Leitura Bíblica: Dn 12:1-4,7-9,11-13
“Ninguém, de maneira alguma, vos
engane, porque não será assim sem que antes venha a apostasia e se manifeste o
homem do pecado, o filho da perdição” (2Ts 2:3)
INTRODUÇÃO
Prezados irmãos
e amigos, chegamos ao final do 4º Trimestre e do ano letivo de 2014. Nesta
Aula, estudaremos o último capítulo do livro de Daniel; o capítulo 12 não
somente encerra a sequência iniciada no capítulo 10, como também faz o
fecho de todo o livro. O anjo ainda está revelando a Daniel urna brilhante
descrição do tempo do fim. Deus levanta a ponta do véu e revela o fim da
história com nuanças gloriosas. Neste capítulo iremos encontrar mais alguns
detalhes sobre o período de angústia que virá para Israel, avançando,
inclusive, para além desse período; mas em meio a esse tempo de angústia, há
promessa de intervenção divina na história (Dn 12:10). Vários eventos são
descritos nesse capítulo 12, inclusive o evento da ressurreição dos justos e
injustos. Esses eventos são como balizas que nos direcionam no entendimento do
fim da história. As cortinas se fecham e o fim desse drama é a vitória gloriosa
do povo de Deus.
I. O TEMPO DA PROFECIA (Dn 12:1)
“E,
naquele tempo, se levantará Miguel, o grande príncipe, que se levanta pelos
filhos do teu povo, e haverá um tempo de angústia, qual nunca houve, desde que
houve nação até àquele tempo; mas, naquele tempo, livrar-se-á o teu povo, todo
aquele que se achar escrito no livro”.
1.
Qual é o tempo? “...
naquele tempo...”, ou seja, continua
o assunto de Dn 11:45. O tempo é
a grande tribulação. É o período de ascensão e queda do Anticristo, o qual
liderará o mundo político e bélico contra o povo judeu contra todos aqueles que
estiverem a favor de Israel (Dn 11:35,40). Esse último líder mundial se
levantará quando a Igreja do Senhor foi tirada deste mundo (2Ts 2:6) e se
concretizar a septuagésima semana de Daniel, período este chamado de Grande
Tribulação. Ele se levantará na força de Satanás. Ele se oporá e se levantará
contra tudo o que se chama Deus ou se adora; de sorte que se assentará, como
Deus, no templo de Deus, querendo parecer Deus (2Ts 2:4). Ele vai blasfemar
contra Deus e magoar os santos do Altíssimo (Dn 7:25; 11:45). Ele será adorado
em todo o mundo por todos aqueles que aceitarem o seu sinal (Ap 13:8). Ele
perseguirá e matará muitos cristãos (Ap 13:7).
- “... haverá um tempo de angústia,
qual nunca houve, desde que houve nação até àquele tempo...”. Observe
que o texto dá um destaque ao período da Grande Tribulação. Esse período será
de angústia
sem precedentes na história. Esse tempo é descrito como o pouco tempo de
Satanás, a grande apostasia, o aparecimento do homem do pecado e a grande tribulação.
Daniel vê não apenas a perseguição do anticristo, mas também seu fim, sua derrota
(Dn 11:45).
Concordo com pr. Elienai Cabral quando diz
que nem as piores incursões contra Israel, como as da Babilônia e os horrores
do holocausto nos dias de Hitler (1939-1945), podem se comparar com o “tempo de angústia, qual nunca houve, desde
que houve nação até àquele tempo” (Dn 12:1). A proporção desse conflito
ultrapassará qualquer outro momento da história da civilização (Mt 24:21,22;
cf. Jr 30:5-7).
2. É
Deus quem protege Israel. “E, naquele tempo, se levantará Miguel, o grande príncipe, que se
levanta pelos filhos do teu povo...” (Dn 12:1).
Deus tem um plano especial para a nação de
Israel no futuro. Todas as suas promessas materiais e espirituais destinadas a
esta nação, que ainda não se cumpriram, se cumprirão à risca. Isso acontecerá
porque Deus é Eterno, e um dos seus atributos é a imutabilidade (Ml 3:6). Deus
ama tanto ao povo judeu que tem um arcanjo para protegê-lo, o arcanjo Miguel
(Dn 10:21; 12:1).
Alguém poderá inquirir: “como Deus ama o povo
de Israel, se Ele o espalhou por todo o mundo?”. O povo judeu foi espalhado por
todas as nações do mundo por causa de sua desobediência aos mandamentos do
Senhor. Está escrito em Dt 28.64,65: “E o
SENHOR vos espalhará entre todos os
povos, desde uma extremidade da terra até à outra extremidade da terra; e
ali servirás a outros deuses que não conheceste, nem tu nem teus pais; servirás
à madeira e à pedra. E nem ainda entre as mesmas nações descansarás, nem a
planta de teu pé terá repouso; porquanto o SENHOR ali te dará coração tremente,
e desfalecimento dos olhos, e desmaio da alma”.
Jeremias, entretanto, profetiza que
os exilados voltariam à sua pátria e possuiriam a terra prometida: “Porque
eis que dias vêm, diz o Senhor, em que farei tornar do cativeiro o meu povo de
Israel e de Judá, diz o Senhor; e
torná-los-ei a trazer à terra que dei a seus pais, e a possuirão” (Jr 30:3).
Ezequiel,
também, profetizou sobre esse tema: “E
porei em vós o meu Espírito, e vivereis, e vos porei na vossa terra, e sabereis
que eu, o SENHOR, disse isso e o fiz, diz o SENHOR” (Ez 37:14); “Dize-lhes,
pois: Assim diz o Senhor JEOVÁ: Eis que
eu tomarei os filhos de Israel de entre as nações para onde eles foram, e os
congregarei de todas as partes, e os levarei à sua terra” (Ez 37:21). Ezequiel 36:21,22 diz que Deus restaurará Israel "por amor do meu
nome":
“Mas eu os poupei por amor do meu santo nome, que a casa de Israel profanou entre as
nações para onde foi. Dize, portanto, à casa de Israel: Assim diz o Senhor
JEOVÁ: Não é por vosso respeito que eu faço isto, ó casa de Israel, mas pelo
meu santo nome, que profanaste entre as nações para onde vós fostes”.
Israel foi restabelecido como
país em 1948 e nunca mais será expulso de sua terra novamente. Israel, hoje, é
indestrutível, porque Deus é o seu protetor. As nações deveriam prestar atenção
àquilo que Deus diz do Seu "vermezinho Israel" e como Ele o protege:
"Porque aquele que tocar em vós toca na menina do seu olho" (Zc
2:8b).
Após sua independência, em 1948,
o pequeno Israel já derrotou seus inimigos árabes em seis guerras e os supera
política, científica e economicamente. Se compararmos a população dos países
árabes no Oriente Médio com a judaica, vemos que Israel é superado em uma
proporção de 52 para 1. No entanto, Israel continua a derrotar todas as forças
armadas árabes combinadas e será usado por Deus para trazer julgamentos de
aniquilação contra muitas dessas nações.
Certa feita, alguém que odiava
os judeus, perguntou a um velho judeu: "O que você pensa que acontecerá
com o seu povo se nós continuarmos perseguindo vocês?”. O velho
judeu respondeu: "Haverá um novo
feriado para nós!". "O que você quer dizer com isso?", perguntou
o outro, "como vocês podem ter um novo feriado se continuarmos perseguindo
vocês?". O velho judeu disse: "veja bem, Faraó quis nos exterminar e
nós recebemos um feriado: a Páscoa; Hamã quis enforcar
Mordecai e exterminar todos os judeus e nós recebemos um novo feriado: o Purim; Antiôco Epifânio IV, rei da Síria,
quis exterminar os judeus - ele ofereceu um porco ao deus Júpiter no templo - e
Israel recebeu outro feriado: o Hanucah. Hitler quis nos
exterminar e nós recebemos mais um feriado: o Yom Ha’atzmaut - o Dia da
Independência; Os jordanianos ocuparam Jerusalém Oriental durante 19 anos,
impedindo-nos de orar no Muro das Lamentações, até que, no ano de 1967, nossos
soldados libertaram Jerusalém Oriental, desde então, festejamos anualmente o Yom
Yerushalaym - o Dia de Jerusalém. E caso continuarem nos perseguindo,
receberemos mais feriados da parte de Deus. E o velho judeu tem razão!
3.
Os anjos no mundo hoje. A Bíblia Sagrada ensina-nos que os
anjos são seres reais, plenamente espirituais, que, embora superiores aos
homens, não têm qualquer função na salvação do homem. Eles são ministros da
providência de Deus e agentes ativos na vida do crente e da Igreja de Cristo. O
não entendimento, ou a falta de estudo, sobre sua natureza e atividades, tem
ocasionado o surgimento de muitas seitas, heresias e credos, distintos e
distantes da sã doutrina.
a)
Os anjos são criaturas. Assim como os homens, os anjos são criaturas
de Deus. Gênesis 1:1 e Colossenses 1:16 são incisivos ao mostrar que Deus foi o
criador dos anjos, de forma que os anjos são criaturas, ou seja, seres
inferiores a Deus, embora sejam superiores aos homens. Isto é muito importante,
pois não temos como confundir os anjos com o próprio Deus, nem podemos atribuir
a anjos quaisquer atributos divinos, pois Deus é o criador, enquanto os anjos
são apenas criaturas.
b)
Os anjos são seres espirituais. A Bíblia, também,
mostra-nos que os anjos são seres espirituais, ou seja, ao contrário do homem
que é formado de uma parte material (corpo) e de outra parte imaterial (o
espírito), os anjos são puro espírito. O escritor da carta aos hebreus diz que
os anjos são “espíritos ministradores enviados para servir a favor daqueles que
hão de herdar a salvação (Hb.1:14).
c)
Os anjos são seres poderosos. O salmista os descreveu
como "valorosos em poder" que executam as ordens de Deus e lhe
obedecem (Sl 103:20). Quando os pais de Sansão levantaram um altar ao Senhor,
um anjo desceu sobre as chamas do altar sem sofrer qualquer dano (Jz 13:19,20).
Um só anjo destruiu com fogo as cidades de Sodoma e Gomorra (Gn 19). Um só anjo
removeu a pedra do sepulcro onde Jesus foi sepultado, quando se exigia vários
homens para remover aquela enorme pedra (Mt 28:2). Um só anjo matou a 185 mil
soldados do exército assírio (2Rs 19:35).
d)
Os anjos são seres pessoais. A Bíblia dá a entender que
os anjos possuem uma inteligência superior à dos homens, mas não igual ou
superior à de Deus (2Sm 14:20; 1Pe 1:12). Dotados de sentimentos, anjos podem
experimentar emoções quando rendem culto a Deus (Sl 148:2).
e)
Os anjos são criaturas morais. O Senhor Deus criou os
anjos não para que fossem meros autômatos; criou-os dotados de livre-arbítrio,
a fim de que o servissem amorosa e voluntariamente. Quando se fala que os anjos
são dotados de livre-arbítrio, quer se dizer que eles são dotados de vontade,
ou seja, com o poder de escolher entre servir a Deus ou não. Tanto é assim que
o “querubim ungido” escolheu o mal, quis ocupar o lugar de Deus e, por isso,
pecou, tendo sido achado iniquidade nele, a ponto de ter perdido toda a glória
que possuía neste lugar de proeminência diante do Senhor (Is 14:12-16; Ez 28:12-19).
Isto só foi possível porque os anjos são dotados de livre-arbítrio. Entretanto,
este livre-arbítrio só pode ser exercido uma única vez, visto que os anjos
estão na dimensão celestial, onde não existe o tempo e, portanto, o
arrependimento se torna impossível. Tendo feito a sua escolha, quando do pecado
do “querubim ungido”, os seres angelicais a fizeram para sempre e, por isso,
podemos, hoje, falar em “santos anjos” (Mt 25:31; Mc 8:38; Lc 9:26; At 10:22;
Ap 14:10), como também em “anjos do diabo” (Mt 25:41; Ap 12:7,9), também
chamados de “anjos que não guardaram o seu principado” (Jd.6).
f)
Os anjos participarão de eventos especiais da igreja e de Israel.
Os anjos de Deus terão uma participação especial antes e após o arrebatamento
da igreja e nas circunstâncias que envolverão Israel e o resto do mundo na
Grande Tribulação (1Ts 4:13-17; Ap 12:1-9).
II. RESSURREIÇÃO E VIDA ETERNA (Dn
12:2-4)
1. Ressurreição. “E muitos dos que
dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna, e outros para vergonha
e desprezo eterno” (Dn 12:2).
Este versículo contém a referência mais
clara do Antigo Testamento à ressurreição dos justos e dos ímpios, e revela que
há dois e somente dois destinos para toda a humanidade: Céu e Inferno.
2.
As duas ressurreições (Dn 12:2). Daniel 12:2 é claro:
haverá duas ressurreições. Jesus, também, mostra que haverá duas ressurreições
distintas – “Não vos maravilheis disso,
porque vem a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz. E os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida; e os que fizeram o mal, para a ressurreição
da condenação” (João 5:28,29). Paulo também afirmou: “Tendo esperança em Deus, como estes mesmos
também esperam, de que há de haver ressurreição de mortos, assim dos justos
como dos injustos” (Atos 24:15). Estes e muitos outros versículos desfazem
a ideia de que os ímpios serão destruídos e de que não haverá condenação porque
“Deus é amor”. Segundo a Bíblia, todos ressuscitarão. O que precisamos saber é
que os justos não irão ressuscitar juntamente com os ímpios. A ressurreição dos
mortos acontecerá em duas etapas diferentes: uma para os justos e a outra para
os ímpios.
a)
A Ressurreição dos justos – ou Primeira Ressurreição.
Na Primeira Ressurreição serão ressuscitados todos os santos, de todos os
tempos. Isto terá lugar no arrebatamento da Igreja (João 5:29; 1Co 15:22,23;
1Ts 4:16), sendo depois complementada por outros exemplares deste gênero (as
duas testemunhas e os mártires da Grande Tribulação – Ap 11:11,12;20:4). Nesta
primeira fase não haverá ressurreição dos ímpios. Os santos receberão corpos
glorificados, dotados de vida eterna, e conforme o corpo do Senhor Jesus,
segundo o ensino de Paulo: “Mas a nossa
cidade está nos céus, de onde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo,
que transformará o nosso corpo abatido, para ser conforme o seu corpo glorioso,
segundo o seu eficaz poder de sujeitar também a si todas as coisas” (Fp
3:20-21). Também o Apóstolo João, declarou: “... Mas sabemos que, quando ele se manifestar seremos semelhantes a ele...”
(1João 3:2). Em 1Co 15:52, Paulo assim afirma: “num momento, num abrir e fechar de olhos, ao som da última trombeta;
porque a trombeta soará, e os mortos serão ressuscitados incorruptíveis, e nós
seremos transformados”.
Quando acontecer a primeira Ressurreição
todos os santos, ou seja, aqueles que morreram em Cristo, serão levados para o
Céu, ou na expressão usada por Jesus, para a “Casa de meu Pai” (João 14:1-3).
Foi assim que Paulo ensinou aos Tessalonicenses: “Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo,
e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro.
Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas
nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor”
(1Tes 4:16-17).
b)
A Segunda Ressurreição. “... e os que fizeram o mal, para a ressurreição da condenação” (João
5:29). Conforme se pode observar, esta é a ressurreição dos ímpios. Ela somente
acontecerá depois do Milênio – “Mas os
outros mortos não reviveram, ate que os mil anos se acabaram...” (Ap 20:5).
Estes “outros mortos” são todos
aqueles que morreram sem a salvação, tanto no Antigo como no Novo Testamento,
ou seja, são os ímpios de todos os tempos, que, certamente, estarão diante do Grande
Trono Branco para o Juízo Final. Esse momento foi visto e descrito por
João em Apocalipse 20:11-15: “E vi um
grande trono branco e o que estava assentado sobre ele, de cuja presença
fugiram a terra e o céu; e não foi achado lugar para eles. E vi os mortos,
grandes e pequenos, em pé diante do trono; e abriram-se uns livros; e abriu-se
outro livro, que é o da vida; e os mortos foram julgados pelas coisas que
estavam escritas nos livros, segundo as suas obras. O mar entregou os mortos que
nele havia; e a morte e o hades entregaram os mortos que neles havia; e foram
julgados, cada um segundo as suas obras. E a morte e o hades foram lançados no
lago de fogo. Esta é a segunda morte, o lago de fogo. E todo aquele que não foi
achado inscrito no livro da vida, foi lançado no lago de fogo”.
A ressurreição de Cristo é nossa
garantia no presente e no futuro. Quanto a isso, a Bíblia
declara: "E, se Cristo não ressuscitou, logo é vã a nossa pregação, e
também é vã a vossa fé" (1Co 15:14). Se Cristo não tivesse ressuscitado
não haveria razão de sermos crentes. A sua ressurreição é a maior substância de
nossa pregação, do nosso ensino e de nossa fé. O Senhor havia prometido que
ressuscitaria dentre os mortos no terceiro dia. Se não tivesse ressuscitado nessa
ocasião seria um impostor ou se havia equivocado. De qualquer modo, não seria
digno de confiança. Mas, Ele ressuscitou e: "se apresentou vivo, com
muitas e infalíveis provas" (At 1:3).
Se Cristo não tivesse ressuscitado não
haveria salvação. Ao ressuscitá-lo dentre os mortos Deus Pai testificou sua
satisfação total com a obra redentora de Cristo.
3.
“A ciência se multiplicará” (Dn 12:4b). Costuma-se
considerar que este texto se refere a avanços científicos, mas William
Macdonald (Comentário Bíblico do Antigo Testamento – p. 737) diz o seguinte: “é
provável, contudo, que seu significado seja outro. Darby traduz: ‘muitos investigarão com diligência’. Tregelles sugere: ‘muitos examinarão o
livro do começo ao fim’. Indica, portanto, que, durante a grande tribulação
muitos estudarão a palavra profética, e o saber a seu respeito se multiplicará”.
Bom, a interpretação de William pode está correta,
porém, dificilmente podemos evitar em identificar a breve descrição de Daniel
com os nossos dias, em que a ciência nunca esteve tão avançada, de uma forma
especial nos campos da Comunicação, da Tecnologia da Informação e da Engenharia
Genética.
O saber hoje se multiplica espantosamente.
Vivemos hoje o tempo do milagre científico. A ficção virou história. Vivemos no
mundo cibernético. O planeta terra tornou-se apenas uma aldeia global. Somos
cidadãos planetários.
O transporte de massas e a velocidade são
marcas do século 21. A mobilidade ininterrupta dos povos do mundo, a
comunicação de massa quase instantânea, e a demanda insistente e universal por
educação pelas massas, são características do nosso tempo.
O rev. Hernandes Dias Lopes diz que “em
1822, para D. Leopoldina enviar uma mensagem a D. Pedro 1, do Rio de janeiro
para São Paulo, precisou um cavalo de corrida. Isaac Newton disse que chegaria
o dia em que o homem correria à estrondosa velocidade de 60 km por hora.
Voltaire disse que ele estava delirando. Hoje o homem vai à lua e faz viagens
interplanetárias”.
No dia 12 de novembro de 2014 assistimos a um
feito inédito e espantoso: pela primeira vez uma máquina humana pousou na
superfície de um cometa, a 500 milhões de quilômetros da Terra. O módulo
Philae, da sonda Rosetta, tornou-se a primeira espaçonave a fazer um pouso
suave num cometa. O pouso se deu às 13:35h, sete horas depois que o veículo se
desprendeu de sua nave-mãe, a Rosetta, e cerca de dez anos após a decolagem da
Terra, realizada em 2004.
Para se ter uma ideia desse feito, vale
lembrar que a nave Rosetta viajou 6 bilhões de quilômetros durante dez anos
para chegar ao cometa 67-P, uma pedra de apenas 4 km de comprimento e formato
muito irregular. O módulo Philae, que fez o pouso, pesa apenas 98 kg e é do
tamanho de uma máquina de lavar roupas. O sucesso inédito reforça o poderio
tecnológico no desenvolvimento de veículos para missões espaciais. O futuro
chegou. Vivemos nele. As profecias estão se cumprindo. Precisamos nos preparar
porque o tempo de nossa redenção se aproxima.
III. A PROFECIA FOI SELADA (Dn 12:9-11)
1. A profecia está selada. “E
ele disse: Vai, Daniel, porque estas
palavras estão encerradas e seladas...” (Dn 12:9).
Três versículos nos chamam atenção: "E
tu, Daniel, fecha estas palavras e sela este livro, até ao fim do tempo"
(Dn 12:4); "Vai, Daniel, porque estas palavras estão fechadas e seladas
até ao tempo do fim" (Dn 12:9); "Tu, porém, vai até ao fim; porque
repousarás e estarás na tua sorte, no fim dos dias" (Dn 12:12). Estes
versículos demonstram o conselho de Deus para o profeta Daniel. Diante da visão
que ele recebera era natural o profeta ter uma atitude de medo acerca do
futuro. Mas a palavra de Deus encorajou o profeta, que por certo estava no
final da vida, a "ir" até ao fim da existência vivendo em confiança
em Deus.
O profeta Daniel recebe a ordem de "encerrar"
e "selar" o livro. A palavra “encerrar” contém a ideia de
"preservar", enquanto a palavra “selar” se relaciona com o conceito
de "autenticar ou assegurar". Assim, a expressão não significa que as
coisas reveladas a Daniel deviam permanecer em segredo.
Segundo o rev. Hernandes Dias Lopes, o
costume persa era que, uma vez copiado um livro e trazido a público, selava-se
uma cópia e colocava-se na biblioteca. Assim, as futuras gerações poderiam
lê-lo. Dessa forma, na antiguidade, quando se mandava selar um livro, isso significava
que o livro estava completo e recebia o selo de sua integridade, utilidade e
proveito para o povo. Depois, uma cópia era disponibilizada para a biblioteca e
estava disponível para ser examinada pelos estudiosos. O último ato profético de
Daniel foi assegurar-se de que as profecias que lhe haviam sido reveladas se
tornassem conhecidas não apenas de sua geração, mas das gerações vindouras. Eis
a razão porque muitos o esquadrinharão.
2.
O “tempo do fim” (Dn 12:9). Daniel recebe a ordem de
selar o livro. As profecias do livro não são para os dias do profeta, mas para
os tempos do fim, para despertar os que viverem nos tempos do fim. Daniel, a
seguir, observa dois anjos, em um cada lado do rio (Hidéquel), e um deles
pergunta quanto tempo falta para o fim. O homem vestido de linho branco (cf. Dn
10:5,6) jura por Deus que o tempo seria de três anos e meio, uma provável
referência à segunda metade da septuagésima “semana” de anos (Dn 9:27).
3.
Humildade e finitude. “Eu,
pois, ouvi, mas não entendi...”. Daniel contemplava a visão e ouviu as
palavras, que iam sendo proferidas, mas nada entendia. O anjo também ficou sem
entender aquela visão tão sublime. Isso mostra com clareza a finitude, não
somente de Daniel, mas também dos anjos. Existem, no eterno propósito de Deus,
mistérios desconhecidos até mesmo pelos anjos. Daniel sabia que “as coisas
encobertas são para o Senhor nosso Deus” (Dn 29:29), por isso, com toda a
humildade, cônscio de sua finitude, Daniel pediu a interpretação dessas coisas
– “...eu disse: Senhor meu, qual será o
fim dessas coisas?”.
CONCLUSÃO
Finda-se aqui o estudo do Livro de Daniel. Ele
escreveu sobre o futuro, contou-nos a história antes dela acontecer. O livro de
Daniel nos mostra que Deus é quem está com as rédeas da história nas mãos. Ele
a conduz ao seu fim glorioso.
Espero que este ano letivo, de estudos
hipermaravilhosos, possam ter inflamado em nós chamas inapagáveis de esperança
da volta do Senhor Jesus. Que a Maravilhosa Graça do Nosso Senhor Jesus Cristo
seja com todos!
Fonte: ebdweb