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segunda-feira, 3 de fevereiro de 2020

6ª lição do 1º trimestre de 2020: A SEXUALIDADE HUMANA – Subsídio


1º Trimestre/2020

09/02/2020

“Ele, porém, respondendo, disse-lhes: Não tendes lido que, no princípio, o Criador os fez macho e fêmea e disse: Portanto, deixará o homem pai e mãe e se unirá à sua mulher, e serão dois numa só carne?" (Mt.19:4,5).

Mateus 19:

1-E aconteceu que, concluindo Jesus esses discursos, saiu da Galileia e dirigiu-se aos confins da Judeia, além do Jordão.
2-E seguiram-no muitas gentes e curou-as ali.
3-Então, chegaram ao pé dele os fariseus, tentando-o e dizendo-lhe: É lícito ao homem repudiar sua mulher por qualquer motivo?
4-Ele, porém, respondendo, disse-lhes: Não tendes lido que, no princípio, o Criador os fez macho e fêmea
5-e disse: Portanto, deixará o homem pai e mãe e se unirá à sua mulher, e serão dois numa só carne?
6-Assim não são mais dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não separe o homem.
7-Disseram-lhe eles: Então, por que mandou Moisés dar-lhe carta de divórcio e repudiá-la?
8-Disse-lhes ele: Moisés, por causa da dureza do vosso coração, vos permitiu repudiar vossa mulher; mas, ao princípio, não foi assim.
9-Eu vos digo, porém, que qualquer que repudiar sua mulher, não sendo por causa de prostituição, e casar com outra, comete adultério; e o que casar com a repudiada também comete adultério.
10-Disseram-lhe seus discípulos: Se assim é a condição do homem relativamente à mulher, não convém casar.
11-Ele, porém, lhes disse: Nem todos podem receber esta palavra, mas só aqueles a quem foi concedido.
12-Porque há eunucos que assim nasceram do ventre da mãe; e há eunucos que foram castrados pelos homens; e há eunucos que se castraram a si mesmos por causa do Reino dos céus. Quem pode receber isso, que o receba.

INTRODUÇÃO

Nesta Aula trataremos da sexualidade humana. Tudo que Deus criou é bom, e isto inclui o sexo, que foi estabelecido por Deus para ser desfrutado no casamento heterossexual (Gn.2:21-25). Qualquer relação sexual humana que subverta esta premissa defronta-se contra a originalidade divina. Aquele que criou o universo, também criou nosso corpo e nossos órgãos sexuais. A vida sexual saudável dentro do casamento tem a bênção de Deus, além de dar alegria e prazer ao ser humano; além disso, o sexo tem o objetivo biológico para a procriação, ou seja, a perpetuação da espécie humana.

I. DEUS CRIOU APENAS DOIS SEXOS

Ao criar o ser humano, Deus dotou-o de sexualidade plena e diferenciada - macho e fêmea -, isto é, sexo masculino e sexo feminino, segundo seus propósitos. Está escrito: “E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; macho e fêmea os criou” (Gn.1:27). O sexo, portanto, não é algo mau, porquanto criado por Deus; entretanto, com o pecado, este princípio divino foi desvirtuado, e é preciso distinguir entre o sexo divinamente estabelecido e as aberrações resultantes do pecado e do mal.

1. Definição de sexo

Em matéria de biologia, o sexo se refere a uma condição de tipo orgânica que diferencia o macho da fêmea, o homem da mulher, seja em seres humanos, plantas e animais. Logo, o sexo não é o resultado de uma engenharia social e política, como o querem os ideólogos do gênero. Ou se nasce homem, ou se nasce mulher; é o que mostra a Bíblia Sagrada (cf.Gn.4:1; 30:21) e a ciência.
Na linguagem corrente, quando se menciona a palavra sexo também pode referir-se a outras questões: ao conjunto dos seres pertencentes ao mesmo sexo; aos próprios órgãos genitais propriamente ditos, por isso é que muitas vezes se usa a palavra como sinônimo de genital; ou a prática de atividades sexuais.
Segundo os estudiosos deste assunto, o sexo de um organismo é definido pelos gametas que produzem; gametas são células sexuais que permitem a reprodução sexual dos seres vivos. O sexo masculino produz gametas masculinos conhecidos como “espermatozóides”, enquanto o sexo feminino produz gametas femininos conhecidos como “óvulos”. Da combinação de ambos os gametas resultará a descendência que possuem as características genéticas pertencentes aos pais. Os cromossomos serão transmitidos de uma geração a outra em um processo de combinação de gametas. Cada uma das células terá a metade de cromossomos correspondentes ao pai e outra metade à mãe. As características genéticas estão contidas no DNA (Ácido Desoxirribonucleico) dos cromossomos.

2. Deus criou o sexo

A Bíblia Sagrada afirma que o sexo foi obra da criação de Deus que, ao criar o homem, fê-lo sexuado (Gn.1:28). Este ponto distingue o homem dos anjos, por exemplo, que foram criados assexuados (Mc.12:25), logo não se reproduzem; continuam a mesma quantidade desde que foram criados por Deus. Quando Deus criou Adão e Eva, logo em seguida proferiu a “bênção” sobre o casal; após isto, ambos “se tornaram uma só carne” (Gn.1:27,28; 2:21-24), e através deles vieram a existir todas as nações, línguas e povos que, hoje, conhecemos, conforme o apóstolo Paulo argumentou (cf. Atos 17:26). O sexo faz parte da perfeita criação de Deus qualificada como sendo “muito bom” (cf. Gn.1:31). Desse modo, o sexo não deve ser visto como algo pecaminoso, sujo ou proibido. Tudo o que Deus fez é bom. O pecado não está no sexo, mas na perversão de seu propósito.

3. Os dois sexos

No ato da criação humana, Deus fez o homem e a mulher sexualmente diferentes: "macho e fêmea os criou" (Gn.1:27). Ou seja, Deus criou o sexo masculino e o sexo feminino, ambos com constituição anatômica e fisiológica diferentes, para procriação e perpetuação da raça humana. Sem esta possibilidade, o mundo ainda estaria vazio de seres humanos. Mesmo que haja a intenção maligna de, exteriormente, transmudar-se, jamais essa pseuda mudança alterará a essência criativa de Deus. Como bem diz, o pr. Claudionor de Andrade, o homossexualismo e outras práticas igualmente contrárias às Escrituras Sagradas jamais conseguirão mudar o que Deus criou. Aliás, o homossexualismo é uma expressão de rebeldia contra Deus (Rm.1:21-28; Lv.18:22).
Sendo criação divina, portanto, o sexo não pode ser tratado como algo imoral ou indecente. A atração sexual, a atividade sexual não é algo pecaminoso nem estranho ao ser humano, mas, muito pelo contrário, é algo que decorre da própria natureza humana. Sendo assim, não podemos admitir que o sexo seja algo antinatural, ou seja, contrário à natureza do homem, ruim, imoral ou danoso para o ser humano, como alguns têm defendido. O desejo de Deus é que o homem e a mulher sejam felizes no casamento.

II. OBJETIVOS DA SEXUALIDADE HUMANA

A sexualidade humana implica comportamentos e práticas instintivos que estão intimamente associados aos processos biológicos que ocorrem no corpo, ou seja, se manifestam neles. A tendência sexual normal, biblicamente aceitável, é a atração entre o sexo feminino e seu oposto masculino, chamada de relação heterossexual. Nesta condição, a sexualidade está relacionada com a busca da satisfação do apetite sexual, seja pela necessidade do prazer ou da procriação da espécie. Deus criou a sexualidade no homem e na mulher para despertar neles a vontade de unir os seus corpos e satisfazer os seus desejos mais íntimos (1Co.7:32-34).
A atração sexual, portanto, é algo natural e que revela a própria natureza sexuada do ser humano, devendo, porém, o instinto sexual ser dirigido com equilíbrio para que se faça a vontade de Deus que é a de que o sexo seja efetuado no casamento, com o cônjuge, com objetivos bem delimitados, a saber: procriação (Gn.1:27,28); união conjugal (1Tm.4:3,4; Ct.1:2,3,15-17) e; ajustamento do casal (Gn.2:24).

1. Procriação

O objetivo primordial do ato sexual refere-se à procriação. A união sexual e a reprodução, pela instituição do casamento, fazem parte da criação e foi ordenada por Deus desde o princípio. Deus abençoou o primeiro casal e disse-lhe: "Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra" (Gn.1:28). Passado o dilúvio, Noé recebeu a mesma ordem recebida por Adão: "E abençoou Deus a Noé e a seus filhos e disse-lhes: frutificai, e multiplicai-vos, e enchei a terra" (Gn.9:1). Portanto, a frutificação e multiplicação da raça humana foi ordem de Deus (Gn.1:28), o que se dá somente pela atividade sexual entre um homem e uma mulher.
Aqueles que dizem que o relacionamento sexual foi o pecado de Adão e Eva desconhecem totalmente as Escrituras Sagradas. A ordem de procriação concedida ao homem era ponto definido; jamais o Senhor ousaria ordenar-lhe uma coisa e depois castigá-lo por obedecer a essa ordem. Nunca devemos confundir o fruto do conhecimento do bem e do mal com o ato conjugal, permitido e ordenado pelo Senhor. Portanto, sexo não é pecado; o pecado está na depravação sexual que contraria os princípios estabelecidos nas Escrituras Sagradas.

2. União conjugal

O sexo é uma das expressões pelas quais se traduz a união conjugal - “e serão ambos uma carne” (Gn.2:24). É uma das principais expressões do amor conjugal. Com efeito, é através do sexo que um cônjuge se entrega ao outro, que um cônjuge procura agradar ao outro. O amor conjugal não se confunde com o sexo, como propala erroneamente o mundo imerso no pecado, mas tem uma de suas expressões no sexo.
O sexo praticado no modelo bíblico revela o verdadeiro amor, pois não é egoísta, tanto que a Palavra de Deus diz que o corpo do cônjuge está sob o domínio do outro (1Co.7:4). A fase de união conjugal é tão importante que a lei de Moisés dispensava, durante um ano, o homem casado dos seus deveres cívicos, inclusive o de ir à guerra (Dt.24:5).

3. Prazer e satisfação dos cônjuges

A Bíblia se refere ao sexo como algo prazeroso e satisfatório entre o marido e a sua esposa: "Seja bendito o teu manancial, e alegra-te com a mulher da tua mocidade..." (Pv.5:18,19); e ainda: "Goza a vida com a mulher que amas"(Ec.9:9). Mas, a busca do prazer e da satisfação não deve ser egoísta, transformando-se o parceiro sexual (que será, necessariamente, o cônjuge) em um mero objeto, mas, bem ao contrário, a Palavra de Deus estabelece que se busque sempre a satisfação do outro (1Co.7:3-5). É neste equilíbrio e altruísmo que o sexo de acordo com a Palavra de Deus se distingue das aberrações e das práticas mundanas que têm substituído, entre os ímpios, o princípio divino da sexualidade. A bestialidade sexual está sempre relacionada com o egoísmo e o total aviltamento do parceiro sexual (Gn.19:4-11; Jz.19:22-30; 2Sm.13:11-17).
Portanto, o ato conjugal deve ser um prazer, e nunca um tormento ou sofrimento. Os dois, marido e mulher, devem sentir-se satisfeitos e alegres de se completarem neste ato. Na satisfação sexual o casal sempre renova a união, recriando o vínculo matrimonial. Assim, na união conjugal, como também ensina o Novo Testamento, o homem e a sua mulher devem buscar a satisfação sexual (1Co.7:5). Caso esta satisfação sexual e prazer conjugal não seja constante, a tendência é que o casamento se acabe. Nisto percebemos que os casais precisam sempre se recrear, dando continuidade à união que um dia foi iniciada.

III. DISTORÇÕES DA SEXUALIDADE

Paulo ensina que o sexo é uma bênção, mas pode se tornar uma maldição. Ele é uma benção dentro do casamento, mas um sério problema fora dele. Somente no casamento monogâmico e heterossexual (1Co.7:9) se pode praticar sexo, sendo totalmente contrária à Palavra de Deus qualquer outra conduta que não seja esta. Portanto, toda prática sexual realizada fora destes moldes constitui-se em sexo ilícito.
Vejamos, a seguir, algumas distorções da sexualidade mais acintosas, praticadas pela sociedade ímpia:

1. A fornicação

A fornicação é um abominável pecado contra Deus (Ef.5:5; Ap.21:8). Ela é geralmente entendida como a atividade heterossexual entre pessoas solteiras ou entre casado e solteiro. É uma atitude errada porque concentra-se no prazer e não na convivência legal; é instantânea e inconstante, não tem compromissos e não assume responsabilidades familiares.
Ao contrário do que determina a Bíblia Sagrada, o mundo tem defendido e até incentivado que as pessoas, numa idade cada vez menor, venham a manter relações sexuais, deixando a virgindade, algo considerado ultrapassado e até ridicularizado pela mídia e, por extensão, na sociedade por ela influenciada; entretanto, a Bíblia condena a fornicação do início ao final. A Palavra de Deus é bem clara ao afirmar que os fornicários não herdarão o reino de Deus (At.15:29; Ef.5:5; 1Tm.1:10; Hb.12:16; Ap.21:8).

2. O adultério

O adultério é a relação sexual extraconjungal. A Bíblia tem fortes admoestações contra quem comete o pecado de adultério (Êx.20:14; Lv.18:20; 1Co.6:10; Hb.13:4). O mundo vê o adultério como algo normal, natural e até esperado no casamento. Recente pesquisa feita no Brasil demonstrou que dois terços das pessoas esperam ser traídas por seu cônjuge e entendem ser isto natural e compreensível. Entretanto, o adultério é abominável aos olhos de Deus, tanto que seu alcance foi ampliado por Jesus no sermão do monte (Mt.5:27-30). Sua prática é considerada loucura pela Palavra de Deus (Pv.6:32) – “O que adultera com uma mulher é falto de entendimento; destrói a sua alma o que tal faz”.
Com certeza, não há prática que cause tantos males e denigra tanto o caráter de alguém senão o adultério, que, além de destruir a família - célula principal da Igreja -, dá péssimo exemplo aos filhos que, sem o exemplo dos pais, perdem o referencial do certo e do errado, sendo, a partir de então, alvos fáceis do inimigo de nossas almas.
O adultério é a figura da infidelidade. Na Bíblia, a prática do adultério é punida com a morte eterna, tamanho o mal que representa (cf.1Co.6:9). As Escrituras Sagradas afirmam que é o próprio Deus quem julgará os adúlteros (cf. Hb.13:4). A Palavra de Deus permanece para sempre e ela continua a nos ensinar que ficarão de fora os adúlteros e os fornicários (Ap.21:8; 22:15).

3. O homossexualismo

É a pratica das relações sexuais entre pessoas do mesmo sexo. Pode ser masculino ou feminino. O homossexualismo e o lesbianismo são uma aberração e, salvo os poucos casos em que há distúrbios de saúde física e/ou mental, é uma expressão de rebeldia contra Deus (Rm.1:21-28). É conhecido na Bíblia como o pecado de Sodoma e Gomorra (Dt.23:18; 1Co.6:9,10; 1Tm.1:10).
O Antigo Testamento condena explicitamente a união homossexual, considerando-a "abominação" a Deus (Lv.18:22; 20:13). O Novo Testamento confirma essa condenação, reprovando a homossexualidade de modo não menos incisivo: "Não erreis: nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o Reino de Deus" (1Co.6:10)
Não podemos concordar com a bandeira levantada pelos ativistas Gay’s, quando afirmam que o homossexualismo é uma opção normal e que o casamento entre pessoas do mesmo sexo é uma união de amor que deve ser chancelada pela lei de Deus e dos homens. Ao descrever o homossexualismo, Paulo aponta sete características desse pecado abominável: (a) imundícia (Rm.1:24); (b) desonra para o corpo (Rm.1:24); (c) paixão infame (Rm.1:26); (d) antinaturalidade (Rm.1:26); (e) contrariedade à natureza (Rm.1:26); (f) torpeza (Rm.1:28) e; (g) erro (Rm.1:28).
Portanto, o homossexualismo e o lesbianismo são uma negação total do mundo natural; refuta qualquer possibilidade de continuidade e ameaça a identidade da pessoa como fruto do relacionamento de um pai e uma mãe.

4. Transsexualidade

É um "transtorno de identidade de gênero" ou "disforia de gênero", segundo a Organização Mundial da Saúde. Nesse transtorno, a pessoa sente-se desconfortável com o sexo biológico com que nasceu. Um homem "sente-se mulher", uma mulher "sente-se homem", e a pessoa deseja "mudar de sexo". Só que isso é absolutamente impossível. Jamais alguém poderá mudar de sexo. Essa distorção da identidade humana está associada à falsa e perversa "ideologia de gênero", que prega que a pessoa não nasce com gênero definido, mas com "gênero neutro". Quando cresce, depois da puberdade, "escolhe" o gênero com que se identifica. Essa ideologia é, no entanto, falsa, tendenciosa e perversa, e de origem satânica, pois pretende destruir o plano de Deus para a sexualidade e a identidade biológica do homem, além de não ter a mínima base científica.
O Colégio Americano de Pediatria desmascarou essa falsa ideologia em 2017 e recomendou a educadores e a legisladores para não ensinarem essa aberração a crianças, pois isso provocará uma tremenda confusão na mente delas.
O Pr. Elinaldo Renovato diz que a transsexualidade “é uma terrível afronta à sacralidade do corpo humano, que foi criado por Deus, com sua identidade binária: ‘macho e fêmea os criou’ (Gn.1:27). A igreja cristã deve rejeitar peremptoriamente toda argumentação a favor da falsa ideologia de gênero e da transsexualidade, ou a falsa ‘mudança de sexo’" (Elinaldo Renovato de Lima. Tempos, Bens e Talentos).

5. A ideologia de gênero

A Ideologia de Género, ou melhor dizendo, a ideologia da ausência de sexo, é uma abstração filosófica segundo a qual os dois sexos - masculino e feminino - são consideradas construções culturais e sociais. Ela defende que nós nascemos sem sexualidade psicológica definida. A diferenciação sexual do corpo seria apenas um acidente anatômico que “convencionalmente” é apresentado como masculino ou feminino. Ou seja, nossa “suposta” identidade sexual é, para tal teoria, uma mera imposição do ambiente em que fomos educados.
Esta corrente ideológica procura encobrir o fato de que os seres humanos se dividem em dois sexos. Afirma que as diferenças entre homem e mulher, além das evidentes implicações anatômicas não correspondem a uma natureza fixa, mas são produtos de uma cultura, de um país ou de uma época. Ensina que não existem diferenças naturais entre homens e mulheres. Desta forma, a referida ideologia legitima propostas estranhas como o banheiro unissex para meninos e meninas nas escolas e universidades. Ensina que os papéis entre homens e mulheres, dentro do contexto do matrimônio e da família, devem ser substituídos por relações sexuais física e psicologicamente versáteis e que não obedecem uma ordem da natureza e dignidade que lhes é própria.
Segundo essa teoria ideológica, os dois sexos – masculino e feminino – são considerados construções culturais e sociais, de modo que, embora existindo um sexo biológico, cada pessoa tem o direito de escolher o seu sexo social (gênero) quando quiser. Seus adeptos e defensores querem ensinar às crianças que elas, socialmente falando, não são homens ou mulheres, mas podem escolher qualquer opção sexual que quiserem. Para esses defensores, quando a criança nasce ela não deve ser considerada do sexo masculino ou feminino, mas somente uma pessoa do gênero humano, que depois fará a escolha do seu próprio sexo. 
A Ideologia de Gênero pretende obrigar a aceitar com naturalidade aquilo que é antinatural. Tal ideologia distingue o sexo - que é um dado biológico e natural - do gênero - que é uma mera construção social. Dizem: se as meninas brincam de boneca, não é porque tenham vocação natural à maternidade, mas por simples convenção social.
Embora só as mulheres possam ficar grávidas e amamentar as crianças, e embora o choro do recém-nascido estimule a produção do leite materno, a ideologia de gênero insiste em dizer que a função de cuidar de bebês foi arbitrariamente atribuída às mulheres.
E mais, se as mulheres só se casam com homens e os homens só se casam com mulheres, isso não se deve a uma lei da natureza, mas a uma imposição da sociedade (a “heteronormatividade”).
O papel de mãe e esposa que a sociedade impôs à mulher pode ser “desconstruído” quando ela decide, por exemplo, fazer um aborto ou “casar-se” com outra mulher. 
A Ideologia de Gênero prega que a pessoa pode mudar de sexo quando bem quiser. Só que a impossibilidade de mudar o sexo com que se nasceu não contraria somente a realidade biológica, ela vai, sobretudo, contra a vontade de Deus.
Ninguém nasce homem ou mulher por mero acaso, mas em virtude dos inescrutáveis desígnios da Divina Providência, conforme os seguintes textos bíblicos: “Eu te louvarei, porque de um modo terrível e tão maravilhoso fui formado; maravilhosas são as tuas obras, e a minha alma o sabe muito bem. Os meus ossos não te foram encobertos, quando no oculto fui formado e entretecido como nas profundezas da terra. Os teus olhos viram o meu corpo ainda informe, e no teu livro todas estas coisas foram escritas, as quais iam sendo dia a dia formadas, quando nem ainda uma delas havia” (Salmos 139:14-16); “Antes que no seio fosses formado, eu já te conhecia” (Jr.1:5).
Segundo os cientistas entendidos neste assunto, “é impossível fisiologicamente mudar o sexo de uma pessoa, uma vez que o sexo de cada um está codificado em seus genes: XX para a mulher, XY para o homem. A cirurgia pode somente criar uma aparência do outro sexo, pois a identidade sexual está escrita em cada célula do corpo e pode ser determinada por meio do teste do DNA, não podendo ser mudada”.
Ir contra os desígnios divinos é um ato de revolta contra o Criador: “Deus criou o homem à sua imagem; criou-o à imagem de Deus, criou o homem e a mulher. Deus os abençoou: Frutificai, disse Ele, e multiplicai-vos, enchei a Terra e submetei-a” (Gn.1:27,28).

CONCLUSÃO

A sexualidade humana é uma atividade autorizada por Deus, porém, o próprio Deus determinou os limites dessa atividade humana. A primeira observação que temos é que ela deve ser realizada entre um homem e uma mulher; jamais entre pessoas do mesmo sexo. Quaisquer comprometimentos sexuais ilícitos — a formicação, o adultério, o homossexualismo, o lesbianismo — são duramente condenados por Deus, e quem pratica tais coisas receberá dEle o justo juízo. Deus quer que seus filhos tenham vida sexual ilibada, não apenas por causa do testemunho, mas também por sermos o templo do seu Espírito.
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Fonte: Luciano de Paula Lourenço

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