2ª lição do 2º Trimestre/2013
Texto
Base: Gênesis 1:27,31; 2:18,20-24
“Portanto, deixará o varão o seu pai e a sua mãe e
apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne” (Gn 2:24)
INTRODUÇÃO
Casamento bíblico é o ato de se deixar pai e mãe e se unir
a uma pessoa do sexo oposto com o objetivo de estabelecer, com essa pessoa, uma
vida em comum. Deus começou o casamento com o primeiro homem e a primeira
mulher. Quando Deus falou à Adão que um homem deveria deixar a sua parentela e
se juntar a uma mulher assim se tornando um (Gn 2:24), ele estava descrevendo o
casamento. Esta instituição divina foi constituída antes da formação da sociedade
humana. O Criador fez o homem e dele tirou a mulher, e ordenou o casamento,
condição indispensável para perpetuar a raça humana (Gn 1:27,28). Deus
implantou no homem desejos e afetos que se estenderam a todas as criaturas
humanas; fez do casamento uma influência nobilitante, que poderosamente
contribui para o desenvolvimento de uma existência completa no homem e na
mulher. Declarou que não era bom que o homem estivesse só, e deparou-lhe um
adjutório igual a ele (Gn 2:18).
Jesus ratificou o casamento bíblico, entre um homem e uma
mulher, como criação divina quando disse: "desde o princípio da criação,
Deus os fez macho e fêmea. Por isso deixará o homem a seu pai e a sua mãe, e
unir-se-á a sua mulher. E serão os
dois uma só carne: e assim já não serão dois, mas uma só carne. Portanto o que
Deus ajuntou não o separe o homem" (Mc 10:6-9). Casamento este, aliás,
que mandou que a Igreja, como Corpo de Cristo, venerasse, isto é, respeitasse,
bem como cuidasse para que se estabelecesse dentro de uma pureza sexual (Hb 13:4).
I. O PRINCÍPIO DA MONOGAMIA
1. Monogamia é o ideal divino. O Criador instituiu o matrimônio
com a união de um homem e uma mulher (Gn 2.18-24; Mt 19.5; Mc 19:7) - “Por
isso, deixará o homem a seu pai e a sua mãe e unir-se-á a sua mulher”.
Aqui, não é dito que o homem deve unir-se às suas mulheres. Deus não criou mais
de uma mulher para Adão nem mais de um homem para Eva. Tanto a poligamia quanto
a poliandria estão em desacordo com os princípios de Deus para o casamento (Dt
28:54,56; Sl 128:3; Pv 5:15-21; Ml 2:14).
Esta norma não foi apenas
estabelecida na criação, mas também foi reafirmada na entrega da lei moral. A
lei de Deus ordena: “Não cobiçarás a mulher do teu próximo...”(Ex
20:17). O uso do singular é enfático. Moisés não deu provisão à questão da
poligamia.
Os casamentos polêmicos sempre
foram marcados por muitos prejuízos e grandes desastres. O apóstolo Paulo
afirma: “Cada um [singular] tenha a sua própria esposa, e cada uma
[singular] tenha o seu próprio marido” (1Co 7:2).
O Rev. Hernandes Dias Lopes, em
seu comentário sobre o Evangelho de Marcos, citando Norman Geisler, enumera
alguns argumentos que reforçam o ensino da monogamia:
·
A monogamia foi ensinada por precedência (Gn 2:24);
·
A monogamia foi ensinada por preceito (Ex 20:17);
·
A monogamia foi ensinada por intermédio das severas
consequências decorrentes da poligamia (1Rs 11:4).
2.
Poligamia é criação humana desviada dos preceitos de Deus. Deus não
instituiu nem aprovou a poligamia pois criou uma só mulher para o homem. Se
aprovasse a poligamia, teria criado duas ou mais mulheres para Adão, o que não
fez. O primeiro casamento é o único caso que Jesus cita para ensinar o
matrimonio monogâmico e o divórcio, isto é, o matrimonio deve se manter intato.
Os dois(não três) são uma só carne. A presença de um terceiro seria uma
separação dos dois, a dissolução da família original!
Deus permitiu mas não aprovou
certas coisas nos dias em que a Bíblia não era completa. Em Atos 17:30 está
escrito que Deus não teve em conta os tempos da ignorância. Passou por cima de
certas coisas erradas até os dias de Cristo. Permitiu-as, mas não as aprovou!
Quem quer provar que a poligamia é certa sempre cita estes casos
veterotestamentários. Em vez de citar estes, por que não cita Deuteronômio
17:17? Deus mandou Israel e seu futuro rei não multiplicar nem cavalos, nem
mulheres. Foi justamente "nisto" que "pecou Salomão"
(Neemias 13:26).
A Bíblia relata que foi na
civilização caimitas que se iniciou a poligamia. Lameque, o primeiro polígamo,
foi quem deu a cartada inicial da quebra do princípio da monogamia (ler Gn
4:19), abandonando-se o modelo divino de família; houve aumento da
violência, com novo homicídio, que gerou a vingança humana como modelo de
justiça como demonstra o "cântico da espada" de Lameque (Gn 4:23,24);
o desvalor do ser humano se patenteia, pois uma vida foi ceifada apenas por
causa de um pisão (Gn 4:23); inicia-se a prostituição, pois a irmã de
Tubalcaim, Naamá, é tida como a primeira prostituta da história (seu nome quer
dizer "agradável", "desejável").
3. Em o
Novo Testamento a poligamia é condenada por Jesus e pelo apóstolo Paulo. Jesus,
em Sua resposta aos fariseus, quando estes lhe interrogaram acerca do divórcio,
foi clarividente que Deus criou o casamento monogâmico. Ele disse: “Portanto,
deixará o homem pai e mãe e se unirá à sua mulher...”(Mt 19:5). Ele não
disse: “suas mulheres”, e sim, “sua mulher”. A resposta do Senhor remonta às
origens do casamento e da própria criação (cf. Gn 2:24).
O apóstolo Paulo, também, proíbe
a poligamia no casamento (1Co 7:2). Diz o apóstolo: "[...] mas,
por causa da impureza, cada um tenha a sua própria esposa, e cada uma, o seu
próprio marido". Paulo coloca o aspecto singular de que a poligamia
não é o padrão moral de Deus para o seu
povo. Cada um deve ter a sua esposa, e cada uma o seu marido. Tanto a
poligamia, um homem ter mais de uma mulher, quanto a poliandria, uma mulher ter
mais de um marido, estão em desacordo com o ensino das Escrituras.
Ao mencionar as qualificações do
presbítero, Paulo adverte: “É necessário, portanto, que o bispo seja (...)
esposo de uma só mulher...” (1Tm 3:2). O diácono também deve ser “marido de uma
só mulher” (1Tm 3:12). Portanto, a liderança eclesiástica deve ser o exemplo
dos fiéis em tudo, e esse exemplo inclui o casamento bíblico (1Tm 4:12).
II. O PRINCÍPIO DA HETEROSSEXUALIDADE
1. “Macho e fêmea os
criou”. “E criou Deus o
homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; macho e fêmea os criou” (Gn
1:26). O modelo divino para o ser humano é a heterossexualidade – Gn 1:27;
5:1-3; 2:22-24; Mt 19:4; Rm 1:26,27. O “macho” a Bíblia chama de “homem”; a
“fêmea” a Bíblia chama de “mulher”. O macho, o homem, é chamado de um ser do
sexo masculino; a fêmea, a mulher, é chamada de um ser do sexo feminino. Para a
Bíblia existem, apenas, dois tipos de sexo: ou a criatura é Homem, ou, então, é
Mulher. Não existe a “coluna do meio”. Um Homem e uma Mulher, biblicamente,
formam um casal. A Bíblia sempre condenou o homossexualismo voluntário, atitude
que é típica dos rebeldes e pecadores, como demonstra a Palavra de Deus,
inequivocamente, em diversas passagens – Lv 20:13; 18:22; Dt 23:17; 1Rs 14:24;
15:12; 22:47; Rm 1:24,27; 1Co 6:10; Gl 5:19; 1Tm 1:10; Ap 21:8.
Paulo proíbe a união homossexual
(1Co 7:2). Quando Paulo diz que cada um tenha a sua esposa e cada uma
tenha o seu marido, fica clara a ideia de uma relação heterossexual. Embora a união
homossexual fosse algo comum no tempo de Paulo, ele define essa prática como
uma paixão infame, um erro, uma disposição mental reprovável, uma abominação
para Deus. A relação homossexual pode chegar a ser aprovada pelas leis dos
homens, por causa da corrupção dos costumes, mas jamais será chancelada pelas
leis de Deus. Uma decisão não é ética, apenas por ser legal. Ainda que a
relação homossexual se torne legal pelas leis dos homens, jamais será aprovada
por Deus, pois fere frontalmente a Sua Lei.
2. “E se unirá à sua mulher”. Após
realizar o primeiro matrimônio, o Criador disse: “deixará o homem [macho] o seu
pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher [fêmea], e serão ambos uma carne”
(Gn 2:24). Uma família somente pode ser construída, segundo os parâmetros
divinos, mediante uma união entre um homem e uma mulher com compromisso de
constituir uma vida em comum. Desta forma, jamais estará obedecendo aos
princípios divinos quem defender ou constituir uma união homossexual, algo que,
lamentavelmente, vem se alastrando nos países de todo o mundo. A união de
pessoas do mesmo sexo é a própria negação do conceito bíblico de família, que
é, como se vê claramente em Gn 2:24, que diz que uma família se constitui
quando um varão deixa seu pai e sua mãe e se une à sua mulher e se constituem
em uma só carne. Não é possível que uma união de pessoas do mesmo sexo possam
constituir uma família, pois Deus criou a família com propósitos que exigem a
heterossexualidade, entre as quais, a procriação e a complementaridade afetiva
e emocional, que só é possível diante de uma união entre pessoas de sexos
diferentes. “Se não fosse a união heterossexual, promovida por Deus, desde o
princípio, a raça humana não teria subsistida”
III. A INDISSOLUBILIDADE DO CASAMENTO
Deus instituiu o casamento para
ser uma união permanente e sagrada, e uma parceria entre um homem e uma mulher.
Quando o marido e a esposa celebram essa união dentro desse entendimento e
comprometimento, eles podem oferecer uma segurança mútua, um lar estável para
os filhos, e a força necessária para resistirem às tempestades e tensões da
vida.
1. “Uma
só carne”. “Portanto, deixará o homem pai e mãe e se unirá à sua
mulher, e serão dois numa só carne? Assim não são mais dois, mas uma só
carne...”(Mt 19:6,7).
Aqui, diz que o casamento é monossomático.
As palavras hebraicas “ish” e “ishá” - para o
homem e a mulher, respectivamente -, revelam que os dois foram feitos
complementarmente um para o outro. O propósito de Deus é que no casamento, o
homem e a mulher se tornem uma “só carne”, numa intimidade tal que não pode ser
separada. É como se dois copos d’água incolores se misturassem; depois disso,
não dá mais para separar, pois não se saberá quem é quem.
A união conjugal é a mais próxima
e intima relação de todo relacionamento humano. A união entre marido e mulher é
mais estreita do que a relação entre pais e filhos. Os filhos de um homem são
parte dele mesmo, mas sua esposa é ele mesmo. O apóstolo Paulo diz: “Assim
também os maridos devem amar a sua mulher como ao próprio corpo. Quem ama a
esposa a si mesmo se ama. Porque ninguém jamais odiou a própria carne; antes, a
alimenta e dela cuida, como também Cristo o faz com a Igreja” (Ef 5:28,29).
Muito embora a expressão “uma só
carne” signifique mais do que união física, a união básica do casamento é a
união física. Se um homem e uma mulher pudessem se tornar um só espírito por
meio do casamento, então a morte não poderia dissolver esse laço, pois o
espírito nunca morre. O apóstolo Paulo diz que a união do casamento só termina
com a morte (1Co 7:2,3).
2. “...o
que Deus ajuntou não separe o homem”(Mt 19:7). O
casamento é indissolúvel. O casamento não é apenas heterossexual, monogâmico e
monossomático, mas também indissolúvel
- “... o que Deus ajuntou não separe o homem”(Mt 19:7). O
casamento deve ser para toda a vida. É uma união permanente. No projeto de
Deus, o casamento é indissolúvel. O divórcio é um atentado contra a família.
Quem mais sofre com ele são os filhos. As consequências amargas do divórcio
atravessam gerações. Deus odeia o divórcio (Ml 2:16).
O casamento é indissolúvel porque
foi Deus quem o instituiu e o ordenou. Logo, nenhum ser humano tem competência
nem autoridade para desfazer o que Deus faz. Mesmo que um juiz lavre uma
certidão de divórcio e declare uma pessoa livre dos vínculos do casamento, aos
olhos de Deus, essa relação não é desfeita.
O casamento é uma união entre um
homem e uma mulher e Deus é a testemunha dessa aliança (Ml 2:14). O divórcio é
a quebra do nono mandamento da lei de Deus, ou seja, um falso testemunho, a
quebra de um juramento feito na presença de Deus. Mesmo que um casal não tenha
buscado a orientação de Deus para o casamento, uma vez firmada a aliança, Deus
a ratifica.
3. A
porta de entrada para o divórcio. Quando o homem e a mulher, mesmo morando
em baixo do mesmo teto, vivem de forma egoísta e individualista, mantendo tão
somente aparência, esse casamento está prestes à dissolvência. O egoísmo e o
individualismo são os inimigos mais perigosos num relacionamento conjugal. Eles
podem abrir a maldita porta do divórcio. Divórcio é algo extremamente duro para
quem enfrenta; às vezes, machuca, causa feridas em muitas vidas.
A separação dos Cônjuges trata-se de um inimigo cruel, capaz de marcar
os componentes da família por toda a vida. Normalmente, ele só ataca depois de
alguns anos de vida conjugal, podendo, no entanto, ocorrer até poucos meses
depois do casamento. Cremos que a causa principal é a falta do verdadeiro amor
num lar que deixou de guiar-se pelos princípios estabelecidos pelo Criador, o
instituidor da família. Para combater esse inimigo, o melhor é evitar suas
causas. Deve-se convidar Deus para fazer parte da união do casal, mesmo muito
antes das núpcias, ainda no namoro, ou até, antes. Temos certeza de que um
casal, unido pelo amor, sob a direção segura e sábia do Senhor Jesus, jamais
será vítima de separação.
“Eu não o amo mais”. Essa é
uma frase comumente usada pelos cônjuges em crise para dar plausividade e
legitimidade ao divórcio. Mas como tudo o que é dito na Bíblia, o amor também
sofre de má compreensão. O amor não é um sentimento para ser vivido apenas em
bons momentos a dois, ou só na lua-de-mel. Conforme Cristo disse, o marido tem
que amar a esposa como Cristo amou a Sua igreja – dando sua vida por ela. Amor
é a decisão de agir em favor do outro. Pense nisso!
CONCLUSÃO
Diante do exposto, podemos dizer
que o casamento é uma instituição divina. Foi Deus quem criou o casamento, para
ser uma união sagrada e permanente com um firme compromisso entre marido e
mulher. Quando o marido e a mulher entram nesta união com essa compreensão,
eles podem dar segurança um ao outro, um lar estável aos filhos e força para
resistir a qualquer das tempestades ou tensões da vida. Creia nisso!
Fonte: ebdweb
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