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sábado, 7 de maio de 2011

PORQUE DEUS PERMITE A PERSEGUIÇÃO

 

PORQUE DEUS PERMITE A PERSEGUIÇÃO

Deus permite, algumas vezes, que a malvadez leve o homem muito longe em perseguir os cristãos, a fim de fi­car manifestado o que está no seu coração, e por isso não é de estranhar que na alma do cristão que não tem apreciado esta verdade se levantem dúvidas e dificuldades, e que co­mece a queixar-se de o caminho ser custoso, e da mão do opressor ser pesada sobre ele. 8
O Senhor porém não nos deixa na Terra para nós nos queixarmos das dificuldades, nem para recuarmos diante da ira dos homens: temos de servir ao Mestre e resistir ao inimigo, porém é somente quando estamos fortalecidos no Senhor e na força do seu poder que podemos prestar esse serviço, ou resistir efetivamente a esse inimigo.
Esta história pretende indicar quão dignamente se fez isto nos tempos passados, porém se quisermos compreen­der a maneira como Deus tem tratado o seu povo, sempre nos devemos lembrar de que a milícia cristã é diferente de qualquer outra, e que uma parte da sua resistência é o so­frer.
As armas da nossa milícia não são carnais, mas sim es­pirituais, e o cristão que se serve de armas carnais mostra sem dúvida que não aprecia o caráter do verdadeiro crente. Não pode ter apreciado com inteligência espiritual o cami­nho do seu Senhor, ou compreendido o sentido das suas palavras: "O meu reino não é deste mundo; se o meu reino fosse deste mundo pelejariam os meus servos".
A igreja militante é uma igreja que sofre, mas se empre­gar as armas carnais, deixa na verdade de combater.
No ousado e santo Estêvão temos um exemplo do ver­dadeiro crente militante. Foi ele o primeiro mártir cristão. E que grande vitória ele ganhou para a causa de Cristo quando morreu pedindo ao Senhor pelos seus perseguido­res! Davi, séculos antes da era cristã, disse: "O justo se ale­grará quando vir a vingança : lavará os seus pés no sangue do ímpio", porém Estêvão, que viveu na época cristã, orou:"Senhor, não lhes imputes este pecado". Isto foi um exemplo da verdadeira milícia cristã.
A primeira onda da perseguição geral que veio sobre a igreja fez-se sentir no ano 64, no reinado do imperador Ne-ro, que tinha governado já com uma certa tolerância du­rante nove anos.
Neste tempo, o assassinato de sua mãe, e a sua indife­rença brutal depois de ter praticado aquele crime tão monstruoso, mostrou claramente a sua natural disposição, e indicou ao povo aquilo que havia de esperar dele. Desgra­çadamente, as tristes apreensões que muitos tinham a seu respeito tornaram-se em negra realidade.

FONTE: A História do Cristianismo - A. Knight & W. Anglin

terça-feira, 3 de maio de 2011

DONS QUE MANIFESTAM A SABEDORIA DE DEUS


TEXTO ÁUREO
“Assim, também vós, como desejais dons espirituais, procurai sobejar neles, para a edificação da igreja” (1Co 14.12). - Recebemos a permissão, na verdade uma ordem, de “procurar os melhores dons”, e isto “com zelo” (1Co. 12.31). É possível que este desejo sério esteja relacionado com “a medida da fé que Deus repartiu a cada um” (Rm 12.3), e a Bíblia nos incentiva a orarmos por um aumento da nossa fé. Mesmo assim, a partilha dos dons não depende da nossa vontade, mas da vontade do próprio Espírito Santo soberano. Portanto, os charismata provêm da vontade graciosa de Deus, e são concedidos por ele através do Espírito Santo. O apóstolo se detém para explicar as conseqüências deste fato. Seu argumento é que, se o Espírito Santo distribui dons espirituais de acordo com sua vontade graciosa e soberana, então não há nenhuma justificativa para inveja nem arrogância. Como podemos ter coragem de desprezar nosso dom e olhar com inveja para os dons dos outros, se Deus nos deu dons de acordo com sua graça e vontade? Da mesma forma, como podermos menosprezar os dons de outras pessoas e compará-los depreciativamente com os nossos, se Deus lhes deu seus dons de acordo com sua graça e vontade? [1].
VERDADE PRÁTICA
Através dos dons da palavra de sabedoria e da ciência, o Espírito Santo capacita-nos a conhecer fatos e circunstancias que somente Deus conhece.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Atos 16.16-24
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
- Relacionar os dons do Espírito Santo conforme 1Co 12.8-10;
- Explicar o que é don da palavra de sabedoria, palavra de ciência e discernimento de espíritos, e
- Compreender a importância de estarmos atentos e munidos dos dons espirituais.

PALAVRA-CHAVE
SABEDORIA: - qualidade de sábio; prudência; sensatez.




 INTRODUÇÃO



Sequenciando ao estudo sistemático acerca dos dons espirituais, veremos hoje os dons espirituais que manifestam a sabedoria divina: a palavra da sabedoria, a palavra da ciência e o discernimento de espíritos, baseado no texto de 1 Coríntios 12.8-10. É evidente que o objetivo final é que estejamos cônscios da importância desses dons para a igreja hoje, não que os demais dons sejam de menor importância, até mesmo porque, é “por distribuições do Espírito Santo segundo a sua vontade” (Hb 2.4) que estes dons são concedidos (cf. 1Co 12.11), “ao surgir a necessidade, e também conforme o anelo do crente na busca dos dons



I. OS DONS DO ESPIRITO SANTO



1. Os dons espirituais. Já vimos que uma das maneiras do Espírito Santo manifestar-se é através de uma variedade de dons espirituais concedidos aos crentes visando à edificação e à santificação da igreja. Encontramos outras listas de dons em Rm 12.6-8 e Ef 4.11, e é mediante o exercício destes dons que o crente serve na igreja de modo mais permanente. A lista exposta em 1Co 12.8-10 não é completa. Os dons aí tratados podem operar em conjunto, de diferentes maneiras. O Pr Ciro Sanches Zibordi assim discorre acerca da quantidade dos dons: “Os dons são muitos, e não apenas nove, como muitos pensam. Segundo a Bíblia, há diversidade de dons, ministérios e operações (1 Co 12.6-11,28). O fruto do Espírito também não pode ter as suas virtudes quantificadas. Quem afirma que são apenas nove os elementos formadores do fruto toma como base apenas Gálatas 5.22. Mas há várias outras passagens que tratam dessa doutrina paracletológica, como Efésios 5.9; Colossenses 3; 2 Pedro 1.5-9, etc [3]. Satanás pode imitar a manifestação dos dons do Espírito, ou falsos crentes disfarçados como servos de Cristo podem fazer o mesmo (Mt 7.21-23; 24.11, 24; 2Co 11.13-15; 2Ts 2.8-10). A recomendação bíblica é que o crente não deve dar crédito a qualquer manifestação espiritual, sem antes “provar se os espíritos são de Deus, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo” (1Jo 4.1; 1Ts 5.20,21).

2. Classificação dos dons. O propósito do Evangelho de Cristo é demonstrar o poder e a sabedoria de Deus aos homens, conforme Paulo escreve aos Coríntios: “Mas para os que são chamados, tanto judeus como gregos, lhes pregamos a Cristo, poder de Deus, e sabedoria de Deus” (1Co 1.24). A operosidade dos dons promove a expansão da Igreja e a fortalece, a fim de vencer as dificuldades, perseguições e oposições. Os dons são necessários ao triunfo dos crentes sobre as adversidades do cotidiano (At 5.14; 6.7; 9.31; 16.5; 19.20). Em 1Co 12.8-10, o apóstolo Paulo apresenta uma diversidade de dons que o Espírito Santo concede aos crentes. Nesta passagem, ele não descreve as características desses dons, mas noutros trechos das Escrituras temos ensino sobre os mesmos. Esta lição trata de maneira sucinta, da operação desses dons, analisando-os genericamente a fim de fornecer-nos uma visão geral deles. O comentarista realiza uma subdivisão dos dons listados em 1Co 12 em:
a). Dons que manifestam a sabedoria de Deus:- palavra da sabedoria; palavra da ciência; discernir os espíritos;
b). Dons que manifestam o poder de Deus:- ; dons de curar; operação de maravilhas; e
c). Dons que manifestam a mensagem de Deus: profecia; variedade de línguas; e interpretação de línguas.

3. A escassez dos dons. Nos capítulos 12 a 14 de 1Coríntios, Paulo elabora sua tese acerca dos dons do Espírito Santo concedidos ao corpo de Cristo, os quais foram indispensáveis à igreja primitiva e que permanecem disponíveis e indispensáveis à igreja até que Jesus volte. Sem eles, a Igreja estará débil e seus membros deixam de fortalecer e de ajudar uns aos outros no padrão estabelecido por Deus. Os crentes que têm amor genuíno pelos que também pertencem ao corpo de Cristo devem buscar os dons espirituais a fim de poderem ajudar, consolar, encorajar e fortalecer os necessitados (1Co 12.17). A distribuição é soberana, mas isso não implica em que devamos esperar passivamente que Deus distribua os dons do Espírito Santo, antes, devemos ansiar e buscar os melhores dons (1Co 12.7-10). Devemos, com zelo, desejar e buscar com oração esses dons, principalmente os que são próprios para encorajar, consolar e edificar (1Co 14. 3,13,19,26). Tenhamos em conta que estamos vivendo dias em que, “por se multiplicar a iniqüidade, o amor de muitos tem esfriado“, como nos advertiu nosso Mestre (Mt 24.12). Como poderá a Igreja cumprir o “Ide” de Jesus sem essa capacitação do Espírito? Precisamos ser revestidos de poder do alto. Cristo anteriormente informara aos discípulos que, sem ele, nada podiam fazer. Quando os encarregou da conversão do mundo, acrescentou: “Permanecei, porém, na cidade (Jerusalém), até que do alto sejais revestidos de poder. Sereis batizados com o Espírito Santo não muito depois destes dias. Eis que sobre vós envio a promessa de meu Pai” (At 1.4,5). Esse batismo do Espírito Santo, a promessa do Pai, esse revestimento do poder do alto, Cristo informou-nos expressamente ser a condição indispensável para a realização da obra de que ele nos incumbiu. O texto a seguir é de autoria de Charles G. Finney (1792-1875), onde ele discorre acerca das causas da escassez dos dons espirituais na Igreja já na sua época: 1) De modo geral, não estamos dispostos a ter aquilo que desejamos e pedimos; 2) Deus nos informa expressamente que, se contemplarmos a iniqüidade no coração, ele não nos ouvirá. Muitas vezes, porém, quem pede é complacente consigo mesmo; isso é iniqüidade, e Deus não o ouve; 3) é descaridoso; 4) é severo em seus julgamentos; 5) é autodependente; 6) repele a convicção de pecado; 7) recusa-se a fazer confissão a todas partes envolvidas; 8) recusa-se a fazer restituição às partes prejudicadas; 9) é cheio de preconceitos insinceros; 10) é ressentido; 11) tem espírito de vingança; 12) tem ambição mundana; 13) comprometeu-se em algum ponto e não quer dar o braço a torcer, ignora e rejeita maiores esclarecimentos; 14) defende indevidamente os interesses de sua denominação; 15) defende indevidamente os interesses da sua própria congregação; 16) resiste aos ensinos do Espírito Santo; 17) entristece o Espírito Santo com dissenção; 18) extingue o Espírito pela persistência em justificar o mal; 19) entristece-o pela falta de vigilância; 20) resiste-lhe dando largas ao mau gênio; 21) é incorreto nos negócios; 22) é impaciente para esperar no Senhor; 23) é egoísta de muitas formas; 24) é negligente na vida material, no estudo, na oração; 25) envolve-se demasiadamente com a vida material, e os estudos, faltando-lhe por isso tempo para oração; 26) não se consagra integralmente, e 27) o último e maior motivo, é a incredulidade: pede o revestimento, sem real esperança de recebê-lo. “Aquele que não dá crédito a Deus o faz mentiroso” (1Jo 5.10). Esse, então, é o maior pecado de todos. Que insulto, que blasfêmia, acusar a Deus de mentir!
SINÓPSE DO TÓPICO (1)
Os dons do Espírito Santo podem ser classificados em três categorias: manifestação da sabedoria de Deus; manifestação do poder de Deus e manifestação da mensagem de Deus.



II. A PALVRA DA SABEDORIA



1. A sabedoria satânica. A serpente de Gn 3.1 é identificada em Ap 12.9 como o próprio Satanás. Strong assim define o termo Satan: “um oponente“, ou “o Oponente“; aquele que odeia; o acusador; adversário, inimigo; alguém que resiste, obstrui e atrapalha tudo o que é bom. Satan provém do verbo que significa ser um oponente, ou opor-se. Ha-Satan é aquele que odeia e, desse modo é o que há de mais oposto a Deus, que é amor [4]. Nele não habita sabedoria alguma, mas apenas engano e astúcia. Paulo escreve aos Coríntios nestes termos: “Mas temo que, assim como a serpente enganou Eva com a sua astúcia, assim também sejam de alguma sorte corrompidos os vossos sentidos e se apartem da simplicidade que há em Cristo” (2Co 11.3). Strong define o termo astúcia como habilidade versátil, fraude astuta, esperteza sofisticada, conduta inescrupulosa, traição maldosa, esquema enganoso, sagacidade arrogante e arrogância matreira. Usada apenas cinco vezes no NT, refere-se a Satanás enganando Eva (2Co 11.3); à tentativa dos fariseus de enganar Jesus (Lc 20.23); ao engano de falsos mestres (Ef 4.14); à cilada dos sábios do mundo (1Co 3.19); e à maneira inadequada de apresentar o evangelho (2Co 4.2) [5]. Satanás pode capacitar seus agentes com uma espécie de sabedoria astuta a fim de cegar e enganar, se possível, os escolhidos. O crente da atualidade precisa estar informado de que pode haver, nas igrejas, obreiros corrompidos e distanciados da verdade, como os mestres da lei de Deus, nos dias de Jesus (Mt 24.11,24). “Porque se levantarão falsos cristos e falsos profetas e farão sinais e prodígios, para enganarem, se for possível, até os escolhidos” (Mc 13.22); Jesus adverte, aqui, que nem toda pessoa que professa a Cristo é um crente verdadeiro e que, hoje, nem todo escritor evangélico, missionário, pastor, evangelista, professor, diácono e outros obreiros são aquilo que dizem ser. Já vimos na lição anterior que, Satanás pode imitar a manifestação dos dons do Espírito, ou falsos crentes disfarçados como servos de Cristo podem fazer o mesmo (Mt 7.21-23; 24.11, 24; 2Co 11.13-15; 2Ts 2.8-10). O crente não deve dar crédito a qualquer manifestação espiritual sem antes “provar se os espíritos são de Deus, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo” (1Jo 4.1; cf. 1Ts 5.20,21). É por este motivo que urge a necessidade de buscarmos com maior diligência os dons espirituais. T. Austin Sparks escreve: “Quando contemplamos o estado de coisas no mundo hoje, ficamos profundamente impressionados e oprimidos com a prevalecente doença da cegueira espiritual. Ela é a causa da doença do nosso tempo. Não estaríamos muito errados se disséssemos que a maior parte dos problemas, se não todos, que o mundo está sofrendo tem sua origem naquela raiz: a cegueira. As multidões estão cegas; não há dúvida sobre isso. Num dia em que se imagina ser um dia de inigualável iluminação, as multidões estão cegas. Os líderes estão cegos; guias cegos guiando outros cegos. Mas numa grande escala, o mesmo é verdadeiro com respeito ao povo de Deus. Falando de modo geral, os cristãos hoje são muito cegos [6].
2. A sabedoria de Deus. A sabedoria é a capacidade espiritual de ver e avaliar a nossa vida e conduta do ponto de vista de Deus. Inclui fazer escolhas acertadas e praticar as coisas certas de conformidade com a vontade de Deus revelada na sua Palavra e na direção do Espírito Santo (Rm 8.4-17). Podemos receber sabedoria indo a Deus e pedindo-lhe com fé (Pv 2.6; 1 Co 1.30). Somente entesourando a Palavra de Deus em nossa mente é que aprenderemos a viver de modo sábio e justo em nosso relacionamento com Deus. Podemos vencer o pecado, tendo os mandamentos de Deus em nosso coração (Sl 119.11) e a Palavra de Cristo habitando dentro de nós (Jo 15.7; Tg 1.21). O estudo da Palavra de Deus deve ser acompanhado de perseverante oração, em que o crente contritamente clame por sabedoria e discernimento. É possível que só pelo estudo alguém se torne um erudito bíblico, mas a oração aliada ao estudo da Palavra de Deus leva o Espírito Santo a lançar mão da revelação divina e nos fazer pessoas espirituais. O crente deve orar a respeito do trecho bíblico que está lendo, desejando ardentemente a iluminação e a compreensão divinas. Somente à medida que a sabedoria de Deus entrar em nosso coração, isto é, em nossos motivos, desejos e pensamentos interiores é que produzirá vida e poder. Para isso, é necessário que o Espírito da verdade opere em nossa alma (Jo 16.13,14), fazendo com que os mandamentos e caminhos de Deus tornem-se um deleite para nós (Sl 119.47,48). As bênçãos decorrentes da sabedoria incluem:
a). Aprender a temer ao Senhor e daí ser protegido contra o mal ao longo da caminhada da vida (Pv 2.5-8);
b). Poder discernir entre o bem e o mal e assim evitar as tragédias do pecado (Pv 2.11);
c). Disposição para evitar pessoas más e conviver com pessoas boas e justas (Pv 2.12-15,20);
d). Abster-se da imoralidade sexual (Pv 2.16-19) e
e). Receber as bênçãos prometidas por Deus (Pv 2.21).

Deus se agrada quando os crentes buscam em oração sincera a sabedoria divina e um coração entendido. “E, se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente e não o lança em rosto; e ser-lhe-á dada” (Tg 1.5; cf. Pv 2.2-6; 3.15; Lc 12.31; Ef 5.17; Tg 3.17).
3. O dom da palavra de sabedoria. Este dom ocupa lugar importante entre os demais dons. Como os outros, é concessão do Espírito Santo, não se adquire de maneira natural, através da capacidade cognitiva, do acumulo de conhecimento humano. É uma declaração espiritual, num dado momento, pelo Espírito, sobrenaturalmente revelado a mente, o propósito e o caminho de Deus aplicado a uma situação específica. Tal mensagem aplica a revelação da Palavra de Deus ou a sabedoria do Espírito Santo a uma situação ou problema específico (At 6.10; 15.13-22). Não se trata aqui da sabedoria comum de Deus, para o viver diário, que se obtém pelo diligente estudo e meditação nas coisas de Deus e na sua Palavra, e pela oração (Tg 1.5,6). Capacita-nos a perceber, falar e agir em circunstancias tais, que os elementos naturais tornam-se inúteis. É algo especial que o pensamento humano, por si só, não descobre, pois é a revelação da mente de Deus aos que pregam, ensinam e administram a Igreja. Torna o crente apto a conhecer fatos passados, presentes e até futuros.
SINÓPSE DO TÓPICO (2)
O dom da palavra de sabedoria é a operação sobrenatural do Espírito Santo na mente humana, objetivando, resolver problemas insolúveis.



III. A PALAVRA DA CIÊNCIA E O DISCERNIMENTO DE ESPÍRITOS
1. O dom da palavra da ciência. É evidente que o exercício ministerial requer um preparo catedrático, mas, neste texto em especial, ao falar deste dom, Paulo não se refere a este tipo de conhecimento humano galgado pelo estudo diligente. Paulo refere-se a um conhecimento sobrenatural, inspirado pelo Espírito Santo, revelando conhecimento a respeito de pessoas, de circunstâncias, ou de verdades bíblicas. Freqüentemente, este dom tem estreito relacionamento com o de profecia (At 5.1-10; 1Co 14.24,25). Este dom está ligado ao da Palavra da sabedoria, mas, apesar dessa vinculação, os dois relacionam-se com o discernimento e o entendimento espirituais necessários à edificação da Igreja. Sobre isto declara Paulo: “enriquecidos da plenitude da inteligência, para conhecimento do mistério de Deus - Cristo, em quem estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e da ciência de Deus” (Cl 2.2,3). Emana de Deus tudo o que Ele deseja que saibamos ou conheçamos. Por sua onisciência, o Espírito revela coisas ocultas, sempre em benefício do seu povo. A relação entre a “sabedoria” e a “ciência” é muito íntima.
2. O discernimento de espíritos. Discernir traduz o significado de “ver claramente“, ou “julgar através de“. Se o dom é do Espírito, sua manifestação é sobrenatural. Trata-se de um modo especial para se perceber o que há no íntimo de uma pessoa. É a capacidade de ver ou sentir, pelo Espírito Santo, o que motiva alguém a dizer ou fazer algo; discernir e julgar corretamente as profecias e distinguir se uma mensagem provém do Espírito Santo ou não (1Jo 4.1). Este dom é útil para que distingamos se algumas manifestações espirituais correspondem plenamente aos princípios divinos. Hoje, quando os falsos mestres e a distorção do cristianismo bíblico estão tomando proporções nunca antes pensadas, esse dom espiritual torna-se extremamente importante para a igreja. A Bíblia de Estudo Pentecostal, em nota textual de 1Tm 4.1, afirma o seguinte: ‘O Espírito Santo revelou explicitamente que haverá, nos últimos tempos, uma rebeldia organizada contra a fé pessoal em Jesus Cristo e da verdade bíblica (cf. 2 Ts 2.3; Jd 3,4). Aparecerão na igreja pastores de grande capacidade e poderosamente ungidos por Deus. Alguns realizarão grandes coisas por Deus, e pregarão a verdade do evangelho de modo eficaz, mas se afastarão da fé e paulatinamente se voltarão para espíritos enganadores e falsas doutrinas. Por causa da unção e do zelo por Deus que tinham antes, desviarão a muitas pessoas. Muitos crentes se desviarão da fé porque deixarão de amar a verdade (2 Ts 2.10) e de resistir às tendências pecaminosas dos últimos dias (cf. Mt 24.5,10-12; 2Tm 3.2,3). A popularidade dos ensinos antibíblicos vem, sobretudo pela ação de Satanás, conduzindo suas hostes numa oposição cerrada à obra de Deus. A segunda vinda de Cristo será precedida de uma maior atividade de satanismo, espiritismo, ocultismo, possessão e engano demoníacos, no mundo e na igreja (Ef 6.11,12) [7].
3. A importância do dom de discernimento. Os dons espirituais são dons da soberania de Deus. Em Efésios 4 o Cristo glorificado é apresentado como um general vitorioso, que lidera uma multidão de cativos libertos e distribui os despojos da batalha. Os presentes são de graça e a distribuição é soberana. Isto também é dito em 1Co 12.11: “Um só e o mesmo Espírito realiza todas estas coisas, distribuindo-as, como lhe apraz, a cada um, individualmente“. Por isso, recebemos a permissão, na verdade uma ordem, de “procurar os melhores dons“, e isto “com zelo” (1Co 12.31). Mesmo assim, a partilha dos dons não depende da nossa vontade, mas da vontade do próprio Espírito Santo soberano. Portanto, os charismata provêm da vontade graciosa de Deus, e são concedidos por ele através do Espírito Santo. Certamente Cristo proverá sua Igreja com crentes capacitados com o dom de discernimento. Em Mt 24.5, Cristo declara que durante os últimos dias desta era, o engano religioso será volumoso na terra. Note-se que as primeiras palavras que Cristo dirigiu aos discípulos a respeito do tempo do fim foram “Acautelai-vos, que ninguém vos engane” (v. 4). É do maior interesse de Cristo que seus seguidores se acautelem do engano religioso que se alastrará em todo o mundo nos últimos dias. Para salientar esse perigo para os crentes dessa época, Cristo repete a advertência duas vezes, no sermão do Monte das Oliveiras. À medida que os dias vão passando, surgem muitos falsos mestres e pregadores entre o povo. Grande parte do cristianismo está se tornando apóstata. A lealdade total à Palavra de Deus, bem como santidade bíblica, são coisas raras. Crentes professos aceitam novas revelações, mesmo que elas conflitem com a Palavra revelada de Deus e isto está motivando a oposição à verdade bíblica dentro da igreja - nossas EBD são o exemplo mais patente (1Tm 4.1; 2Tm 3.8; 4.3). Homens que pregam um evangelho misto ocupam posições estratégicas de liderança nas denominações e nas escolas teológicas. Os tais enganam e desviam a muitos dentro da igreja (Gl 1.9; 2Tm 4.3; 2Pe 3.3,4). Em todas as partes do mundo, milhões de pessoas praticam ocultismo, astrologia, feitiçarias, espiritismo e satanismo. A influência dos demônios e espíritos malignos multiplica-se sobremaneira. Para não sermos enganados, devemos crescer em fé e amor para com Cristo, e termos como autoridade absoluta em nossa vida a Palavra, conhecendo-a bem na sua totalidade e desejando os melhores dons, sobretudo, o dom de discernir os espíritos, para discernirmos e julgarmos corretamente as profecias, distinguindo se uma mensagem ou doutrina provém do Espírito Santo ou não (1Jo 4.1).
SINÓPSE DO TÓPICO (3)
O dom da palavra da ciência e o discernimento de espíritos são capacidades sobrenaturais que o Espírito Santo concede, ao crente, para conhecer fatos ocultos.



CONCLUSÃO
Os crentes pentecostais precisam continuar dando ênfase à manifestação dos dons espirituais. Muitas igrejas pelo Brasil já deixaram de instruir os crentes a buscá-los. O pragmatismo moderno já solapou a crença no sobrenatural em muitos arraiais ditos pentecostais. Despertemos, pois, neste célebre momento, para a busca dos dons que manifestam a sabedoria de Deus: palavra da sabedoria, palavra do conhecimento e discernimento de espíritos.
Lição adaptada.
Fonte: ebdweb




quinta-feira, 28 de abril de 2011

PROSPERANDO NO DESERTO


No deserto da crise precisamos seguir a orientação de Deus

A crise é uma encruzilhada, uma bifurcação na rota da vida. Podemos fazer dela uma porta para os horizontes largos do triunfo, ou podemos descer através dela aos vales mais sombrios do fracasso. A crise pode ser a porta da esperança ou o calabouço do desespero. A crise eleva alguns e abate outros. A diferença entre o vencedor e o perdedor não esta na crise, mas em como cada um a en­frenta. A grandeza de um homem está no fato de que, quando todos estão colocando o pé na estrada do fracasso, ele vislumbra o chão do progresso. O vencedor é um visionário. Ele vê o que ninguém consegue contemplar. Enxerga por sobre os ombros dos gigantes. Quando todos estão mergulhados no proble­ma, ele está contemplando a solução.
Aquele que triunfa diante das dificulda­des nunca é unanimidade. A unanimidade é burra. Ela sempre capitula diante das crises. Todo o arraial de Israel chorou, desesperado, com medo de lutar contra os gigantes e, tam­bém, de não tomar posse da terra prometida. Somente Josué e Calebe tiveram uma visão otimista. Todo o povo pereceu no deserto; só os dois visionários entraram na terra que manava leite e mel.
Os exércitos de Israel durante quarenta dias, de manhã e à tarde, ouviram as afrontas do gigante Golias e, empapuçados de medo, bateram em retirada covardemente. Davi, como voz solitária, dispôs-se a enfrentar o gi­gante. Mesmo tendo de suportar o escárnio do seu irmão Eliabe e a incredulidade do rei Saul, ele fez o gigante dobrar-se diante da sua coragem, triunfando sobre o herói dos filisteus. Davi derrubou o gigante e o matou. Mais tarde, o mesmo Davi viveu outra situa­ção dramática. Ziclague, sua cidade refúgio, tinha sido saqueada e incendiada pelos amalequitas. Seus bens foram roubados; suas mulheres, seus filhos e suas filhas foram leva­dos cativos. O mesmo aconteceu com os seus seiscentos homens de confiança. Quando Davi e seus homens chegaram e viram a cidade debaixo de escombros e ainda fumegante, os homens se revoltaram contra Davi e quise­ram apedrejá-lo. Além da perda pessoal, Davi ainda enfrentou a ira de seus homens. Davi chorou e angustiou-se enquanto os amalequitas festejavam com os ricos espólios. No meio dessa crise avassaladora, Davi emergiu com um arroubo de solitária esperança; ele se reanimou no Senhor seu Deus e começou a orar pedindo a direção divina. Levantou-se da oração e, sob a orientação de Deus, empunhou bravamente as armas e liderou os seus homens em vitorioso combate.
Tomou de volta tudo aquilo que o inimigo havia saqueado. Saiu da crise mais fortalecido, fazendo dela uma ponte para vitórias mais retumbantes.
Isaque também está enfrentando uma crise.  E não é uma crise pequena. A fome assola a sua terra. Seu país vive o drama do empobrecimento coletivo. A esperança do povo está morta. Os sonhos, destruídos. Há uma inquietação no ar, um rumor entre as famílias. O gado geme de fome. O útero fecundo da terra parece estéril. As sementes que nela são depositadas perecem antes mes¬mo de dar aceno de vida. A seca, assassina de sonhos, prevalece em seu país. A chuva é retida. O sol castiga. Os agricultores não se aventuram a depositar no ventre da terra a semente da esperança. Reina um desespero generalizado. As fontes estão secando. Os ribeiros estão se tornando leitos de morte e não condutores de vida. As cabras montesinas bramam, sedentas, O povo aflito vê a despensa se esvaziando e as crianças gemendo e clamando por pão. Aquele estava sendo um tempo amargo, de fome, de escassez, de vacas magras, recessão, desequilíbrio, desemprego, contenção drástica de despesas.
O que fazer na hora em que você se vê encurralado pela crise? Que decisão tomar quando todas as estradas de escape parecem cheias de barricadas? Muito nessa hora perdem a cabeça, cometendo grandes loucuras. Outros, se revoltam contra Deus culpando-o por todas as desventuras. Outros ainda, petrificados, assistem passivo à dolorosa marcha da crise, aceitando Inertes a decretação da derrota. Isaque, porém, não ficou parado, as­sistindo passivamente o agravamento da situ­ação. Ele se mexeu. Não ficou lamentando, queixoso, os reveses da vida. Ele saiu, se mo­veu. Fez alguma coisa O seu problema não era simples. Era uma questão Vital. Não havia água. Tratava-se de uma questão de sobrevi­vência, de vida ou morte. Talvez, enquanto lê estas páginas iniciais, você se dê conta de que também está enfrentando um problema aparentemente insolúvel. É o casamento que virou um deserto, de onde só brotam os cac­tos venenosos da amargura. É o diálogo com os filhos que secou, como a terra de Isaque. É o salário que está minguando como os ri­beiros em tempo de seca. É a saúde que está ameaçada por uma doença implacável. É a empresa que está emperrada e não consegue deslanchar. É o sonho de entrar na Universi­dade que está cada vez mais distante. É a decepção de um amor não correspondido. Talvez, como Isaque, todas as noites você olhe para o horizonte na esperança de ver a che­gada de uma chuva restauradora que faça reverdecer o deserto da sua vida. Talvez você já tenha semeado várias vezes no solo tórrido e seco da sua família, vendo, com tristeza, todas as sementes minarem no útero da terra. Talvez você tenha investido toda a sua espe­rança em um negócio, mas a chuva da pros­peridade foi retida e a safra de seus investi­mentos perdida. Talvez você tenha recebido um diagnóstico sombrio do seu médico, di­zendo que a medicina não lhe oferece ne­nhuma esperança de cura. Talvez alguém amado do seu coração esteja enfrentando uma grave enfermidade e aos poucos você vê essa pessoa escapando dos seus braços.
Neste ano passei por lutas tremendas. Meu irmão Laurentino foi acometido por um câncer devastador no pulmão e na coluna. Ele sentia dores terríveis que nem mesmo a morfina conseguia aplacar. Seu corpo foi sur­rado pela doença. Seu vigor estiolava a cada dia. O sorriso de seus lábios foi trocado pelos gemidos pungentes de uma dor inconsolável. Seu corpo tombou vencido pela doença de­pois de uma luta audaciosa. No dia 25 de fe­vereiro do ano 2000 ele fez sua última viagem, rumo à eternidade. Vinte e um dias depois, quando o meu coração ainda curtia a dor dessa separação, fui surpreendido pela morte súbita de Gelson, meu irmão primogênito, vitimado por um infarto fulminante.
Não é fácil lidar com a dor. Nossos so­nhos chocam-se contra muralhas de concreto. Nossos planos escorrem como água. Nossas previsões entram em colapso. Estamos no meio do deserto onde nosso olhar se perde em miragens enganadoras, onde nossos pas­sos cambaleantes parecem claudicar, onde a morte procura dar a última palavra.
O grande perigo na encruzilhada da cri­se é tomar a direção errada. Isaque queria ir para o Egito, lugar de fartura, riqueza e segu­rança. Ele foi tentado a buscar uma solução rápida, fácil e indolor. Isaque queria fugir da crise, não enfrentá-la. E mais fácil andar na estrada da fuga do que sobreviver no deser­to. É mais fácil botar a mochila nas costas e ser um peregrino em terra estranha do que semear no deserto. Poucos são os que se dis­põem a enfrentar e a vencer os gigantes da crise. Poucos são os que agarram os proble­mas pelo pescoço e triunfam na hora das di­ficuldades. Só os desbravadores, os idealistas e os sonhadores destemidos conseguem pros­perar no deserto. O pessimismo é uma doen­ça contagiosa. O ar está poluído por uma den­sa nuvem de descrença. A mídia despeja to­dos os dias no porão da nossa mente cansada uma enxurrada de informações arrancadas dos abismos mais profundos das tragédias humanas. Os arautos do caos embocam suas trombetas. Os profetas do pessimismo se multiplicam aos milhares. A cada dia vemos o coro dos céticos engrossando suas fileiras. Nesse tempo pardacento, em que a crise se instalou em todos os segmentos da sociedade, desde os palácios dos governos até a choupana mais pobre, é mister que alguém se levante para enfrentar a crise com galhar­dia. É no vácuo da crise que os grandes líde­res são formados. Os carvalhos resistem às grandes tempestades. A crise pode tirar a cera dos ouvidos da alma. A crise pode ser uma janela aberta do céu. A crise do homem pode ser o tempo oportuno de Deus.
Hagar perambulava no deserto com o seu filho Ismael. Com a mochila nas costas deixaram para trás as marcas profundas do desprezo. O cantil estava vazio. A sede per­versa os agredia implacavelmente, O deserto abrasador se impunha à sua frente. Estavam sem rumo, sem direção, com sede e sem água. Hagar pensou ter chegado ao fim da linha. Seu filho desidratado, sem forças, já não conseguia mais caminhar. Todas as esperanças de sobrevivência estavam sepul­tadas naquele terrível deserto. Não supor­tando mais ver o sofrimento agônico do fi­lho, Hagar o colocou perto de um arbusto e afastou-se para chorai. Era o fim. A crise ti­nha chegado ao seu apogeu. Nada mais res­tava senão a morte iminente. Contudo, quando todos os recursos de Hagar se esgotaram, do céu soou uma voz de esperança. No silêncio do deserto, Deus instruiu Hagar a não desistir do filho, pois o seu futuro seria glorioso. Das entranhas do deserto abrasador, Deus abriu uma fonte de água que começou a jorrar. Hagar e Ismael puderam beber a largos sorvos. Um milagre aconteceu no deserto da crise. A crise foi um divisor de águas na vida deles. Foi ali que eles ouviram a voz de Deus, e suas vidas foram mudadas para sempre.
É no fragor da crise que ouvimos a voz de Deus: "Não desça ao Egito". O Egito foi palco de perigo para Abraão, o pai de Isaque. O Egito oferecia uma solução imediata, uma riqueza fácil, mas era um laço para Isaque. Deus exortou-o a recusar a imediata abun­dância do Egito por bênçãos invisíveis (Gn 26.3) e mais remotas (Gn 26.3,4). Muitas pes­soas fracassam na vida exatamente porque na crise deixam de atender à voz de Deus e descem para o Egito, onde negociam seus valores absolutos, transigem com suas consci­ências e tapam os ouvidos para não atende­rem à voz de Deus. Trocam as bênçãos eter­nas pelas vantagens terrenas. Trocam as ven­turas do céu pelos prazeres transitórios do pecado. O neto de Isaque, José, foi tentado no Egito a cair nos braços de uma mulher sedutora. Era a sua patroa, tinha direitos so­bre ele e devia ser uma mulher elegante e atraente. Ela pôs os olhos em José e todos os dias tentava levá-lo para a cama. José era jo­vem, bonito e inteligente. Longe do pai e dos irmãos, vivia a plenitude do seu vigor físico. Estava em um país muito distante das pessoas que conheciam os seus valores morais. Depois que todas as armas da sedução foram usadas, a mulher de Potifar usou a força e agarrou José. O palco para a queda desse jovem hebreu estava montado. Mas ele fugiu dos braços da sedutora. Preferiu ir para a prisão a viver aprisionado pelo pecado. Preferiu a privação do cárcere à liberdade do adultério. Preferiu sofrer as conseqüências como inocente a ser honrado como culpado. Preferiu ouvir a voz de Deus à de uma mulher com cheiro de pecado.
Devemos estar com os ouvidos atentos aos tempos de crise. É justamente nesses períodos que temos as maiores experiências com Deus.
Quando todas as soluções da terra en­tram em colapso, o céu aponta o rumo a se­guir. O trono de Deus não enfrenta crise. Os propósitos de Deus não podem ser frustra­dos. As catástrofes da história não desestabilizam o governo de Deus. As tragé­dias humanas não fazem sucumbir os planos divinos. Os problemas que vivemos são ins­trumentos pedagógicos para nos aperfeiçoar em santidade, e não fatos acionados pela mão do acaso, para nos destruir.
Quando os discípulos de Cristo atraves­saram o mar da Galiléia, por ordem do pró­prio Senhor, enfrentaram uma súbita e terrí­vel tempestade. Durante várias horas trava­ram uma luta renhida para não serem traga­dos pelo temporal. Só na quarta vigília da noite Jesus foi ao encontro deles. Jesus, po­rém, apareceu de forma estranha e misterio­sa: andando por sobre as ondas. O que o Senhor queria mostrar aos discípulos é que os problemas que conspiravam contra eles estavam literalmente debaixo dos seus pés. Aquilo que nos ameaça está rigorosamente sob o controle soberano de Cristo. A crise che­ga não para nos destruir, mas para nos colo­car mais perto de Cristo. Ao ver o mar sosse­gando, os discípulos ficaram admirados e ado­raram ao Senhor. Os ventos da crise sibilam para que o trigal de Deus se dobre. Só o joio não se curva. A mesma crise que levanta uns, abate outros.

Fonte:Prosperando no Deserto ( Hernandes Lopes Dias)

quarta-feira, 27 de abril de 2011

5ª LIÇÃO: A IMPORTÂNCIA DOS DONS ESPIRITUAIS



TEXTO ÁUREO = “Portanto procurai com selo os melhores daria, e eu vos mostrarei um caminho ainda mais excelente” (1 Co 2.31).
VERDADE PRÁTICA = Os dons espirituais são faculdades da pessoa divina operando na Igreja, habilitando-a para o cumprimento da sua missão no mundo.
TEXTO BÍBLICO BÁSICO = 1 Co 12.1-11

INTRODUÇÃO

       A lição em apreço, aborda um tema gerador de diversas discussões nos meios teológicos: "os dons espirituais". Haja vista a relevância que o assunto proporciona, o respectivo  tema a ser estudado é bastante reflexivo e edificante. O referido conteúdo, divide os crentes em dois grupos: Os que não creem na sua atualidade, e os que estão de acordo, crendo piamente que os dons espirituais são para os dias de hoje, tendo em mmente que a igreja é edificada através da sua atuação. Levando sobretudo em consideração que, tamanha dádiva não vem medir o grau de espiritualidade daquele que recebe, pois Deus concede a cada um segundo a sua soberana vontade, visando assim a edificação da igreja na terra. Uma boa aula!!!!!


O QUE SÃO OS DONS ESPIRITUAIS
Não importa o que dizem os descrentes, argumentando contra a atualidade e a realidade do batismo com o Espírito Santo e dos dons espirituais. A Bíblia, que é nossa suprema autoridade, além de ser clara sobre essa matéria de fé, é confirmada por incontáveis testemunhos, que ratificam a validade da promessa pentecostal.
1. Definição. Os dons espirituais são dotações e capacitações sobrenaturais que o Senhor Jesus, por intermédio do Espírito Santo, outorga à sua Igreja, visando à expansão universal da sua obra e a edificação dos santos. Por intermédio deles, segundo o Espírito, o crente fala, conhece e age sobrenatural mente.
2. Origem. Ao contrário do que pensavam certos crentes de Corinto, os dons espirituais, embora diversos, são procedentes do Único e Verdadeiro Deus Triúno - o Espírito Santo (v.4), o Senhor Jesus (v.5), e Deus Pai (v.6). Antes acreditavam em diversos deuses (I Co 8.5,6). Entretanto, foram eles ensinados, que há um só Deus, eternamente subsistente em três pessoas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo (II Co 13.13).
A ATUALIDADE DOS DONS ESPIRITUAIS Deduzem, erradamente, que os dons espirituais cessaram após a era apostólica, pois o Evangelho, de acordo com a geografia daqueles dias, já havia chegado aos confins da terra (At 1.8; 13.47).
1. O falso ensino dos cessacionistas.
A Bíblia anula esse falso ensino. Interpretando equivocadamente as Escrituras, eles citam I Coríntios 13.8: “mas, havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão (…)“. Eles se esquecem do versículo 10 que afirma:
“Mas, quando vier o que é perfeito, então o que o é em parte será aniquilado”. Todavia, essa “era perfeita” ainda não começou; quando chegar, “então, veremos face a face” (v.12).
2. Os dons prometidos profética e historicamente. De conformidade com a profecia de Joel, o derramamento do Espírito Santo e a distribuição dos dons espirituais, seriam mais intensos nos últimos tempos (Jl 2.28,29). Em Jerusalém, no Dia de Pentecostes, esta profecia cumpriu-se parcialmente (At. 2.16- 18). Desde então continua a cumprir- se onde quer que o evangelho seja ouvido e crido. Em nossos dias, o derramamento do Espírito recomeçou em 1 906, na Rua Azusa, em Los Angeles, Califórnia, Estados Unidos da América, sob a liderança de Wiliiam joseph Seymour (1 870-1 922). Este pastor era metodista, oriundo do Movimento da Santidade, e filho de pais batistas de origem africana. Desde então, o pentecostalismo expandiu-se, chegando ao Brasil em 1910. No momento, a Assembléia de Deus no Brasil já começa a comemorar o seu primeiro centenário, que teve início em 1911.
OBJETIVOS DOS DONS ESPIRITUAIS
Deus concede dons primeiramente para a edificação da igreja, mas também para o progresso do crente (I Co 14.1-4). Os dons espirituais seguem-se ao batismo com o Espírito Santo: “e falavam línguas e profetizavam” (At 19.6). Não o contrário.
1. Objetivos congregacionais. Os dons espirituais, principalmente os de expressão verbal, visam à edificação, consolação e exortação do povo de Deus.
O capítulo 14 de I Coríntios discorre amplamente sobre o assunto. O termo “edificar” é ali empregado constantemente.
2. Objetivos individuais. Os dons espirituais não devem ser usados para o nosso deleite, mas para o enriquecimento de nossa vida cristã: “O que fala língua estranha edifica-se a si mesmo, mas o que profetiza edifica a igreja” (I Co 14.4).
Quando alguém é batizado com o Espírito Santo e fala em línguas, em seu espírito ora, exalta e louva a Deus secretamente. É um relacionamento íntimo entre o salvo e Deus. Ninguém o entende, a não ser Deus (I Co 14.2).
OS DONS DE MANIFESTAÇÃO VERBAL
Os dons de expressão verbal são os mais destacados na igreja. Ocupam o maior espaço no capítulo em estudo, o qual trata primariamente da operação dos dons “decentemente e com ordem” (v.40). Esses dons se manifestam sobrenaturalmente através de mensagens orais, segundo a orientação do Espírito Santo.
1. Dom de variedade de línguas. Através do dom de variedade de línguas, os crentes, em espírito, oram, adoram e louvam a Deus de modo sobrenatural. É uma comunicação direta com Deus, mediante o Espírito Santo, sem quaisquer impedimentos (I Co 14.2).
2. Dom de interpretação de línguas. É evidente que este dom opera juntamente com o dom anterior, formando ambos uma profecia (vv.5,1 3, 27,28).
3. Dom de profecia. A profecia, como dom de expressão verbal, é enunciada claramente no idioma de quem a profere, “para edificação, exortação e consolação” de todos (v.3). O dom de profecia, hoje, não tem a mesma autoridade canônica das Escrituras (II Pe 1 .20), que são infalíveis. A profecia atual deve ser julgada (I Co 14.29).
OS DONS DE SABER
Por intermédio dos dons de saber, a Igreja de Cristo manifesta sabedoria, ciência e discernimento sobrenaturais. Eles são de grande necessidade aos santos, habilitando-os a entenderem muito mais e a combaterem os espíritos do erro e suas artimanhas por toda parte. Considere-se a proliferação, inclusive dentro das igrejas, de falsas doutrinas, de imitação dos dons, de modernismos teológicos, de inovações antibíblicas, de falsos avivalistas, de “milagreiros” ambulantes, etc.
1. O dom da palavra da sabedoria (I Co 12.8). E o saber extraordinário e sobrenatural, outorgado diretamente pelo Espírito. O profeta Daniel tinha deste dom, segundo relata o escritor sagrado (Dn 1.17; 5.11,12; 10.1).
2. O dom da palavra da ciência (v.8). Este dom provê um conhecimento extraordinário e sobrenatural. Ele certamente operava nos profetas Eliseu (II Rs 5. 25,26) e Aías (I Rs 14.1-8).
3. O dom de discernir os espíritos (v.10). É a identificação sobrenatural de operações de espíritos quanto á sua origem e intenções: espíritos enganadores, demoníacos e humanos. É um dom defensivo que evita que sejamos enganados pelo adversário. Paulo tinha o dom de discernimento de espíritos (At 16.16-1 8).
OS DONS DE PODER
Mediante os dons de poder, a autoridade e o poder divinos manifestam- se no crente de maneira sobrenatural sobre o mundo físico. Esses dons são: Fé, Curas, e Operação de Maravilhas.
1. Dom da fé (v.9). É a operação sobrenatural da fé para a realização de coisas tidas como impossíveis na expansão do Reino de Deus. O profeta Elias tinha o dom da fé segundo o relato dei Reis 1.10-1 2.
2. Os dons de curar (v.9). É um dom plural na sua constituição e operação.
A palavra “curar” está no plural no texto grego, indicando diferentes “curas” para vários tipos de moléstias ou enfermidades.
3. Dom de operação de maravilhas (v.10). Estes dois vocábulos que designam este dom, no original, estão no plural. São operações de milagres extraordinários, surpreendentes e espantosos para levar os incrédulos à conversão; convencer os céticos e fortalecer os crentes fracos e duvidosos quanto à suficiência infinita de Deus. Ver Jo 6; At 8.6,13; 19.11 ;Js 10.12-14. Moisés, Elias, Eliseu, Paulo, e inúmeros outros servos de Deus tinham esse dom.
O QUE SÃO OS DONS DO ESPIRITO
Enquanto “o falar em línguas” tem um caráter individual e é proveitoso para aquele que fala, “os dons” são manifestos para benefício da igreja local, isto é, da congregação.
1. Os diferentes tipos de dons espirituais citados na Bíblia.
a) Dom do Espírito Santo. A palavra “dom” no Novo Testamento às vezes aparece no singular, referindo-se à entrada do Espírito na vida do pecador arrependido, mas também pode referir-se ao batismo no Espírito Santo como em At 2.4,38; 10.44-46.
b) Dons do Espírito Santo (1 Co 12.7-11). A palavra “dons” indica as distintas manifestações do Espírito Santo na vida da Igreja. São capacitações sobrenaturais do Espírito para fortalecer, prevenir e edificar os crentes em Cristo.
c) Dom de Deus (Jo 4.10). Refere-se à dádiva suprema do amor divino, que foi o seu Filho Jesus para salvação da humanidade (Jo 3.16; Rm 6.23).
d) Dons de Cristo (1 Co 12.5; 4.11-13). São dons ministeriais, entregues à Igreja para o aperfeiçoamento dos santos.
2. São manifestações do Espírito Santo
Os dons operados pelo Espírito Santo são “manifestações” especiais na vida da igreja local, que capacitam seus membros em particular. A palavra “manifestação” é literalmente no original, “tornar claro”, “fazer conhecido”. As manifestações do Espírito Santo através dos dons espirituais revelam as obras que Ele quer realizar através dos crentes.
OS OBJETIVOS DOS DONS ESPIRITUAIS Os dons espirituais visam promover a unidade da Igreja no sentido espiritual, mas também socialmente, pois a operação dos dons dinamiza a comunhão entre os crentes. No aspecto físico, o sangue e o espírito são dois elementos que mantém a unidade do corpo humano. O sangue está espalhado em todo o corpo e atinge todos os membros. O espírito não se localiza em determinado órgão, mas está em todo o corpo. Assim sendo, o sangue de Jesus (isto é, a sua eficácia) está em todo o Corpo de Cristo, a Igreja, e o Espírito manifesta- se através dos dons para manter e fortalecer o corpo de Cristo.
1. Promover a unidade do Corpo de Cristo (1 Co 12. 12, 13).
2. Promover a diferença e a funcionalidade dos membros do Corpo e Cristo (1 Co 12.14-16,27). A Igreja é um corpo com muitos membros, e todos são indispensáveis para o seu perfeito funcionamento. Cada cristão é parte integrante da Igreja, e os dons são concedidos para o perfeito exercício do corpo; não são independentes e atuam pelo bem dos demais. Cada membro tem a sua função, e quando dotado de um dom espiritual, trabalhará para beneficiar a todos. A diversidade dos dons existe dentro da unidade do corpo (1 Co 12.4). Os dons emanam de uma mesma fonte: “Há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo” (1 Co 12.4). É Ele quem utiliza os dons conforme a sua soberana vontade. Os dons não são para a exaltação das pessoas, nem para a sua individualização.
FALSOS CONCEITOS QUANTO AOS DONS ESPIRITUAIS
Ao longo destes últimos setenta anos, desde o início do Movimento Pentecostal, aqueles que procuram combatê-lo, têm inventado as mais variadas e absurdas teorias quanto aos dons do Espírito Santo. Dentre essas teorias se destacam as seguintes:
I. Os dons eram restritos à era apostólica. Os que defendem esta teoria afirmam que os sinais sobrenaturais e os dons do Espírito Santo foram enviados com o propósito exclusivo de confirmar a divindade de Jesus Cristo, e autenticar os primeiros pregadores do Evangelho e sua mensagem. Argumentam também que a necessidade de tais manifestações sobrenaturais cessaram depois de completado o Novo Testamento.
2. Os dons hoje são habilidades naturais. Isto é, Deus premia algumas pessoas privilegiadas, dando- lhes dotes especiais. Por exemplo: pessoas com a habilidade fora do comum para lingüística, como Ruy Barbosa, têm o dom de línguas e de interpretação; quem tem mãos habilidosas e grandes capacidade como cirurgião, tem o dom de curar; quem mostra erudição na pregação, tem o dom da profecia; e assim por diante.
3. Os dons são Inalcançáveis. Os que advogam esta interpretação dizem que os dons são tão grandiosos e santos na sua essência, que ninguém está suficientemente preparado para merecê-los; portanto ninguém os possui.
AS FUNÇÕES DOS DONS
Paulo faz um contraste entre o valor das línguas e o da profecia em quatro funções diferentes, em 1 Coríntios 14: o ensino (vv. 6-12), a adoração (vv. 13-19), os sinais para o descrente (vv. 19-25) e o ministério à igreja local (vv. 26- 33). Ele admoesta contra o abuso dos dons e oferece diretrizes positivas ao seu exercício. Resumi abaixo as instruções essenciais.
A comunicação é complexa. A comunicação nítida fortalece (14.3). E fácil entender erronearnente intenções, atitudes e palavras. Somos imperfeitos. E por isso que os dons precisam ser exercidos com amor. Os coríntios, egoístas, fingiam-se ultra-espirituais e abusavam das línguas estranhas. Surgiram muitos problemas. Paulo reenfatiza a necessidade da clareza na orientação e instrução. Por isso, toma a profecia como exemplo para representar todos os dons exercidos no idioma conhecido. As línguas estranhas, quando interpretadas, incentivam a congregação a adorar (1 Co 14.2,5,14,15) e se constituem num dom tão válido quanto a profecia. Não há fundamento bíblico para classificar os dons como superiores ou inferiores.
Cada dom desempenha uma tarefa única e incomparável, se comunicado corretamente. Paulo oferece a analogia da flauta, da cítara e da trombeta tocadas sem um som nítido: não há benefício para o ouvinte. Na assembléia local, precisamos transmitir com nitidez a orientação divina, o que Deus está dizendo a todos nós Paulo tinha em alta estima o dom de línguas para a adoração (1 Co 14.2), a edificação do indivíduo (14.4), a oração (14.4), a ação de graças (14.17) e como sinal para o incrédulo (14.22). Paulo orava em línguas, cantava em línguas, louvava em línguas e falava em línguas (14,13-16). Na realidade, falava em línguas ainda mais que os exuberantes coríntios. Ele fala do valor de louvar e orar com o Espírito e também com o entendimento.
Os coríntios haviam exagerado no uso do dom de línguas. Alguns talvez acreditassem que falavam línguas angelicais (1 Co 13.1). E possível que os cultos tenham sido dominados pelas línguas (14.23), e parece que os que falavam em línguas interrompiam uns aos outros para entregar suas mensagens, sem interpretação (14.27,28). Há uma pergunta fundamental a respeito dessa passagem. Estaria Paulo encorajando ou desencorajando períodos de adoração em que todos na assembléia falam em outras línguas? Duas opiniões são sustentadas a respeito de 1 Coríntios 14.23,24. Uma delas é que Paulo estava reduzindo ao mínimo o uso do dom das línguas e que nunca, por nenhum motivo, deveria haver mais que duas pessoas (ou no máximo três) falando num culto.
Assim fica excluída a adoração pública em línguas. Segundo esta opinião, Paulo faz uma concessão mínima àqueles em Corinto que falavam em línguas.
Uma segunda opinião considera que 1 Coríntios 14.23- 24 consiste em duas declarações paralelas: todos falam em línguas; todos profetizam. Se 14.23 significa que todos falam línguas estranhas ao mesmo tempo, obviamente 14.24 refere-se a todos profetizando ao mesmo tempo. Obviamente, 14.24 não pode significar isso. Todos profetizando ao mesmo tempo seria confusão ou mesmo demência. Paulo certamente permite às pessoas profetizarem “uns depois dos outros” no ministério à congregação (1 Co 14.3 1). E, se a profecia representa todos os dons no idioma conhecido, outros dons também podem ser ministrados profeticamente.
A única limitação imposta às mensagens proféticas é que seja feito “tudo decentemente e com ordem”. Os coríntios não deveriam consumir a totalidade do horário falando “uns depois dos outros” em línguas. Há um limite de duas ou (no máximo) três expressões em línguas com interpretações (14.27). O propósito básico das línguas estranhas com interpretação é adorar a Deus e encorajar os outros a fazer o mesmo. Se uma congregação está disposta a adorar, não serão necessárias mais que duas ou três exortações para situá-la nesse propósito.
Em Atos 2.4, 10.44-46 e 19.6, vemos que todos falavam em línguas na adoração coletiva. Nenhuma interpretação é mencionada. A interpretação sem preconceitos de 1 Coríntios 14.2,22-25 não pode negar que todos adoravam em línguas ao mesmo tempo. Paulo e Lucas não se contradizem mutuamente.
Se o propósito primário das línguas é louvar a Deus, as línguas com interpretação encorajarão as pessoas a adorar. Assim, recusar às pessoas a oportunidade de adorar a Deus em línguas parece uma contradição. Nesse caso, Paulo estaria dizendo: “Adorem com o entendimento na assembléia, mas não no Espírito. Somente duas ou três pessoas têm licença para aquela experiência”. Que diremos das reuniões em que a oração é o tema principal na agenda? Ou das reuniões que visam encorajar os outros a receber a plenitude do Espírito? Ou dos momentos de pura celebração espiritual? Quando Deus nos toca, no meio de qualquer assembléia pública, nós correspondemos. Essa nossa resposta, no entanto, não deve atrair sobre nós mesmos qualquer atenção indevida.
O reavivamento pentecostal/carismático no mundo inteiro jamais se desculpou pela celebração espiritual genuína. Tem, sim, encorajado a adoração sincera. O espírito do indivíduo não é abafado pelo coletivo. Pelo contrário, é plenamente aproveitado no Corpo, com o devido controle. O dom de línguas não está limitado aos devocionais particulares. Pelo contrário, aprendemos no modelo da adoração pública a maneira de adorar em particular. Se todos entendessem que há ocasiões diferentes para se louvar a Deus, não existiria nenhuma confusão.
Todos os dons têm valor como sinal e valor no seu conteúdo. No dom de línguas, destaca-se o aspecto de sinal: desperta a atenção. Na profecia, o conteúdo, embora em certos casos tenha grande valor como sinal. Ela confronta as pessoas com a Palavra de Deus e as convida ao arrependimento.
Palmer Robertson ressalta: “As ‘línguas’ servem como indicador; a ‘profecia’, como comunicador. As ‘línguas’ chamam a atenção aos atos poderosos de Deus; a ‘profecia’ conclama ao arrependimento e à fé como forma de corresponder aos atos poderosos de Deus”.
As curas têm valor como sinal para os que observam, e valor de conteúdo para os que são curados. As palavras de sabedoria e conhecimento destacam muito mais o valor do conteúdo, embora às vezes tenham grande valor como sinal.
E uma questão pragmática — o que Deus está fazendo e o que é necessário à situação. Embora nada possa substituir a Palavra de Deus nem valer mais que ela,38 Deus continua falando às igrejas e às necessidades individuais. Reunimo-nos para ouvir a mensagem de Deus. Ele fala à nossa situação presente através da sua Palavra e do corpo de Cristo. Se todos comparecermos com a disposição de ministrar dons e surgir a oportunidade, o ministério poderá fluir livremente. O ambiente ideal para esse ministério é o pequeno, tal como um grupo familiar. Horários apertados, grandes multidões e membros acanhados são obstáculos (14.26).
Paulo guiava a igreja em Corinto com mão firme. Muitos estavam unidos contra ele. Alguns coríntios julgavam-se ultra-espirituais, pensando que o Reino já havia chegado e que não haveria necessidade de ressurreição para quem realmente tivesse fé. Somente eles tinham a manifestação mais plena dos dons. Mas Paulo não reage fortemente contra eles. Oferece diretrizes positivas. A primeira é que a profecia precisa ser comunicada com clareza, a fim de fortalecer, encorajar e consolar (14.3).
A segunda diretriz a ser considerada consiste nas necessidades dos crentes, dos incrédulos e dos interessados. Os crentes precisam ser instruídos e edificados (14.1-12), render graças juntamente com os outros crentes (14.17), tornar-se maduros no pensamento (14.20), ministrar vários dons (14.26-33), avaliar os dons (14.29) e ser discipulados (14.31). Os incrédulos precisam compreender o que está acontecendo num culto (14.16),tomar conhecimento do fato de que Deus está falando (14.22) e ter os segredos do coração desvendados diante de Deus (14.25), a fim de serem levados à fé. Os interessados, que buscam a Deus, precisam compreender o que está acontecendo no culto (14.16), sem
ficar confusos (14.23), e saber que Deus está verdadeira- mente entre nós (14.25).
A terceira diretriz é a importância de não reagir. Paulo aconselha aos coríntios: “Procurai com zelo os dons espirituais” (14.1), canalizando esse zelo para a edificação da Igreja (14.12), e não proibindo o falar em outras línguas (14.39). O medo de cair em extremos freqüentemente leva as igrejas a recuar diante da aceitação de um ministério completo de dons. Nesse caso, o nenê é jogado fora junto com a água suja do banho, o fogo é evitado por causa da possibilidade de fogo-fátuo ou, conforme diz o provérbio chinês, podamos os dedos dos pés a fim de fazer o sapato servir.
Por outro lado, seguir zelosamente uma posição teológica sem fundamento bíblico é prejudicar o próprio reavivamento, que todos estamos buscando. As vezes condenamos sem misericórdia, de modo farisaico, os que cometem enganos. E assim, desanimamos outras pessoas que querem ministrar com os dons. O medo exagerado de erros pode nos deixar sem a bênção de Deus. Precisamos de teologia sólida como base.
Mas também devemos ensinar com amor, testar as revelações à luz da consciência espiritual que outros membros maduros do corpo de Cristo possuem e aprimorar (ao invés de repudiar) os dons genuínos do Espírito (14.39,40).
A quarta diretriz é a prestação de contas. Na totalidade do capítulo, Paulo revela que os modos de corrigir os exageros são: o exercício saudável dos dons, a avaliação e a prestação de contas. Somos responsáveis uns diante dos outros.
No culto de adoração, a prioridade suprema é edificar os outros. Nossa vida, nossa metodologia e nossas expressões vocais devem ser levadas adiante, no contexto do que Deus está fazendo na Igreja, e sujeitas espontaneamente à avaliação do corpo dos fiéis. Exageros surgem quando as pessoas exercem dons ou fazem declarações sem ter de prestar contas a ninguém.

CONCLUSÃO

    Na lição de hoje aprendemos que Deus está a conceder os dons espirituais a sua Santa igreja,  para o pleno e exclusivo objetivo da edificação dos santos. A igreja dos dias atuais não só precisa, como depende com exclusividade da operação dessa tão importante dádiva do Senhor. Negar a operação e a evidências dos dons do Espírito Santo, é dizer que a igreja está incapaz de cumprir a missão foi proposta pelo Mestre.

      A lição apresentou com muita relevância, a importância da busca dos dons, e  o uso com devida ética, sabedoria e humildade sobretudo, a fim de vermos a edificação do corpo de Cristo.

lição adptada.
fonte: ebdweb

domingo, 24 de abril de 2011

CURAS DIVINAS, RENOVAÇÃO E BATISMO COM ESPÍRITO SANTO MARCAM ENCONTRO DE SENHORES EM VIÇOSA

      
          Os componentes do Departamento de Senhores "Arautos do Rei", e todos que fazem a Assembléia de Deus em Viçosa,-AL, tem  bastante motivos de glorificar e exaltar o nome do Senhor pelos os três dias de festa do 3º Encontro de Senhores. Os crentes, convidados e visitantes, foram sobremodo abençoados por Deus nestes dias.
     Neste sábado (23), o Senhor nos concedeu um brilhante encerramento debaixo do poder do seu Santo Espírito. Louvores foram entoados com muita unção de Deus pelo órgãos presentes, como o conjunto de senhores “Cântico de Sião” ( Arapiraca-AL), O Conjunto de Senhoras “Filhas de Sião” (local), e o aniversariante conjunto “Arautos do Rei” além do cantor Paulo Figueiredo (SE), que foi usado poderosamente no seu ministério.
        Depois do belíssimo momento de adoração ao Senhor, o preletor Tiago Bomfim (SE), fez uso do texto bíblico extraído do livro de Gn. 22.9,15, onde  explanou uma  edificante mensagem, fazendo menção da expressão verdadeira adoração e provisão de Deus na vida do crente. “Onde há verdadeira adoração há  provisão de Deus", bradou o pregador.

    Pastor Josias Bezerra, vindo de Saõ paulo, filho de Viçosa, expressou a sua alegria de participar do evento: "Fico muito feliz em está participando de uma festa como essa", declarou. "principalmente na cidade que  cresci e aprendi servi a Deus", finalizou.
     Ao ministrar a mensagem, a glória de Deus tomou conta da igreja, onde víamos crianças,  adolescentes , jovens e adultos sendo renovados pelo Senhor, e no momento dez pessoas receberam a promessa do alto, sendo batizadas com Espírito Santo e outras  sendo curadas e diversas enfermidades.
     Glorificamos e rendemos toda honra e adoração a Deus por tudo quanto o Senhor nos proporcionou nesses três dias. Expressamos nossa gratidão ao Pr. Donizete Inácio, pelo carinho e disposição de nos ajudar cada dia com palavras de ânimo e incentivo.
     Nossa gratidão aos nossos queridos preletores, cantores e departamentos que abrilhantaram o nosso encontro trazendo mensagens e louvores que ficarão gravados nos nossos corações.
     A amada igreja de Cristo em Viçosa que sempre tem posto a mão para engrandecimento do reino de Deus nesse lugar.
        Que as bênçãos de Deus continue sendo derramada na vida de todos que contribuíram para a realização desse evento.

                                  Carinhosamente em Cristo.
   A diretoria


Departamento Arautos do Rei


                                                                                


    

DESEJO ARDENTE DE GANHAR ALMAS


           
         Já ganhaste uma alma para Cristo? Já experimentaste? Conheces alguém atualmente na glória, com Cristo, levado por ti a Ele? Ou conheces alguém que está no caminho para o céu, porque o informaste do Salvador?
            Se fossem desvendados os teus olhos, neste momento, para contemplar a eternidade, e se te fosse revelado que tens de passar para lá, neste ano não desejarias depositar aos pés do Salvador algum presente como prova de teu amor? Pode haver um presente tão precioso ou aceitável ao Mestre, como uma alma ganha para Ele, durante um ano?
            As palavras dos maiores, na história da Igreja de Cristo, revelam como o coração os abrasava com este desejo; vamos citar algumas expressões:
            Knox, assim rogava a Deus: “Dá-me a Escócia ou eu morro!”
            Whitefield, implorava: “Se não queres dar-me almas, retira a minha!”
            Diz-se de Aleine: “Era insaciavelmente desejoso de conversão de almas, e para este fim derramava seu coração em oração e pregação”
            João Bunyan, disse: “Na pregação não podia contentar-me sem ver o fruto do meu trabalho”.
            Assim dizia Mateus Henry: “Sinto maior gozo em ganhar uma alma para Cristo, do que em ganhar montanhas de ouro e prata, para mim mesmo”.
            D. L. Moody: “Usa-me, então, meu Salvador, para qualquer alvo e em qualquer maneira que precisares. Aqui está meu pobre coração, uma vasilha vazia, enche-me com a Tua graça”.
            Henrique Martyn, ajoelhado na praia da Índia, onde fora como missionário, dizia: “Aqui quero ser inteiramente gasto por Deus”.
            João Hunt, missionário entre os antropófagos, nas ilhas de Fidji, no leito de morte, orava: “Senhor, salva Fidji, salva Fidji, salva este povo. Ó Senhor, tem misericórdia de Fidji, salva Fidji!”
            João McKenzie, ajoelhado à beira do Lossie, clamava: “Ó Senhor, manda-me para o lugar mais escuro da terra!”
            Praying Hyde, missionário na Índia, suplicava: “Ó Deus, dá-me almas ou morrerei!”
            Quando aqueles que assistiam a morte de Davi Stoner, pensavam que seu espírito já tivesse voado, ele se levantou na cama, e clamou: “Ó Senhor, salva pecadores! Salva-os as centenas e salva-os aos milhares!”, e findou a sua obra na terra. O desejo ardente da sua vida, dominava-o até a morte.
            Davi Brainerd falava: “Eis-me aqui, Senhor. Envia-me a mim! Envia-me até os confins da terra: envia-me aos bárbaros habitantes das selvas; envia-me para longe de tudo que tem o nome de conforto, na terra; envia-me mesmo para a morte, se for no Teu serviço e para o progresso do Teu reino”.
            Ele escreveu: “Lutei pela colheita de almas, multidões de pobres almas. Lutei para ganhar cada alma, e isto em muitos lugares. Sentia tanta agonia, desde o nascer do sol até anoitecer, que ficava molhado de suor por todo o corpo. Mas, oh! Meu querido Senhor suou sangue pelas pobres almas. Com grande ânsia eu desejava ter mais compaixão”.
            Brainerd podia dizer de si: “Não me importava o lugar ou a maneira que tivesse de morar, nem por qual sofrimento tivesse de passar, contanto que pudesse ganhar almas para Cristo. Quando dormia, sonhava com essas coisas, e ao acordar, a primeira coisa em que me ocupava essa era grande obra; não tinha outro desejo a não ser a conversão dos perdidos”.
Encontrava-se João Welsh, nas noites mais frias prostrado no chão, chorando e lutando com o Senhor, por seu povo. Quando sua esposa implorava que explicasse a razão de sua ânsia, respondia: “Tenho que dar conta de três mil almas e não sei como estão”.
O profeta Jeremias: “Se eu disser: Não farei menção dele, nem falarei mais em Seu nome, há no meu coração como fogo ardente, encerrado nos meus ossos, e estou cansado de sofrer, e não posso conter-me”. (Jer 20.9)
O apóstolo Paulo: “Tornei-me tudo para todos, para de todo e qualquer modo salvar alguns”. (1 Cor 9.22)
O sentimento do Filho de Deus: “Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores”. (2 Tim 1.15)
O desejo do Pai celestial: “Pois assim amou Deus ao mundo, que deu Seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê, não pereça, mas tenha a vida eterna”. (João 3.16)
D. L. Moody conta o seguinte, explicando como Deus o dirigiu a deixar tudo para passar o resto da vida no serviço de ganhar almas: “Não perdi a visão de Jesus Cristo, desde o primeiro dia que O encontrei, na loja em Boston, onde era caixeiro. Porém durante alguns anos achava que não podia trabalhar para Deus. Ninguém me pediu para que fizesse alguma coisa em favor do Evangelho.
Quando fui a Chicago, aluguei cinco assentos na Igreja, e saía e me esforçava para encher os bancos, com moços que encontrava nas ruas. Não falava a estes acerca das suas almas; julgava eu que falar aos pecadores era trabalho dos anciãos. Depois de algum tempo de assim trabalhar, abri uma Escola Dominical, em outra parte da cidade. Para mim, a única coisa era ter o maior número na Escola, e trabalhava com este alvo. Quando a assistência era de menos de mil pessoas, eu ficava perturbado; e quando subia a mil e duzentas ou a mil e quinhentas então me alegrava. Até então ninguém fora convertido; não houvera colheita. Então, Deus me iluminou.
Havia na escola uma classe de moças que eram, sem dúvida, as mais vaidosas que eu jamais encontrara. Num domingo o professor estava doente, e eu ensinei a classe. Zombaram de mim na minha presença e eu fui tentado a expulsá-las, para nunca mais voltarem. Durante a semana, o professor entrou na loja onde eu trabalhava. Vi que ele estava pálido e muito doente. “Que tens?” perguntei-lhe. – “Tive outra hemorragia nos pulmões. O médico diz que não posso ficar em Lake Michigan, e vou para o Estado de Nova Iorque. Por mim, vou para casa para morrer”. Ele parecia muito perturbado e quando perguntei a razão, respondeu: “Ora, nunca dirigi uma moça da minha classe para Cristo. Acho que realmente tenho feito mais mal do que bem, às moças”.
Nunca tinha ouvido alguém falar nisso, e fiquei meditando.
Depois de um pouco, eu disse: “Não achas bom ir dizer-lhes o que sentes? Irei, também, numa carruagem, se queres ir”. Ele concordou e saímos juntos. Foi uma das melhores viagens que jamais fiz na terra. Fomos à casa de uma das moças e o professor falou pra ela acerca da alma. Então, não se ria mais. Lágrimas apareceram-lhe nos olhos. O professor depois de explicar o caminho da salvação, sugeriu que orássemos. Pediu que eu orasse. Em verdade, nunca fizera tal coisa, nunca orara a Deus que convertesse a uma moça, e na mesma ocasião, porém, oramos, e Deus respondeu à oração.
Fomos à casa das outras moças. Quando ele subia a escada, faltava-lhe o fôlego, mas explicava às moças o propósito de nossa visita. E, sem muita demora, ficaram quebrantadas e começaram a buscar salvação.
Quando ele não podia mais andar, levei-o de novo para sua casa. No dia seguinte saímos outra vez. Passara-se dez dias, e chegou de novo à loja, com o rosto brilhando. “Sr Moody”, disse ele, “a ultima já se entregou a Cristo”. Como foi grande o nosso regozijo! Ele tinha de partir na noite do dia seguinte; chamei sua classe para uma reunião de oração, e lá, Deus acendeu um fogo na minha alma, que nunca mais se apagou. O maior alvo da minha vida era ser comerciante próspero; se tivesse sabido que estava para perder este alvo, é provável que não teria ido. Mas quantas vezes agradeço a Deus, depois daquele culto!
O professor que estava para morrer, sentou-se no centro da classe e falava-lhes, lendo o capitulo catorze de João. Experimentamos cantar o hino: “Benditos laços são, os do fraterno amor”, e depois ajoelhamo-nos para orar. Quando eu queria levantar-me da oração, uma das moças da classe começou a orar por seu professor, já moribundo, outra orou e, depois outra; e antes de nos levantarmos, a classe inteira tinha orado. Quando saímos, disse pra mim mesmo: “Ó Deus, deixa-me morrer antes de perder a benção que recebi aqui, esta noite!”
No dia seguinte, fui à estação despedir-me do professor. Antes de sair o trem, chegaram, uma a uma, todas as moças da classe sem haver qualquer combinação. Que culto! Experimentamos cantar, mas só podíamos chorar. A última coisa que vimos do professor, na plataforma do último carro, com o dedo apontado para cima, implorava que a classe o encontrasse no céu.
Eu não sabia o preço que tinha de pagar por causa desta experiência. Não tinha mais habilidade para o comércio, tinha perdido o gosto de negociar. Tinha provado algo de um outro mundo, e não queria mais ganhar dinheiro. Durante alguns dias depois, tive a maior luta da minha vida. Devia deixar o comércio e entregar-me inteiramente à Obra de Cristo, ou não? Nunca me arrependi da minha escolha. Oh, a delícia de dirigir alguém das trevas, à luz gloriosa do Evangelho!
Na primeira guerra mundial, um moço foi levado ao hospital, sofrendo ferimentos em quase todo o corpo. Em grande agonia, suplicava à enfermeira que lhe desse algo para dormir, para jamais acordar. Ela recusou e ele começou a implorar ao médico: “Tenha compaixão de mim. Faça com que eu durma. Por que devo viver? Estou completamente inutilizado. Não posso mais servir à pátria nem ao próximo. Dê-me um alívio”. Quando o médico também recusou, rogou que escrevessem ao rei, pedindo licença para que findassem com seus sofrimentos. Para apaziguá-lo, o médico escreveu ao rei Jorge, contando o caso do soldado valente que fora vencido pela dor. Chegou um telegrama para o soldado: “Teu rei precisa de ti. (a) Jorge”. O soldado, logo corou ânimo e ficou bom.
Fonte: Esforça-te para ganhar almas ( Orlando Boyer)