TEXTO
ÁUREO
"Ninguém, de maneira alguma, vos
engane, porque não será assim sem que antes venha a apostasia e se manifeste o
homem do pecado, o filho da perdição" (2 Ts 2.3)
VERDADE
PRÁTICA
As conquistas ditatoriais e as
atrocidades de Antíoco Epifânio dão uma noção do que será o futuro Anticristo
na Grande Tribulação
INTRODUÇÃO
No capítulo onze, Deus revela a Daniel
eventos proféticos que se cumpriram no período interbíblico, ou seja, o período
entre o Antigo e o Novo Testamentos.
Nesta revelação profética destaca-se o
personagem histórico que estudaremos nesta lição, Antíoco Epifânio. Esse
personagem prefigura o Anticristo revelado em o Novo Testamento (Mt 24.15; 2 Ts
2.3-12).
Essas profecias reveladas a Daniel
cumpriram-se fielmente por uns 500 anos até o período interbíblico, que vai do
fim de Malaquias ao início de Mateus.
1. A
revelação sobre o fim do Império Medo-Persa (11.2). Aparece
no versículo primeiro o nome do rei "Dario, o medo" que é o mesmo de
Daniel 5.31. A história bíblica diz que Ciro constituiu a Dario como rei. No
capítulo onze é revelado a Daniel uma sucessão de reis que vai de Ciro até o
desmoronamento do reino de Alexandre. Foi revelado a Daniel que o rei valente
(v.3), Alexandre, se levantaria e dominaria muitos reinos, todavia o Senhor
mostrou também que embora imponente, o reino de Alexandre seria partido aos
quatro ventos do céu (v.4). Os reinos deste mundo, por mais importantes que
sejam, são todos passageiros. Somente o Reino de Deus é eterno.
A história apresenta diferentes datas
quanto a estes reis, mas isso não afeta o cumprimento, com exatidão, dos fatos
proféticos do capítulo onze.
2.
Um rei valente (11.3). O rei valente que seria levantado era
Alexandre Magno. A importância dessa profecia está no fato de que é Deus que
dirige a história para que sua soberana vontade seja exercida especialmente em
relação a Israel.
Até o versículo 35 a profecia de Daniel se
concentra em revelar os reinos gentílicos. Depois, o foco principal passa a ser
o povo de Deus e seus sofrimentos.
Os reis do Sul descritos no versículo
cinco eram os Ptolomeus, sucessores de Ptolomeu Soter, general de Alexandre. E
os reis do Norte (v. 6) eram os Selêucidas, sucessores de Seleuco I, que
governou parte da Ásia Menor e Síria.
3. A
divisão do reino entre quatro generais (11.4-20).
Afirma o versículo quatro que "estando ele em pé, o seu reino será
quebrado". Alexandre morreu na Babilônia aos 33 anos de idade. O seu
reino, como havia sido revelado pelo Senhor, "foi repartido para os quatro
ventos do céu" (v.4). Alexandre não teve um sucessor e seu reino foi
dividido entre os seus quatro generais: Cassandro, Lisímaco, Seleuco e Ptolomeu.
Ainda que os historiadores neguem a questão da soberania de Deus no destino das
nações, não podemos duvidar que Ele permite que reinos sejam estabelecidos e
destruídos. "Os quatro ventos do céu" (v.4) lembra a profecia sobre a
figura das quatro cabeças do leopardo alado (7.6) e a visão do bode com quatro
chifres notáveis (8.8). As figuras são diferentes, mas as representações dessas
figuras são as mesmas, porque falam do Império Grego e sua divisão, depois da
morte de Alexandre. Cassandro reinou na Macedônia; Lisímaco reinou na Trácia e
Ásia Menor; Ptolomeu reinou no Egito e Seleuco reinou sobre a Síria e o
restante do Oriente Médio.
Nos versículos 5 a 20, temos uma
sucessão de guerras entre esses quatro reis, especialmente entre Egito e Síria,
entre os reinos do Norte e do Sul. O rei do Norte, Antíoco Epifânio (entre 175
e 164 a.C.) o qual tornou -se um tipo do Anticristo.
Os quatro generais de Alexandre que se
tornaram reis não se contentaram com seus territórios e passaram a lutar entre
si. Seleuco IV ocupava o trono da Síria em Antioquia e reinou de 187 a 175 a.C.
Ele morreu envenenado e seu filho deveria assumir o trono, mas seu tio Antíoco
Epifânio tomou o trono da forma mais ignominiosa e detestável possível. Assumiu
o trono sírio e mudou seu título de Antíoco IV para Antíoco Epifânio, isto é, o
glorioso.
1.
Antíoco Epifânio foi um rei perverso e bestial.
Ele chegou ao poder em 175 a.C. e tinha apenas 40 anos de idade. O vocábulo
Antíoco significa adversário, e Epifânio significa ilustre, o que é uma
contradição. Segundo a história, reinou apenas onze anos, e morreu em 164 a.C.
Porém, em seus poucos anos de reinado usou artifícios mentirosos, enganosos e
cruéis como ninguém. Antíoco Epifânio não tinha escrúpulo. Sua ascensão ao
trono da Síria foi atra- vés de intrigas e engano (11.21). Ele derramou muito
sangue em guerras. Enriqueceu com os despojos quando lutou contra o Egito
(11.25-28). O versículo vinte e um o chama de "homem vil", porque
fingindo amizade e aliança, entrou no Egito e se apoderou do reino de Ptolomeu Filometer.
2.
Antíoco Epifânio invadiu Jerusalém (11.28). Antíoco Epifânio, depois de ter entrado no
Egito e ter tomado posse do reino de Ptolomeu VI (vv.25,26), resolveu investir
contra a Terra Santa, especialmente, Jerusalém. Ele tinha um ódio enorme de
Israel. Por isso, partiu para a profanação do Templo e fez cessar os
sacrifícios diários (11.30,31). Houve resistência da parte de judeus fieis que
não cederam aos abusos de poder e a arrogância desse rei sírio. Ele ordenou o
sacrifício de porcos sobre o altar sagrado para profanar o Santuário.
3.
Antíoco Epifânio era cruel (vv.31-35). Ao invadir Jerusalém,
Antíoco Epifânio desrespeitou valores morais e éticos da sociedade israelita.
Estabeleceu regulamentações contra a circuncisão, a observância do sábado e
outras práticas dietéticas do povo hebreu. O versículo 31 fala da
"abominação desoladora", quando Epifânio construiu um altar a Zeus,
deus grego, sobre o altar dos holocaustos no Templo.
1. O "homem vil" que chega ao poder. Até o versículo 35 a história se cumpriu
perfeitamente. A partir do versículo 36, os fatos acontecem de modo especial e
fala de um rei que agirá segundo a sua própria vontade. Trata-se de um homem
que chega ao poder, prospera, cresce em força e, então, investe contra o Deus
de Israel. Esse rei, na figura de Antíoco Epifânio, assume o papel de
divindade. Essa profecia tem o respaldo do Novo Testamento nas palavras de
Paulo, quando diz que "se opõe contra tudo que se chama Deus ou se
adora" (2 Ts 2.4).
2. O
futuro governante mundial no "tempo do fim".
Nos versículos 36 a 45 do capítulo onze está escrito que ele fará conforme sua
própria vontade. O versículo quarenta fala do "fim do tempo"
apontando para a Grande Tribulação que é a septuagésima semana do texto de
Daniel 9.27. Nesse período, os reis do Norte e do Sul se unirão numa coligação
de nações na " terra gloriosa" (11.41) para a grande batalha do
Armagedom, onde o Anticristo será derrotado na Segunda Vinda de Cristo (Ap
19.11-20).
3. Precisão profética.
Como vimos, Antíoco Epifânio é um personagem da história que representa o rei
futuro, o Anticristo, que provocará o grande conflito com Israel e fará tudo
para destruir a nação, até que venha o Senhor para aniquilar o seu poder.
A Bíblia declara que o "último
dia" não acontecerá sem que primeiro venha a apostasia e seja manifestado
"o homem da iniquidade, o filho da perdição" que é o Anticristo (2 Ts
2.3). Isto se dará no período da Grande Tribulação, todavia, a Igreja do Senhor
não estará mais na Terra e assim não verá o Anticristo.
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Referências
Revista Lições Bíblicas. INTEGRIDADE MORAL E ESPIRITUAL, O legado do livro de Daniel para a Igreja
hoje. Lição 12 – Um tipo do futuro anticristo. I – Predições proféticas
cumpridas com exatidão. 1. A revelação sobre o fim do Império Medo-Persa. 2. Um
rei valente. 3. A divisão do reino entre quatro generais. II – O caráter
perverso de Antíoco Epifânio. 1. Antíoco Epifânio foi um rei perverso e
bestial. 2. Antíoco Epifânio invadiu Jerusalém. 3. Antíoco Epifânio era cruel. III
– Antíoco Epifânio, tipo do Anticristo. 1. O “homem vil” que chega ao poder. 2.
O futuro governante mundial no “tempo do fim”. 3. Precisão profética. Editora
CPAD. Rio de Janeiro – RJ. 4° Trimestre de 2014.
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