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domingo, 28 de setembro de 2014

O sábio uso de Energia - Por Aline Oliveira



Por muito tempo o homem pensou que a natureza tinha um poder infinito de recuperar-se, mesmo sendo vítima de fortes explorações feitas pelos mesmos. Infelizmente, o homem se deu por conta tarde demais dos danos que causou, refletindo negativamente em diversos setores, e um deles, o de energia.

O Brasil é abastecido eletricamente em sua maioria por hidrelétricas. As hidrelétricas são movidas à água, e  a falta de chuvas dos últimos meses tem proporcionado um certo grau de dificuldade para os reservatórios, já que diminuiu o nível dos mesmos ocasionando uma ineficiência na produção energética.

A redução de investimento no setor  energético acaba promovendo o desacelerado da água por parte das empresas hidráulicas, deixando de lado as reservas de  prevenção. Desse modo, as chuvas recebem toda carga de preencher os reservatórios – o que dificulta – já que o abastecimento de chuvas vem sofrendo crises.

Será necessário que as termelétricas sejam acionadas, visto que as hidrelétricas não possuem mais o seu forte potencial de natureza. Termelétrica é uma boa solução, mas é válido lembrar que seus recursos não são renováveis e são poluentes. O real seria uma alternativa renovável.


Para que os problemas do setor energético venham a diminuir, se faz necessário uma conscientização eficaz dos indivíduos, a fim de utilizar a energia de forma inteligente não sobrecarregando tanto as hidrelétricas. Assim sendo os resultados seriam positivos e as próximas gerações agradeceriam pela sábia tomada de decisão à tempo.

A Busca pela Beleza - Por Aline Oliveira




                                                                            



A fim de atender aos padrões de beleza ditados atualmente pela sociedade e elite midiática, pessoas recorrem academias, centros cirúrgicos e medicamentos emagrecedores sem nenhuma prescrição médica, pondo em risco a própria saúde.


O culto ao corpo aperfeiçoou-se de acordo com a evolução humana, onde a cultura renascentista foi uma grande idealizadora. É irrefutável dizer que muitos indivíduos têm sido prejudicados com erros cirúrgicos e dietas “ milagrosas”, muitos, procuram tais métodos por insatisfação, medo ou insegurança, ao ver imposto por pessoas influentes um padrão de beleza que superficialmente não se enquadram.


As interferências corporais e cuidados excessivos com a beleza,  não tem sido apenas por necessidade básica estética, mas, sendo usado como objeto único de realização pessoal, sensação essa que facilmente pode desencadear a médio ou longo prazo, distúrbios psicológicos e gerar mais complicações.


É importante ressaltar que jovens e adolescentes já recorrem à  intervenções cirúrgicas a fim de melhorar algo em seu corpo – que ainda está em formação – indicando que tais indivíduos são alvos dessa “ditadura da beleza”, sofrendo distúrbios alimentares e riscos para obtenção do corpo “ideal”.


A manutenção da beleza como prática básica estética deve ser considerada algo normal, desde que não ultrapasse limites nem exagero. É necessário que seja redobrada a atenção e políticas de conscientização como palestras e propagandas publicitárias  no sentido de instruir e assegurar os valores vigentes.


terça-feira, 23 de setembro de 2014

13º do 3º trimestre de2014:- A ATUALIDADE DOS ÚLTIMOS CONSELHOS DE TIAGO

 
Texto Base: Tiago 5:7-20

 
“Confessai as vossas culpas uns aos outros e orai uns pelos outros, para que sareis; a oração feita por um justo pode muito em seus efeitos” (Tg 5:16).

 

INTRODUÇÃO

Com esta Aula, concluímos os estudos da Epístola de Tiago. Estudamos treze temas que trouxeram substância à nossa alma e combustível à nossa fé. Depois de trazer uma palavra de encorajamento aos irmãos destinatários de sua Epístola, haja vista que passavam por tribulações ferrenhas, bem como duras exortações sobre o mundanismo que imperava dentro da Igreja, Tiago finda seus ensinos com uma consolação. Ele fala a respeito da paciência em meio às aflições e cita Jó como exemplo de vida e paciência (Tg 5:11). Segundo a visão de Tiago, a paciência pode ser considerada sob dois aspectos: condição de resistir às aflições com resignação e a capacidade de suportar as ofensas alheias. Tiago lembra aos irmãos que Jesus em breve voltará (Tg 5:8) e que toda tribulação terá o seu fim, pois desfrutaremos da misericórdia e bondade de Deus para todo o sempre.

I. O VALOR DA PACIÊNCIA E A PROIBIÇÃO DO JURAMENTO (Tg 5:7-12)

“A paciência é a virtude de suportar a injustiça, o sofrimento, as aflições, confiando a nossa vida na mão de Deus para corrigir todas as coisas na sua vinda” (Bíblia de Estudo Pentecostal).

1. O valor da paciência e da perseverança (Tg 5:7,8).Sede vós também pacientes, fortalecei o vosso coração, porque já a vinda do Senhor está próxima” (5:8).

A falta de paciência é um dos males que atormenta a humanidade, a causa de muitas doenças psíquicas, e até somáticas. Nos dias em que vivemos, em que a imediatidade e a pressa são a regra, falar em paciência soa estranho e se apresenta como um desafio, mas os salvos em Cristo Jesus, devem ter esta característica, que é mais uma das marcas do nosso Deus, que é conhecido nas Escrituras como longânimo (Nm 14:18; Sl 103:8; Jn 4:2; 2Pe 3:9).

Ninguém quer esperar, mas em qualquer lugar aonde se vá, impõe-se a necessidade de esperar. Para saber esperar é preciso ter paciência: paciência para esperar o transporte coletivo; paciência para esperar nos congestionamentos do trânsito; paciência nos bancos, nos supermercados; paciência para pagar e receber; paciência para ser atendido nos consultórios e nos hospitais, até mesmo particulares; paciência para registrar uma queixa, ou elaborar um Boletim de Ocorrência; paciência de Jó, se precisar bater às portas do Poder Judiciário; paciência para com tudo e para com todos. Todos estão prestes a explodir, mas o crente fiel precisa fazer a diferença: mostrar amor, tolerância, dar provas de paciência, pois “... o fruto do Espírito é:... paciência...”, ou longanimidade.

Há uma certa inquietação nos meios evangélicos. Falta paciência para buscar e pensar nas “...coisas que são de cima...”(Cl 3:1). Falta a paciência e a perseverança da viúva da parábola do Juiz Iníquo (Lc 18:1-8); ela permaneceu batendo e pedindo, com perseverança. Colossenses 1:9-11 ensina-nos a perseverar com paciência na fé cristã.

2. O valor da tolerância de uns para com os outros (Tg 5:9). ”Irmãos, não vos queixeis uns contra os outros, para que não sejais condenados. Eis que o juiz está à porta”.

Este texto chama os servos do Senhor a trabalhar juntos em meio às tribulações. Nos momentos de pressão é comum o ser humano se irar contra aqueles que mais ama. Daí a advertência: “Irmãos, não vos queixeis uns contra os outros, para que não sejais condenados”. À época de Tiago, como hoje, é comum a existência de queixas entre os irmãos. Isso é próprio da natureza carnal do homem. Contudo, se desejamos ter nosso “espirito, alma e corpo (...) plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo” (1Ts 5:23), precisamos demonstrar paciência no amor fraternal, pois o amor “é benigno, é sofredor (...), tudo espera, tudo suporta” (1Co 13:7).

3. Aflição, sofrimento e juramento (Tg 5:10-12).

Aflição.Meus irmãos, tomai por exemplo de aflição e paciência os profetas que falaram em nome do Senhor (Tg 5:10).

Os profetas foram homens que andaram com Deus, ouviram a voz de Deus, falaram em nome de Deus, mas passaram também por grandes aflições. Eles trilharam o caminho estreito das provas e foram pacientes. Privilégio e provas caminharam juntos na vida dos profetas. Sofrimento e ministério caminharam lado a lado na vida dos profetas. Exemplos: Isaías não foi ouvido pelo seu povo. Ele foi serrado ao meio; Jeremias foi preso, jogado num poço e maltratado por pregar a verdade. Ele viu o cerco de Jerusalém e chorou ao ver o seu povo sendo destruído; Daniel foi banido da sua terra e sofreu pressões quando jovem. Sofreu ameaça e perseguição por causa da sua fidelidade a Deus, a ponto de ser jogado na cova dos leões.

O apóstolo Paulo diz: "E na verdade todos os que querem viver piamente em Cristo Jesus padecerão perseguições" (2Tm 3:12). Nem sempre a obediência a Deus produz vida fácil! Se a igreja for mais perseguida, será mais fiel? Não. Se ela for mais fiel será mais perseguida. Isso significa que Deus não nos poupa das aflições, mas Ele nos assiste nas aflições. Elias anunciou ao ímpio rei Acabe que a seca viria sobre Israel. Ele também sofreu as consequências da seca, mas Deus cuidou dele e lhe deu vitória sobre os ímpios.

Jesus disse: "Bem-aventurado sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo mal contra vós por minha causa. Alegrai-vos e exultai, porque é grande o vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram aos profetas que foram antes de vós" (Mt 5:11,12).

Quando você estiver enfrentando sofrimento, não coloque em dúvida o amor de Deus, pois pessoas que andaram com Deus como você, também passaram pelas aflições. Seja paciente!

Sofrimento. “Eis que temos por bem-aventurados os que sofreram. Ouvistes qual foi a paciência de Jó e vistes o fim que o Senhor lhe deu; porque o Senhor é muito misericordioso e piedoso” (Tg 5:11).

A “Teologia da Prosperidade” tem pregado que o bem-estar espiritual é irreconciliável com qualquer espécie de sofrimento. Se o crente sofre é porque não é próspero. Todavia, a vida cristã não uma sala VIP, nem uma colônia de férias. O sofrimento é o cálice que o povo de Deus precisa beber, enquanto caminha rumo à glória. A cruz vem antes da coroa, o sofrimento antes da recompensa final. Nós entramos no reino de Deus por meio de muitas tribulações (At 14:22). O ensino bíblico, porém, é claro ao ensinar que “muitas são as aflições do justo, mas o Senhor o livra de todas”(Sl 34:19).

Não há vitória sem luta. Não há picos sem vales. Se você deseja a bênção, você tem que estar preparado para carregar o fardo e entrar nessa guerra. Jó era um homem piedoso, justo, próspero, bom pai, sacerdote da família, preocupado com a glória de Deus. O próprio Deus dá testemunho a seu respeito. Deus o constitui Seu advogado na terra. Todavia, Satanás faz Jó sofrer com a permissão de Deus. Jó perdeu todos os seus bens, perdeu todos os seus filhos e perdeu também a sua saúde (Jó 1:22; 2:10). Jó perdeu o apoio da sua mulher. Jó perdeu o apoio dos seus amigos. Jó faz 16 vezes a pergunta: por quê? Jó expressa sua queixa 34 vezes. Mas no auge da sua dor, ele disse para Deus: "Ainda que Deus me mate, ainda assim, esperarei nele..." (Jó 13:15).

Jó esperou pacientemente no Senhor e Deus o honrou. Ele não explicou nada para Jó, mas apesar de Jó não conhecer os porquês de Deus, ele pôde conhecer o caráter de Deus (Jó 42:5). A maior bênção que Jó recebeu não foi saúde e riqueza, mas um conhecimento mais profundo de Deus. Isso é a própria essência da vida eterna (João 17:3).

Jó passou a conhecer o Senhor de uma forma nova e mais profunda. O propósito de Satanás era fazer de Jó um homem impaciente com Deus. Isto porque um homem impaciente com Deus é uma arma nas mãos do maligno. Mas o propósito de Deus em permitir Jó sofrer foi fortalecê-lo e fazer dele uma bênção maior para o mundo inteiro.

Como os profetas, devemos procurar oportunidades para testemunhar, mesmo no meio do sofrimento. Como Jó, devemos esperar para que o Senhor complete Seu amoroso propósito em nós, mesmo em meio ao sofrimento.

Juramento.Mas, sobretudo, meus irmãos, não jureis nem pelo céu nem pela terra, nem façais qualquer outro juramento; mas que a vossa palavra seja sim, sim e não, não, para que não caiais em condenação” (Tg 5:12).

Jurar era um costume comum, e Tiago queria que essa prática fosse suspendida entre os crentes. As pessoas ofereciam garantias verbais desrespeitosas ou arrogantes que elas mesmas podiam reverter através de alguns detalhes legais. Os cristãos não deviam fazer nenhum juramento para garantir a veracidade daquilo que diziam. A nossa honestidade deve ser inquestionável. Os crentes não precisam fazer juramentos, pois as suas palavras devem ser sempre verdadeiras. Não deve haver motivo para que eles precisem reforçar as suas palavras com um juramento. Deus irá julgar as suas palavras.

Uma pessoa que tenha a reputação de exagerar ou de mentir não pode conseguir que alguém creia nela somente através de sua palavra. Por exemplo, esta pessoa poderia dizer: “Eu prometo!”, ou: “Eu juro!”. Os cristãos não devem nunca ser assim. Seja sempre honesto, para que os outros creiam nos seus simples “sim” e “não”. Evitando as mentiras, as meias-verdades, e as omissões da verdade, você ficará conhecido como uma pessoa digna de confiança.

II. UNÇÃO DE ENFERMOS E COMO DEUS OUVIU ELIAS (Tg 5:13-18).

1. Oração e cânticos (Tg 5:13). “Está alguém entre vós aflito? Ore. Está alguém contente? Cante louvores”.

Um cristão maduro é aquele que tem uma vida plena de oração diante das lutas da vida. Em vez de ficar amargurado, desanimado, reclamando, ele coloca a sua causa diante de Deus e Deus responde ao seu clamor. Desperdiçamos tempo e energia quando tentamos viver a vida sem oração. A oração nos dá poder para enfrentar os problemas e usá-los para cumprir os propósitos de Deus. Paulo orou para Deus mudar as circunstâncias da sua vida, mas Deus lhe deu poder para suportar as circunstâncias (2Co 12:7-10). Jesus clamou ao Pai, com abundantes lágrimas, no Getsêmani, para passar dEle o cálice, mas o Pai lhe deu forças para suportar a cruz e morrer pelos nossos pecados.

O cristão maduro canta mesmo no sofrimento. Deus equilibra a nossa vida, dando-nos horas de sofrimento e horas de regozijo. Paulo e Silas cantaram na prisão (At 16:25). Josafá cantou no fragor da batalha (2Cr 20:21). Muitas vezes trafegamos dos caminhos floridos da alegria para os vales do choro num mesmo dia. Mas, mesmo que os nossos pés estejam no vale, nosso coração pode estar no plano (Sl 84:5-7). Pelo poder de Deus, podemos transformar os vales secos em mananciais; o pranto, em alegres cantos de vitória (Sl 30:5). Quando o diamante é lapidado é que ele reflete sua beleza mais fulgurante. Quando a flor é esmagada é que ela exala o seu mais doce perfume. A alegria mais poderosa é aquela que, muitas vezes, explode banhada pelas lágrimas mais quentes. (1)

2. A oração da fé (Tg 5:14,15). “Está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da igreja, e orem sobre ele, ungindo-o com azeite em nome do Senhor; e a oração da fé salvará o doente, e o Senhor o levantará; e, se houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados”.

Uma característica da igreja primitiva era a sua preocupação com os doentes e o cuidado para com eles. Tiago 5:14 incentiva os doentes a chamar os presbíteros da igreja, pedindo aconselhamento e oração. Os presbíteros - pessoas espiritualmente amadurecidas, responsáveis pela supervisão das igrejas locais (veja 1Pe 5:1-4) -, iriam orar sobre a pessoa doente, pedindo a cura ao Senhor. A seguir, eles a ungiriam com azeite em nome do Senhor. Enquanto oravam, os presbíteros deviam pronunciar claramente que o poder da cura residia no nome de Jesus. A unção era frequentemente usada na igreja do primeiro século nas suas orações pedindo cura. Nas Escrituras, o azeite era tanto um remédio (veja a parábola do bom samaritano, em Lucas 10:30-37) como um símbolo do Espírito Santo (como quando usado para ungir reis, veja 1Sm 16:1-13).

Os presbíteros oravam com imposição de mãos, num gesto de autoridade espiritual. Eles ungiam o enfermo com óleo em nome do Senhor (Tg 5:14). Não é a unção que cura o enfermo, mas a oração da fé. Quem levanta o enfermo não é o óleo, é o Senhor. O óleo é apenas um símbolo da ação de Deus.

Deve ser enfatizado aqui que a oração oferecida é uma oração oferecida em fé – não somente a fé que crê que Deus pode curar, mas também a fé que expressa a confiança absoluta na vontade de Deus. A oração da fé é a oração feita na plena convicção da vontade de Deus (1João 5:14,.15). A vontade de Deus nem sempre é curar aqueles que estão enfermos (veja 2Co 12:7-9). Uma oração em que se pede uma cura deve ser feita juntamente com o reconhecimento de que a vontade de Deus é suprema.

3. Oração e confissão (Tg 5:16). “Confessai as vossas culpas uns aos outros e orai uns pelos outros, para que sareis; a oração feita por um justo pode muito em seus efeitos” (Tg 5:16).

Quem lê este texto de Tiago sem prestar muita atenção pode imaginar que devemos dar um relato detalhado de nossos pecados secretos a outros cristãos. Não é o que Tiago está dizendo. Ele ensina acima de tudo que, no caso de pecarmos contra alguém, confessemos prontamente esse pecado à pessoa que ofendemos.

Devemos também orar uns pelos outros. Em vez de guardar rancor e permitir o acúmulo de ressentimentos, precisamos nos manter em comunhão com os outros por meio da confissão e da oração.

A cura física é associada à restauração espiritual. Observe como Tiago associa confissão, oração e cura. Vemos aqui uma referência clara à ligação crítica entre o físico e o espiritual. O ser humano é composto de espírito, alma e corpo (1Ts 5:23). O que afeta um, afeta os outros.

O campo da psicologia psicossomática reconhece essa ligação e investiga problemas pessoais que podem ser a causa de males físicos. A medicina secular não conta, porém, com um remédio para o pecado. O livramento da culpa, da contaminação, do poder e do castigo do pecado só se dá pelo sangue de Cristo e da confissão a Deus. Muitas enfermidades são causadas por pecados como gula, preocupação, raiva, rancor, intemperança, inveja, egoísmo e orgulho. O pecado pode deteriorar a saúde e, por vezes, levar à morte (1Co 11:30). Assim que nos conscientizarmos de um pecado, devemos confessá-lo e abandoná-lo. Temos de confessar a Deus todos os pecados. Além disso, precisamos confessar às pessoas os pecados contra elas. A confissão é uma prática vital para nossa saúde espiritual e física. Pense nisso!

4. Devemos crer na eficácia da oração (Tg 5:17,18) – “Elias era homem semelhante a nós, sujeito aos mesmos sentimentos, e orou, com instância, para que não chovesse sobre a terra, e, por três anos e seis meses, não choveu. E orou, de novo, e o céu deu chuva, e a terra fez germinar seus frutos” (ARA).

Os crentes, embora sujeitos a fraquezas, podem ter vitória na oração. Elias era homem sujeito às mesmas fraquezas (teve medo, fugiu, sentiu depressão, pediu para morrer), mas era justo e a oração do justo pode muito em sua eficácia. O poder da oração é o maior poder no mundo.

A história mostra o progresso da humanidade: poder do braço, poder do cavalo, poder da dinamite, poder da bomba atômica. Mas o maior poder é o poder de Deus que se manifesta através da oração dos justos.

Elias orou fundamentado na promessa de Deus. Em 1Reis 18:1 Deus disse que enviaria a chuva e em 1Reis 18:41-46, Elias orou pela chuva. Não podemos separar a Palavra de Deus da oração. Em Sua Palavra Deus nos dá as promessas pelas quais devemos orar.

Elias orou com persistência. Muitas vezes, nós fracassamos na oração porque desistimos muito cedo, no limiar da bênção.

Elias orou com intensidade. A palavra "instância" (5:17) significa que Elias orou de coração. Ele pôs o seu coração na oração. Devemos orar pela nação hoje, para que Deus traga convicção de pecado sobre o povo e um reavivamento para a igreja. (2)

III. A IMPORTÂNCIA DA CONVERSÃO DE UM IRMÃO (Tg 5:19,20)

“Irmãos, se algum de entre vós se tem desviado da verdade, e alguém o converter, saiba que aquele que fizer converter do erro do seu caminho um pecador salvará da morte uma alma e cobrirá uma multidão de pecados”.

Tiago completa seu ensino olhando agora para as pessoas que um dia estiveram em nossas congregações e se desviaram da verdade. Tiago nos instrui que nosso coração deve estar cheio de compaixão pelos que sofrem, pelos enfermos e pelos que se desviam, para que nossas orações possam subir ao trono da graça em favor deles.

Diz Tiago: “Irmãos, se algum de entre vós se tem desviado da verdade, e alguém o converter...”. Estas palavras de Tiago dão a entender com clareza que uma pessoa que aceitou a Jesus pode um dia se desviar dos caminhos do Senhor. Contudo, quem se desvia dos caminhos do Senhor pode receber o mesmo perdão que é oferecido àquele que nunca teve o conhecimento de Jesus Cristo. Tiago, no versículo 19, nos exorta que oremos pelos que se desviaram da verdade. Quando fazemos isso com grande fervor e fé, e com todo o amor, o desviado poderá ser convertido do seu caminho errado e voltará à comunhão de seus irmãos em Cristo. Eis um ministério de valor inestimável! Em primeiro lugar, ele salvará o irmão desviado da morte prematura sob a mão disciplinadora de Deus. Em segundo lugar, cobrirá multidão de pecados, que serão perdoados e esquecidos por Deus. Precisamos desse ministério hoje!

Em nosso zelo por evangelizar os perdidos, talvez deixemos de dar atenção suficiente às ovelhas de Cristo que saíram do aprisco. Todavia, a mensagem de Tiago nos manda ser mais zelosos no cuidado para com os outros, inclusive na busca da ovelha perdida. O pecado na vida de um crente é pior do que na vida de um não crente. Precisamos nos esforçar para salvar os perdidos. Mas também precisamos nos esforçar para restaurar aqueles que se desviam. Judas 23 usa a expressão “arrebatando-os do fogo”.

CONCLUSÃO

Chegamos ao final dos ensinos práticos e sucintos de Tiago. Nesta Epístola vimos a fé ser provada pelos problemas da vida, por tentações pecaminosas e pela obediência à Palavra de Deus. A pessoa que afirma ter fé foi desafiada a mostrá-la tratando todos com imparcialidade e prová-la com uma vida de boas obras. A realidade da fé pode ser notada nas palavras de uma pessoa; o cristão aprende a sujeitar sua língua ao senhorio de Cristo. A fé autêntica é acompanhada de sabedoria verdadeira; a vida de inveja e contendas dá lugar à vida de piedade prática.

A fé impede desavenças, conflitos e inveja, resultantes da cobiça e de ambições mundanas. Evita um espírito cruel e julgador, bem como a autoconfiança que deixa Deus de fora dos planos da vida. A fé é testada pelo modo de a pessoa adquirir e usar o dinheiro. A pesar da opressão, manifesta paciência e perseverança estimuladas pela volta de Cristo. Suas palavras são sempre honestas e, portanto, não precisam de juramentos para atestá-las. A fé busca o Senhor em todos os momentos da vida. Na enfermidade, procura primeiro as causas espirituais. Ao confessar os pecados a Deus e àqueles que foram ofendidos, remove as possíveis causas. Por fim, a fé se expressa em amor e compaixão por aqueles que se desviaram. Lembre-se: a nossa fé é testada diariamente.
 
Fonte: ebdweb

terça-feira, 16 de setembro de 2014

12ª Lição do 3º Trimestre de 2014: OS PECADOS DE OMISSAO E DE OPRESSÃO


Texto Base: Tiago 4:17; 5:1-6

 
“Aquele, pois, que sabe fazer o bem e o não faz comete pecado” (Tg 4:17)

 

INTRODUÇÃO

Nesta Aula, trataremos a respeito dos pecados de omissão e de opressão. Veremos a contundente reprimenda de Tiago à opressão dos ricos contra os pobres. Segundo Tiago, os ricos exploravam os pobres (Tg 2:5,6). No ambiente de Tiago, podemos pensar particularmente em senhores de terras judeus da região palestina, que possuíam grandes áreas e estavam preocupados somente com o lucro que poderiam obter de suas terras. Tiago ousa anunciar a condenação desses ricos proprietários de terras (Tg 5:1) e justifica tal condenação com base no acúmulo egoísta de riquezas (Tg 5:2,3), na fraude contra os que trabalhavam para eles (Tg 5:4), na vida autoindulgente que levavam (Tg 5:5) e na opressão que mantinham contra “o justo” (Tg 5:6).

Qual o propósito de Tiago pregar esta mensagem de denúncia contra não-cristãos, numa Epístola endereçada à Igreja? Por dois propósitos principais: Primeiro, para que os fiéis, ouvindo sobre o miserável fim dos ricos, não invejem sua fortuna; Segundo, para que os fiéis, sabendo que Deus será o vingador dos males que sofreram, possam com calma e resignação suportá-los. Seguramente, esta mensagem de Tiago é, também, para os dias de hoje.

I. O PECADO DE OMISSÃO (Tg 4:17).

“Aquele, pois, que sabe fazer o bem e o não faz comete pecado”.

1. A realidade do pecado. Um Dia o ser humano resolveu voluntariamente desobedecer a Deus (Gn 3:1-24). Então, o pecado tornou-se uma realidade fatal. Ao pecar, o homem tornou-se servo do pecado (João 8:34), dominado totalmente por ele (Gn 4:7), sem condição alguma de modificar esta situação. Entretanto, a história não terminou com esta tragédia. Bem ao contrário, a Bíblia Sagrada nos ensina que, mesmo antes da fundação do mundo, dentro de sua presciência, Deus já havia elaborado um plano para retirar o homem desta situação tão delicada (Ef 1:4; Ap 13:8). Este plano, já existente mesmo antes da criação do mundo, foi revelado ao homem no dia mesmo de sua queda, quando o Senhor anunciou que haveria de surgir alguém da semente da mulher que esmagaria a cabeça da serpente e tornaria a criar inimizade entre o homem e o mal e, consequentemente, amizade, comunhão entre Deus e o homem (Gn 3:15). O Plano divino para a salvação da humanidade foi plenamente cumprido no sacrifício inocente, amoroso e vicário de nosso Senhor Jesus Cristo (João 1:29;Gl 4:4,5).

O pecado foi uma atitude do homem contra o propósito para ele estabelecido por Deus. Deus havia determinado a obediência à Sua Palavra, às Suas ordens, mas o homem, dotado que era de liberdade, não observou a ordem dada por Deus e, por conseguinte, o homem desviou-se do critério estabelecido pelo Senhor e o resultado disto foi o fracasso espiritual, a separação entre Deus e o homem, pois o que faz divisão entre Deus e o homem é, precisamente, o pecado (Is.59:2).

Este sentido do pecado, aliás, fica realçado pela terminologia que as Escrituras utilizam para se referir ao pecado, a saber:

a) transgressão (Hb 2:2) – o pecado é uma transgressão, ou seja, é um desvio de uma norma estabelecida por Deus ao homem.

b) impiedade (Rm 1:18) – o pecado é impiedade, ou seja, uma demonstração de falta de amor e de piedade para com Deus. Jesus mesmo disse que amar a Deus é, sobretudo, obedecer a Deus (Jo.15:14).

c) injustiça (Rm 1:18) – o pecado é injustiça, ou seja, um procedimento contrário à justiça. Ora, a Bíblia diz que Deus é nossa justiça (Jr.33:16), de modo que o pecado é uma ofensa contra o Senhor.

d) desobediência (Hb 2:2) – o pecado é desobediência, insubmissão, rebelião contra o Senhor. É o contrário à obediência.

e) iniquidade (1João 5:17) – o pecado é o contrário à equidade, à justiça distributiva. O pecado é uma atitude que contraria a ordem estabelecida por Deus, que foge aos parâmetros estatuídos pelo Senhor.

Percebemos, portanto, que o pecado não é uma ilusão, como se tem dito ultimamente, nem tampouco uma invenção proveniente de uma tradição religiosa, mas uma pura realidade. O pecado é um gesto de rebelião contra Deus, o mau exercício da liberdade de que o homem foi dotado quando de sua criação.

2. O pecado de comissão (Gn 3:17-19). A partir da realidade do pecado, algumas formas de pecados podem ser verificadas nas Escrituras. Uma delas é o pecado da comissão, ou seja, realizar aquilo que é expressamente condenado por Deus. A pessoa sabe que é proibido, mesmo assim comete o pecado.

Conhecimento implica em responsabilidade. As pessoas conhecem a vontade de Deus, mas deliberadamente a desobedecem. Nosso pecado torna-se mais grave, mais hipócrita e mais danoso do que o pecado de um incrédulo ou ateu. Mais grave porque pecamos contra um maior conhecimento. Mais hipócrita porque declaramos que cremos, mas desobedecemos. O apóstolo Pedro diz: "Porque melhor lhes fora não terem conhecido o caminho da justiça, do que, conhecendo-o, desviarem-se do santo mandamento que lhes fora dado" (2Pe 2:21).

Por que as pessoas que conhecem a vontade de Deus, deliberadamente a desobedecem?

Em primeiro lugar, por orgulho. O homem gosta de considerar-se o dono do seu próprio destino, o capitão da sua própria alma. Os gentios, como todos sabemos, são o resultado da comunidade pós-diluviana que se instalou em Babel e que, ali, se rebelou contra Deus. Ora, todos eles tinham, naquela comunidade, pleno conhecimento de Deus, tanto que resolveram construir “…uma torre cujo cume toque nos céus, e nos façamos um nome, para que não sejamos espalhados sobre a face de toda a terra” (Gn 11:4b). Isto é uma clara demonstração de que tinham conhecimento de que havia um Deus no céu e que pretendiam construir uma vida independente de Deus.

Em segundo lugar, pela ignorância da natureza da vontade de Deus. Muitas pessoas têm medo da vontade de Deus. Pensam que Deus vai fazê-las miseráveis e infelizes. Mas a infelicidade reina onde o homem está fora da vontade de Deus. O lugar mais seguro para uma pessoa estar é no centro da vontade de Deus.

O que acontece àqueles que deliberadamente desobedecem a vontade de Deus? Eles são disciplinados por Deus até se submeterem (Hb 12:5-11). Eles perdem recompensas espirituais (1Co 9:24-27). Enfim, eles sofrerão consequências sérias na vinda do Senhor (Cl 3:22-25).

3. O pecado de omissão (Tg 4:17). “Aquele, pois, que sabe fazer o bem e o não faz comete pecado”.

Tiago diz que quem sabe fazer o bem e o não faz comete pecado. O que seria o “bem” aqui? Que pecado de omissão é este? É não levarmos Deus em consideração. “Fazer o bem” significa levar Deus em consideração em todos os aspectos da vida e viver na dependência dEle a cada momento. Se sabemos que devemos agir desse modo, mas não o fazemos, pecamos claramente. É evidente que o princípio tem uma aplicação mais ampla. Em todas as áreas da vida, temos a responsabilidade de fazer o bem sempre que surge a oportunidade. Se sabemos o que é certo, temos a obrigação de viver de acordo com esse conhecimento. A negligência é pecado contra Deus, nosso próximo e nós mesmos.

II. O PECADO DE ADQUIRIR BENS À CUSTA DA EXPLORAÇÃO ALHEIA (Tg 5:1-3)

O Rev. Hernandes Dias Lopes disse: “O dinheiro é o maior deus deste mundo. Por ele as pessoas roubam, mentem, corrompem, casam-se, divorciam-se, matam e morrem. O dinheiro é mais do que uma moeda, ele é um espírito, um deus, ele é Mamom. Ninguém pode servir a Deus e ao dinheiro. Ele é o mais poderoso dono de escravos do mundo. O problema não é possuir dinheiro, mas ser possuído por ele. O dinheiro é um bom servo, mas um péssimo patrão. Não é pecado ser rico. A riqueza é uma bênção. Davi disse que riquezas e glórias vêm de Deus (1Cr 29:12). Moisés disse que é Deus quem nos dá sabedoria para adquirirmos riqueza (Dt 8:18)”. O problema é colocar o coração na riqueza (Sl 62:10). A raiz de todos os males não é o dinheiro, mas o amor ao dinheiro (1Tm 6:10).

1. O julgamento divino sobre os comerciantes ricos (Tg 5:1). “Eia, pois, agora vós, ricos, chorai e pranteai por vossas misérias, que sobre vós hão de vir”.

Tiago conclama os ricos a chorar, lamentando pelas desventuras que estavam prestes a lhes sobrevir. As palavras “chorai e pranteai” eram frequentemente usadas no Antigo Testamento pelos profetas para descrever a reação dos ímpios quando o Dia do Senhor (o dia do juízo de Deus) chegasse (veja Is 13:6; 15:3; Am 8:3).

Em breve, os ricos iníquos se encontrariam com Deus e se encheriam de vergonha e remorso. Veriam que tinham sido mordomos infiéis e chorariam pelas oportunidades perdidas. Lamentariam a cobiça e o egoísmo. Seriam convencidos das injustiças que haviam cometido contra seus empregados. Veriam a pecaminosidade de ter buscado segurança nos bens materiais, e não no Senhor. E derramariam lágrimas amargas pelo modo desenfreado com que haviam satisfeito todos os seus desejos. O alvo aqui são todos os ricos, crentes ou descrentes, que conduzem os seus negócios de maneira desonesta e opressora contra os menos favorecidos.

2. O mal que virá (Tg 5:2). “As vossas riquezas estão apodrecidas, e as vossas vestes estão comidas da traça”.

Não atentando para a brevidade da vida e a transitoriedade dos bens materiais, os ricos orgulham-se e confiam na quantidade de bens que possuem (Jr 9:23; 1Tm 6:9,17). Tiago diz que a instabilidade das riquezas é a advertência mais evidente das “misérias” futuras dos ricos. As riquezas que estão “apodrecidas” e as roupas que se transformam em farrapos indicam a transitoriedade da vida. O seu dinheiro, a sua segurança e o seu luxo são equivalentes a coisas apodrecidas porque não lhes servirão para nada na eternidade.

Nada daquilo que é material permanecerá para sempre neste mundo. As sementes da morte estão presentes em tudo aquilo que está neste mundo. É uma grande tolice pensar que a riqueza possa trazer estabilidade permanente. Assim diz o apóstolo Paulo: "Manda aos ricos deste mundo que não sejam altivos, nem ponham a sua esperança na incerteza das riquezas, mas em Deus, que nos concede abundantemente todas as coisas para delas gozarmos" (1Tm 6:17). Além disso, a vida é passageira: "Sois um vapor que aparece por um pouco, e logo se desvanece" (Tg 4:14) e não podemos levar nada desta vida: "Porque nada trouxemos para este mundo, e nada podemos daqui levar" (1Tm 6:7). Jesus disse para o rico insensato: “insensato, esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será?"(Lc 12:20).

3. A corrosão das riquezas e o juízo divino (Tg 5:3). “O vosso ouro e a vossa prata se enferrujaram; e a sua ferrugem dará testemunho contra vós e comerá como fogo a vossa carne. Entesourastes para os últimos dias”.

Não há nenhum pecado em ser previdente, fazer investimentos, prover para si, para a família e para ajudar outros (2Co 12:14; 1Tm 5:8; Mt 25:27). Mas é pecaminoso acumular o que não é nosso. Os ricos referidos por Tiago ajuntavam o que deviam pagar aos trabalhadores. Anos depois, os romanos saquearam todos os seus bens e suas riquezas foram espoliadas. É uma grande tragédia uma pessoa ajuntar tesouros para os últimos dias e não ajuntar tesouros no Céu. Confiar na provisão e não no Provedor é um pecado. Quem assim age, vive corno se nossa pátria fosse a terra e não o Céu (Lc 12:15-21). Confiar na instabilidade da riqueza ou na transitoriedade da vida é tolice (Tg 4:14; 1Tm 6:17). A vida de um homem não consiste na quantidade de bens que ele possui (Lc 12:15).

III. O ESCASSO SALÁRIO DOS TRABALHADORES “CLAMA” A DEUS (Tg 5:4-6)

1. O clamor do salário dos trabalhadores (Tg 5:4). “Eis que o salário dos trabalhadores que ceifaram as vossas terras e que por vós foi diminuído clama; e os clamores dos que ceifaram entraram nos ouvidos do Senhor dos Exércitos”.

Aqui, Tiago condena a aquisição de riquezas obtidas pela retenção de salários. Os trabalhadores que ceifaram os campos foram privados do pagamento a que tinham direito. Mesmo que esses ceifeiros reclamassem, dificilmente seriam indenizados, pois não tinham quem defendesse sua causa com sucesso. Seus clamores, no entanto, chegaram aos ouvidos do Senhor dos Exércitos. Aquele que comanda as hostes no Céu defende o povo oprimido na Terra. O Senhor Deus Onipotente o socorrerá e vingará. Assim, a Bíblia condena não apenas o acúmulo de bens, mas também o enriquecimento por meios desonestos.

2. A regalia dos ricos que não temem a Deus cessará (Tg 5:5). “Deliciosamente, vivestes sobre a terra, e vos deleitastes, e cevastes o vosso coração, como num dia de matança”.

O que Tiago está condenando aqui é quando, nos nossos negócios, no tratamento com as demais pessoas, nós cristãos vivemos como pessoas do mundo na hora de fazer relacionamentos financeiros com as pessoas, na hora de olhar para vida e ver que o alvo da vida é simplesmente viver nos prazeres, viver regaladamente, engordar o coração, acumular riquezas. Tiago diz que estas riquezas serão testemunhas no Dia do juízo contra nós. Elas se levantarão no Dia do juízo como testemunha de acusação. Ele diz que essas pessoas estão engordando o coração para o dia de matança. Eles estão lá se banqueteando, mas na verdade, na linguagem do brasileiro, estão cevando um boi. Cevar um boi é engordá-lo. Você pega um boi e dá comida pra ele, então ele vai engordando, vai ficando cada vez mais gordo e ele diz: puxa, o meu patrão gosta muito de mim porque está me dando tanta comida! Só que o patrão está esperando o dia em que ele vai degolar o boi. Então, a figura aqui é do rico tendo o seu coração engordando para o dia da matança, aquele Dia em que Deus vai executá-lo. Deus está cevando o mundano. Ele está engordando os ímpios para aquele Dia, em que finalmente ele vai fazer justiça e juízo neste mundo.

3. O pobre não resiste à opressão do rico (Tg 5:6). “Condenastes e matastes o justo; ele não vos resistiu”.

Aqui, Tiago acusa os ricos de haverem condenado e matado o justo, sem que ele tivesse resistido a eles. É bem provável que as pessoas pobres que não podiam pagar as suas dívidas fossem lançadas na prisão ou forçadas a vender todas as suas posses. Sem meios de sustento, e sem oportunidades até mesmo para trabalhar para pagar suas dívidas, essas pessoas pobres e suas famílias frequentemente morriam de fome. Deus também considerava isto um assassinato. O pobre não tinha como resistir. O seu único recurso contra os ricos iníquos era clamar a Deus.

CONCLUSÃO

Deus não está alheio às injustiças que acontecem e, conforme assevera Tiago, aqueles que praticam maldades contra inocentes, que oprimem os outros, que promovem injustiças, receberão a sua paga inexoravelmente (Tg 5:1), ou ainda aqui na Terra ou na eternidade, caso não se arrependam dos seus nefandos atos.

Prezado irmão, se você está sofrendo alguma injustiça na sua vida, lembre-se: Deus não está blindado em um canto do Universo, surdo e cego, sem atentar para a sua causa. Não! Ele simpatiza com a sua causa. Ele não suporta a injustiça, e Ele sabe muito bem tudo o que você está passando. O Senhor dos Exércitos, isto é, aquele que peleja por nós, está ouvindo o seu clamor (Tg 5:4b). 

Fonte: ebdweb