse apenas um dom, a saber, o dom de línguas. Paulo diz: “não é assim; sua unidade não se baseia na existência de um dom comum, mas em possuírem o Espírito Santo que é a fonte de todos os dons”.

-Em seguida, o apóstolo ressalta que “há diversidade nos serviços” na Igreja (1Co.12:5). Os cristãos servem de formas diferentes. Temos em comum, porém, o fato de servirmos somente a um Senhor e procurarmos servir aos outros (e não a nós mesmos).

-Ademais, apesar de haver “diversidade nas operações” ou atividades no tocantes aos dons espirituais, o mesmo Deus é quem dá poder a todos os crentes. Se um dom parece mais eficaz, espetacular ou poderoso que outros, não se pode atribuir isso a alguma superioridade de quem o possui. O poder é provido por Deus.

CONCLUSÃO

Aprendemos aqui que os dons são dádivas do Espírito Santo. Eles não podem ser ganhos como uma forma de pagamento, e não são concedidos aos crentes que pedem algum dom específico para a satisfação de desejos pessoais. Eles não são escolhidos pelas pessoas. Somente Deus administra os dons entre o seu povo. Deus, e não os crentes, é quem controla esses dons. Portanto, cabe a cada crente, além de buscar os dons espirituais, procurar a orientação de Deus para descobrir os seus dons naturais particulares e então descobrir a melhor forma de usá-los, de acordo com os propósitos divinos.

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Fonte: Luciano de Paula Lourenço

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