1º Trimestre/2019
Texto Base: Mateus 6:5-13
"Orai sem cessar" (1Ts.5:17).
Mateus 6:5-13
5-E, quando orares, não sejas como os hipócritas, pois se comprazem em orar em pé nas sinagogas e às esquinas das ruas, para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão.
6-Mas tu, quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai, que vê o que está oculto; e teu Pai, que vê o que está oculto, te recompensará.
7-E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios, que pensam que, por muito falarem, serão ouvidos.
8-Não vos assemelheis, pois, a eles, porque vosso Pai sabe o que vos é necessário antes de vós lho pedirdes.
9-Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome.
10-Venha o teu Reino. Seja feita a tua vontade, tanto na terra como no céu.
11-O pão nosso de cada dia dá-nos hoje.
12-Perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores.
13-E não nos induzas à tentação, mas livra-nos do mal; porque teu é o Reino, e o poder, e a glória, para sempre. Amém!
INTRODUÇÃO
Com esta Aula concluímos o nosso trimestre letivo sobre Batalha Espiritual, e terminamos no melhor estilo: em oração. A oração é uma das nossas "armas espirituais" contra os ataques e ciladas do inimigo (Ef.6:18). Ela não é somente uma fermenta na batalha contra o mal, ela é indispensável para uma vida cristã saudável e revela a nossa dependência de Deus, fortalecendo a nossa comunhão com Ele. A oração é o canal pelo qual o homem exercita a sua submissão a Deus; é a forma pela qual se põe como um verdadeiro servo do Senhor; é a própria exteriorização de nossa qualidade de servo de Deus.
Nas páginas das Escrituras Sagradas, vemos que os grandes homens e mulheres de Deus tinham suas vidas dedicadas à oração, bem como que os grandes fracassos espirituais ali descritos têm, como ponto em comum, a falta de oração, a falta de diálogo com Deus. Jesus é o nosso modelo maior de dedicação à oração; em Lucas 11:1 vemos que o que motivou os discípulos a se matricularem na escola de oração foi o exemplo de Jesus como homem de oração.
Quando o homem se distancia de Deus, podemos verificar que o distanciamento se deu, num primeiro instante, pela perda de contato entre o homem e Deus através da oração. Eis porque todas as forças do mal buscam retirar o nosso tempo de oração, buscam eliminar a oração do nosso dia-a-dia.
A oração, como bem afirmou Paulo, é indispensável para vencermos as hostes espirituais da maldade; é a ferramenta que nos coloca em forma para podermos utilizar adequadamente a armadura de Deus (Ef.6:13-18). O apóstolo Paulo exorta-nos:
“orando em todo tempo com toda oração e súplica no Espírito e vigiando nisso com toda perseverança e súplica por todos os santos” (Ef.6:18).
Orar em todo tempo significa nunca deixar de orar. Orar em todo tempo significa que não há tempo nem lugar certo para orar. Orar em todo tempo significa estarmos dispostos e prontos a orar ao Senhor a cada instante, em cada situação. Diuturnamente devemos ter a nossa mente dirigida ao Senhor em oração; mesmo enquanto fazemos os nossos afazeres, desempenhamos nossas tarefas do dia-a-dia, devemos, em alguns instantes, dirigirmo-nos ao Senhor de coração e com reverência, embora de forma silenciosa e sem qualquer alvoroço. Portanto, a oração deve ser uma constante em nossas vidas, daí porque Paulo ter dito que devemos "orar sem cessar" (1Ts.5:17).
I. ORAÇÃO
1. O que é Oração? Oração é o ato reverente e piedoso através do qual o crente adora e se aproxima de Deus, mediante a intercessão do Espírito Santo e de nosso Senhor Jesus Cristo. A Declaração de Fé das Assembleias de Deus define oração como "o ato consciente, pelo qual a pessoa dirige-se a Deus para se comunicar com Ele e buscar a sua ajuda por meio de palavra ou pensamento".
No Antigo e Novo Testamento, a oração é o supremo recurso usado pelo povo de Deus para suplicar, agradecer, adorar, pedir, interceder e bendizer ao único e verdadeiro Senhor. Na oração, a fé é manifestada, porque quando alguém se dispõe a orar, é porque sabe que Deus existe e está pronto a atender ao clamor dos que O buscam - “... é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe...”(Hb.11:6).
Quando oramos expressamos as seguintes verdades:
- Reconhecemos a soberania de Deus, pois estamos dizendo que Deus é o único que pode atender aos nossos pedidos, bem como é o único que merece nosso louvor e adoração.
- Reconhecemos a nossa insuficiência, pois demonstramos a consciência de que tudo está no controle de Deus e que, sem Ele, nada podemos fazer.
- Revelamos nossa fé, pois demonstramos que nossa confiança está em Deus e não em qualquer outro ser.
- Revelamos a nossa obediência, pois cumprimos a vontade de Deus expressa em sua Palavra, que quer que oremos sem cessar (1Ts.5:17).
- Demonstramos o nosso amor para com o próximo, pois intercedemos por eles desejando que tal oração tenha uma eficácia benévola em suas vidas, o que é o complemento do grande mandamento (Mt.22:39).
2. Tipos de Oração. Pela exortação do apóstolo Paulo a Timóteo pode-se observar os seguintes tipos de oração: ações de graças; súplica; intercessão.
“Antes de tudo, pois, exorto que se use a prática de súplicas, orações, intercessões, ações de graças, em favor de todos os homens” (1Tm.2:1).
a) Súplica ou Petição. Petição é o tipo de oração mais usual. Uma criança, logo que aprende a orar, associa a oração a pedidos de bênção para si mesma e para todos os familiares: “Abençoa papai, mamãe, vovó, vovô...”. A gratidão e o louvor são acrescentados mais tarde: “Obrigado pela comida, pelo sono, pelas brincadeiras, pelos presentes, pelo dia, pelos coleguinhas...”.
A petição produz intimidade com Deus, pois é através dela, que o filho se aproxima do Pai, para apresentar-lhe as suas necessidades, com inteira liberdade. Aos poucos, o crente vai provando a bondade de Deus, ao receber soluções para os seus problemas, alívio para a ansiedade e consolo na tristeza e na angústia.
A petição aumenta a confiança em Deus e dá convicção, ao crente de que Deus o ouve e está pronto a atendê-lo nas mínimas coisas.
A petição também dá segurança e paz na medida em que o crente se exercita na paciência e na perseverança e constata, em sua própria vida, o cumprimento das promessas, pelas respostas que recebe.
Uma petição está sempre condicionada ao perdão, conforme Jesus ensinou na oração do Pai Nosso: “… perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores”(Mt.6:12).
“E, quando estiverdes orando, perdoai, se tendes alguma coisa contra alguém, para que vosso Pai, que está nos céus, vos perdoe as vossas ofensas; mas, se vós não perdoardes, também vosso Pai, que está nos céus, vos não perdoará as vossas ofensas”(Mc.11:25,26).
b) Intercessão. É o exercício da função sacerdotal. Todo crente está investido e capacitado por Deus, pelo sacrifício de Jesus Cristo na cruz, a exercer o sacerdócio, intercedendo por outros, apresentando-os a Deus. É uma forma de levarmos as cargas uns dos outros, cumprindo, assim, a exortação de Gl.6:2 – “Levai as cargas uns dos outros e assim cumprireis a lei de Cristo”.
Por meio da oração intercessória, graves problemas são solucionados e, até mesmo, evitados, quando nos antecipamos em interceder. Em resposta às orações intercessórias, Deus põe em ação a sua graça, que concede perdão ao pecador, cura o enfermo, conforta o aflito, dá livramento ao que está em perigo, levanta o caído, faz justiça ao oprimido, supre as necessidades humanas, etc. Por isso mesmo, a intercessão muito incomoda as potestades do mal, e Satanás remete as suas setas, procurando criar todo tipo de obstáculo ao trabalho intercessório. Ele conhece a Palavra de Deus e sabe que "a oração feita por um justo pode muito em seus efeitos" (Tg.5:16).
Estamos intercedendo pelas almas perdidas? Pela obra de Deus? Suplicamos em favor da Igreja de Cristo? Oramos pelas autoridades constituídas? Tem você intercedido pelos maus? Ou limita-se a orar somente pelos bons? Tem implorado por seus desafetos? (vide Mt.5:44). Nossa obrigação é interceder por todos, porque Jesus incessantemente intercede por nós (Rm.8:34). Ou já não damos importância à oração sacerdotal? Sem intercessão nenhum avivamento é possível; sem intercessão a bênção de Deus não é manifestada.
c) Ação de graças. Este é o conteúdo essencial da oração, porque é a mais alta expressão do reconhecimento da soberania de Deus e o maior tributo da criatura ao Criador. Este aspecto da oração refere-se à nossa gratidão a Deus pelo que Ele é e pelo que tem feito. A palavra gregaeucharistia deixa claro que orar não é apenas aproximar-se de Deus para adorá-lo por quem Ele é, e para rogar a Ele suas bênçãos, mas também e sobretudo para agradecer por aquilo que Ele tem feito. Paulo exorta a Igreja de Tessalônica: “Em tudo dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco”(1Ts.5:18).
3. Objetivos da Oração. Segundo o Pr. Claudionor de Andrade, cinco são os objetivos da oração: buscar a presença de Deus; agradecê-lo pelos imerecidos favores; interceder pelo avanço do Reino de Deus; apresentar a Deus nossas necessidades; confessar a Deus nossos pecados e faltas (adaptados da LBM.CPAD_20.04.2008).
a) Buscar a presença de Deus. O salmista assim se expressou: "Quando tu disseste: Buscai o meu rosto, o meu coração te disse a ti: O teu rosto, Senhor, buscarei" (Sl.27:8). Seja nos primeiros alvores do dia seja nas últimas trevas da noite, o salmista jamais deixava de ouvir o chamado de Deus para contemplar-lhe a face. Tem você suspirado pelo Senhor? Ou já não consegue ouvi-lo? Diante da sede pelo Eterno, que invadia a alma de Davi, exorta-nos o pastor norte-americano Warren W. Wiersbe: "Não se limite a buscar a ajuda de Deus. Almeje a sua face. O sorriso de Deus é tudo o que você precisa para vencer as ciladas humanas".
b) Agradecer a Deus pelos imerecidos favores. Se nos limitarmos às petições, nossa oração jamais nos enlevará ao coração do Pai. Mas se, em tudo, lhe dermos graças, até mesmo pelas tribulações que nos sitiam a alma, haveremos de ser, a cada manhã, surpreendidos pelos cuidados divinos. Num dos mais belos cânticos da Bíblia, o salmista manifesta toda a sua gratidão ao Senhor: "Que darei eu ao Senhor por todos os benefícios que me tem feito? Tomarei o cálice da salvação e invocarei o nome do Senhor. Pagarei os meus votos ao Senhor, agora, na presença de todo o seu povo" (Sl.116:12-14). Tem você agradecido a Deus? Ou cada vez que se põe a orar apresenta-lhe uma lista de vaidosas e tolas reivindicações? Atente à exortação de Tiago 4:3: “Pedis e não recebeis, porque pedis mal, para o gastardes em vossos deleites”.
c) Interceder pelo avanço do Reino de Deus. Na Oração do Pai nosso, insta-nos o Senhor Jesus a orar: "Venha o teu Reino" (Mt.6:10). Os apóstolos de Jesus, mesmo sendo perseguidos pelos gentios e pelos judeus rebeldes, oravam a fim de que, em momento algum, a Igreja de Cristo acabasse por ser detida em seu avanço rumo aos confins da terra. Se orássemos como John Knox, todo o nosso país já estaria aos pés do Salvador. Diante da miséria de sua gente, Knox rogou: "Cristo, dá-me a Escócia se não morrerei". Como resultado de seu clamor, um avivamento varreu aquele país, levando milhares de pessoas ao pé da cruz.
d) Apresentar a Deus nossas necessidades. Não temos de preocupar-nos com as nossas carências; em glória, o Pai Celeste no-las supre – “O meu Deus, segundo as suas riquezas, suprirá todas as vossas necessidades em glória, por Cristo Jesus “(Fp.4:19). Além disso, Ele "é poderoso para fazer [...] além daquilo que pedimos ou pensamos, segundo o poder que em nós opera" (Ef.3:20). Ao invés de nos fixar em nossas necessidades, intercedamos. Enquanto estivermos rogando por nossos amigos e irmãos, estará Ele suprindo cada uma de nossas necessidades. Não foi exatamente isto o que se deu com o patriarca Jó? - "E o Senhor virou o cativeiro de Jó, quando orava pelos seus amigos; e o Senhor acrescentou a Jó outro tanto em dobro a tudo quanto dantes possuía" (Jó 42:10).
e) Confessar a Deus nossos pecados e faltas. Exorta o apóstolo João: "Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça" (1João 1.9).
O pecado se refere à nossa natureza corrupta e perversa. Na verdade, aquilo que somos é muito pior que aquilo que já fizemos até agora. Graças a Deus, porém, porque Cristo morreu por nossos pecados. Para que possamos andar diariamente em comunhão com Deus e com nossos irmãos em Cristo, precisamos confessar nossos pecados: pecados de comissão, de omissão, de pensamento, de atos, pecados secretos e pecados públicos. Precisamos trazê-los à tona e colocá-los diante de Deus, chamá-los pelos seus devidos nomes, posicionar-nos do lado de Deus contra eles e abandoná-los.
A verdadeira confissão implica abandonar os pecados - “O que encobre as suas transgressões jamais prosperará; mas o que as confessa e deixa alcançará misericórdia”(Pv.28:13). Tem você confessado seus pecados a Deus? Saiba que Ele, em seu Filho Jesus, é fiel e justo para não somente perdoar-nos as faltas, como também para nos restaurar a comunhão consigo (1João 1:7).
4. A oração deve ser feita com reverência. Jesus ensinou isso na oração do Pai nosso (Mt.6:5-13). Ao orar, penetramos na sala de audiência do Altíssimo, e devemos ir à Sua presença possuídos de santa reverência. Veja e sinta a reverência que os anjos têm para com o Deus todo-poderoso, quando estão em sua presença, conforme descrito em Isaías 6:2-3. Os anjos cobrem o rosto em Sua presença. Os querubins e os serafins aproximam-se de Seu trono com solene reverência. Muitos que se dizem cristãos, no momento da oração, demonstram uma tremenda irreverência: mascam chicletes, balbuciam conversas paralelas nada condizentes com o momento tão sublime e sobrenatural; sem falar em outros absurdos destoante de uma vida genuinamente cristã. Isto é trazer fogo estranho ao Altar (Nm.26:61).
5. A Quem devemos orar? Devemos orar somente a Deus, e deve ser feito em nome de Jesus, “porque há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo, homem”(1Tm.2:5).
Inúmeras pessoas oram a Maria e a vários outros seres, como Pedro, José, Francisco, Antônio, Padre Cícero, etc. Tais orações não são bíblicas, são contra a vontade de Deus e são, na verdade, uma ofensa ao nosso Pai Celestial. É pura idolatria. Deus declara que não divide Sua glória com ninguém. Disse o Senhor: “Eu sou o SENHOR, este é o meu nome; a minha glória, pois, não a darei a outrem, nem a minha honra, às imagens de escultura” (Is.42:8).
6. Onde devemos orar? O local e a posição ocupam lugar secundário quando o assunto é oração. O fundamental para Deus é a motivação e a intenção do coração. Disse o apóstolo Paulo: “Quero que os homens orem em todo o lugar, levantando mãos santas, sem ira nem contenda” (1Tm.2:8).
É claro que não importa o lugar onde devemos orar, contudo, todo filho de Deus deve ter um lugar reservado para estar a sós com Deus a fim de buscá-lo. Jesus tinha seus lugares secretos para orar (Mt.14:23; Mc.1:35; Lc.4:42; 5:16; 6:12). Nós, também, devemos disciplinar nossa vida a fim de mantermos nossa comunhão com Deus e demonstrar nosso amor por Ele. A promessa é que nosso Pai nos recompensará abertamente com a resposta à nossa oração e com sua presença íntima.
O Senhor Jesus recomenda-nos a entrar em nosso quarto, fechar a porta, e, no segredo de nossos aposentos, oferecer clamores e ação de graças ao Pai Celeste - “Mas tu, quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai, que vê o que está oculto; e teu Pai, que vê o que está oculto, te recompensará” (Mt.6:6).
O momento de dedicação à oração individual é uma oportunidade que temos de ser o que somos, podendo apresentar-nos a Deus sem as máscaras que, tantas vezes, encobrem a nossa verdadeira identidade. Este é o melhor momento e o melhor lugar para o exercício da humildade, da sinceridade e da purificação da fé. A perseverança e a dedicação a esse tipo de oração secreta, longe das pessoas, é que formará a estrutura de uma fé genuína e vigorosa que levará o crente a alcançar uma vida plena com Deus.
II. A SUPREMA IMPORTÂNCIA DA ORAÇÃO
A Oração é a alma do cristianismo e expressa a nossa total dependência de Deus. Ela é indispensável para uma vida de comunhão com Deus. Ela é o canal pelo qual o homem exercita a sua submissão a Deus. Ela é a forma pela qual o crente se põe como um verdadeiro servo do Senhor. Ela é a própria exteriorização de nossa qualidade de servo de Deus. Assim como a fome e a sede, instintos naturais do homem, exigem uma satisfação correspondente (comer e beber), assim também a alma humana precisa ser despertada e alimentada pela presença do Criador. O salmista diz: “A minha alma tem sede do Deus vivo!”(Sl.42:2). Essa sede de Deus é uma necessidade básica do espírito.
1. A oração estreita a comunhão com Deus. A oração, mediante a fé, estabelece e desenvolve um relacionamento mais profundo com Deus. Sem oração não há comunhão com Deus. A fé nos faz entender que Deus existe, que é um ser real que pode e quer ouvir-nos. Simplificando, orar é falar com o Senhor, expondo nossa gratidão, adoração, necessidades e buscando socorro na hora da angústia (Sl.4:1; 46:1). O Espírito de Deus que habita nos corações dos santos deixa-nos continuamente ligado ao Eterno, possibilitando-nos falar com Ele a cada instante, independente do lugar onde estejamos. Por exemplo: andando pelas ruas, dirigindo, numa fila de banco, trabalhando, etc. Pode-se orar em voz audível ou apenas em espírito. Se fizermos assim, veremos que nossa comunhão com o Pai se estreitará maravilhosamente.
2. Jesus era cônscio da suprema importância da Oração. Jesus considerava a oração uma prática extremamente importante na sua vida e ministério. Por isso, ele buscava se retirar para lugares solitários a fim de orar. Apesar das multidões, das tarefas e das pressões das pessoas, Jesus nunca deixou de dedicar tempo para estar a sós com Deus.
- “Todavia, as notícias a respeito dele se espalhavam ainda mais, de forma que multidões vinham para ouvi-lo e para serem curadas de suas doenças. Mas Jesus retirava-se para lugares solitários e orava ” (Lc.5:15,16).
- “subiu ao monte para orar, e passou a noite em oração a Deus( Lc.6:12).
- “despedida a multidão, subiu ao monte para orar à parte”(Mt.14:23).
Os discípulos de Jesus vendo o exemplo dele, disseram: “Senhor, ensina-nos a orar”(Lc.11:1), e Jesus atendeu prontamente o pedido dos discípulos (cf. Mt.6:5-13). Lucas, descrevendo Jesus como o Homem perfeito, ressalta sua intensa vida de oração (Lc.3:21; 5:15-17; 6:12,13; 9:18,28; 11:1; 22:31,32,39,40: 23:34). Se Jesus Cristo, o Homem perfeito e Filho do Deus Altíssimo, não abiu mão de uma vida de oração nos dias de sua carne (Hb.5:7), quanto mais nós, que somos fracos.
3. Homens e mulheres da Bíblia reconheceram o valor da Oração. Os grandes homens da Bíblia foram pessoas de rígidos hábitos de oração porque reconheciam o seu valor. O valor da oração está para o crente, assim como a água está para a corça. Grandes homens e mulheres de Deus, como Elias, Eliseu, Daniel, Samuel, Davi, Jó, Neemias, Jeremias, Ezequiel, Ana (mãe de Samuel), etc., se valeram da oração para realização de grandes feitos. Eles se dedicaram com fervor a essa função porque sabiam do valor que a oração traz ao homem e à mulher de Deus.
O apóstolo Paulo sabia quão grande é o valor da prática da oração, por isso não se cansava de orar e de pedir oração em seu favor e da obra do Senhor. O seu ministério era alicerçado na oração. Ele gostava de estar em oração: com os irmãos (At.16:13); com os anciãos (At.20:36) e com um grupo de discípulos (At.21:5). Ele não somente orava, mas também rogava que outros irmãos orassem por ele (2Co.1:11); (Cl 4.3); (1Ts.5:25); (2Ts.3:1). Quaisquer que fossem as circunstâncias de sua vida, nada o arrebataria do sublime propósito de manter a comunhão com Deus através da oração (vide At.14:23; 16:16,25; 20:6; 25:5; 22:17). Ele fez a seguinte recomendação a Timóteo: “Admoesto-te, pois, antes de tudo, que se façam deprecações, orações, intercessões e ações de graças por todos os homens” (1Tm 2:1).
O líder da igreja local que não tem a marca da submissão a Deus, mediante o exercício devocional da oração, que não estimula o povo a este mister, certamente, verá uma igreja fracassada e o rebanho com espiritualidade anêmica e altamente vulnerável aos ardis de Satanás.
O apóstolo Pedro foi livre da morte porque a Igreja orou por ele. Em At.12:1-17, foi registrado que Herodes exercia uma forte perseguição contra os cristãos e mandou prender Pedro, que ficou sendo vigiado por 16 soldados. A Igreja orava continuamente pelo apóstolo. O texto mostra que, enquanto os cristãos oravam, Deus movia o sobrenatural, enviando um anjo para libertar Pedro. O que me impressiona nessa história é que, antes mesmo de a oração cessar, a resposta foi enviada. Pedro retornou são e salvo.
Matinho Lutero venceu a luta contra a poderosa religião católica porque soube estar em Oração. Certa vez, Lutero tinha que comparecer a uma grande reunião convocada pelo imperador Carlos V. Essa reunião deu-se na cidade de Worms, na Alemanha, em 1521. O motivo da Assembleia eram os escritos de Martinho Lutero. As pessoas estavam interessadas em conhecer aquele homem que havia se levantado contra os ensinamentos da Igreja Católica. Lutero tinha uma poderosa arma para enfrentar aqueles inimigos: a oração. Naquela noite, durante aquela vigília de oração, Lutero venceu a guerra contra os seus inimigos. Assim relata o livro “Heróis da Fé”:
“(...) sabendo que tinha de comparecer perante uma das mais imponentes assembleias de autoridades religiosas e civis de todos os tempos, Lutero passou a noite anterior em vigília. Prostrado com o rosto em terra, lutou com Deus, chorando e suplicando. Um dos seus amigos ouviu-o orar assim: ‘Oh, Deus todo-poderoso! A carne é fraca, o diabo é forte! Ah, Deus, meu Deus; que perto de mim estejas contra a razão e a sabedoria do mundo! Fá-lo, pois somente tu o podes fazer. Não é a minha causa, mas sim a tua. Que tenho eu com os grandes da terra? É a tua causa, Senhor, a tua justa e eterna causa. Salva-me, ó Deus fiel! Somente em ti confio, ó Deus! Meu Deus... vem, estou pronto a dar, como cordeiro, a minha vida. O mundo não conseguirá prender a minha consciência, ainda que esteja cheio de demônios, e se o meu corpo tem de ser destruído, a minha alma te pertence e estará contigo eternamente(...). ” (BOYER, Orlando. Heróis da fé. CPAD: 2002, p.24).
Por causa daquela noite em oração, no dia seguinte Lutero conseguiu permanecer firme na fé, desmascarando os enganos que cegavam a igreja do seu tempo.
Hoje, se nós podemos experimentar a nossa liberdade em Cristo, devemos, em grande parte, ao tempo de oração que Martinho Lutero dedicou a Deus naquele ano de 1521. Lutero venceu a sua mais difícil batalha através da oração. Era comum que Lutero, quando tinha muitas tarefas para executar num determinado dia, orar uma hora a mais, além do tempo normal que costumava orar diariamente. Tal prática de oração Lutero não aprendeu por si mesmo; antes, ele a aprendeu de Jesus.
Nós, como Igreja do Senhor Jesus, se compreendermos bem o valor da oração e adotarmos essa prática poderosa, com certeza faremos a diferença. Precisamos orar sem cessar porque os desafios deste tempo são grandes.
4. Por ser importante, devemos nos dedicar à oração ainda que nos achemos bem espiritualmente. É estranhamente interessante, mas algumas pessoas param de buscar Deus em oração por se acharem muito bem espiritualmente. Pensam que por já terem uma longa caminhada com Deus, por já serem crentes há bastante tempo, por já terem obtido várias respostas de oração, por já desenvolverem um ministério bem-sucedido, por possuírem o reconhecimento de vários outros cristãos, pensam que não precisam mais dedicar tanto tempo à oração a sós com Deus. Imaginam que não precisam separar um período de oração diária, pois pensam que a sua vida, as suas atividades e o seu trabalho em favor do Reino dos céus já são uma oração a Deus. Contudo, Jesus não pensava assim. Apesar de ser o Filho de Deus, completamente sem pecado, totalmente perfeito, dedicado ao ministério e cheio do Espírito Santo, Jesus separava um período no seu dia para se dedicar à oração. Ele não considerava que o desenvolvimento e o sucesso do seu ministério o dispensava de orar diariamente. Pelo contrário, Jesus, apesar de todas as suas qualificações “retirava-se para lugares solitários, e orava” (Lc.5:16). Com isto Ele nos mostra que devemos nos dedicar à oração ainda que nos achemos bem espiritualmente.
5. Por ser importante, devemos nos dedicar à oração ainda que as atividades sejam muitas. A maior parte das pessoas justifica a sua negligência com a oração dizendo que não tem tempo. São homens e mulheres que afirmam estar ocupados demais para orar. Dizem que precisam acordar muito cedo e deitar muito tarde, e que por causa das tantas atividades não possuem tempo para se dedicarem à oração. Jesus também era uma pessoa extremamente ocupada. Constantemente as pessoas vinham procurá-lo, desejando receber uma palavra de aconselhamento, o esclarecimento de uma dúvida, o ensinamento acerca do Reino de Deus ou uma ministração de cura. As pessoas não se perguntavam sobre a disponibilidade de Jesus. Elas não estavam preocupadas se Jesus precisava comer, dormir ou descansar. Elas queriam simplesmente obter a satisfação dos seus anseios. Jesus era tão requisitado que houve ocasiões em que Ele não conseguia nem mesmo comer, porque as pessoas iam e vinham para ouvi-lo e tocá-lo (Mc.3:20). Contudo, apesar disso, ele sempre encontrava tempo para se dedicar à oração (Lc.5:16).
III. PAI NOSSO: O MODELO DE ORAÇÃO
O Senhor Jesus nos deixou o modelo para nos dirigir ao Pai em oração, a chamada “Oração do Senhor”, “oração dominical” ou, como é conhecido, o “Pai nosso”. Quando os discípulos viram Jesus orando ao Pai, buscando comunhão com Ele, foram desafiados. O exemplo é impressionante, pois, em seguida, os discípulos pediram que Ele os ensinasse a orar. Viram Jesus orando e também desejaram orar.
“E aconteceu que, estando ele a orar num certo lugar, quando acabou, lhe disse um dos seus discípulos: Senhor, ensina-nos a orar, como também João ensinou aos seus discípulos” (Lc.11:1).
O fato de um dos discípulos pedir que Jesus os ensinasse a orar, como também João Batista ensinou aos seus discípulos, reflete não só o costume da época, mas deixa claro que a oração do “Pai nosso” se distinguia da oração judaica e da oração dos discípulos de João Batista.
A oração do “Pai nosso” não foi ensinada pelo Senhor para ser repetida automaticamente como uma reza, como muitos a têm tornado, mas, muito pelo contrário, nela temos uma verdadeira aula de como devemos orar corretamente e de forma agradável ao Senhor. Vejamos:
1. O endereço da Oração (Mt.6:9). – “...vós orareis assim: Pai nosso que estás nos céus...”. Ao reconhecermos Deus como nosso Pai, demonstramos que a relação que existe entre Deus e o homem não é uma relação de senhorio, de propriedade, de domínio ou de cruel submissão, como se vislumbra, por exemplo, entre os islâmicos, mas é, sobretudo, uma relação de amor, de filiação, de intimidade e comunhão.
A melhor tradução do original para “Pai”, aqui, é “Paizinho”. Dessa forma soa em aramaico a palavra Abba, que é um diminutivo, o modo como as crianças se dirigem ao pai delas. Essa foi a grande novidade introduzida por Jesus. Deus não era somente o Deus dos patriarcas, o Senhor dos Exércitos, o Senhor assentado num alto e sublime trono. Não. Jesus nos revelou outra maneira de nos comunicarmos com Deus. Os judeus concebiam Deus como o Pai do povo todo, mas não ousavam dirigir-se pessoalmente a Ele com tanta intimidade. Jesus, porém, o fez (Mc.14:36), e ensinou os seus discípulos, de todos os tempos, a endereçarem a Oração ao Pai nessa total intimidade e confiança. Na verdade, dizendo "Paizinho", entramos na própria intimidade que existe entre o filho e o Pai, pois Jesus fraternalmente nos fez participar da sua própria filiação.
Ao reconhecermos Deus como nosso Pai, estamos dizendo que confiamos em Deus e em seu amor e que nada de ruim para nós pode ocorrer, pois Ele nos ama. É por isso que Jesus insiste em que tenhamos, na oração, a imagem de Deus como a imagem do Pai, daquele que é infinitamente muito mais bondoso do que nosso pai terreno e que, portanto, nunca pode querer nos prejudicar ou nos causar dano.
Este Pai bondoso, amoroso e misericordioso está nos céus - “...que está nos céus” -, ou seja, é o Senhor do universo, o Soberano, aquele que tem todo o poder. Lembrar que Deus é Pai, mas está nos céus, é lembrar que Ele não é nosso empregado, nem está à nossa disposição ou à disposição de nossos caprichos.
2. “...santificado seja o teu Nome” (Mt.6:9). O que é a santidade de Deus? É a manifestação da sua glória através dos atos que realiza no mundo, na história e na nossa vida. A oração do “Pai nosso” nos lembra que o nome do Senhor é santificado, ou seja, que para termos uma verdadeira comunhão com Deus é necessário que estejamos em santidade diante de Deus. Os nossos pecados fazem separação entre nós e Deus (Is.59:2). Não é possível que queiramos orar a Deus sem que estejamos em paz com Ele, o que somente se dá mediante a justificação pela fé em Jesus (Rm.5:1). Para termos uma vida de oração correta e aceitável diante de Deus é imperioso que estejamos vivendo de acordo com a sua Palavra, pois é ela quem nos santifica (João 17:17).
3. O primeiro pedido: “Venha o teu Reino. Seja feita a tua vontade, tanto na terra como no céu” (Mt.6:10). O Reino de Deus é o centro e o objetivo final do seu plano e de toda a mensagem de Jesus. É importante ressaltar que o Reino não está só no futuro; ele se concretiza pouco a pouco, à medida que as pessoas aceitam o evangelho e vivem fraternalmente, compartilhando a nova vida. O anseio pelo reino mostra a meta, o alvo e a missão da comunidade cristã de proclamar o evangelho, porque todos devem ter a mesma oportunidade de crer, até que Deus seja tudo em todos (1Co.15:28).
- “Seja feita a tua vontade, tanto na terra como no céu”. A vinda do Reino consiste no reconhecimento da vontade de Deus, que oferece uma nova vida a todos. Quando dizemos "venha o teu Reino" estamos dizendo para Deus que queremos que sua vontade se realize em nossas vidas, que Ele seja o nosso Senhor, Aquele que comanda as nossas vidas. Quão diferente é a oração daqueles "supercrentes", daqueles que, baseados nas falsas doutrinas da confissão positiva e da teologia da prosperidade, acham que a vontade deles é que tem de ser feita. Tiago exorta: “E esta é a confiança que temos nele: que, se pedirmos alguma coisa,segundo a sua vontade, ele nos ouve” (1João 5:14).
4. O segundo pedido: “O pão nosso de cada dia nos dá hoje” (Mt.6:11). A Oração também envolve o aspecto material de nossas vidas, mas dentro de uma perspectiva de cumprimento da vontade de Deus e de sua soberania. Deus não se esquece das necessidades materiais do ser humano e sabe que, enquanto aqui estamos, precisamos de comer, de vestir e de beber, razão pela qual está disposto a nos conceder o necessário para a nossa sobrevivência (Mt.6:31-34), mas devemos priorizar o reino de Deus e a sua justiça. Como se não bastasse isso, Deus se compromete com o necessário, não com a opulência ou a riqueza desmedida, como têm defendido os teólogos da prosperidade, numa perspectiva que mais os faz avarentos e, por conseguinte, idólatras (Cl.3:5), do que servos de Deus.
Todavia, aqui, não se trata apenas de pedir o necessário para viver cada dia e garantir o necessário para o futuro; mais que isso, o "pão nosso de cada dia" é o pão da vida eterna, é o alimento que nos dá a vida plena; é o pão do banquete celeste. Assim, os verdadeiros cristãos não pedem a abundância material, mas apenas o necessário para uma vida digna, sempre aberta para o que Deus tem para cada um de nós.
5. O terceiro pedido: “Perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores” (Mt.6:12). Essas palavras nos levam a pensar que não temos o direito de pedir perdão se nós mesmos não estamos dispostos a perdoar. O perdão de Deus para nós é proporcional ao perdão que concedemos aos outros. A questão é séria. Nenhuma igreja ou comunidade se mantém unida sem o perdão, porque viver juntos sempre traz mal-entendidos, atritos, conflitos e ofensas e, mais do que nunca, o perdão mútuo é necessário. Por isso, a pessoa que ora o “Pai nosso” não precisa ser apenas criatura de Deus, mas uma criatura redimida (perdoada) por Deus; redimida pela cruz, no sangue do Cordeiro ela não apenas deve ter encontrado anulação dos pecados do passado, mas também a libertação da sua natureza não reconciliável.
O apóstolo Paulo disse em Romanos 5:6-11 que Deus nos amou quando éramos ainda pecadores. Quando éramos seus inimigos, Deus nos reconciliou com Ele. E ainda afirmou depois, em Efésios 4.32: “Antes sede uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus, em Cristo, vos perdoou”. Precisamos nos perdoar mutuamente, porque Cristo já nos perdoou. O perdão de Deus foi concedido quando nos convertemos, e nos incentiva a perdoarmos uns aos outros. Só o perdão compartilhado pode garantir a continuidade da vida comunitária.
6. O quarto pedido: “E não nos induzas à tentação, mas livra-nos do mal...” (Mt.6:13). Que tentação Jesus se referiu aqui? A todo tipo de tentação, mas talvez, principalmente, a de abandonar a fé em Cristo em troca das sugestões de Satanás: abundância, riqueza, poder e prestígio (Lc.4:1-13). Esse abandono pode ser motivado pela ganância, mas também pelo desânimo, pelo medo e pela insegurança. Judas foi tentado, caiu e abandonou definitivamente o plano de Deus (Lc.22:3-6,47,48). Pedro foi tentado, caiu, mas se arrependeu (Lc.22:54-62). Jesus foi tentado e não caiu, foi vitorioso (Lc.22:39-46). Esse é o pedido mais importante: que Deus nos poupe de o trairmos, de o negarmos, pois assim trairíamos e negaríamos a nós mesmos e a todos aqueles que lutam para que o Reino de Deus venha.
7. Conclusão: “porque teu é o reino, e o poder, e a glória para sempre. Amém” (Mt.6:13). A Oração-modelo termina com uma expressão de adoração, parte indispensável em qualquer oração. É através da oração que expressamos nosso amor ao Senhor, que lhe rendemos a glória que só a Ele é devida. Lamentavelmente, nos nossos dias, oração tem significado apenas um petitório. Somente pedimos, pedimos, pedimos e, para finalizar, pedimos. Nem sempre nos lembramos de agradecer ao que Deus nos fez, que dirá adorá-lo, render-lhe glória e louvor. É fundamental que a nossa oração, pelo menos, tenha uma parte de adoração. É preciso que louvemos e glorifiquemos a Deus em nossas orações.
A oração de uma pessoa pode variar muito, pois depende de suas circunstâncias e necessidades. Podemos orar como Pedro: Salva-me, Senhor! (Mt.14:30), quando estava afundando no mar. Ou como o publicano arrependido do templo, quando disse: “ó Deus, sê propício a mim, pecador!” (Lc.18:13). Quando oramos assim, com sinceridade, expressando de verdade o sentimento do nosso coração, Deus nos ouve e atende.
CONCLUSÃO
A Oração do Pai nosso, que Jesus ensinou, não pode ser feita como uma reza, mas deve expressar a verdade do nosso coração. Como vai a sua vida de oração? Você tem se dirigido a Deus, desfrutando da intimidade que Jesus nos proporcionou com o Pai? Cultivamos a oração diariamente, ou já nos conformamos com o presente século? Deus decidiu agir, em muitas ocasiões, através da oração dos crentes. Lembre-se do apóstolo Paulo e da grandeza do seu ministério. Lembre-se de Martinho Lutero e do impacto da sua vida em todo o mundo. Lembre-se de João Wesley e do avivamento que varreu a Europa e os Estados Unidos. Lembre-se de que, por trás de todas essas pessoas, existe uma vida de oração. A igreja pode transformar o mundo; você pode transformar o mundo; qual o caminho? Uma vida de oração.
Foi um prazer estar com vocês durante este trimestre letivo. Que Deus possa nos conceder sabedoria e sua maravilhosa graça para estarmos novamente juntos no próximo trimestre, enfrentando os desafios que nos estão propostos. Deus os abençoe sobremaneira!
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Fonte: Luciano de Paula Lourenço
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