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terça-feira, 23 de setembro de 2014

13º do 3º trimestre de2014:- A ATUALIDADE DOS ÚLTIMOS CONSELHOS DE TIAGO

 
Texto Base: Tiago 5:7-20

 
“Confessai as vossas culpas uns aos outros e orai uns pelos outros, para que sareis; a oração feita por um justo pode muito em seus efeitos” (Tg 5:16).

 

INTRODUÇÃO

Com esta Aula, concluímos os estudos da Epístola de Tiago. Estudamos treze temas que trouxeram substância à nossa alma e combustível à nossa fé. Depois de trazer uma palavra de encorajamento aos irmãos destinatários de sua Epístola, haja vista que passavam por tribulações ferrenhas, bem como duras exortações sobre o mundanismo que imperava dentro da Igreja, Tiago finda seus ensinos com uma consolação. Ele fala a respeito da paciência em meio às aflições e cita Jó como exemplo de vida e paciência (Tg 5:11). Segundo a visão de Tiago, a paciência pode ser considerada sob dois aspectos: condição de resistir às aflições com resignação e a capacidade de suportar as ofensas alheias. Tiago lembra aos irmãos que Jesus em breve voltará (Tg 5:8) e que toda tribulação terá o seu fim, pois desfrutaremos da misericórdia e bondade de Deus para todo o sempre.

I. O VALOR DA PACIÊNCIA E A PROIBIÇÃO DO JURAMENTO (Tg 5:7-12)

“A paciência é a virtude de suportar a injustiça, o sofrimento, as aflições, confiando a nossa vida na mão de Deus para corrigir todas as coisas na sua vinda” (Bíblia de Estudo Pentecostal).

1. O valor da paciência e da perseverança (Tg 5:7,8).Sede vós também pacientes, fortalecei o vosso coração, porque já a vinda do Senhor está próxima” (5:8).

A falta de paciência é um dos males que atormenta a humanidade, a causa de muitas doenças psíquicas, e até somáticas. Nos dias em que vivemos, em que a imediatidade e a pressa são a regra, falar em paciência soa estranho e se apresenta como um desafio, mas os salvos em Cristo Jesus, devem ter esta característica, que é mais uma das marcas do nosso Deus, que é conhecido nas Escrituras como longânimo (Nm 14:18; Sl 103:8; Jn 4:2; 2Pe 3:9).

Ninguém quer esperar, mas em qualquer lugar aonde se vá, impõe-se a necessidade de esperar. Para saber esperar é preciso ter paciência: paciência para esperar o transporte coletivo; paciência para esperar nos congestionamentos do trânsito; paciência nos bancos, nos supermercados; paciência para pagar e receber; paciência para ser atendido nos consultórios e nos hospitais, até mesmo particulares; paciência para registrar uma queixa, ou elaborar um Boletim de Ocorrência; paciência de Jó, se precisar bater às portas do Poder Judiciário; paciência para com tudo e para com todos. Todos estão prestes a explodir, mas o crente fiel precisa fazer a diferença: mostrar amor, tolerância, dar provas de paciência, pois “... o fruto do Espírito é:... paciência...”, ou longanimidade.

Há uma certa inquietação nos meios evangélicos. Falta paciência para buscar e pensar nas “...coisas que são de cima...”(Cl 3:1). Falta a paciência e a perseverança da viúva da parábola do Juiz Iníquo (Lc 18:1-8); ela permaneceu batendo e pedindo, com perseverança. Colossenses 1:9-11 ensina-nos a perseverar com paciência na fé cristã.

2. O valor da tolerância de uns para com os outros (Tg 5:9). ”Irmãos, não vos queixeis uns contra os outros, para que não sejais condenados. Eis que o juiz está à porta”.

Este texto chama os servos do Senhor a trabalhar juntos em meio às tribulações. Nos momentos de pressão é comum o ser humano se irar contra aqueles que mais ama. Daí a advertência: “Irmãos, não vos queixeis uns contra os outros, para que não sejais condenados”. À época de Tiago, como hoje, é comum a existência de queixas entre os irmãos. Isso é próprio da natureza carnal do homem. Contudo, se desejamos ter nosso “espirito, alma e corpo (...) plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo” (1Ts 5:23), precisamos demonstrar paciência no amor fraternal, pois o amor “é benigno, é sofredor (...), tudo espera, tudo suporta” (1Co 13:7).

3. Aflição, sofrimento e juramento (Tg 5:10-12).

Aflição.Meus irmãos, tomai por exemplo de aflição e paciência os profetas que falaram em nome do Senhor (Tg 5:10).

Os profetas foram homens que andaram com Deus, ouviram a voz de Deus, falaram em nome de Deus, mas passaram também por grandes aflições. Eles trilharam o caminho estreito das provas e foram pacientes. Privilégio e provas caminharam juntos na vida dos profetas. Sofrimento e ministério caminharam lado a lado na vida dos profetas. Exemplos: Isaías não foi ouvido pelo seu povo. Ele foi serrado ao meio; Jeremias foi preso, jogado num poço e maltratado por pregar a verdade. Ele viu o cerco de Jerusalém e chorou ao ver o seu povo sendo destruído; Daniel foi banido da sua terra e sofreu pressões quando jovem. Sofreu ameaça e perseguição por causa da sua fidelidade a Deus, a ponto de ser jogado na cova dos leões.

O apóstolo Paulo diz: "E na verdade todos os que querem viver piamente em Cristo Jesus padecerão perseguições" (2Tm 3:12). Nem sempre a obediência a Deus produz vida fácil! Se a igreja for mais perseguida, será mais fiel? Não. Se ela for mais fiel será mais perseguida. Isso significa que Deus não nos poupa das aflições, mas Ele nos assiste nas aflições. Elias anunciou ao ímpio rei Acabe que a seca viria sobre Israel. Ele também sofreu as consequências da seca, mas Deus cuidou dele e lhe deu vitória sobre os ímpios.

Jesus disse: "Bem-aventurado sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo mal contra vós por minha causa. Alegrai-vos e exultai, porque é grande o vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram aos profetas que foram antes de vós" (Mt 5:11,12).

Quando você estiver enfrentando sofrimento, não coloque em dúvida o amor de Deus, pois pessoas que andaram com Deus como você, também passaram pelas aflições. Seja paciente!

Sofrimento. “Eis que temos por bem-aventurados os que sofreram. Ouvistes qual foi a paciência de Jó e vistes o fim que o Senhor lhe deu; porque o Senhor é muito misericordioso e piedoso” (Tg 5:11).

A “Teologia da Prosperidade” tem pregado que o bem-estar espiritual é irreconciliável com qualquer espécie de sofrimento. Se o crente sofre é porque não é próspero. Todavia, a vida cristã não uma sala VIP, nem uma colônia de férias. O sofrimento é o cálice que o povo de Deus precisa beber, enquanto caminha rumo à glória. A cruz vem antes da coroa, o sofrimento antes da recompensa final. Nós entramos no reino de Deus por meio de muitas tribulações (At 14:22). O ensino bíblico, porém, é claro ao ensinar que “muitas são as aflições do justo, mas o Senhor o livra de todas”(Sl 34:19).

Não há vitória sem luta. Não há picos sem vales. Se você deseja a bênção, você tem que estar preparado para carregar o fardo e entrar nessa guerra. Jó era um homem piedoso, justo, próspero, bom pai, sacerdote da família, preocupado com a glória de Deus. O próprio Deus dá testemunho a seu respeito. Deus o constitui Seu advogado na terra. Todavia, Satanás faz Jó sofrer com a permissão de Deus. Jó perdeu todos os seus bens, perdeu todos os seus filhos e perdeu também a sua saúde (Jó 1:22; 2:10). Jó perdeu o apoio da sua mulher. Jó perdeu o apoio dos seus amigos. Jó faz 16 vezes a pergunta: por quê? Jó expressa sua queixa 34 vezes. Mas no auge da sua dor, ele disse para Deus: "Ainda que Deus me mate, ainda assim, esperarei nele..." (Jó 13:15).

Jó esperou pacientemente no Senhor e Deus o honrou. Ele não explicou nada para Jó, mas apesar de Jó não conhecer os porquês de Deus, ele pôde conhecer o caráter de Deus (Jó 42:5). A maior bênção que Jó recebeu não foi saúde e riqueza, mas um conhecimento mais profundo de Deus. Isso é a própria essência da vida eterna (João 17:3).

Jó passou a conhecer o Senhor de uma forma nova e mais profunda. O propósito de Satanás era fazer de Jó um homem impaciente com Deus. Isto porque um homem impaciente com Deus é uma arma nas mãos do maligno. Mas o propósito de Deus em permitir Jó sofrer foi fortalecê-lo e fazer dele uma bênção maior para o mundo inteiro.

Como os profetas, devemos procurar oportunidades para testemunhar, mesmo no meio do sofrimento. Como Jó, devemos esperar para que o Senhor complete Seu amoroso propósito em nós, mesmo em meio ao sofrimento.

Juramento.Mas, sobretudo, meus irmãos, não jureis nem pelo céu nem pela terra, nem façais qualquer outro juramento; mas que a vossa palavra seja sim, sim e não, não, para que não caiais em condenação” (Tg 5:12).

Jurar era um costume comum, e Tiago queria que essa prática fosse suspendida entre os crentes. As pessoas ofereciam garantias verbais desrespeitosas ou arrogantes que elas mesmas podiam reverter através de alguns detalhes legais. Os cristãos não deviam fazer nenhum juramento para garantir a veracidade daquilo que diziam. A nossa honestidade deve ser inquestionável. Os crentes não precisam fazer juramentos, pois as suas palavras devem ser sempre verdadeiras. Não deve haver motivo para que eles precisem reforçar as suas palavras com um juramento. Deus irá julgar as suas palavras.

Uma pessoa que tenha a reputação de exagerar ou de mentir não pode conseguir que alguém creia nela somente através de sua palavra. Por exemplo, esta pessoa poderia dizer: “Eu prometo!”, ou: “Eu juro!”. Os cristãos não devem nunca ser assim. Seja sempre honesto, para que os outros creiam nos seus simples “sim” e “não”. Evitando as mentiras, as meias-verdades, e as omissões da verdade, você ficará conhecido como uma pessoa digna de confiança.

II. UNÇÃO DE ENFERMOS E COMO DEUS OUVIU ELIAS (Tg 5:13-18).

1. Oração e cânticos (Tg 5:13). “Está alguém entre vós aflito? Ore. Está alguém contente? Cante louvores”.

Um cristão maduro é aquele que tem uma vida plena de oração diante das lutas da vida. Em vez de ficar amargurado, desanimado, reclamando, ele coloca a sua causa diante de Deus e Deus responde ao seu clamor. Desperdiçamos tempo e energia quando tentamos viver a vida sem oração. A oração nos dá poder para enfrentar os problemas e usá-los para cumprir os propósitos de Deus. Paulo orou para Deus mudar as circunstâncias da sua vida, mas Deus lhe deu poder para suportar as circunstâncias (2Co 12:7-10). Jesus clamou ao Pai, com abundantes lágrimas, no Getsêmani, para passar dEle o cálice, mas o Pai lhe deu forças para suportar a cruz e morrer pelos nossos pecados.

O cristão maduro canta mesmo no sofrimento. Deus equilibra a nossa vida, dando-nos horas de sofrimento e horas de regozijo. Paulo e Silas cantaram na prisão (At 16:25). Josafá cantou no fragor da batalha (2Cr 20:21). Muitas vezes trafegamos dos caminhos floridos da alegria para os vales do choro num mesmo dia. Mas, mesmo que os nossos pés estejam no vale, nosso coração pode estar no plano (Sl 84:5-7). Pelo poder de Deus, podemos transformar os vales secos em mananciais; o pranto, em alegres cantos de vitória (Sl 30:5). Quando o diamante é lapidado é que ele reflete sua beleza mais fulgurante. Quando a flor é esmagada é que ela exala o seu mais doce perfume. A alegria mais poderosa é aquela que, muitas vezes, explode banhada pelas lágrimas mais quentes. (1)

2. A oração da fé (Tg 5:14,15). “Está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da igreja, e orem sobre ele, ungindo-o com azeite em nome do Senhor; e a oração da fé salvará o doente, e o Senhor o levantará; e, se houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados”.

Uma característica da igreja primitiva era a sua preocupação com os doentes e o cuidado para com eles. Tiago 5:14 incentiva os doentes a chamar os presbíteros da igreja, pedindo aconselhamento e oração. Os presbíteros - pessoas espiritualmente amadurecidas, responsáveis pela supervisão das igrejas locais (veja 1Pe 5:1-4) -, iriam orar sobre a pessoa doente, pedindo a cura ao Senhor. A seguir, eles a ungiriam com azeite em nome do Senhor. Enquanto oravam, os presbíteros deviam pronunciar claramente que o poder da cura residia no nome de Jesus. A unção era frequentemente usada na igreja do primeiro século nas suas orações pedindo cura. Nas Escrituras, o azeite era tanto um remédio (veja a parábola do bom samaritano, em Lucas 10:30-37) como um símbolo do Espírito Santo (como quando usado para ungir reis, veja 1Sm 16:1-13).

Os presbíteros oravam com imposição de mãos, num gesto de autoridade espiritual. Eles ungiam o enfermo com óleo em nome do Senhor (Tg 5:14). Não é a unção que cura o enfermo, mas a oração da fé. Quem levanta o enfermo não é o óleo, é o Senhor. O óleo é apenas um símbolo da ação de Deus.

Deve ser enfatizado aqui que a oração oferecida é uma oração oferecida em fé – não somente a fé que crê que Deus pode curar, mas também a fé que expressa a confiança absoluta na vontade de Deus. A oração da fé é a oração feita na plena convicção da vontade de Deus (1João 5:14,.15). A vontade de Deus nem sempre é curar aqueles que estão enfermos (veja 2Co 12:7-9). Uma oração em que se pede uma cura deve ser feita juntamente com o reconhecimento de que a vontade de Deus é suprema.

3. Oração e confissão (Tg 5:16). “Confessai as vossas culpas uns aos outros e orai uns pelos outros, para que sareis; a oração feita por um justo pode muito em seus efeitos” (Tg 5:16).

Quem lê este texto de Tiago sem prestar muita atenção pode imaginar que devemos dar um relato detalhado de nossos pecados secretos a outros cristãos. Não é o que Tiago está dizendo. Ele ensina acima de tudo que, no caso de pecarmos contra alguém, confessemos prontamente esse pecado à pessoa que ofendemos.

Devemos também orar uns pelos outros. Em vez de guardar rancor e permitir o acúmulo de ressentimentos, precisamos nos manter em comunhão com os outros por meio da confissão e da oração.

A cura física é associada à restauração espiritual. Observe como Tiago associa confissão, oração e cura. Vemos aqui uma referência clara à ligação crítica entre o físico e o espiritual. O ser humano é composto de espírito, alma e corpo (1Ts 5:23). O que afeta um, afeta os outros.

O campo da psicologia psicossomática reconhece essa ligação e investiga problemas pessoais que podem ser a causa de males físicos. A medicina secular não conta, porém, com um remédio para o pecado. O livramento da culpa, da contaminação, do poder e do castigo do pecado só se dá pelo sangue de Cristo e da confissão a Deus. Muitas enfermidades são causadas por pecados como gula, preocupação, raiva, rancor, intemperança, inveja, egoísmo e orgulho. O pecado pode deteriorar a saúde e, por vezes, levar à morte (1Co 11:30). Assim que nos conscientizarmos de um pecado, devemos confessá-lo e abandoná-lo. Temos de confessar a Deus todos os pecados. Além disso, precisamos confessar às pessoas os pecados contra elas. A confissão é uma prática vital para nossa saúde espiritual e física. Pense nisso!

4. Devemos crer na eficácia da oração (Tg 5:17,18) – “Elias era homem semelhante a nós, sujeito aos mesmos sentimentos, e orou, com instância, para que não chovesse sobre a terra, e, por três anos e seis meses, não choveu. E orou, de novo, e o céu deu chuva, e a terra fez germinar seus frutos” (ARA).

Os crentes, embora sujeitos a fraquezas, podem ter vitória na oração. Elias era homem sujeito às mesmas fraquezas (teve medo, fugiu, sentiu depressão, pediu para morrer), mas era justo e a oração do justo pode muito em sua eficácia. O poder da oração é o maior poder no mundo.

A história mostra o progresso da humanidade: poder do braço, poder do cavalo, poder da dinamite, poder da bomba atômica. Mas o maior poder é o poder de Deus que se manifesta através da oração dos justos.

Elias orou fundamentado na promessa de Deus. Em 1Reis 18:1 Deus disse que enviaria a chuva e em 1Reis 18:41-46, Elias orou pela chuva. Não podemos separar a Palavra de Deus da oração. Em Sua Palavra Deus nos dá as promessas pelas quais devemos orar.

Elias orou com persistência. Muitas vezes, nós fracassamos na oração porque desistimos muito cedo, no limiar da bênção.

Elias orou com intensidade. A palavra "instância" (5:17) significa que Elias orou de coração. Ele pôs o seu coração na oração. Devemos orar pela nação hoje, para que Deus traga convicção de pecado sobre o povo e um reavivamento para a igreja. (2)

III. A IMPORTÂNCIA DA CONVERSÃO DE UM IRMÃO (Tg 5:19,20)

“Irmãos, se algum de entre vós se tem desviado da verdade, e alguém o converter, saiba que aquele que fizer converter do erro do seu caminho um pecador salvará da morte uma alma e cobrirá uma multidão de pecados”.

Tiago completa seu ensino olhando agora para as pessoas que um dia estiveram em nossas congregações e se desviaram da verdade. Tiago nos instrui que nosso coração deve estar cheio de compaixão pelos que sofrem, pelos enfermos e pelos que se desviam, para que nossas orações possam subir ao trono da graça em favor deles.

Diz Tiago: “Irmãos, se algum de entre vós se tem desviado da verdade, e alguém o converter...”. Estas palavras de Tiago dão a entender com clareza que uma pessoa que aceitou a Jesus pode um dia se desviar dos caminhos do Senhor. Contudo, quem se desvia dos caminhos do Senhor pode receber o mesmo perdão que é oferecido àquele que nunca teve o conhecimento de Jesus Cristo. Tiago, no versículo 19, nos exorta que oremos pelos que se desviaram da verdade. Quando fazemos isso com grande fervor e fé, e com todo o amor, o desviado poderá ser convertido do seu caminho errado e voltará à comunhão de seus irmãos em Cristo. Eis um ministério de valor inestimável! Em primeiro lugar, ele salvará o irmão desviado da morte prematura sob a mão disciplinadora de Deus. Em segundo lugar, cobrirá multidão de pecados, que serão perdoados e esquecidos por Deus. Precisamos desse ministério hoje!

Em nosso zelo por evangelizar os perdidos, talvez deixemos de dar atenção suficiente às ovelhas de Cristo que saíram do aprisco. Todavia, a mensagem de Tiago nos manda ser mais zelosos no cuidado para com os outros, inclusive na busca da ovelha perdida. O pecado na vida de um crente é pior do que na vida de um não crente. Precisamos nos esforçar para salvar os perdidos. Mas também precisamos nos esforçar para restaurar aqueles que se desviam. Judas 23 usa a expressão “arrebatando-os do fogo”.

CONCLUSÃO

Chegamos ao final dos ensinos práticos e sucintos de Tiago. Nesta Epístola vimos a fé ser provada pelos problemas da vida, por tentações pecaminosas e pela obediência à Palavra de Deus. A pessoa que afirma ter fé foi desafiada a mostrá-la tratando todos com imparcialidade e prová-la com uma vida de boas obras. A realidade da fé pode ser notada nas palavras de uma pessoa; o cristão aprende a sujeitar sua língua ao senhorio de Cristo. A fé autêntica é acompanhada de sabedoria verdadeira; a vida de inveja e contendas dá lugar à vida de piedade prática.

A fé impede desavenças, conflitos e inveja, resultantes da cobiça e de ambições mundanas. Evita um espírito cruel e julgador, bem como a autoconfiança que deixa Deus de fora dos planos da vida. A fé é testada pelo modo de a pessoa adquirir e usar o dinheiro. A pesar da opressão, manifesta paciência e perseverança estimuladas pela volta de Cristo. Suas palavras são sempre honestas e, portanto, não precisam de juramentos para atestá-las. A fé busca o Senhor em todos os momentos da vida. Na enfermidade, procura primeiro as causas espirituais. Ao confessar os pecados a Deus e àqueles que foram ofendidos, remove as possíveis causas. Por fim, a fé se expressa em amor e compaixão por aqueles que se desviaram. Lembre-se: a nossa fé é testada diariamente.
 
Fonte: ebdweb

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