"Vós, maridos, amai vossas mulheres* como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela” (Et 5:25).
INTRODUÇÃO
Sendo uma instituição criada por Deus, o casamento tem o objetivo de ser a base da família e, consequentemente, de toda a sociedade. O padrão para o matrimonio bíblico é que seja realizado entre um homem e uma mulher. E dentro dessa única e correta perspectiva, há mandamentos diretos para ambos os cônjuges.
A História tem demonstrada de forma inequívoca, principalmente neste século, que o casamento é um dos alvos preferenciais das forças satânicas. Sob o pretexto de "evolução", "progresso" e "avanços sociais", novas formas de união tem sido inventadas e aceitas pela sociedade sem Deus. A cada dia, o império do mal cresce, com o apoio dos governantes, dos representantes políticos do povo e dos representantes do poder judiciário, que aprovam leis e normas que contrariam a Lei de Deus. Mas os cristãos devem preservar e cultivar o matrimônio monogâmico e heterossexual, como uma bênção de Deus para a humanidade. Um Dia, todos serão julgados no plano espiritual segundo suas decisões e escolhas. O juízo Final aguarda, com sentença já definida, a sorte dos ímpios (Sl 9:17).
I. A VONTADE DE DEUS PARA O CASAMENTO
1. Que marido e mulher estabeleçam uma comunhão de vida. Aliás, é o sentido do casamento. Ao estabelecer o casamento, o texto sagrado diz que “serão ambos uma só carne” (Gn 2:24), expressão que é muito mais do que uma indicação da permissão de relacionamento sexual entre os cônjuges, mas que denotam a necessidade que os cônjuges têm de, a partir da decisão de se casarem, passarem a viver um em função do outro, de construírem uma vida em comum.
O individualismo e egoísmo reinantes neste mundo sem Deus e sem salvação têm sido um dos fatores primordiais para o fracasso dos casamentos, casamentos, aliás, cada vez mais raros. As pessoas não querem viver em função de alguém, mesmo tendo afeição por este alguém. Desejam ter uma companhia que, entretanto, não prejudique seus projetos pessoais, onde só cabe uma pessoa. São “amantes de si mesmo” e não titubeiam em descartar o companheiro se ele se tornar um obstáculo para seus planos egoístas. Não é esta, porém, a vontade de Deus para o casamento.
2. Que o casamento seja heterossexual e monogâmico. Após realizar o primeiro matrimônio, o Criador disse: “deixará o homem [macho] o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher [fêmea], e serão ambos uma carne” (Gn 2:24). Desta forma, jamais estará obedecendo aos princípios divinos quem defender ou constituir uma união homossexual, algo que, lamentavelmente, vem se alastrando nos países de todo o mundo, bem como aqui no Brasil, a despeito de ser considerado, hegemonicamente, um país cristão. A união de pessoas do mesmo sexo é a própria negação do conceito bíblico de família, que é, como se vê claramente em Gn 2:24, que diz que uma família se constitui quando um varão deixa seu pai e sua mãe e se une à sua mulher e se constituem em uma só carne. Não é possível que uma união de pessoas do mesmo sexo possam constituir uma família, pois Deus criou a família com propósitos que exigem a heterossexualidade, entre as quais, a procriação e a complementaridade afetiva e emocional, que só é possível diante de uma união entre pessoas de sexos diferentes. Se não fosse a união heterossexual, promovida por Deus, desde o princípio, a raça humana não teria subsistida. Sem dúvida, o ajuntamento homossexual é uma excentricidade e uma abominação aos olhos de Deus(ler Lv 18:22). Também, no mesmo texto de Genesis 2:24, Deus indica que a vontade dele é que o casamento seja monogâmico, assunto já estudado na Aula anterior.
3. Que haja tratamento imparcial e respeito mútuo entre o homem e a mulher. Ao contrário do que se propaga pela mídia, a Bíblia jamais defendeu a supremacia do homem sobre a mulher, pois, para Deus, não há acepção de pessoas (Dt 10:17; At 10:34). Neste mundo, por causa do pecado, veremos sempre estruturas sociais que discriminam a mulher, mas isto não significa que seja esta a vontade divina. Muito pelo contrário, o modelo bíblico e o exemplo de Jesus mostram-nos que Deus sempre tratou homem e mulher com igualdade e, na igreja, assim devemos também proceder. Homem e mulher têm o mesmo valor diante de Deus. No entanto, e isto é fundamental, Deus criou o homem macho e fêmea (Gn 1:27), ou seja, homem e mulher, embora tenham o mesmo valor diante do Senhor, são diferentes, complementares, de modo que homem e mulher têm diferentes estruturas físicas e psicológicas, devendo, pois, ter tarefas e atividades diversas. Homem e mulher têm atividades diversas, que se completam, sendo tratados igualmente por Deus e devendo, assim, tratar-se com imparcialidade e respeito mútuos.
4. Que haja a fase pré-matrimonial: Namoro e Noivado. Na rota do casamento, em tempos idos, o namoro e o noivado eram duas as fases pré-matrimonial. Todavia, nos tempos hodiernos, a juventude criou uma nova fase: o “ficar”. Ao que tudo indica, “ficar” é manter um relacionamento sem qualquer compromisso de estabilidade e de exclusividade. É o poder estar juntos, relacionando-se fisicamente, sem qualquer compromisso de exclusividade, de fidelidade, de estabilidade. No “ficar” não se pode exigir fidelidade amorosa. Tudo o que existe entre o casal de jovens se resume naquele momento que “ficam juntos”. Terminado esse momento, cada um segue o seu caminho como se nada tivesse havido, até um novo “ficar”. Isso não é condizente com a vontade de Deus.
Acreditamos que entre os jovens cristãos não deva ser proibido um relacionamento com base na amizade e no amor cristão, mesmo sem qualquer compromisso sentimental. É claro, que não nos moldes do “ficar”, pois, neste tipo de relacionamento se permite, na expressão dos jovens, “dar aqueles amassos”.
a) Namoro. O namoro é um período para se lançar as primeiras pedras que irão formar o alicerce de uma sólida construção. Construção que começa com erros de base não pode terminar certa. O namoro é a primeira fase da formação de uma nova Família. É claro que, lá fora, no mundo, tudo mudou; alguns reflexos dessa mudança alcançou, também, o “arraial dos Santos”. Vamos, contudo, pensar que nós, na Igreja, continuamos, não vivendo num sistema considerado antiquado, mas num sistema que prima pela santificação, conforme o modelo estabelecido pela Bíblia Sagrada, e que o namoro entre os nossos jovens seja, ainda, um compromisso sério que tem como objetivo final o casamento.
Que o namoro continue sendo uma fase bonita de convivência entre jovens, ainda com mais palavras de romantismo e menos contato físico, com mais amor e menos interesse, com mais contemplação e menos ação. Contudo, sem radicalismos!
b) Noivado. O noivado deve ser a fase pré-nupcial. Representa um compromisso de casamento. É a ante-sala de enlace matrimonial. Deve equivaler-se ao “desposar”, usado nos termos bíblicos, tais como “...estando Maria, sua mãe, desposada com José, antes de se ajuntarem achou-se ter concebido do Espírito Santo”(Mt 1:18). O “desposar”, contudo, pela Lei de Moisés, tinha bases muito mais seguras em relação ao noivado, conhecido entre nós.
É claro que, aqui, estamos tratando do assunto sob o ponto de vista bíblico. Sabemos que, lá fora, no mundo, o noivado tem, muitas vezes, o sentido de liberdade e permissividade, conferindo aos noivos alguns direitos e privilégios que a Palavra de Deus reserva e só confere aos casados.
Não queremos, e não devemos, ser radicais e antiquados, porém, pela Bíblia, o casal se torna uma só carne, pelo casamento. Não é, pois, uma questão de ponto de vista, ou de ser moderno, ou antigo, o aceitar como normal o relacionamento sexual antes do casamento. É uma questão de obediência à Palavra de Deus, a Bíblia Sagrada.
Não queremos, e não devemos, ser radicais e antiquados, porém, pela Bíblia, o casal se torna uma só carne, pelo casamento. Não é, pois, uma questão de ponto de vista, ou de ser moderno, ou antigo, o aceitar como normal o relacionamento sexual antes do casamento. É uma questão de obediência à Palavra de Deus, a Bíblia Sagrada.
O verdadeiro objetivo do noivado é o de ser uma fase preparatória para o casamento. A conquista do amor um do outro consolidou-se na fase do namoro. O casal concluiu que deveria prosseguir rumo ao casamento e, com o noivado, assumiu publicamente, um compromisso, envolvendo, também, suas famílias e sua Igreja Local.
O noivado, no nosso entendimento, é um compromisso de casamento. Um compromisso assumido por duas pessoas responsáveis não pode ser desfeito sem justa causa. Todavia, em havendo justa causa capaz de comprometer a felicidade e a estabilidade do casamento, então, o noivado, não apenas pode, como deve ser rompido.
Cuidado com o “jugo desigual”
Conforme disse o pastor Elinaldo Renovato, essa expressão, "jugo desigual", tem origem no texto de Paulo em 2Coríntios 6:14-18. O apóstolo exorta quanto ao perigo do relacionamento íntimo do cristão com pessoas não cristãs, a quem chama de "infiéis". Não se trata de evitar o relacionamento cordial ou social com vizinhos, colegas de trabalho, ou da escola. Mas sim, de relacionamento que implique em "comunhão" de ideias, pensamentos, emoções, afetos e intimidades (2Co 6:14b).
Muitos têm pago um preço muito alto por desprezarem esse ensino da Palavra de Deus. Entendendo que, na igreja local, não há um jovem ou uma jovem para namorar, noivar e casar, acabam envolvendo-se com colegas de trabalho, da escola, da faculdade; com um parente simpático; com um amigo bonito; ou uma amiga agradável, porém não crentes. Isso pode ter sua lógica, no aspecto humano. Mas, na visão de Deus, é desobediência a seus princípios. Alguns, por misericórdia de Deus, escapam de maiores consequências. Outros, infelizmente, afundam num casamento infeliz, sem união, sem amor, sem paz, sem a bênção de Deus. É melhor ficar solteiro, ou solteira, do que ter um casamento sem a presença de Deus. “...as más conversações corrompem os bons costumes”(1Co 15:33).
II. O AMOR VERDADEIRO NO CASAMENTO
O casamento cristão deve ser construído sobre as bases do amor a Deus e do amor conjugal verdadeiro. É a única forma de união consagrada por Deus para a constituição da família, objetivando o bem-estar do ser humano em todos os aspectos da vida. Quando Deus instituiu a família, disse que o varão e a mulher deveriam “unir-se em uma só carne”, “deixando” pai e mãe e havendo, entre marido e mulher um “apego”, apego este que é, precisamente, o amor “ágape”, o amor originado em Deus, que é a essência de todo relacionamento familiar.
No Novo Testamento, o apóstolo Paulo não deixa qualquer dúvida quanto a natureza deste amor ao fazer um paralelo entre o amor conjugal e o amor que existe entre Cristo e a igreja, ou seja, confirma que o amor que deve existir entre os cônjuges é o mesmo tipo de amor que Deus revelou à humanidade através da obra de Jesus.
A Bíblia Sagrada diz que Deus é amor (1João 4:8b). Portanto, a sua obra-prima na humanidade, a saber, a família, não poderia ter outro elemento que a caracterizasse senão a marca do seu Criador: o amor. Portanto, não é possível concebermos as relações familiares sem este amor, o amor que não é o proveniente do ser humano, mas o amor desinteressado e incondicional, cuja fonte é o próprio Deus.
Vimos na Aula anterior, que a família, biblicamente falando, deve nascer do casamento, que é este gesto de deixar pai e mãe e se unir a uma pessoa do sexo oposto para com ela formar um novo projeto de vida. Ora, o móvel que deve nortear este deixar e o subsequente unir não é outro senão o amor, o chamado “amor conjugal”, que nada mais é que o mesmo amor existente em Deus, mas aplicado para a formação de uma família. Uma família não pode ser construída nem sustentada se não houver este amor entre os cônjuges e tem sido este um dos principais fatores que têm levado à crise familiar dos nossos dias.
É indispensável que, já no início do relacionamento, homem e mulher devam verificar qual é o sentimento que os aproxima. Não podemos iniciar um relacionamento única e exclusivamente porque nos sentimos atraídos fisicamente por alguém, ou porque nutrimos com a pessoa alguma simpatia, um sentimento de bem-estar que seja superficial, que busque apenas o seu próprio prazer e benefício. É preciso que tenhamos a convicção de que o que sentimos em relação a quem tencionamos conviver é um sentimento muito mais profundo, o desejo de fazê-lo bem, de torná-lo feliz, de ter prazer e se sentir bem em saber que este alguém terá êxito e sucesso ao nosso lado e, o que é fundamental, que há a intenção nítida e clara dos dois em unir seus destinos, em construir uma única vida em comum, em compartilhar dos mesmos sonhos, planos e projetos.
1. O amor do marido pela esposa. Ao falar do amor que o marido deve devotar à mulher, Paulo afirma que o marido deve amar a mulher assim como Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela (Ef 5:25). Ora, este mandamento bíblico revela quão equivocados estão os “machistas”, que entendem que o marido é superior à mulher e que, como “cabeça da mulher”, devem mandar e desmandar.
O marido é, sim, a cabeça da mulher, mas assim como Cristo é a cabeça da Igreja(Ef 5:23), isto é, ser cabeça não significa apenas liderar, mas estar disposto a morrer pela mulher. Ser cabeça não significa apenas liderar, mas amar a mulher a ponto de se despojar de sua autoridade, de sua posição, para obter o bem-estar, o prazer e a felicidade da mulher. Ser cabeça não significa apenas liderar, mas estar disposto a trabalhar dia e noite para que a mulher tenha conforto, consolo e gozo. Ser cabeça não significa apenas liderar, mas estar disposto a curar as enfermidades do relacionamento, a fortalecer as fraquezas da mulher, a perdoar infinitamente as falhas e imperfeições da mulher. Ser marido é saber liderar, com mansidão e humildade de coração, é compadecer-se das dores e sofrimentos da mulher, é ter compreensão, é discernir as más intenções daqueles que se aproximam de nós, é ser uma fonte de esperança, é ser uma companhia que nos faça sentir que Deus está conosco (ou seja, ser “Emanuel”). Como vemos, ser marido é muito mais e algo bem diferente do que um mandão recalcado e que se sinta rei absoluto e inatingível nas quatro paredes do seu lar.
O marido deve tomar a iniciativa de mostrar o seu amor em família, pois foi assim que Cristo agiu, descendo da Sua glória, humanizando-se e, depois de batizado, começando a cuidar dos negócios de seu Pai. O marido deve mostrar a sua mulher que a ama, fazendo-o das mais diferentes formas, mas sempre com mansidão e humildade de coração, pois foi assim que Jesus sempre fez.
O marido deve ser alguém que seja um ensinador e um pregador do Evangelho na sua casa, mas não deve apenas pregar e ensinar, mas também viver, pois foi assim que Jesus fez em relação à igreja (At 1:1). O marido, nas dificuldades, deve ser aquele que as enfrentará, que perguntará a sua mulher o que quer que seja feito, pois foi assim que Jesus agiu em relação aos necessitados (Lc 18:41; João 5:6). O marido não deve ser reativo, ou seja, aguardar que lhe chamem para que tome alguma providência, mas deve ir em direção ao problema, assim que detectado.
O marido não deve ser alguém orgulhoso e que se recusa a servir os demais integrantes da família, inclusive a mulher, mas, como Jesus, deve ter a noção de que existe na família para servir e não para ser servido (Mt 20:28), para dar a sua vida para que os demais familiares tenham melhores condições de vida, em especial, de vida espiritual.
O marido não deve fazer a sua mulher e seus filhos sofrer, mas deve sofrer por eles, assim como Jesus não fez a igreja sofrer, mas sofreu por ela. Neste particular, aliás, reproduzimos, aqui, um pensamento judaico, do Talmude (o segundo livro sagrado do judaísmo): “…um homem não deve fazer uma mulher chorar, pois Deus conta as suas lágrimas…” (apud Nathan AUSUBEL. Relações familiares, esquemas tradicionais de. In: A Judaica, v.6, p.707). E tanto conta as lágrimas, que a Bíblia diz que o marido que maltrata a mulher tem suas orações impedidas (1Pe 3:7). Cuidado, irmão, não será este, talvez, o motivo por que anda sentindo que suas orações não estão sendo ouvidas no céu?
Por fim, o marido deve cumprir toda a missão que lhe foi ordenada por Deus e fazer com que sua família se chegue à presença do Senhor, tenha com Ele comunhão, glorificando ao Pai, assim como Jesus fez em relação à igreja (João 17:4; Hb 10:19-22).
2. O amor da esposa pelo marido. Dizem as Escrituras que a mulher deve se sujeitar ao seu marido, assim como ao Senhor (Ef 5:22,24), que as mulheres devem reverenciar o seu marido (Ef 5:33). Assim, dentro do paralelo estabelecido por Paulo no relacionamento entre Cristo e a Igreja, podemos dizer que a mulher está isenta de amar o seu marido? De modo algum, porque o que caracteriza a sujeição da igreja a Cristo é única e exclusivamente o amor, como vemos dito pelo próprio Senhor em João 14:15,21 e 15.14. O segredo, portanto, da sujeição da mulher ao marido, da reverência da mulher ao marido é a existência de amor da mulher pelo marido.
A mulher se caracteriza pela sensibilidade. A mulher é muito mais emocional e sensitiva que o homem, sendo, por isso mesmo, considerado o vaso mais fraco, daí porque deve o marido ter muito cuidado ao tratar com sua mulher, pois as chances de magoá-la e entristecê-la são muitas. No entanto, a mulher, no seu amor com seu marido, deve fazê-lo como ao Senhor, ou seja, é necessário, indispensável que a mulher ame o seu marido do mesmo modo que ama Jesus. E como devemos amar Jesus? Devemos amar Jesus:
a) porque Ele nos amou primeiro (1João 4:19). Assim a mulher deve amar seu marido, porque o marido tem demonstrado seu amor à mulher, tem tomado esta iniciativa.
b) porque Ele provou que nos ama, morrendo por nós quando ainda éramos pecadores (Rm 5:8). Assim a mulher deve amar seu marido, porque o marido tem se sacrificado por sua mulher, ainda que ela tenha apresentado falhas e imperfeições.
c) com exclusividade (At 4:12). Jesus é o nosso único e suficiente Senhor e Salvador. Assim, também, a mulher deve se comportar em relação ao marido: é o seu único e suficiente marido. A mulher é sensível, facilmente atraída pelo coração a pessoas e coisas, mas deve, como mulher casada, impedir que qualquer coisa a faça dividir o lugar que seu marido deve ter em seu coração, o que nem sempre é fácil, notadamente quando a mulher também é mãe e, nos nossos dias, quando trabalha fora e tem uma tendência a se ligar sentimental e emocionalmente a seus afazeres profissionais. O coração da mulher, entretanto, deve ter um departamento exclusivo para seu marido, dedicando-se a ele com intensidade. Quando verificamos a descrição da mulher virtuosa na Bíblia Sagrada, vemos alguém que, apesar de todos os seus afazeres e atividades, tem sempre uma preocupação permanente: o de agradar e tornar as coisas mais fáceis para o seu marido.
O amor da mulher tem de ser demonstrado, não é apenas uma atitude de carinho, afeto, mas deve ser expresso por atos concretos e reais. A mulher tem de despertar no seu marido credibilidade e confiança. A Bíblia diz que a primeira característica da mulher virtuosa é exatamente a confiança e credibilidade que tem junto ao seu marido (Pv 31:11), que é o pressuposto para que realize tudo aquilo que está descrito naquele texto. Se a mulher não tivesse a credibilidade do marido, poderia administrar a casa, como ali é descrito? Poderia comprar e vender? Produzir e conservar a sua residência? Muitas mulheres não despertam confiança em seus maridos e, por isso, não têm esta liberdade que tinha a mulher virtuosa, inclusive no aspecto econômico-financeiro. Antes de reclamar, querida irmã, por que o seu marido não tem conta bancária conjunta com a você, por que não lhe dá um cartão de crédito, por que não lhe diz quanto ganha, examine-se e pergunte: tenho agido de forma a despertar confiança em meu marido? Talvez aí esteja a razão de tantos dissabores em sua vida conjugal. Pense nisso!
III. A FIDELIDADE CONJUGAL
Um dos compromissos assumidos no casamento é a fidelidade conjugal. É, sem dúvida, um dos maiores pilares de sustentação do casamento. Segundo o pastor Elinaldo Renovato, a segurança espiritual e emocional do casal depende da fidelidade que cada um devota ao outro. Sem fidelidade, o casamento desaba. As estruturas do casamento não são preparadas para suportar a infidelidade. Esta tem efeito devastador no matrimônio, no lar e na família.
Mas, infelizmente, nestes últimos dias da Igreja, Satanás tem se utilizado desta arma contra o casamento. “Ninguém é de ninguém”, costuma-se dizer e se propaga a tolerância e a admissão de “aventuras extraconjugais” por parte de marido e mulher, chegando mesmo a se dizer que tal comportamento reforça a “sexualidade” e o “afeto” entre os cônjuges. Mentiras satânicas que têm por objetivo tão somente a disseminação da impureza sexual. A Bíblia é bem clara a este respeito: “Não erreis: nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o Reino de Deus” (1Co 6:10) e, ainda, “aos que se dão à prostituição e aos adúlteros Deus os julgará” (Hb 13:4b). Por fim: “Ficarão de fora os cães e os feiticeiros, e os que se prostituem, e os homicidas, e os idólatras, e qualquer que ama e comete a mentira” (Ap 22:15). Em outras palavras: quem dispensar a fidelidade conjugal, caminhará para a perdição eterna.
Conforme disse o pastor Elinaldo Renovato, quando os crentes se casam, assumem o compromisso, perante Deus, perante sua Igreja, perante as testemunhas e perante a sociedade, perante a lei civil que regula o matrimônio. O casamento não deve ser visto como um "contrato". Contrato tem cláusulas, que podem sofrer modificações mediante o instrumento de aditivo contratual. No casamento não há aditivo. Há pacto solene, celebrado perante o criador do casamento (Ml 2:14). Os contratos têm prazo de vigência. O casamento é uma aliança, que deve perdurar "até que a morte os separe". E, para que isso ocorra, é indispensável a fidelidade entre os cônjuges.
Para evitar a infidelidade, é necessário que o casal se mantenha debaixo da orientação da Palavra de Deus. O esposo, amando sua esposa de todo o coração, como Cristo ama à Igreja. A esposa, amando o esposo da mesma forma e lhe sendo submissa pelo amor. Em termos práticos, é necessário cultivar, tratar, regar e cuidar da planta do amor, para que as ervas daninhas da infidelidade não germinem no coração de um dos cônjuges. Amém!
CONCLUSÃO
Diante do que foi exposto acima, pergunto: estas bases estudas – a vontade de Deus, o amor e a fidelidade -, estão presentes diariamente em seu casamento? Deus é o principal motivador em seu lar? Você o tem convidado para fazer parte de suas vida? Lembre-se: Nunca é tarde para colocar estes princípios em evidência em sua vida. Você pode começar a partir de hoje a desenvolver o seu relacionamento conjugal através de suas ações e através do diálogo, praticando a responsabilidade, a fidelidade e o amor. Deus, neste dia está presente para abençoá-la (o) e ensiná-la (o) na medida que você o convidar para ser Senhor de sua vida.
Fonte: ebdweb
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